Little Snowflake escrita por narutozinha


Capítulo 7
Curse


Notas iniciais do capítulo

e entre Oxford e Stoneage consegui postar mais um capitulo, espero que gostem :)

peço desculpa pela demora a postar, mas não tenho ficado muito tempo no computador.



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O jantar entre Elsa e Jack tinha sido muito agradável. Elsa tinha se divertido imenso e Jack ficara feliz com o resultado da sua surpresa.

A noite observavam os dois deitados na varanda, uma aurora astral que iluminava o céu de varias cores, enquanto inúmeros pontos cintilantes de estrelas preenchiam o restante azul-escuro do no infinito céu.

Apesar de terem as costas no gelo frio, não parecia incomodar nem um nem outro. Eles sentiam-se parte do gelo, do frio, da neve. E a brisa do lado de fora do palácio estava fresca, como Elsa gostava. Elsa sentia-se livre, lembrava-se de todos os anos que morara no palácio fechado sem poder sentir o vento, tocar a neve ou outra coisa qualquer.

Foi despertada dos seus pensamentos quando Jack perguntou – Como descobriste que tinhas poderes?

Elsa olhou para ele deitado, os belos cabelos curtos brancos voando sobre as orelhas e o rosto.

Ela respondeu encolhendo um pouco os ombros – eu não sei, eu nasci com eles.

Jack olhava as estrela no céu e disse – hum, a lua também te acordou?

A lua? – perguntou Elsa. – sim, eu acordei um dia, estava frio, silencioso, não havia nada se não escuridão, até que a lua chamou por mim, ela disse que era o Jack Frost e eu descobri nesse dia que tinha poderes de criar gelo e neve.

Elsa rio. Jack olhou para ela – o que foi? É verdade!

Elsa continuava a rir e dizia entre os risos – ahaha a lua não fala ahaha

Jack deu um empurrão no ombro dela dizendo – ela fala, fala sim! É preciso escutar com muita atenção. Ela não fala sempre. Mas quando a lua falar, deve ouvi-la.

Elsa parou de rir ao olhar os olhos de Jack envolvidos no céu estrelado, ele falava pausadamente, sério. O que não era muito habitual.

Ela não te disse mais nada? – perguntou Elsa. Não ela, nunca responde, quando lhe pergunto (Jack respira) as vezes até perco a esperança de perguntar.

Elsa virou-se para Jack e colocou a mão sobre o rosto dele – não podes perder a esperança, nunca.

Jack sorrio e olhou aqueles olhos azuis a sua frente. Elsa era linda, era diferente de todos os que ele conhecia, ela era.. especial.

Elsa voltou-se de novo de barriga para o ar e corou a desculpar-se – desculpa, eu não sei o que aconteceu.

Jack riu da atrapalhação dela e disse – tudo bem, foi bom.

Elsa rio mas depois foi a vez dela de ficar séria.

Jack observava as mudanças do seu rosto como se fosse a única coisa importante naquele momento. Jack? – perguntou Elsa.

Sim – respondeu Jack atento a ela. – sabes descongelar?

Jack arqueou uma sobrancelha – como assim? Ficara baralhado com a pergunta.

Elsa falava fixada nas estrelas por cima de suas cabeças – descongelar. Nós fazemos o gelo aparecer, mas como o fazemos desaparecer depois?

Jack pensou por alguns momentos e sentou-se pensativo.

Elsa continuava a olhar para o céu, como é que iria resolver as coisas em Arendelle? Ela tinha condenado todos a um inverno que ela não conseguia reverter.

Jack olhou para Elsa e disse – não sei, eu nunca descongelei nada. Mas porque perguntas? Elsa também se sentou, colocou os braços em torno dos joelhos e apoiou o queixo. – eu nasci amaldiçoada em pequena. Cresci sozinha, sem ninguém que me entendesse, eu tinha de controlar o meu poder por isso aprendi a ser controlada, a conte-lo. (Elsa falava pausadamente, Jack não tirava os olhos dela estava atento ao que dizia) Mas deixei-me descontrolar e quando construi este palácio. Eu nunca me tinha sentido tão livre tão bem! Disseram me uma vez que a maldição só pode ser quebrada por um ato de verdadeiro. Que apenas um ato de amor verdadeiro, pode descongelar um coração congelado. – disse Elsa.

Um ato de amor verdadeiro? Sem conseguir controlar Jack deixou escapar um sorriso malicioso, aquela conversa toda estava a começar agradar-lhe.

Por isso queria saber se havia outra maneira, se houvesse. Podias-me ensinar a descongelar. – disse olhando esperançosa para Jack. Ele retribuiu o olhar e passados alguns instantes disse – eu gostava de te ajudar. Mas receio que não sei descongelar. Eu gosto do gelo, porque é que havia de o descongelar?

Elsa deixou-se cair de novo no gelo e esticou os braços no chão dizendo – eu também adoro, ele refresca-me, faz me sentir livre

Elsa olhou para Jack, que a observava cativado, ela rio e percebeu que tinha dito só disparates – ahaha que parvoíce, descongelar ahaha é impossível.. o riso foi quebrado com Jack sorridente – obrigado.

Elsa parou de rir e perguntou – obrigado por que? Jack respondeu – obrigado por me contares sobre a tua maldição, eu não sabia. E fico feliz por saber que confias em mim para me contares.

Elsa retribuiu o sorriso e perdida naqueles olhos azuis e no sorriso de Jack, não percebeu que o mesmo se aproximara dela, Jack tinha-se debruçado sobre Elsa e muito devagar beijara-a.

Elsa tinha fechado os olhos, os lábios de Jack eram frios como o gelo, mas ao mesmo tempo mornos, quentes, faziam lhe crescer borboletas na corpo todo.

Jack tinha deitado o bastão no chão, apoiava uma mão sobre ele para não cair sobre o corpo delicado de Elsa e com a mão esquerda acariciava o rosto claro.

O beijo intensificou-se e Elsa pela primeira vez deixou-se libertar de toda uma pressão que sempre a acompanhava. O toque de Jack, os seus beijos, eram algo que ela nunca tinha sentido.

Quando Jack se afastou eles partilharam sorrisos tolos e cúmplices entre os dois. Até que Elsa se lembrou de Anna, de como a tinha ferido em criança. Lembrara-se ainda de como congelara a fonte no dia da sua coroação em Arendelle. O sentimento de liberdade, a felicidade, depois da felicidade ela descontrolava-se sempre. E Jack? O que Jack podia fazer por ela? Nada, ela era um monstro. Provavelmente se deixasse que os sentimentos a dominassem perderia para sempre o controlo do seu poder. E já tinha feito estragos a mais.

Elsa havia se cansado de tudo aquilo. Irritara-se por acreditar em parvoíces. Ela é um monstro. E este tipo de fantasias só fazia com que ela se distraísse e perdesse ainda mais o controlo do seu poder.

Boa noite, Jack. – disse antes de abandonar a varanda. Deixando um Jack confuso para trás na varanda.


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Notas finais do capítulo

Confesso que pensei em várias maneiras de criar o primeiro beijo de Elsa com Jack. E até hoje pensei em adiar o beijo apenas para o fim da história. Mas só hoje pensei que se fosse leitora, ou até mesmo uma das personagens, tanto tempo para o primeiro beijo seria uma tortura e eu acho que tanto o Jack como a Elsa mereceram este momento agora.

Espero que também tenham gostado, aguardo os reviews de todos, até ao próximo capitulo.

Beijinhos***