Rose Weasley

— Oras, mas...

— Até daqui a pouco loiro aguado- Interrompo-o e caminho até a porta acenando. Era só o que me faltava, vir falar que nós dois tínhamos que ir entregar, sendo que somente eu fiz o doce, só na cabeça dele mesmo. Além disso, ainda estou brava.

Pego o bilhete onde está marcado a encomenda.

Long Lane, casa 12

Waffles

Long Lane?!? Onde é essa rua? Não me lembro de ter passado por ela, terei de pedir informação. Mas nessa rua que estou não vai dar, pois tem apenas quatro casas e logo na esquina um bar, o qual está cheio de pessoas mal encardas, eu é que não vou lá.

Ando mais uns quatro quarteirões quando avisto um rapaz, obrigada Merlin, minhas pernas já estão doendo. Corro para perto do moço e tenho uma surpresa. Leitora ele é muito lindo, deixa eu descreve-lo: Cabelo bem escuro na altura das orelhas, olhos castanhos que lembram chocolate, rosto afinado com uma barba rala e...Nossa que corpo, não aparenta ser muito musculoso mas é esguio e possui costas largas. Acho que meus ovários se multiplicaram. Solto um suspiro e sorrio.

— Oi...Vo...você pode me ajudar?- Que vergonha Leitor eu gaguejei, não ligue é meu azar mandando um alô, o garoto acena que sim e prossigo— Onde fica a rua Long Lane?- Ele sorri, e detecto uma imperfeição nesse ser, seu dente da frente possui uma lasquinha. Acho quecairei, pois minhas pernas já estão bambas.

—Oh, que coincidência eu estou indo lá comprar um brinquedo para minha irmã, quer vir comigo?

Fico acanhada, apesar dele ser bonito pode ter más intenções, vai que do nada ele me sequestra e joga-me num bordel, no entanto seus olhos mostram tanta sinceridade que...acho que aceitarei — Claro, mas é muito longe?

— Que nada, mais uns sete quarteirões e já estaremos lá- Ele dá um sorriso e continua— Qual seu nome?

— Rose...Rose Weasley- Eu já mencionei que ele tem uma linda voz grossa? — Posso saber o seu?

— Lógico meu bem- Isso foi uma meia cantada? —Evan Taylor. Vamos?

Afirmo e começo a caminhar. Depois de uns cinco minutos Evan puxa assunto:

—Então Rose o que você está carregando nessa cesta? Pois o cheiro está divino.

— Er...Eu fiz Waffles e tenho que entregar à este endereço- Respondo envergonhada, afinal ele elogiou meu feito. No entanto eu tive um trabalhão para fazer, já que o loiro explodiu a assadeira, e sobrara apenas uma bandeja pequena.

— OMG!!! Além de ser linda ainda cozinha. Minha mãe gostaria de uma nora assim- Fala com um sorriso. Okay isso definitivamente foi uma cantada, dou um meio sorriso. Não me entenda mal leitor, eu o achei muito lindo e simpático, mas sempre que olho pra ele vem a imagem de um certo loiro na cabeça. Oh meu Merlin estou perdida.

— Evan, você têm uma irmã?- Começo outra conversa, pois o clima ficou ruim.

— Ah sim eu tenho e não somente uma, mas três...

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—Chegamos- Avisa Evan depois de um século. Leitor minhas pernas estão moídas, sério andamos e andamos sem parar, mas até que foi agradável, o Evan é muito carismático e não tem um assunto que ele não se encaixa... Minto, ele não sabe sobre bruxos. Isso foi para ser engraçado, okay leitor?

—Finalmente-Falo com um sorriso e prossigo— Você não quer ir comprar o presente para sua irmã? Enquanto isso eu vou entregar- Levanto a bandeja sinalizando as waffles.

— Pode ser, mas não vá fugir. - Manejo a cabeça em afirmação piscando pra ele.

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—Ainda não escolheu?- Pergunto rangendo os dentes, este ser moreno que se encontra ao meu lado está há mais de 40min escolhendo uma barbie, a qual é, tenha santa paciência, eu entreguei a encomenda rapidinho para uma mulher carrancuda com o objetivo de chegar mais cedo em casa e quando entro na lojinha chamando-o para nos despedirmos ele fala: “Nããããão Rose, eu vou te acompanhar até em casa. Minha mãe me ensinou a ser um cavaleiro”. Porém ele não consegue decidir qual boneca escolher. Responde-me leitor, será que eu salguei a santa ceia?

— Não Rose, é que minha irmã gostaria de uma barbie loira, mas apenas tem ruiva e morena, então não sei qual levar?- Olho pra ele incrédula. Meu Merlin, ele bateu a cabeça quando era pequeno?

— Escolha.Qualquer.Uma- Falo pausadamente. — Ou eu vou embora.

— Quer saber? Não vou levar nenhuma, depois minha irmã vai fazer um escândalo quando ver que ela não é loira.

Olho mortalmente pra ele, o qual engole em seco.

—VOCÊ ME FEZ ESPERAR 40 MINUTOS PARA NÃO LEVAR PORCARIA NENHUMA DE BONECA?- Grito e ele já nega com a cabeça.

—Não Rose, foi sem querer, eu sou muito indeciso. Desculpe-me, sério não queria chatear você- A sorte de filha da mãe é que ele é bom de lábia, se não provavelmente eu já estaria tacando as barbies nele.

—Okay, mas vamos logo.

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— Você mora na rua da frente então?- Pergunta o Evan, caro leitor é o seguinte ele quer saber onde eu moro e olhe que coincidência ele reside na rua ao lado. Digo que sim e ele continua— Que bacana, e deixa-me adivinhar é a aquela casa laranja?

—Como soube?- Pergunto surpresa, pois apesar de ter quatro casas ele teria de ter visto algo para afirmar.

—Fácil uma das casas é abandonada e até semana passada essa laranjinha estava para ser alugada.

— Oh talvez seja porque você conhece a vizinhança?- Pergunto irônica, com um sorriso no rosto ele responde.

—Não, talvez seja porque eu queria impressionar você com minhas deduções- Fala rindo e eu o acompanho.

—Okay,okay, eu adorei conhecer você e obrigada por ter me ajudado com a rua e tudo o mais.- Agradeço e do nada bate uma saudade de um certo loiro, ai leitor será que ele me enfeitiçou? Não é normal eu ter saudade dele, se bem que nunca passávamos tanto tempo sem nos ver, mesmo que fora brigando.

— Que isso. Eu que agradeço você por essas horas maravilhosas. - Fala e abre os braços, vou ao seu encontro. Ele tem um cheiro muito bom leitor, é uma mistura da essência de limão com canela. Ele me esmagou- literalmente- em seus braços e eu dei dois tapinhas em suas costas.

— Bom até mais. - Ele acena e corre pra a rua ao lado.

Começo a andar feliz, já faz quase dois dias que não vejo a Lilian, será que ela está com saudades de mim?

—AHHHHHHHHHHHHHH- Olho assustado para o lado que esse grito veio. Leitor quando eu digo que a pessoa é um palerma vocês não acreditam- Na...na...um...fafala axim camamaradaaaa.-Ele tá bêbado? Merlin me dê paciência porque se me der força eu mato.

O que se passa é o seguinte: O Malfoy está bêbado e tem um cara gigantesco pronto para dar-lhe um soco. Corro até o loiro e o puxo. Eu sei, eu sei, devia o deixar apanhar, mas somente eu posso relar nele.

— O que você fez Malfoy?-Pergunto brava, ele somente olha pra mim e sorri.

— Sai da frente gostosa, me deixa acabar com ele primeiro, depois eu acabo com você, se é que me entende- O grandão pisca pra mim. Acho que vou vomitar.

—Vá’ procurar o que fazer seu nojento. Afinal por que você quer bater nele?

— Por quê? Esse imbecil não queria pagar a conta do bar e como eu sou amigo do dono fui cobrar dele e sabe o que ele me fez? Jogou whisky na minha cara.

Engulo em seco, tá certo o Malfoy não devia ter jogado a bebida, mas O QUE EU FAÇO?

Nos meus livros a maioria das vezes os personagens principais correm e acho que é isso que vou fazer.

—Olha é um dementador-Falo apontando para o lado.

— Uhm o que?- Ele sendo trouxa em dois sentidos olha e eu disparo na corrida com o palerma pendurado no meu ombro esquerdo.

Corro e corro, dando a volta no quarteirão. Vou na parte de trás da rua e avisto a minha casa provisória ,vou puxando o encosto bêbado e abro a porta dos fundos.

— Ro...se, acho qqqqque vovou vomitarrrr.

Sabe leitor, nunca, absolutamente nunca corra com um bêbado.

Esse é um ótimo conselho.