Tengen Toppa Gurren Lagann - Renascimento escrita por AntareElAmore


Capítulo 10
Capítulo 10: Preocupação e persistência




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/466269/chapter/10

Ambos os irmãos corriam para chegar à sala do Gurren Lagann. Luno ainda estava muito bravo com sua irmã, que percebia isso e não ligava para sua raiva agora. Estava mais determinada em querer ir com seu irmão do que se entristecer ou fraquejar. No meio do caminho, Luno perguntou:

– Lily, onde está a mamãe? Você estava com ela antes de vir me procurar, não é mesmo?

– Nos trouxeram para alguns aposentos...para descansarmos. Lá nos quartéis...da Brigada. Mamãe deve...estar procurando por nos...nesse momento. – Ela respirava pesado por não estar acostumada a correr daquele jeito.

– Eu fico preocupado só de pensar o que pode acontecer com ela. Espero que não seja nada como foi ontem.

Lily não respondia por não ter fôlego para falar naquele ritmo, mas mesmo assim, ela não parava. Luno nunca havia visto a irmã se esforçando daquele jeito e não conseguia parar de pensar:

– *Será que é assim que todos se sentem quando eu faço coisas assim? Eu não consigo parar de me preocupar e imaginar o pior...*

Pouco tempo depois, chegaram até a sala. O Gurren Lagann estava lá, como se nunca houvesse sido tocado antes. Ele olhou para cima e percebeu que a escotilha estava fechada. Olhava para Lily, que tinha acabado de chegar e de se apoiar em uma parede, sem forças mais para correr:

– Lily, a escotilha está fechada. A sala de controles é logo ao lado. Vá lá e abra ela para mim. Você consegue fazer isso?

Ela respondeu sim com a cabeça. E foi quase caindo, mas dessa vez um pouco mais recuperada. Luno, que queria ajudar ela, viu que não tinha tempo e já foi se preparando para pilotar. Enquanto ele esperava, não parava de pensar no quanto que poderia estar acontecendo lá fora. Tentava se concentrar para manter-se erguido para uma possível batalha. Não queria se abalar novamente como havia acontecido antes.

Quando Lily conseguiu abrir a escotilha, correu para o Gurren Lagann e disse:

– Luno, deixe-me entrar no compartimento de baixo!

Ele se incomodou e abriu a entrada do Lagann:

– Não, você vai ficar aquí. É muito perigoso você ir para lá!

Ela se mostrou indiferente:

– Ficar falando isso não vai adiantar nada.

– Você tem noção do quanto a mamãe vai ficar triste se ela souber que você morreu?!

– Você tem noção do quanto você ta deixando a mamãe desesperada só por ficar indo nesse Gurren Lagann lutar?!

– Se você deixar ela sozinha, só vai piorar as coisas!!

– Se você ME deixar sozinha, vai piorar ainda mais!!!

Luno não conseguia rebater aquilo. Estava frente-a-frente com a irmã e mesmo assim, não tinha reação. Lily não parava por ali:

– Você ir lá sozinho vai piorar tudo. Vai ficar preocupado e não vai fazer as coisas direito. Eu não ia suportar ver você desse jeito. Nem eu, nem a mamãe. Portanto...

Segurava as mãos dele:

– ...Eu vou com você até o fim. Prefiro deixar de viver uma vida sem você nela. Vou poder fazer alguma coisa ao invés de apenas assistir e te ver sofrer.

Luno olhava para ela. Via como ela tinha afinco em tudo que dizia. Sentia todo aquele calor fraterno passado naquele toque. Estava feliz, porém muito mais raivoso em contraste. Abaixou a cabeça e começou a tremer. Soltou as mãos de sua irmã e deu um soco com toda a sua força na lataria do Gurren Lagann, gritando com tudo aquilo acumulado dentro de si:

– DROGAAAAA!!!!

Lily se assustou com aquilo, mas não perdeu a compostura para não mostrar a Luno que ele estava certo. Continuou encarando ele. Quando ele finalmente recobrou a sã consciência, não falou nada. Apenas voltou aos seus controles e de lá, abriu a entrada para o compartimento inferior. Lily entrou e tentou se acostumar com os controles. Luno apenas falou friamente:

– Deixe a pilotagem principal comigo. Não tente nada até eu dar a ordem, entendeu?

Um sim novamente. A escotilha estava aberta. Ambos decolaram rapidamente. Logo depois, procuravam o inimigo. Olhavam em volta e não parecia ter nada de estranho. Estando lá, viram alguns gammens da Grapearl saindo armados. Luno perguntou o que aconteceu para um deles, que respondeu:

– Um ataque dos Anti-Espirais nos desertos, fora da cidade. Temos informações de que ainda há aldeões ali e que estão sendo atacados. Gimmy e Darry já estão lá contendo o avanço inimigo. Viral mandou convocar você para essa missão.

– E onde está Viral? – Luno perguntava.

– O comandante está entrando em contato com as outras galáxias para nos auxiliarem na grande batalha contra Simon. Está fazendo o mais rápido possível. Disse que quando terminar, virá para o local ajudar na neutralização dos inimigos.

– Entendo. Vamos para o vilarejo. Vamos ajudar a conter as forças. Tente informar Viral de que já estamos em posição.

– Entendido. Agora mesmo.

Não perderam tempo. Seguiram pelo deserto a procura do vilarejo. Lily estava preocupada com o irmão. Ele havia perdido o tom de voz normal dele. Estava frio, focado, agindo como uma máquina. Estava vazio. Ela tentou falar com ele melo comunicador, querendo saber o que está acontecendo:

– O que eu puder ajudar você, eu irei.

Não estava muito afim de conversar:

– Não vai precisar. Eu vou resolver tudo isso.

– Mas caso aconteça algo errado eu vou–

Interrompida por ele, que gritou:

– Não vai acontecer nada de errado!!

Luno estava fora de si. Não pensava em mais nada além da luta de agora. Ele repetia sua ultima fala para si mesmo. Não queria que nada desse errado de maneira alguma. Queria tudo aquilo acabado em instantes. Queria até mesmo que sequer houvesse começado.

Viram no deserto, um ponto flamejante. De longe parecia uma grande fogueira, mas de perto, viam que eram casas queimando. Haviam várias naves dos Anti-Espirais ao redor. Gimmy, Darry e alguns soldados da Grapearl estavam lá contendo os avanços e destruindo o maior numero de naves possivel. Os gêmeos estavam em seu gammen próprio, o Grapearl, um gammen dividido em dois e cada um controlava uma metade, como se um completasse o outro. Lutavam com grande performance juntos, mas as naves continuavam vir em números maiores, independente de quantas eram abatidas. Luno viu que aquilo não seria suficiente e rapidamente entrou na batalha, destruindo a nave na frente dos gêmeos. Ficaram agradecidos e Gimmy animado respondeu:

– Chegou bem na hora! Estávamos precisando de uma ajuda aquí! Só irmos cuidando dos lados e o ponto é nosso! – Abria um sorriso de garoto, apesar de ja ser adulto.

– Gimmy, pare de ser tão animado. Isso é uma batalha e não um esporte, pelo amor de Deus! – Darry tentava colocar juízo da cabeça de seu irmão.

Ele ficou se explicando, fazendo careta:

– Ta todo mundo tenso por causa do Simon. Deixa eu relaxar um pouco, poxa. De qualquer maneira, foi bom que você apareceu, Luno. Estaríamos em apuros se não fosse por você.

Luno estava ainda de mau humor:

– Deixa isso pra lá e vamos acabar com isso. Quero sair daqui o quanto antes...

Gimmy e Darry ficaram um tanto estranhados em vê-lo tão desanimado assim. Lily falou baixinho para ambos, já que não queria Luno se estressando por mais coisas:

– Ele está assim desde que eu vim aquí ajudar ele. Ele ficou bem bravo com isso...

Ambos ficaram pasmos ao ver que a irmã de Luno estava com ele como piloto do Gurren Lagann. Ela não sabia pilotar, mas estava no comando. Começaram a ficar preocupados e foram direto para a luta, olhando para as hordas de naves:

– Ta pronto pra ação, Luno? – Gimmy sorria.

– Eu tô sempre pronto briga!

– Esse é o espírito! Ta na hora de mostrar pra esses Anti-Espirais quem é que manda!

Luno tomava o controle. O Gurren Lagann e o Grapearl eram invencíveis no campo de batalha. Os tiros de Gimmy e Darry eram letais e super precisos. Se especializaram tanto nos armamentos que conseguiam com pouco o que as tropas de gammens comuns não conseguiriam fazer com um arsenal completo. Luno poderia ter passado pouco tempo com o Gurren Lagann, mas já sabia uma infinidade de truques com ele. Sua capacidade de gerar brocas o tornavam um combatente próximo excepcional. Seus golpes eram precisos e sua força, brutal. Ambos os gammens eram arrebatadores no meio daquela horda. Sentiam que poderiam derrubar o exercito de Simon inteiro e sozinhos. Apesar que Luno estava se saindo bem, algo parecia errado:

– Eu vou vencer...eu vou vencer...vou acabar com todos... – Ficava repetindo Luno em voz baixa, que Lily era capaz de ouvir.

Ele não lutava mais com convicção. Não lutava por um sentido nobre. Lutava apenas por ódio. Deixava toda essa raiva que estava sentindo utimamente tomar conta dele. Ele tinha sede de sangue e não parecia mais um humano. Era como um animal raivoso pilotando um gammen. Desferia golpes rápidos e fatais, que destruíam naves em um só golpe. Ainda que conseguiam terminar de vencer os inimigos, olhavam para frente e haviam mais e mais naves. Parecia não ter fim e eles continuavam a luta.

A batalha foi longa. Foram 4 horas de lutas sem fim. Gimmy, Darry, Luno e Lily estavam exaustos. Não tinham mais forças para lutar naquele rítimo. Luno tentava relaxar no seu assento, enquanto abria o comunicador com Gimmy e falava ofegante:

– Esse foi o ultimo...

– É...ainda bem... – Gimmy estava bastante cansado.

Luno olhava a sua volta, e via que estavam apenas seu Gurren Lagann e o Grapearl na batalha e voltou a falar, dessa vez com Darry:

– Onde estão os outros soldados? Tinham vários quando a luta começou.

– Alguns fugiram da luta, outros foram abatidos nela. – Darry respondia, também tentando se recuperar.

Lily ao ouvir isso ficou preocupada:

– Espero que todos do vilarejo estejam bem...

– Não se preocupe. Conseguimos evacuar até o ultimo aldeão antes mesmo do combate começar. Devem todos estar na cidade nesse momento! – Gimmy sorria enquanto falava de bom humor.

Aquilo conseguiu animar Lily e deixá-la menos preocupada. Luno, que estava totalmente frio, ao ver a irmã feliz daquele jeito voltou ao seu velho jeito de ser e sorriu também, aliviado por nada ter acontecido a ela.

Essa alegria porém, durou pouco, quando uma nave desceu dos céus. Era uma nave dos Anti-Espirais, mas não era uma comum. Era gigante. 20 vezes maior que qualquer uma das naves normais. Seu tamanho conseguia criar uma sombra que encobria o vilarejo inteiro. Não sabiam como venceriam uma nave colossal daquelas. Os gêmeos, tentaram rodeá-lo e atirar nele. Sem sucesso. As balas não pareciam penetrar na nave. Até mesmo Luno, que voltou a ficar com raiva, não conseguia fazer um arranhão alí, mesmo com seus golpes mais poderosos. A nave contra atacou e soltou uma enorme quantidade de raios, que atingiram o Gurren Lagann com facilidade. Era muito rapido para poder se esquivar. Luno ficou ainda mais enfezado e voltou a murmurar para si mesmo, depois de ter tomado distância:

– Eu vou vencer...eu tenho que vencer...

Enquanto falava isso, a nave concentrava um raio gigantesco. Luno deu sua investida contra a nave, que atirou quando ele vinha. O raio era rapido, mas conseguiu se esquivar. Tudo em vão. O raio seguia o seu alvo e logo depois de Luno esquivar, ele veio por trás, acertando o Gurren Lagann de surpresa e de modo fatal. Era um choque imenso que aquilo causava. Lily foi afetada também, e ambos urravam da dor insuportável que era proporcionada. Luno sentiu as feridas que haviam sido tratadas voltarem a doer. Levantava a cabeça e via a nave preparando outro raio e atirando. Ele viu aquilo se aproximando em câmera lenta, pensando:

– *É aquí que eu vou morrer...? Eu vou morrer sem nem nem mesmo lutar com Simon de novo...?*

O raio se aproximava cada vez mais:

– *Leyte estava certa. É o meu desejo de morrer, afinal...*

Luno ia aceitando a sua morte. Lentamente, ele se aproximava. Parecia como se estivesse prestes a dormir a qualquer momento, esperando a hora para poder fechar os olhos e sonhar. Quando o raio estava para tocar o Gurren Lagann, algo aconteceu. Ele ouviu Lily gritando:

– Eu não vou deixar!!

De repente o Gurren Lagann se esquivou do raio, quase impossível de fazê-lo. Mesmo com ele voltando, conseguiu esquivar-se novamente. Luno não entendia aquílo. Era como se o próprio gammen estivesse agindo por conta própria. Quando ele percebeu, não era a maquina agindo sozinha. Era Lily que estava pilotando o Gurren Lagann e se esquivando do raio que os seguia. Não conseguia acreditar como ela conseguiu tamanho controle sobre os controles tão rápido:

– Mas não é possível...n-nem mesmo eu...!

– Luno, você não pode desistir, lembra? Você ainda tem uma missão a cumprir. Você disse que esse era o nosso desejo de viver lá no laboratório. Todos aquí estão contando com você! A mamãe conta com você, Viral conta com você, eu conto com você. O papai...digo, Simon conta com você estar lá...então...

Ela fez uma pausa e olhou para ele pelo comunicador:

– ...então viva! Viva para que possamos ver todas essas expectativas se realizarem. Enquanto eu estiver aqui, não vou te deixar desistir. Afinal, você é minha família...é meu maninho querido que eu gosto tanto. – Ela sorria radiantemente ao terminar de falar.

Luno ainda estava boquiaberto. Achava dificil acreditar em tudo aquílo. Parecia que a irmã virou uma pessoa totalmente diferente naqueles instantes. Por tanto espanto, não conseguia acompanhar o que ela fazia. Se esquivava graciosamente até que uma hora, ela ficou encostada na nave, esperando o raio chegar. Luno alertava ela dos perigos:

– Lily, o que você ta fazendo?! Vai nos atingir!

– Esse é quase o objetivo! – Sorria como seu irmão fazia quando vinha com esses planos suicidas.

Logo antes do raio os atingir, Lily conseguiu se esquivar por um tris sem danos. O raio porém, atingiu a própria nave dos Anti-Espirais, destruindo sua dura defesa e abrindo uma enorme brecha, revelando seu ponto fraco. Luno percebeu aquílo e disse:

– Acho que é a minha vez de agir!

Ele concentrou sua energia toda. Era uma quantidade muito grande de energia que estava sendo canalizada. Logo depois disso, concentrou toda aquela energia na mão do Gurren Lagann e ia dizendo:

– Espero que você esteja vendo isso, Simon. Para você ver o quanto somos capazes, o quanto somos fortes! Espero que você esteja vendo e entenda que nunca vai nos impedir de seguir pra frente! VEJA E ENTENDA: ESSA É A NOSSA VONTADE!! ESSE É O NOSSO DESEJO!!!

Aquela energia concentrada fez surgir uma broca gigantesca na mão do Gurren Lagann. A broca tinha o dobro do tamanho do gammen, mas era facilmente manipulada. Mais energia Espiral foi liberada, fazendo com que aquele fluxo tornasse um impulso massivo do robô, o fazendo quase como um foguete:

– Giga...Drill....BREAAAAKER!!

Aquela potência que o Gurren Lagann se projetou era inigualável. Podia se ouvir o ar rompendo-se em vácuo através do golpe. Foi tão forte, que atravessou para o outro lado da nave, quase ignorando a outra dura defesa do outro lado. Logo depois, a nave com um buraco quase de seu tamanho, explodiu em cada partícula possível. Foi um poder de proporções atômico que aquela explosão causou. Felizmente, o Gurren Lagann não saiu danificado, nem o Grapearl . Darry ficou espantada e incomodada com aquilo:

– Você atravessou mesmo a nave e explodiu ela. Uma explosão assim poderia destruir boa parte da Cidade Kamina. Tem que ser muito corajoso ou muito tolo...

– Ou ambos. – Luno sorria e piscava para Darry.

Gimmy também não conseguia se conter, mas não continha sua felicidade:

– Caramba cara, aquílo foi DEMAIS! Me lembra da primeira vez que eu vi alguém fazer isso!

– Imaginava que algém já fez. Gostar dos Gurren Laganns deu algum resultado, hehe.

Estavam rindo, quando de repente avistam mais um gammen vindo na direção deles. Era prateado, grande e bastante fino. Ele também tinha seis braços e seis espadas gigantes em suas costas. Quando se ouviu quem estava naquele gammen, perceberam que era Viral. Ele notou que só haviam eles ali e perguntou:

– Onde estão os inimigos? Soube que tinha uma horda deles aquí...

Luno respondeu, pomposo e exibido:

– Chegou tarde, Viral. Acabamos com todos eles e eu acabei com o maior deles!

Lily não gostou daquilo:

– Eu estou aqui também, viu?! Se não fosse por mim, você nem aguentaria segundos contra ele!

Viral se espantou com a voz feminina que ouvia e falou:

– Luno, o que a sua irmã faz pilotando o Gurren Lagann?! Eu já não te disse que não queria mais ninguém danificando ele por nada?!

– Não pude fazer nada quanto a isso, Viral. Ela que ficou insistindo para pilotar no seu lugar. – Ele respondia enquanto dava de ombros.

– Só pode ser brincadeira... – Viral resmungava.

Luno percebeu, mas ao invés de dar alguma desculpa a mais, colocava mais lenha na fogueira:

– Bem, olha o lado bom. Pelo menos ela provou que pilota melhor que um certo comandante que chega atrasado.

Viral se incomodou demais com aquilo e foi brusco:

– Cale-se! Você fica se exibindo e colocando a vida de todo mundo em risco, enquanto eu me esfolo pra livrar todo mundo das suas besteiras!

– Pelo menos eu venci um monte de outras naves e ainda derrubei o grandalhão! Quero ver fazer igual, ó grande “Comandante Viral”!

A discussão estava armada. Não havia nada que os faria parar daquele jeito. Gimmy percebeu aquilo e tentou acalmar as coisas:

– Ei ei ei, pessoal. Vamos nos acalmar. Já é por-do-sol e está quase anoitecendo. Vamos voltar para o Quartel-General primeiro. O pessoal lá deve estar bastante preocupado lá.

Todos concordaram, inclusive Luno e Viral. Gimmy achou que não fosse dar certo e se aliviou com o resultado. Se nada tivesse sido feito, os dois poderiam começar uma luta ali mesmo, Gimmy pensou.

Chegando no quartel, todos desceram de seus respectivos gammens. Luno e Viral ainda estavam irritados um com o outro. Gimmy foi tentando animá-los pelo caminho, enquanto voltariam para descansarem. Lily estava indo com eles quando Darry a abordou:

– Espere. Quero falar uma coisa com você.

Lily ficou um tanto confusa com aquilo, a esperou para ouvir o que Darry tinha a dizer:

– Você nunca havia antes pilotado um Gurren Lagann, e mesmo assim conseguiu fazer tudo aquilo sem problema algum. Como fez aquilo?

Ela não sabia o que responder. Ficou sem graça na frente de Darry e falou a primeira coisa que lhe veio a cabeça:

– Ahnn...sorte de principiante?

– É ele, não é? – Darry parecia ter entendido tudo.

– “Ele” quem?

– É o seu irmão que te fez agir assim, não é?

Lily ficou vermelha de vergonha. Começou a balançar a cabeça e as mãos, querendo negar o que Darry disse. Sem muito resultado para a jovem comandante da Grapearl:

– Foi por causa dele que você conseguiu...não...que você quis ajudar, não é mesmo?

Lily abaixou um pouco o rosto, ainda vermelho. Parecia concordar com tudo aquilo:

– Bem...eu...sempre quis poder ajudar ele, mas nunca soube como...

Darry colocou a mão sobre o ombro de Lily e a olhou nos olhos, com um leve sorriso:

– Eu acho que cada um de nos consegue mudar para melhor e ajudar aqueles que temos vontade. Nos temos essa força e podemos encontrá-la dentro de nos, basta querer. Como Kamina queria, como Simon queria...

Ela olhava para Lily de uma maneira bastante caridosa, quase afetiva:

– ...como você quer.

Lily enchia-se de admiração nos olhos. Nunca ouviu palavras que fizessem tanto sentido para ela como faziam as de Darry naquele instante. Ela não parava por aí:

– Então nunca se desprenda dessa sua vontade. É ela que te da forças para querer seguir. Com ela, você e seu irmão poderão ficar juntos o resto da vida.

Lily deu um abraço nela, que não achou que fosse ter essa reação. Foi bom para as duas, tanto para uma quando para outra. Lily então agradeceu por tudo aquilo que Darry falou e foi a caminho de Luno, que já deveria estar nos seus aposentos.

Ela andava feliz. Muito feliz. Parecia como se depois daquilo finalmente entendesse tudo aquilo que sentia e que todas as suas dúvidas estavam sanadas. Percebeu que ela também tinha a capacidade de ajudar o irmão. Percebeu como o desejo de ajudar os outros lhe dava forças. Era aquilo que fazia o irmão seguir em frente, ela pensou. Ela entendeu como que Luno tinha as forças para ajudar os outros e que sempre se superava por procurar essa força e a encontrar enterrada dentro de si. Sabia que ela também tinha essa força e iria procurar ela a qualquer custo, pelo bem do irmão, de sua mãe, de Darry e de todos os outros mais que ela queria ajudar. Fechava os olhos imaginando tudo isso e os abria novamente, agora com bastante determinação e euforia, pensando:

– *Você nunca mais vai está sozinho lá fora, maninho. Eu vou estar com você pra sempre e vou te ajudar. Agora eu também tenho a sua força. Agora...finalmente poderemos viver...juntos...*

Abaixava um pouco a cabeça e sorria, imaginando aquilo sendo um sonho:

– *...como um só.*/


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A batalha foi intensa e os irmãos saíram vitoriosos. Lily provou ser uma ótima aliada e mostrou ter uma enorme determinação.
Avaliem ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tengen Toppa Gurren Lagann - Renascimento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.