Jack estava de volta, as semanas com Elsa tinham sido as melhores da sua vida. E para agradecer, ele achou que devia dar um presente, fazer uma surpresa a dona do palácio que lhe dera casa.

Além do mais Elsa tinha sido a primeira pessoa a vê-lo.

Jack saltava de telhado em telhado deixando um rasto de neve e gelo atras de si como sempre fazia.

Voltar ao seu mundo era muito divertido. Ele adorava brincar no primeiro dia de neve com as crianças. Cada vez que ele fazia nevar elas encontravam bondade nos seus corações e descobriam o lado mais quente da neve. Do frio que também pode proporcionar bons momentos.

Agitação da cidade era diferente da montanha onde Elsa vivia, haviam sempre pessoas nas ruas a quem pregar partidas, carros apressados. Havia tanto por descobrir!

Wind! – chamou Jack pelo vento – leva-me a outro sitio!

Com uma forte corrente o vento empurro-o pelos ares, fazendo Jack atravessar no céu, uma distância de quilómetros.

O sol já se ponha mas Jack não se importava, era sempre uma adrenalina contagiante voar com Wind.

Quando a noite caiu Jack foi cativado por umas risadas vindas de um velho amigo. Um menino que acreditava em vários personagens e que Jack gostava de ver se divertir com os seus truques na neve. Talvez um dia ele acreditasse nele, como Elsa.

Só que aqui parecia diferente, ninguém o via.

Jack voou para cima do telhado, tinha o capuz na cabeça e caminhou um pouco olhando a lua no alto céu negro.

A lua, a sua amiga que nada dizia, mas que tudo queria dizer-lhe.

O que se passa? O que é que eu estou a fazer de errado? – eu fazia sempre a mesma pergunta, não percebo porque é que ainda tentava dar ouvidos a lua.

Já tentei de tudo mas ninguém me vê – era sempre tão frustrante a mãos de 300anos que era assim, eu estava sempre sozinho, ninguém me via e porquê?

Eu tinha de lhe perguntar, a lua tinha de me dizer – trouxeste-me aqui! Porquê? Qual é a razão disto tudo?

Por muito que lhe perguntasse ela nunca me respondia e desta vez não tinha sido diferente. Eu não me conseguia lembrar de nada do meu passado. Um dia simplesmente fui acordado pela lua e nunca mais me disse nada, apenas o meu nome.

Jack Frost

Mas eu precisava de mais, eu queria ter respostas.

Caminhei sobre os cabos de tenção, não conseguia que me dessem respostas por isso só me restava congelar, fazer nevar.

Haviam mais como eu, eu sei que não estava sozinho, mas a eles viam nos. Porque? Porque é que não me viam a mim?

Sandy era um deles. Uau e como o poder dele era fantástico! Ele conseguia fazer mover enormes quantidades de areia dourada. Areia magica que transportava os sonhos das crianças que dormiam tranquilas nas suas camas.

Eu sempre adorei atravessar os fios de areia. As crianças tinham sonhos magníficos com grandes brinquedos, cães brincalhões.

E foi ai que eu vi algo que me deu uma ideia.

Tinha atravessado um sonho dourado com a ponta do meu bastão e este mostrara-me pequenas coisas redondas e um menino rechonchudo a comer deliciado aquela iguaria.

Sorri, já sabia o que velar a Elsa e ri dizendo – ahaha sushi! Ótima ideia!

Wind! – o vento levantou-me no ar e eu continuei – vamos buscar sushi! Ahaha e entre os sonhos desaparecemos na noite.

O que Jack não sabia era que como ele se divertia e descobria os sonhos das crianças, outros faziam o mesmo. Mas com outras intensões.

Não muito longe dali Boogeymanobservava traiçoeiro uma doce menina que sonhava com um unicórnio e um simpático menino.

Boogeyman era um monstro, queria o poder só para si e não descansara enquanto não o conseguira.

Naquela noite algo terrível estava acontecer, ele não estava ali por acaso, ele não estava ali para fazer o bem.

Injetou um pouco de medo no dourado unicórnio e toda a esperança naquele sonho se perdera. O bonito unicórnio agora era uma besta transformada num negro cavalo que Boogeyman, orgulhosamente acariciava. A partir daqui tudo seria diferente e o mal estava perto de assombrar todos os sonhos das crianças.

Mas não só os sonhos das crianças estavam em perigo..

Longe dali em Arendelle, ou mais precisamente nas montanhas, no Palácio de Elsa, uma visita inesperada estava prestes a anunciar-se.

A jovem de capa arroxeada estava maravilhada com a beleza do castelo e chamou por Elsa – Elsa? Sou eu, Anna.

Elsa não queria acreditar ao ver a irmã, foi incapaz de esconder um sorriso de felicidade – Anna?

Anna não acreditava na sua irmã mais velha, estava muito mais bonita, diferente e aquele palácio, era lindo! Ela tinha construído tudo aquilo sozinha!

Mas por muito que gostasse de ver a irmã Elsa sabia que Anna tinha de ir embora, ela não era como Jack. Anna não tinha quaisquer poderes contra ela. E Elsa não a queria magoar.

Anna queria falar com ela, pedir lhe ajuda sobre Arendelle, mas para surpresa de Elsa, Anna não estava sozinha.

Um alegre boneco de neve entrara no palácio a gritar “Olá eu sou Olaf e gosto de abraços calorosos!”

Elsa não podia acreditar! Olaf? O boneco que ela e Anna criaram anos atrás, quando eram crianças?

Olaf estava feliz por conhecer quem o criara.

Elsa mal conseguia acreditar, ela tinha conseguido dar vida a um boneco de neve? Era extraordinário!

Mas Anna não compreendia, ela não podia voltar para Arendelle. E mais uma vez, como no passado Elsa não se conseguiu controlar e o medo tomou conta de si. Elsa discutiu e atacou Anna. Criou um gigantesco marchimelo de neve que expulsou a sua irmã e os seus amigos para fora do castelo.

Elsa não podia voltar para Arendelle, mas Anna tinha lhe dito que a cidade estava congelada. Seria verdade?

Elsa ficou ainda mais assustada o que tinha ela feito? Como é que iria resolver tudo? Ela não conseguia quebrar a maldição!

Jack? Jack onde estas? Elsa só se conseguia lembrar dele naquele momento.

Sentia-se de novo sozinha. Era um monstro e não havia nada que pudesse ser feito em relação a isso.