O Casamento Da Minha Mãe escrita por Devoradora de Livros


Capítulo 6
Expulsos Do McDonalds Génerico


Notas iniciais do capítulo

Heyyy

Bem, acho que o capítulo poderia estar melhor, mas eu passei a semana num mau-humor enorme causado por eu ter dormido durante um corte de cabelo no salão e meu cabelo ter perdido metade do comprimento, além da minha franja batendo na minha cara e uma incapacidade de se manter num coque.
Porém, vocês não estão aqui pra saber do meu cabelo.

Eu quero que vocês saibam que o ultimo capítulo me deixou muito feliz, porque 4 pessoas comentaram e pra mim isso já é um grande avanço. Como prometido, o capítulo está no ar agora e não na quarta.
Mas se houver 4 comentários o próximo aparece na sexta. Talvez até antes. Negocio fechado?

Enjoy It!

Beijos!
/Dev



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Conhecidencias não são lindas?

Thalia que o diga.

Desculpe, eu ainda estou rindo internamente disso. Mas continuando.

Thalia Grace, com todo seu bom humor e simpatia praticamente causado um tornado, tempestuou para fora da sala de jantar e eu não pude evitar de rir ao ver a satisfação de Luke com o fato de Thals estar completamente aborrecida/irritada/alterada.

Aposto que ela nem lhes contou sobre o jantar direito, de tão puta que estava. Vou fazer um resuminho rápido sobre isso:

Eu sabia que Hope não parecia fazer o tipo mãe caseira (característica que Thalia provavelmente herdou dela, na minha humilde opinião), mas eu estava rezando para que fosse ela a autora da comida que estava sendo servida.

Não acho que eu conseguiria engolir qualquer coisa que eu soubesse ter sido feita por James. Sabe, a possibilidade de ele ter trocado cheiro-verde por outra ervinha...

E seja-lá-quem tenha cozinhado, tinha definitivamente um gosto artístico um tanto questionável. O peru tinha um corante em azul (Percy fez a festa, como bem, como ele mesmo perto de comida azul. Meu deus, será que sou o único ser humano normal nessa família?); A salada era completamente cinza, fala sério, quem usa corante cinza? Pensando bem, talvez não fosse corante. Argh. Mas a sopa de coloral ganhou o meu prêmio da esquisitice.

Se você não tem pais ou responsáveis mentalmente alterados ou no mínimo não sãos no momento, você nunca tomou uma sopa de coloral. É. Coloral aquele pó vermelho. Era basicamente um pote de coloral do tamanho da minha cabeça dissolvido em água e um pouco de óleo, com cubinhos de batata, macarrão e cheiro-verde. A outra parte estranha era o fato de ela ser servida em xicaras de chá.

Percy comeu grande parte do peru, Thalia, Luke, Hermes e May comeram o que sobrou dele.

James e Hope comeram a salada usando a sopa como um tipo de molho.

Adivinha quem teve de comer a bagaça completamente pura?

Essa pobre alma perdida aqui, é claro.

Enquanto James, May, Hope e james conversavam numa ponta da mesa, havia um silencio tenso na nossa ponta, Luke e Thalia quase voando na garganta um do outro. Percy devorando seu peru. E eu tentando engolir o coloral. Olhei para Percy, indicando Thalia e Luke.

“Eles ainda vão se casar” Rimos.

Ao terminar Thalia saiu dramaticamente da sala. Percy foi alguns minutos depois. Então Luke.

Respirei fundo.

Eu ia comer de manhã. Qualquer coisa. Mas por favor, não me faça engolir coloral puro em forma de sopa.

Esperei até ter certeza de que Hope, James, Hermes e May estivessem olhando para o outro lado e despejei o conteúdo no vaso de planta mais próximo. Provavelmente a planta iria apreciar mais do que eu.

Quando subi no quarto, tanto Percy quanto minha irmã estavam dormindo e eu podia ver Bob-Pequeno descendo para seu lanche da meia-noite, oferecido por Hope.

Dei ombros e tomei um banho para ir dormir.

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Acordei faminto.

A luz do sol me cegava, o barulho de água no banheiro estava me irritando e o barulho de um secador de cabelo estava me deixando igualzinho a Thalia quando eu não fechei a tampa do vaso ontem (aliás, qual a das garotas com isso de fechar a tampa?).

Eu já ia mandar Thalia desligar aquele troço quando notei duas coisas:

– Thalia estava tão puta que era capaz de me atacar se eu a mandasse fazer alguma coisa.

– Não era Thalia que estava usando o secador.

Na verdade, o barulho não estava nem no nosso quarto. Provavelmente May Castellan o estava usando em algum quarto no nosso corredor.

Então eu me levantei, pulando do beliche (quase levando uma queda no processo, mas isso é só uma nota de rodapé), e fui em direção ao aparelho que atrapalhava minha hibernação temporária.

Soa rude interromper um hospede pela manhã, mas vai tomar no cú, porque eu também sou hospede, foi chutado pela minha amiga (colorida?), minha irmã está tendo um surto de raiva, ontem eu praticamente engoli um pote de coloral aguado e estou faminto, então vem uma vaca e liga um secador as oito da manhã, na merda de uma terça-feira. No momento eu estou cagando se quem ligou foi May ou a Michele Obama.

Bem, eu segui pelo corredor (e quase bati na porcaria da parede, de novo; quando Hope vai mandar pintarem essa merda?) até uma porta azul, de onde o barulho vinha.

Lá dentro havia uma cantoria também.

Pera.

A cantoria não era exatamente feminina. E não era boa também. Estava me dando vontade de matar, só pra parar de escutar aquele som horrível.

Eu abri a porta levemente já esboçando um com licença. Mas a cena que eu vi definitivamente não foi May alisando seus cabelos loiros.

Luke estava mexendo no cabelo molhado e eventualmente o bagunçando com ajuda dos dedos e do secador. Ele murmurava uma música que penso ser Awake and Alive*, e não pareceu ter notado outro adolescente no recinto.

Devagar, puxei o celular do meu bolso (o que? Eu acredito em milagres!) e tirei algumas fotos. Ah, Thalia ia adorar isso, certeza.

Fechei a porta e nem me incomodei mais. Em parte porque foi engraçado e em parte porque a cantoria era 10 vezes pior que o secador.

Voltei para o quarto e atirei meu celular em Thalia.

Ela praticamente se levantou como se fosse um vampiro saindo do caixão. Lenta e lesadamente.

–- O que você quer, coisa?

Eu também te amo, maninha.

Apontei com a cabeça para o celular, revirando os olhos.

Thalia pegou meu telefone e seu mau-humor se esvaiu de seu rosto. Minha irmã começou a rir tanto que pensei que ela fosse ter um infarto.

Thalia ria de Luke, eu ria de Thalia. Todo mundo feliz.

De repente a porta do banheiro é aberta e um Percy só de toalha sai lá de dentro, andando em direção a sua mala.

–- Algumas calças, talvez, Percyto? -- Minha irmã sugeriu com os olhos fechados fazendo careta.

–- Por que? Isso te distrai? -- Percy apontou para sí próprio.

Thalia abriu os olhos apenas para revira-los.

–- Se vista logo, Jackson, quero sair o mais rápido possível pra arranjar um rango. -- Eu disse

Percy entrou no banheiro revirando os olhos. Através da porta ele gritou:

–- Sabe que aqui a maioria dos lugares fecha mais cedo nas terças, né?

AH VAI SE FUDER! Eu comi coloral ontem, pelo amor de deus!

Depois de eu muito bufar, Thalia dizer que eu sou muito reclamão umas quinhentas e oito vezes e Percy ficar trocando de camisa umas trezentas vezes porque não se decidia entre cor, tamanho da manga e estampa, ingualzinho a uma menina em seu primeiro encontro com o príncipe encantado, saímos do quarto. Descemos para a sala e consegui ver Luke se entretendo com um daqueles games antigos demais, tão antigos que eu não me lembro nem do nome. Ele levantou a cabeça quando passamos, mas não disse uma única palavra.

Já estávamos na porta quando ouvimos a voz de Hope:

–- Luke, querido, porque não vai com eles?

Thalia, Percy e eu giramos nos calcanhares e Luke levantou a cabeça tão rápido quanto... sei lá, uma daquelas aves que eu-vi-na-aula-e-deveria-ter-prestado-atenção-ao-nome-mas-estava-ocupado-pensando-em-algo-inteligente-pra-falar-na-minha-aula-de-quimica-avançada-quando-Piper-estivesse-prestando-atenção-pra-pagar-de-inteligente-e-pra-ela-não-achar-que-eu-passo-o-tempo-todo-olhando-pra-ela-pelo-canto-do-olho. Não que eu passe. Bem, pelo menos não o tempo todo. Às vezes eu olho diretamente mesmo.

Isso soou tipo sei lá, meio estranho e assustador.

Nota Mental: Jamais falar isso em voz alta.

Nota Mental 2: Jamais falar isso em voz alta na frente de Thalia ou Percy em hipótese NENHUMA.

Nota Mental 3: Parar de fazer notas mentais e começar a anota-las antes que eu esque... Qual era a primeira mesmo?

–- Ah, Hope, não acho que seja uma boa ideia... Ontem eu não estava me sentindo muito bem e...

–- Do que está falando, Lucian, meu bem? Você estava ótimo ontem. -- May Castellan respondeu sorrindo enquanto descia a escada.

Thalia deu uma risada e Luke mandou uma fuzilada com seus olhos azuis claros, o que, é claro, só fez Thalia rir ainda mais.

–- Luke, mãe. Já falei que é Luke. -- Ele murmura bravo com a mãe.

E é claro, minha irmã já quase caindo no chão de tanto rir.

–- Luke, vai logo. -- Hermes murmurou.

Revirando os olhos, ele se levantou e nos seguiu.

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Depois de passarmos por três restaurantes fast-food fechados, muito mau-humor, gente reclamando que estava quente e Luke e Thalia gritando um com o outro por motivos que não me interessam, finalmente chegamos a um lugar que me lembrava muito o McDonalds.

É claro, se o McDonalds fosse verde e branco e tivesse o tamanho de um campo de futebol.

Serio, era mesa que não acabava mais, e estava lotado (provavelmente porque hoje é a porcaria inútil da terça-feira e não havia uma droga de lanchonete aberta). Aliás, se a cidade é pequena, como coube um troço desses aqui? Será que já é tipo outra cidade?

Não interessa, tá aberto, tem comida, então tá mais que ótimo.

Sentamos numa mesa perto do balcão e o garçom veio perguntar o que queríamos (Thalia estava praticamente comendo o cara com os olhos, mas ele, na minha opinião, não era nem de longe tão sexy quanto Reyna ou qualquer outra garçonete do Rose´s Day).

Eu respondi imediatamente:

–- Quatro hamburgers. Duas cocas grandes. Uma batata grande. Três medias. Quatro rosquinhas com geleia e uma com confeitos. -- Pensei um pouco mais. -- Acho que é só. O que vocês vão pedir? -- Perguntei.

O garçom me encarou com olhos arregalados, assim como Luke e Percy, mas Thalia apenas revirou os olhos.

Percy e Luke deram ombros.

–- Eu vou querer a torta azul com... Uma coca diet. -- Percy murmurou.

Todos o encaramos.

–- O que? -- Ele perguntou. -- Torta combina com qualquer coisa.

Ninguém estava com paciência pra contestar a pobre alma, além é claro do fato de que talvez fosse verdade.

–- Eu vou querer uma porção de waffles e uma Pepsi. -- Murmurou Luke.

Minha rimã riu.

–- E eu vou querer um prato de panquecas com mel e um chá gelado de limão.

Então Luke riu.

–- Você prefere panquecas a waffles? -- Ele debochou.

–- É claro. Waffles são tão sem graça que me deixam doente. Igualzinho a você. -- Ela alfinetou.

–- Quem toma chá no café sou eu ou você? -- Ele respondeu.

–- Porque chá é muito pior do que Pepsi. -- Thalia disse sarcástica, revirando os olhos.

–- Disse a maluca que atirou um gato demoníaco em mim.

–- E faria de novo.

Bem, já dá pra ver onde aquela conversa ia dar.

Eu e Percy engatamos um rápido dialogo sobre esportes e faculdades, fingindo não conhecer os dois.

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Depois de meia hora eu já estava a ponto de comer o meu prato.

Onde estava minha comida?

Um garçom se aproximou, e imediatamente não fui com a cara dele. Ou melhor dizendo, com a bandeja dele. Que estava vazia.

–- Senhores e senhorita, lamento informar que a comida de vocês não vai poder vim porque...

Não, não e não.

De jeito nenhum eu ia deixar de comer. Porque ontem à noite, eu comi vento sopa de coloral.

–- ESCUTA AQUI Ô PLAYBOY DE QUINTA! EU TO NA PORRA DE UM MCDONALDS GENERICO NA ESQUINA DA PUTA QUE PARIU COM FOME A 10 HORAS! ENTÃO OU VOCÊ ME PASSA A COMIDA POR BEM OU VOCÊ APANHA PARCEIRO!

Haha, rimos muito e o cara chamou a segurança.

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Eu só quero deixar claro que NÃO foi culpa minha. O engraçadinho que veio com aquela enrolação de bosta pra cima de mim.

Sentamos num banco em frente ao lugar e observamos todas as outras pessoas saindo satisfeitas.

Hoje era terça-feira.

Como eu amava terça-feira.

Tinha aula com Piper, era o dia em que meu pai pagava meu cartão e o dia que passava o novo episódio de Pretty Little Liars.

Mas agora terça-feira era tipo um dia do demônio.

Mas isso aí vem um pouco mais pra frente.

Ainda sentados no banco meu estomago roncou e eu tomei uma das piores decisões da minha vida (como sempre aliás, quantas decisões ruins eu já tomei? Nota mental: Fazer uma lista sobre decisões ruins).

Me levantei do banco e saí andando em direção a entrada e saída de funcionários do Mcdonalds Plagiado.

Thalia me seguiu.

–- Jason. Não. -- Ela disse calma.

Mas nada separa um adolescente de sua comida. Nem mesmo suas irmãs-mais-velhas-por-meia-hora.

Percy e Luke apareceram logo depois. Entrei pela porta só para dar exatamente de cara com um homem que devia ter, sei lá, uns bons 2,10, porque me tremi todo.

O cara me olhou e dei um sorriso falso e nervoso.

–- Ops, não é a porta do banheiro não?

E dito isso corri como se não houvesse amanhã para trás da minha irmã.

O cara tinha um bluetooth na orelha e murmurou:

–- Policia? Tenho aqui um grupo de ladrões. -- Se virando para a gente ele perguntou -- Nomes?

–- Roberta Josefina, Kaio Hilson, Danilo Melus e a loira histérica aqui -- Thalia disse apontando pra mim -- É May Bell Jeferson. Ela é um travesti. TENHA UM BOM DIA! -- E corremos como se o mundo dependesse disso.

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Sobre a declaração da minha irmã: Não sei se rio ou se choro.

Sobre o caminho pra casa: Todo mundo concordou em não comentar nada disso com os possíveis adultos ou autoridades que aparecessem perguntando ou comentando sobre quatro adolescentes que tentaram invadir uma lanchonete.

Mas em minha defesa, vale tudo no amor, na guerra e se houver comida envolvida.

Em casa, Hermes perguntou:

–- Como foi o passeio?

–- Legal. -- Respondemos em uníssono.

Na minha opinião ‘legal’ não se aplicava a situação.

Miséria, falha, desespero, perda de tempo, desastre ou qualquer outra palavra que significasse tortura, aí sim estávamos a chegar a uma descrição.

–- Onde foram?

–- Um lugar -- Respondemos.

–- O que comeram?

Ar. Conhece? Especialidade local.

–- Comida. -- Respondemos novamente em uníssono.

–- Por que estão tão nervosos?

–- Não estamos. -- Respondemos já quase desmaiando de nervosismo.

O que é isso, interrogatório do FBI?

Subimos as escadas e Luke, Percy e eu ficamos no quarto de Luke, porque Thalia havia expulsado a mim e Percy do quarto sobre as seguintes palavras:

–- Cansei de discutir com essa coisa -- Ela apontou para Luke -- E vocês fazem muito barulho. Quero dormir. Estou correndo muito para uma só manhã.

Bem, a última parte é verdade. Nunca vi Thalia se mecher tanto em uma manhã.

–-------------

A tarde foi um saco jogando Snake.

Meu almoço, você se pergunta.

Barras de cereal. Fucking barras de cereal.

Na hora do jantar, teve peru para todos, graças ao senhor divino protetor de pobres aristocratas nova-yorkinos.

Estava tudo bem até Hope comentar:

–- James, você tem certeza que colocou água naquela planta?

Seguindo o olhar de Hope, enquadrei a planta onde eu havia despejado meu coloral. Empalideci e Thalia me deu um olhar dizendo:

“Foi você, não foi?”

Assenti devagar e minha irmã reprimiu a risada.

De repente, May falou:

–- Em qual lanchonete vocês foram mesmo?

–- Ah, numa aí, tia... -- Percy murmurou tão pálido quanto o resto de nós (incluindo Thalia, que estava parecendo uma vampira).

–- Eu ouvi alguém comentando sobre uma tentativa de roubo numa das melhores lanchonetes daqui. Um dia levo vocês lá.

Estávamos todos com cara de bosta. Porque May não ia nos levar na lanchonete.

Porque havíamos sido expulsos do McDonalds genérico e não voltaríamos lá tão cedo.


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Notas finais do capítulo

* Pra quem nunca ouviu Awake And Alive, eu acho a música a cara do Luke nas series, então...

Mas enfim, Waffles ou Panquecas? Eis a questão.

Agora...

Se você gostou do capítulo me conta no review o que você mais gostou, se não curtiu o capítulo me diz onde eu errei e vou trabalhar nisso, se você quer tomar uma sopa de coloral como o Jason, sugiro que não o faça porque eu tomei e não foi bonito.

Beijos!
/Dev