The Fire Tears escrita por Lia Bejuk


Capítulo 3
Profeta Diário


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee amores da minha vida u-u eu estou feliz porque ganhei dois reviews u-u da linda da minha Chummy... Mas estou chateada também porque tem algumas pessoas que lêem e não comentam, e isso acaba com a minha auto-estima... Anyway, se deliciem aí com mais um cap aushaus



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Capítulo 3

–-- Amanda Miller ---

– E o trem parou para as pessoas descerem, quando meu pai... – fui cortada de minha narração estupenda por uma bola gosmenta que me atingiu na testa. Pouco tempo depois acabei por reconhecer a gosma amarelada como sendo mingau de aveia. – Quem foi o filho de uma trasgo que jogou isso em mim?

– Quem quer que seja tem meu agradecimento eterno... Já é a décima vez que eu ouço essa história. – comentou Lia, empurrando o prato e passando uma das pernas por cima da cadeira enquanto olhava em volta. – AI, JORDAN... TE DEVO A MINHA SANIDADE. – berrou, e em seguida piscou para mim, sussurrando. – Pega ele, amiga.

Não pude conter a gargalhada, enquanto observava a loira seguindo na direção das portas principais, provavelmente para pegar sua mochila que havia esquecido no dormitório. Comia as minhas torradas calmamente, e entre as dentadas, continuei contando a história que havia sido interrompida para Danielle.

Alguns minutos depois, ouvi o barulho de várias asas batendo contra o vento, e o pio das corujas, que choveram aos montes sobre os alunos, derrubando xícaras e roubando pedaços de pão. Como de hábito, não recebi nada, portanto tudo estava normal em casa. Consegui manter meu café da manhã afastado das aves vorazes que desciam como torpedos, prontas para agarrar qualquer coisa que fosse comestível, mas em compensação derrubei o copo de suco de abóbora quando uma voz aguda atrás de mim me fez pular.

– Ei, você é Amanda Miller? – chamou minha atenção.

– Sim? – virei para trás e ergui uma sobrancelha para a garotinha pequena que devia ser do primeiro ano.

– Camilla Stroker está te chamando... – respondeu simplesmente, apontando para uma morena que acenava freneticamente da mesa da Lufa-Lufa.

Indiquei minhas torradas, com pesar, e a outra fez um gesto de descaso, indicando as portas que levavam ao saguão. Pelo olhar em seu rosto, deduzi que deveria ser importante, então lancei um último olhar pesaroso para minhas torradas intocadas, peguei a mochila, me despedi de Danielle e Livia, e segui para o encontro da Lufana. Ela parecia tensa, então me aproximei com um sorriso sacana no rosto.

– O que é isso, Cah, a menina mal entra na escola e você já a está explorando... – brinquei, balançando a cabeça em reprovação.

– Cala essa boca, Miller... – enfiou um pedaço de papel em meus braços. – Leia.

Encarei-a por um segundo a mais, antes de pegar a folha. A primeira coisa que vi, foi o nome de minha mãe na base d’O Profeta Diário, a manchete “Invasão ao Gringotes” e um pequeno texto se seguia.

– Mas...

– Apenas leia... Depois te explico.

Dei de ombros, e comecei a leitura silenciosa, e a cada minuto minha boca se abria mais em um perfeito ‘o’.

Durante a noite de ontem, dia 01 de Setembro, perto das 3 horas da manhã, ocorreu um arrombamento a um dos cofres mais bem vigiados do Banco dos Bruxos, Gringotes. As investigações tiveram início hoje pela manhã e, com sorte, tivemos acesso ao Chefe dos Aurores, Joseph Bejuk.

“O caso do roubo do banco tem sido analisado com extrema cautela. Nenhum bruxo que preze a vida iria se meter em um roubo tão grande quanto este. Portanto mantemo-nos alertas para qualquer tipo de pista que nos leve a ele. Tendo em vista a época do último grande assalto, pedimos a qualquer um que tenha algum tipo de pista, para que entre em contato com o Ministério da Magia imediatamente, como de costume o autor da denúncia será mantido em sigilo. Prometemos não deixar este caso sem solução”

Não obtivemos nenhuma informação sobre isso da parte do banco e seus funcionários. Os duendes do Gringotes afirmam que não há nada com que se preocupar, nada para ver o para se saber sobre o assalto.

Charlotte Vernon Miller

– Olha! Minha mãe está ficando famosa... – murmurei, mas considerando o fato de que não consegui arrancar nem uma risadinha da morena, resolvi parar com as piadas, a coisa parecia ser séria. – Mas... O que isso tem a ver? Digo, eu sei que o último grande roubo ao banco foi na época de Harry Potter, só que...

– Amy... Notou que a Lia saiu do café da manhã antes do correio chegar? – cortou-me.

– Sim, ela esqueceu a mochila no dormitório.

– O quão estranho é isso? – lançou-me um olhar de advertência, e isso fez eu me perguntar se não havia deixado passar algo.

– Alguém esquecer a mochila no dormitório? É normal, eu mesma quase esqueci, esqueceria se Danielle não tivesse me lembrado de pegá-la.

– Exato! A Julia estava ao seu lado quando ela avisou?

– Estava, mas devia estar distraída.

– E algum dia nossa querida loira esqueceu alguma coisa assim? Mesmo quando a avisam? Antes de sair ela repassa mil vezes o que está carregando.

– Então... Ela esqueceu de propósito? – minhas idéias se embolavam cada vez mais, e eu realmente não entendia aonde Camilla queria chegar com isso.

– Sim, e por quê...? – me incitou, sacudindo ambas as mãos freneticamente.

– Ela queria fugir de alguém? – arrisquei.

– Alguma coisa.

– Mas o que? – pude ver que havia chegado exatamente no ponto que ela queria que eu chegasse. Um sorriso engraçado brincou em seus lábios enquanto sua alma de detetive aflorava.

– Perguntas. Provavelmente tem algo a ver com o que a professora Minerva conversou com ela ontem...

– Mas ela esconderia isso de nós? – Camilla ficou alguns segundos encarando os próprios pés, antes de tornar a me olhar torto. Entendi na hora o que quis dizer. Ela não esconderia isso de nós a menos que tivesse prometido a alguém. – E como vamos tirar isso dela?

– Eu tenho um plano. Mas antes temos que achar essa loira diabólica.

– Então mãos a obra... – dei de ombros.

– Mas espera, ela não te contou?

– Não, ela me disse que a professora queria saber sobre a dieta de sua irmã mais nova... Mas pensando bem, não faz sentido, porque todos sabem a dieta de uma pessoa que tem diabetes.

– Ai, Strawberry, as vezes a sua lerdeza me impressiona. – fiz cara de ofendida, mas no final nós duas acabamos caindo na risada.

[...]

O dia estava claro e razoavelmente quente para o início de Setembro, nos proporcionando o clima mais adequado para uma aula de Trato das Criaturas Mágicas ao ar livre. Infelizmente conseguiram ir contra todas as probabilidades ao nos trazerem Diabretes da Cornualha para estudos aprofundados.

– Pelas calcinhas de Morgana, essas pestes não param quietas... – reclamou Cammie, puxando a perna de um dos demoniozinhos e recebendo uma mordida no dedo em troca. – Desgraçados.

Eu e Julia acabamos por ter um acesso de riso, e por conta disso alguns vermes que deviam ser comida para os diabretes vieram parar em nossas bocas. Juro que quase os engoli apenas para rir dos chiliques da loira, que quase cuspiu a própria língua, e agora foi a vez da morena de rir.

– Nunca mexam com Camilla Stroker, o troco pode vir de onde menos esperamos. – brincou.

– Ah, que ótimo... – resmunguei, depois de ter cuspido todas as larvas. – Da próxima nos dê um aviso, querida, grata.

Camilla ainda ria, e eu tive que acompanhá-la quando uma Julia histérica correu na direção da cabana de Hagrid, gritando e cuspindo qualquer coisa que se acumulasse em sua boca.

– Eu acho que ela vai ser zoada por isso pelo resto do ano... – murmurou, enquanto outras pessoas se juntavam para ver.

– E eu acho que ela vai nos bater por não termos impedido isso... – respondi no mesmo tom.

– Ah... Acho que isso vai dificultar nosso plano de pedir para ela nos contar o que está escondendo...

– Talvez.

A aula se estendeu por mais longos cinco minutos, e em nenhum deles a loira voltou. Apenas quando todos nós havíamos nos erguido e colocado todos os demônios com asas de volta nas gaiolas, pudemos ver uma Lia esverdeada cambaleando para fora da cabana, sendo amparada por um Hagrid preocupado. O professor Lewis encarou-a, mas não disse nada. Dispensou a turma e voltou a alimentar os seres dentro das gaiolas.

– Cuidem dela, garotas, talvez precise dar uma passada na Ala Hospitalar. – aconselhou Hagrid, colocando a loira em nossos braços e se afastando.

Sorri de canto para seu rosto esverdeado, e pude ver a vontade de me matar estampada em seus olhos claros.

– Dia difícil, huh, Blueberry?

– Cala a boca, Stroker.

– Uia! Cuidado, Cherry, o tigre tá irritado.

Pela segunda vez no dia fui fuzilada mentalmente.

Eu e Camilla carregamos Julia escadas acima até finalmente conseguirmos, ofegantes e sem sentir as pernas, chegar à enfermaria, onde uma Madame Mason nos recepcionou, agitada. Em poucos minutos, nossa amiga já estava deitada na maca, e com uma aparência de alguém normal e saudável com um copo de tônico nas mãos. Encarei Cammie na espera de saber qual seria o momento certo para abordarmos o assunto, agora que tínhamos um momento a sós. A morena deu de ombros, e eu fiz um gesto displicente.

– Então, Lia... – começou, escolhendo as palavras com cuidado. A outra nos encarou desconfiada, erguendo os olhos do copo, sem tirá-lo dos lábios. – Eu sei que você percebeu que eu sei, não adianta tentar fugir bebendo esse... Treco aí.

– Não sei do que está falando. – apressou-se em responder, depois de uma tossida ocasionada pelo engasgo que o líquido gerou.

– Vai com calma, querida, não quer morrer engasgada com o tônico que vai te fazer melhorar. E você sabe muito bem do que a Cah está falando.

– Não, não sei, e também não quero saber.

– Pára de dar uma de durona, Lia... Sabemos que é algo importante, e você sabe que não precisa carregar esse fardo sozinha. Estamos aqui, lembra? Desde sempre, e até depois do fim. Sempre pôde contar tudo, sabemos guardar segredo.

– É! Não somos da Sonserina. – concordei, recebendo um olhar feio da lufana. – Quero dizer... Somos confiáveis.

Sorri por tê-la feito rir, e pude ver que as palavras de Camilla estavam surtindo efeito, com a simples suavização de suas rugas de preocupação na testa.

– Mas eu prometi para o meu pai e para a Professora McGonagall...

– Ah, não precisa quebrar sua promessa. – cortei-a. – Na verdade, eu e a Cammie... Cah. – corrigi-me depois de receber um bico irritado. – Cah! Tá bom assim?

– Tá ótimo.

Camilla riu, e fez sinal para que eu continuasse.

– Eu e a Cah achamos que já temos uma idéia do que se trata. Se adivinharmos você não estará quebrando a sua promessa.

– Tecnicamente... – concordou. – Me digam, o que tem em mente?

Suspirei, mas antes que pudesse abrir a boca, Camilla falou no meu lugar, coisa ao qual eu devia lembrar de agradecê-la mais tarde.

– Tem algo a ver com o assalto ao Gringotes? – arriscou. A loira ergueu uma sobrancelha em desafio. – É sobre o assalto do Gringotes. Ele te deu informações mais profundas. Sobre algo.

– Sim... Sim, ele deu. – confirmou. – Eu vou contar, mas não pode ser aqui. Nos encontre às nove horas em frente à sala precisa.


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Notas finais do capítulo

Reviews? e-e
xx' Blueberry