Alvo Potter e o Mistério de Dings escrita por Liv Zibetti


Capítulo 4
Aulas em Hogwarts




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Alvo acorda cedo no dia seguinte. Talvez fosse a incrível ansiedade que ele sentia, ou talvez fosse as bicadas de uma coruja (não era Edwiges, era a coruja de Matt).

Alvo logo foi se arrumar. Tomou um belo banho e colocou suas vestes novas da Grifinória. Estava calor, então ele não colocou cachecol. Alvo logo viu que todos seus colegas já haviam saído do dormitório quando ele voltou do banheiro. Restava apenas Malfoy, que arrumava seus livros.

Alvo chegou mais perto dele e deu conta de quem Malfoy tinha uma pequena lista das aulas que ocorriam hoje. Alvo não quis perguntar o que seria as aulas de hoje, pois sabia que não deveria falar com nenhum Malfoy, mesmo se fosse da Grifinória. Seu pai não ligaria, porem não podia dizer o mesmo de Rony, seu tio predileto.

Alvo saiu do quarto sem nenhum livro. Desceu as escadas, encontrando o Salão Comunal. Lá, todos conversavam animadamente. Em um canto, Alvo pode ver Rosa e Fred II. Rosa falava animadamente enquanto Fred rodava uma pequena moeda entre seus dados. Alvo, enquanto caminhava até os dois, foi interrompido pelo seu irmão.

– E ai, cara? – disse ele, alegremente – o que está achando de Hogwarts?

Alvo parou para pensar.

– An... legal – responde, por fim.

– Legal? Hogwarts é vida, cara – disse ele.

Há tempos Alvo não escutava o irmão tão entusiasmado. Thiago se despediu e foi para perto de seus amigos e de algumas garotas, ele iria jogar seu entusiasmo por lá mesmo.

Quando Alvo chegou perto de Rosa e Fred, percebeu que ela estava dando uma grande lição de moral para cima de Fred. De acordo com Rosa, fora ele quem colocou Pirraça dentro do Salão Principal.

– ... eu estava louca para cantar o hino da escola, seu idiota. Por que fez aquilo?...

Fred me viu parado ali e abriu um grande sorriso.

– Alvo! Dá pra falar para essa louca que não fui eu que coloquei Pirraça no salão? – suplica Fred.

– Ele não pode entrar sozinho...

– Foi a Cast, Rosa – disse Alvo sem perceber.

Rosa abre a boca e fica traumatizada.

Depois de alguns minutos, ela a fechou e fez uma cara de quem sabia:

– Mas é claro que foi ela. Quem mais poderia ter sido?

Assim, Rosa falou mais algumas coisas e saiu pelo grande retrato da Mulher Gorda. Fred olhou para minha cara e deu um leve sorriso.

– Obrigado, cara. Ela é insuportável quando tenta da lições de moral – diz Fred.

Fred e Alvo saem do Salão Comunal. Fred ensina o caminho completo para o Salão Comunal, para a manhã seguinte e para quando forem voltar para seus dormitórios.

No caminho, Fred perguntou quem era Cast. Era normal ele querer saber, e Alvo sabia disso. Porem, ele não teve como evitar um pontinha de ciúmes. Depois, acabou contando o que sabia dela.

– Então aquela menina que me parou em frente ao carrinho de doces para comprar bombas de bosta é a Cast? – pergunta Fred.

Só agora Alvo lembra-se de quando Cast conversava com Fred. Ela estava comprando “materiais” que Fred roubava da loja do pai. Às vezes, Fred acabava dando o dinheiro para o pai depois, porem a maioria delas, Fred pegava o dinheiro para ele mesmo. Fred vivia dizendo que seu pai, George, tinha dinheiro o suficiente.

Quando Alvo entrou no Salão Principal, viu que ele estava novamente limpo. Brilhando feito diamante. Nas portas, havia alguns fantasmas da escola, os quais não se sentavam as mesas de suas casas. Alvo pode ver que McGonagall observava todos os alunos por mais ou menos dez minutos.

Alvo viu Rosa sentada sozinha na mesa da Grifinória. Por ser uma Weasley, todos a fitavam enquanto ela comia seus ovos e lia um exemplar de Profeta Diário. Fred se despede de Alvo ali mesmo, segundo Fred, ele não queria receber mais sermões de Rosa de como era ruim aprontar, mesmo que aprontar seja tudo para Fred.

Alvo se senta ao lado de Rose. Aquele lugar dava uma ótima vista para a mesa da Lufa-Lufa, onde Alvo notou Cast conversando alegremente com duas pessoas. Um menino e uma menina. Alvo os reconheceu da seleção do dia anterior. Era Rogério Carli e Jeniffer Lorenzi. Parecia que Cast havia encontrado alguns amigos.

Ele se vira de leve, e consegue ver atrás de si, Made. Ela não conversava com outras pessoas, apenas olhava fixamente para um ponto. Seus olhos transmitiam raiva imensa, porem quando Made percebeu que Alvo a observava, ela deu um sorriso e acenou de leve para ele. Alvo contribuiu o “oi”, acenando de volta.

~~

Achar as salas foi um pesadelo. Demoraram horas, perderam a primeira aula. Porem, como Hogwarts tinha, em torno de cento e quarenta e duas escadas, era difícil achar as salas.

Como se já não bastasse todas essas escadas, elas tinham que mudar de lugares. Não todas, claro. Mas, algumas, mudavam. E as portas então? Era tudo um sacrifício. Algumas portas nem eram portas! Isso era tudo muito complicado.

Nem te falo então dos quadros, que saiam para visitar um aos outros. Alvo fez a burrice de tentar marcar que escadas eles já tinham passado recordando os quadros, porem sempre voltavam para o mesmo lugar.

Pirraça não ajudava em nada, servindo de porta falsa e atrasando ainda mais os alunos. Cast podia gostar dele, porem Alvo o odiava. Pelo menos por enquanto, Alvo o odiava.

E as portas que não queriam abrir? Algumas, Rosa disse: faça cocegas, outras, ela apenas riu. Rosa também não ajudava Alvo, porem sempre reclamava que iam perder a primeira aula, e como a primeira era de História da Magia e a segunda de Poções, logo que deu a hora da primeira aula (e eles ainda estavam perdidos), Rosa e Alvo foram direto para a sala de Poções, que não foi mais fácil.

O pior era que alguns quadros sempre cochichavam e apontavam para os dois. Quanta fama, pensou Alvo, até os quadros querem nos ver.

Alvo não gostava de comentar, mas a fama era horrível. Todos queriam sua atenção, mesmo ele nem sabendo quem era a pessoa que parava a sua frente e lhe dizia “oi”. Naquela mesma manhã, foi um sufoco sair do Salão Principal, pois todos pareciam interditar a porta, os fazendo ter de empurrar seus colegas. Isso sim foi uma coisa que os atrasou ainda mais. Talvez, se eles tivessem saído mais cedo, conseguiriam chegar a tempo na aula de História da Magia.

– Logo no primeiro dia! Logo no primeiro dia e perco uma aula! Ai, Alvo... – resmungava Rosa, cheia de raiva.

Quando chegaram finalmente a sala de Poções foi que o sino de termino da primeira aula do dia tocou. Todos os alunos (do quinto ano) saíram da sala de Poções e assim Alvo e Rosa entraram, dando de cara com Horácio, seu professor de Poções.

– Oh! Mas que rápidos! O que aconteceu para chegar tão rápido? – perguntou Horácio quando viu Rosa e Alvo entrarem e começarem a escolher suas carteiras. Rosa apontou para a primeira carteira, a mais perto do professor.

– É que não conseguimos achar a sala de História da Magia, então, quando deu a hora de História da Magia, começamos a procurar sua sala – disse Rosa, cheia de determinação – mas, isso é culpa de Alvo. Se ele não estivesse...

– Mas, tudo bem – disse Horácio, gentilmente – não tem problema algum.

A sala começou a se encher e logo Alvo percebeu que fariam dupla com a Lufa-Lufa. Alvo procurou por Cast, mas não a achou. Cada mesa tinha três lugares; tanto que quem sentou ao lado de Alvo foi Malfoy.

– Posso? – disse Malfoy, antes de se sentar.

Rosa parecia que ia dizer alguma coisa quando, automaticamente, eu disse um sim. Rosa parecia furiosa comigo. Muito furiosa.

A sala começou a encher. Atrás de Alvo, se sentaram Rogério Carli e Jenifer Lorenzi. Eles estavam bem entusiasmados e guardavam um lugar (no meio) para alguém. Logo que sentaram, a menina, Jenifer, disse:

– Cadê a Cast? Ela deveria estar aqui! – parecia irritada.

– Calma, Jeni, ela deve estar perdida...

– Não vem com essa, Roger – interrompe a menina, brava.

Alvo se virou automaticamente, pois queria ter certeza que aquelas pessoas haviam falado “Cast”, então, ele realmente pode ver aquelas carinhas direito: a menina era baixa e bem branquinha, cheia de sardas pelo rosto. Seus olhos eram em um verde intenso e bem bonito. Seus cabelos eram longos e pretos, e vinham presos com uma caneta em um coque. O menino, por outro lado, mesmo tendo os olhos verdes, era totalmente diferente. Ele era baixo, sim, porem seus cabelos rebeldes e grandinhos (na verdade, nem tão grande) eram e um tom castanho claro. Seu rosto era uma pele bronzeada, mas nem tanto.

– O que tá olhando? – pergunta a menina, depois de dois segundos.

– Jeni! Esse é Alvo Potter! O filho do Harry Potter! – sussurra o menino.

– I dai? Isso não da direito de e olhar feito um peixe morto – Alvo queria rir com o comentário da menina, mas segurou firme e olhou para frente.

Logo Alvo percebeu que a sala estava cheia. Logo se preocupou com Cast. E ai sim, ouviu Horácio falar:

– Meus caros alunos, vamos dizer que estou feliz e recebe-los. Quero que todos vocês aprendam a preparar poções magnificas, mas sei que alguns tem mais facilidade que outros, e uns tem mais determinação que outros. Não quero que sejam obrigados a gostarem de poções, não, isso nunca! Quero que vocês apenas respeitem essa matéria; ela é tão útil quanto qualquer outra que vão aprender em Hogwarts. Um bruxo que sabe preparar uma bela porção, com certeza é um bom bruxo. E...

Horácio foi interrompido por um abrir de porta. Todos olharam para sua direção.

Ali, com um saquinho de amendoins nas mãos, estava Cast. Ela vinha com uma bolça nas costas, pendurada em apenas um ombro. Suas vestes estavam meio amarrotadas e ela suava um pouco. Seus cabelos estavam presos em um coque bem mal feito, preso com uma fita amarela, que parecia ser de alguma parte do uniforme. Cast estava com seus olhos em um verde meio azulado e trazia em seu rosto uma aparência extremamente normal. Ela não estava nem com vergonha por todos os olhos daquela sala estarem virados para ela e nem com medo pelo o professor possa não a deixar entrar, e, com sua voz extremamente bonita, ela pronuncia as seguintes palavras;

– Oi – ela diz isso olhando para os alunos curiosos que a olhavam, depois, se vira para Horacio – sabe, eu estava com a Prof. McJey e a Minerva.

– Ah sim, entre. Sente! – diz Horácio. Alvo consegue notar a mão de Jenifer no ar, e também consegue notar Cast a seguindo. Ela se senta, o professor continua, e Jeni diz:

– Sua vaca! Acha que eu sou o que? Burra? Idiota?

– Louca? Sim – diz Cast – ele começou faz tempo?

– Não – responde Rogério – começou agora.

– Certo. Virem pra frente que não quero voltar para a diretoria durante um dia – Cast dizia isso como se fosse grande coisa “um dia”.

O resto da aula fora tranquilo para Alvo e Rosa. Eles não conversaram; Rosa estava bravíssima com ele. Malfoy nem abriu a boca, para começo de conversa.

Rosa e Cast receberam “perfeito” quando Horácio foi ver quais Poções para Curar Furúnculos estava boa. Alvo recebeu um “bom”, junto de Malfoy, Matt (seu colega de quarto), Rogério, Jenifer, Jonny e alguns outros alunos que Alvo não conhecia. Todos os “ótimos” e alguns “bons”, exemplo; Matt, Malfoy, Alvo e os dois amigos de Cast, foram convidados para o Clube de Poções do Horácio. Sábado, às nove horas.

Depois de Poções, com ajuda de Malfoy, eles se encaminharam para aula de Herbologia, que infelizmente fizeram dupla com a Sonserina. Foi um horror. Lúcio e seus capangas jogaram terra na cabeça de Rosa, que ficou furiosa. Malfoy tentou defende-la, mas Rosa lhe deu um tapa na nuca por isso.

– Eu sei me defender sozinha, Malfoy – dizia ela.

Alvo nem tentou defende-la depois daquelas palavras. Alvo odiava as broncas dadas pela Rosa. Depois de atentarem a coitada da Rosa, começaram a zoar o Malfoy, que seus olhos cinzentos transbordavam de raiva extrema.

Alvo também foi vitimo de piadinhas na aula de Herbologia, que foi horrível. Lúcio fazia questão de todos ouvirem suas palavras, porem apenas quando o Prof. Longbotton saia. Uma das sortes de Alvo, era que Made, a amiga de Cast, sempre ficava ao lado de Alvo, dizendo ao seu ouvido “não fale nada. Acaba perdendo a graça e ele para com isso”.

Depois, fizeram aula de Transfiguração com a profa. McJey, que estava graciosa e gentil, porem quando Bonnners (um aluno da Corvinal) gritou, ela ficou mais brava do que nunca e expulsou o menino de sua aula por uma semana. O coitado quase chorou, tentando se defender.

– Não suporto esses tipos de coisas em minhas aulas. Venha aqui se quiser aprender magia! Quer mostrar sua voz? Vá para um coral! – dizia McJey.

Por sua vez, a aula foi impressionante e cansativa. Vamos dizer que Alvo, e nenhum outro aluno, conseguiu transformar o fósforo em agulha. Lamentável.

Depois, veio a aula de Feitiços, que foi lamentavelmente normal. Ela foi seguida se um almoço deslumbrante e comum. Na verdade, o resto do dia foi comum, como qualquer dia em uma aula. Comum, porem proveitoso. Alvo realente amava Hogwarts, e isso ele sabia que era verdade.


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Notas finais do capítulo

Hey, pessoas Terraquias!
Desculpe a demora... bem, pelo menos postei >
Bjs da Liv :**



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