Secrets escrita por Brends


Capítulo 5
Você é um homem morto


Notas iniciais do capítulo

Espero que não estejam querendo me matar, mas é que com a falta de comentários achei que tinha poucos leitores. Agora prometo que vou postar toda vez que a escola me permitir...



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Senti alguém mexendo em meus cabelos, despertei mas não quis abrir os olhos tinha certeza de que Beth estava sentada ao meu lado tentando insistentemente me acordar. Lembranças da noite passada começou a vir como flashes em minha mente e me permiti soltar um sorriso.

– Eu sabia que as mulheres me adoravam, só não sabia que você já estava me amando - era a voz de Peter

– Meu deus, como entrou no meu quarto? - falei saindo da cama, tropecei ao tentar me afastar o máximo possível dali

– Pela porta é claro - aquele sorrisinho irônico estava começando a me irritar - Se arruma, preciso cumprir minha parte da aposta.

Revirei os olhos e segui em direção ao banheiro, liguei o chuveiro no quente e deixei que a água relaxasse todos os meus músculos, fiquei imaginando o que teria acontecido se eu permitisse que Peter me beijasse na noite passada. Será que ele teria ido direto pra minha cama ou eu teria resistido? Sempre fui fraca quando se trata de sexo e bebidas, afinal sou humana e tenho minhas necessidades mas as vezes exagero. Duas batidas na porta me trouxeram de volta a realidade.

– Odeio ser chato mas tenho um compromisso mais tarde, a madame poderia ser um pouco mais rápida - a voz de Peter estava abafada, quase inaudível.

Nem me dei ao trabalho de responder apenas desliguei o chuveiro e comecei a me arrumar, desembaracei os cabelos com os dedos e passei um rímel. Abri a porta avistei Peter sentado a frente da escrivaninha lendo um dos meus diários, senti raiva mas assim que vi o ano marcado na capa vi que não tinha importância era o meu diário mais antigo, da época em que meu pai havia falecido e eu me perdi. Comecei a relembrar o passado enquanto escolhia uma roupa em meu closet, dois anos após a morte de meu pai conheci Steve e foi a partir daquele momento em que minha vida começou a desandar. Coloquei uma calça jeans, uma camiseta qualquer, minha bota de couro cano alto e minha jaqueta, sequei o cabelo e coloquei uma touca.

– Podemos ir ou a mocinha prefere ficar lendo o meu diário? - perguntei parando na porta

– Ah desculpe, eu só... - ele perdeu a fala assim que me viu

– Sem problemas, agora vamos!

Mas uma vez eu estava no banco carona daquela maquina mais conhecida como carro, estávamos completamente sem rumo até porque não ainda não havia dito o que ele teria que fazer pra cumprir sua parte da aposta. Foi como um clique, a ideia simplesmente apareceu em minha mente, eu queria muito estar na direção daquele carro e como aposta é aposta ele não poderia negar.

– Peter, eu quero pilotar! - falei quebrando o silêncio

Ele sorriu torto e acelerou o carro, não me dei conta de onde estávamos até ele passar pelos portões, do autódromo da cidade. O local parecia vazio exceto por alguns funcionários que perambulavam pra lá e pra cá, ele me guiou até um galpão onde encontramos com o dono do local, um senhor amigável chamado Rick.

– Então o que a mocinha gostaria de pilotar? - perguntou Rick me mostrando a variedade de carros que tinha ali

– Nenhum desses carros me agradam - falei abrindo um largo sorriso - O que eu quero pilotar está ali no estacionamento

Rick entendeu ao que eu estava me referindo mas Peter riu como se eu tivesse contando uma piada muito engraçada, cruzei os braços e esperei até que ele parasse de rir completamente. Assim que seu pequeno showzinho acabou estendi a mão pedindo a chave de ser carro.

– Você só pode estar de brincadeira - falou mudando de expressão - Não vou deixar você dirigir meu carro

Sorri maliciosamente e fui me aproximando dele, homens são tão fáceis de enganar a cada passo que eu dava ele piscava estático, fiquei a poucos centímetros de encostar seu corpo no meu e nossos lábios estavam quase se tocando. Percebi que ele não se movera um mílimetro se quer então comecei a falar sensualmente enquanto colocava minha mão em seu bolso.

– Uma coisa que nunca deve esquecer, aposta é aposta e coisas ruins acontece com pessoas que não cumprem sua parte em uma aposta. - assim que senti a chave em minha mão puxei o braço e sai correndo em direção ao estacionamento

Quando Peter percebeu o que eu tinha feito eu já estava abrindo a porta de seu mustang, dei partida e o ronco silencioso do motor era música para os meus ouvidos. Peter estava com as duas mãos no capô e gritava sem parar, afivelei o cinto e troquei de marcha ele percebeu meus movimentos e começou a me encarar, não foi necessário palavras seus olhos diziam tudo. Soltei o freio e deixei que o carro saísse, Peter foi saindo do caminho a medida que o carro avançava, quando vi que a passagem estava livre pisei com tudo no acelerador fazendo os pneus cantarem, passei como uma flecha pelo portão e acelerei ainda mais quando cheguei na pista. Eu ouvia o motor roncar, sentia o volante vibrar em minhas mãos aquela era uma sensação inesplicavel, sempre quis dirigir carros muito potentes como aquele mas nunca tive a chance mas agora meu desejo estava sendo realizado. Dei duas voltas completas e voltei para o estacionamento, Peter estava com uma cara amarrada e Rick ria com gosto como se estive vendo um filme de comédia. Assim que abri a porta Peter começou a me apedrejar com palavras.

– Você enlouqueceu? E se tivesse perdido o controle? Sabe quanto custa um carro desses? - apenas joguei a chave para ele e passei meu braço em volta do pescoço de Rick e saímos caminhando até o galpão

– Digam me Rick, você não teria nenhuma moto, teria? - perguntei parando na porta

– Só tenho uma Honda CBR 500R, e seu que ela não atende ao seus gosto - respondeu

–Está mais do que certo, qualquer dia apareço aqui pra dar um volta com a minha davidson.

–///-

Jorge me deixou no campus como de costume, o lugar parecia mais vazio que o normal mas devia ser pelo começo do outono, o vento gelado brincava com as mexas soltas de meu cabelo enquanto castigava meu rosto. Parei de caminhar quando estranhei a falta de movimento de alguns alunos, olhei para todos os lados até ver uma aglomeração ao lado do prédio de odontologia, isso era comum nos dias de jogo mas hoje não teria jogo. Fiz uma pequena corrida até chegar o prédio, fui empurrando as pessoas até conseguir chegar ao centro da roda, Ian o cara mais insuportável daquele lugar estava batendo em uma garoto enquanto sua namorada, Rachel, ria e gritava palavras de apoio, aquela cena me deixou com raiva, provavelmente a garota enfrentou Rachel que pediu ao seu namorado que batesse na garota. Todos olhavam aquilo como se fosse totalmente normal, ninguém tomava providências, Ian preparou o punho para bater na garota mais uma vez quando gritei.

– Encoste mais um dedo nela e você será um homem morto - ele se virou em minha direção e começou a rir - Ian você sabe muito bem do que eu sou capaz, então largue a garota e sairá daqui sem nenhum arranhão

– Acaba com ela também, vai lá amorzão - Rachel falou com aquela voz nasal irritante

Ian começou a vir em minha direção e seus amiguinhos soltaram a garota e começaram a acompanha-lo, esperei que ele chegasse o mais perto possível, joguei no chão tudo que estava em meus braços, quando ele desferiu o primeiro golpe me esquivei e acertei um soco em seu abdomem, todos a minha volta soltaram um som de espanto e os amiguinhos de Ian vieram em minha direção mas antes que algum deles pudesse me atacar, falei.

– Pensem bem no que estão fazendo, porque quando eu terminar com vocês vão desejar nunca terem me conhecido.

Nenhum deles deu ouvidos e atacaram juntos, não eram os mais inteligentes, tentaram atacar um de cada lado então só foi preciso me esquivar dos golpes que eles se acertaram sozinhos, enquanto eles gemiam de dor e iam se distanciando Ian recuperou as forças e veio pra cima de mim mais uma vez, só que dessa vez me desviei de seu soco frontal peguei seu braço esquerdo e o prendi na parte de trás de seu próprio corpo.

– Mais um movimento e quebrarei seu braço - falei em seu ouvido

Porém mais uma vez ele não quis me ouvir, tentou se soltar do meu aperto então coloquei toda minha força em minhas mãos e quebrei seu braço, seu amiguinhos se recuperaram e também vieram pra cima de mim só que dessa vez um de cada vez. Peguei o primeiro com uma joelhada no estomago e finalizei com uma cotuvelada no pescoço, o segundo peguei com um soco de esquerda depois deu uma rasteira e quando ele estava no chão dei dois chutes na costela. Os três estavam no chão e todos me olhavam com medo, exceto Rachel, que me olhava com ódio, ela veio correndo em minha direção e tentou estapear meu rosto apenas segurei seus braços e a empurrei para trás, ela caiu de bunda no chão enquanto me olhava indignada. Peguei meus pertences enquanto todos continuavam a me encarar, ajudei a garota a levantar e falei.

– Vou te levar até a enfermaria - olhei para o resto das pessoas - E se alguém quiser pode levar esses três babacas pra um hospital

A garota resmungou algo que não entendi mas eu teria tempo pra conversar com ela depois que a Sr. Marques cuidasse de seus ferimentos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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