Alvo dormia em seu quarto. Tiago já havia acordado e Lílian estava na cozinha junto de Harry e Gina.

– Acorda! – grita Tiago, tacando-lhe um travesseiro em cima de sua cabeça.

Alvo acorda e logo vê (encima da cama de seu irmão) um envelope amarelo.

Alvo nem deu atenção. Levantou e se encaminhou até o banheiro. Tomou um banho e colocou roupas normais. Arrumou o cabelo (que, na verdade, ficou do mesmo jeito, já que seu cabelo era ruim de arrumar) e desceu para o café.

Harry estava sentado á mesa lendo O Profeta Diário enquanto Gina estava ao fogão, fazendo fritas junto de Lílian resmungava, dizendo que queria logo sua carta de Hogwarts.

Alvo se senta à mesa e serve-se de ovos e panquecas.

– Bom-dia – fala Alvo.

Gina se vira, animada.

– Olá, filho! – diz ela – pronto para as compras?

– Compras? – pergunta Alvo.

– Seu pai pegou folga no trabalho e vai nos levar... – continua Gina.

– Para onde? – interrompe Alvo.

– ... e vamos deixar Lílian na casa de minha mãe – termina Gina.

– Você recebeu a carta? Pedi para Tiago levar no seu quarto – comenta Harry.

Alvo se levanta.

– Ela chegou? – pergunta Alvo.

– Ela quem? – Lílian franze a testa.

– A carta! – responde Alvo.

– Que carta? – pergunta Tiago, chegando na cozinha e entrando no assunto.

– A da escola! – responde Alvo.

– Que escola? - pergunta Tiago e Lílian juntos.

– Hogwarts! - grita Alvo, fazendo o copo que Harry tomava seu café explodir.

– Educação, por favor – comenta Gina, limpando o café derramado.

Tiago da um sorriso e tira um grande envelope amarelo de seu bolço. Ele o joga para Alvo que logo o apanha no ar. Alvo lê as seguintes palavras:

Sr. A. Potter.

O Quarto Médio

Ruas dos Alfineiros, N° 4

Little Whinging

Surrey

Sua carta havia chegado! Ele a virou para se certificar se era mesmo a carta de Hogwarts. Era ela mesmo! O lacre tinha um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra H. Ele abriu o envelope rapidamente (tomando cuidado apenas para não rasgar) e pega a primeira carta. Abre, com as mãos tremulas, e logo começa a ler:

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Diretora: Minerva McGonagall.

(Ordem de Merlim, Primeira Classe, Grande Feiticeira, Confederação Internacional de Bruxos)

Prezado Sr. Potter

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

Diretora.

Ele abriu um largo sorriso e olhou para o envelope amarelo deixado encima da mesa. Guardou cuidadosamente a carta e pegou o resto dos ovos.

– Vamos comprar os materiais hoje? – pergunta Tiago.

– Sim – responde Gina, animadamente – andem logo! Seu pai está esperando! Vamos almoçar na casa de minha mãe.

Alvo engoliu o resto que sobrava em seu prato o mais rápido possível. Trocou novamente de roupa, guardando seu envelope no bolço do calça. Pegou uma jaqueta, para o caso de esfriar repentinamente (pois as quatro horas, quando Alvo acordou para ir ao banheiro, estava um frio de arrepiar todos os pelos do corpo) e pegou uma mochila e colocou em suas costas. Sabia que podia precisar, já que iam fazer compras para duas pessoas, e eram muitos livros.

Tiago entra no quarto e Alvo percebe uma carta, que ele guarda dentro do envelope amarelo. Ele pega a sua própria mochila, depois se vira para Alvo, que tentada (em vão) arrumar seus cabelos escandalosos.

– Vamos, Cinderela? – brinca Tiago. Alvo chamava aquilo de provocação. Tiago amava fazer aquilo com todas as pessoas que ele conhecia.

Os dois saíram do quarto rapidamente. Logo ao descerem as escadas, eles virão Lílian, que estava quase ajoelhada falando com Harry e Gina, que riam um pouco. Gina afirma com a cabeça e ela começa a pular de alegria. Quando Harry vê Tiago e Alvo, ele cutuca Gina, que logo da um sorriso.

– Tão crescidos! – comenta Gina.

Os Potter saem da casa e logo a tranca. Harry não queria que algum trouxa tentassem roubar a casa, afinal, não sabia como agiriam quando virem os quadros que se mexiam e coisas bruxas do tipo. Talvez vendessem.

Os Potter entra no carro da família (um Ford prata) e logo saem. O carro era encantado, por isso viajava muito rápido e tinha um botão de invisibilidade (que estava acionado).

~~

Lílian tina convencido Gina e Harry a irem juntos ao Beco Diagonal. Agora, ali, eles se arrependem de tal feito. Tinha tanta gente ali... era quase impossível ter os olhos grudados em três pessoas ao mesmo tempo.

– Gina, fica com Lílian. Eu levo os meninos para as compras – comenta Harry.

Ela concorda.

– Vem, filha. Vou te mostrar a loja de seu tio – e assim as duas se foram.

– Pai, posso comprar as coisas com os meus amigos? – perguntou Tiago, apontando para uma menina e um menino, que esperavam ansiosamente.

– Encontramos você na Genialidades Weasley na hora do almoço – diz Harry.

Tiago sai correndo para se encontrar com seus dois amigos. Harry olha para Alvo, contente.

– Então, filhão, só nós, em? – diz Harry.

Agora eram oito horas, eles tinham até meio dia para comprar todas as coisas. Harry conhecia todas as lojas (ou quase), iria ser fácil.

– Bem, leia a lista – pede Harry.

Alvo tossiu para limpar a voz.

– Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Uniforme: Os estudantes do primeiro ano precisam de: três conjuntos de vestes comuns de trabalho (preto). Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário. Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar). Uma capa de inverno (preta com fechos prateados). As roupas do aluno devem ser etiquetadas com seu nome. Livros: os alunos devem comprar um exemplar....

– Vamos ao uniforme primeiro – interrompe Harry – depois o resto da lista, está bem, filhão?

– Certo – comenta Alvo.

Harry o levou para Madame Malkin – Roupas para Todas as Ocasiões e Alvo logo subiu em um banco, enquanto uma velha passava a fita métrica pelo seu corpo para saber o exato comprimento de suas roupas. Madame Malkin era uma velha até que legal, mas Alvo não gostava de ficar ali, parado, enquanto Madame Malkin e seu pai conversavam sobre os últimos acontecimentos – e Madame Malkin agradecia pelos bruxos que Harry mandou para Azkaban. Quando estavam saindo, uma menina entrou sozinha na loja. Madame Malkin a conhecia. Ela era um pouco mais alta que Alvo. Era bem bronzeada e tinha sardas no rosto. Seus cabelos eram castanhos avermelhados (porem mais castanho que vermelho), seus olhos eram verdes claros com as bordas pretas. Ela emitia ar de travessa, porem parecia ser ligeiramente inteligente. Ela entrava com uma mochila com uma estampa (claramente trouxa) que dizia: Bruxas e Bruxos. Sua estampa trazia caras horríveis.

Depois de servir de manequim, Harry pediu para que Alvo lesse quais eram os livros enquanto eles caminhavam para Floreios e Borrões.

– Livros: Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes: Livro padrão de feitiços (1° serie) de Miranda Goshawk. História da Magia de Adalberto Waffling. Guia de transfiguração para iniciantes de Emerico Switch. Mil ervas e fungos mágicos de Fílida Spore. Bebidas e poções mágicas de Arsênio Jigger. Animais fantásticos & onde habitam de Newton Scamander. As forças das trevas: um guia de auto proteção de Quintino Trimble.

Harry já estava dentro da loja, pegando os livros conforme Alvo ia dizendo. Quando Alvo terminou de ler a tal lista, já haviam pego todas as coisas que estavam nela. Harry pagou a conta e eles saíram. Alvo conseguiu ver um carro de doces e pediu alguns sapos de chocolate para sua coleção com quatro mil e cinquenta e seis (na verdade, tio Rony e Harry deram as figuras deles para Alvo no seu aniversário de sete anos de idade) figurinhas. Harry comprou dez sapos e Alvo guardou na mochila junto do resto dos materiais.

– E agora? – pergunta Harry.

Alvo pega novamente a carta e lê:

– Outros Equipamentos: 1 varinha mágica, 1 caldeirão (estranho...

– Estanho – corrigiu Harry.

– ... tamanho padrão 2), um conjunto de frascos – nisso Harry entra na loja “Poções e outras coisas mais”, que aparentemente era nova – 1 telescópio, 1 balança de latão.

– Olá! – disse uma velha mulher, alta, cabelos castanhos escuros, olhos verdes com bordas pretas... era parente da menina que entrara na loja de roupas quando ele saia – porem me chamar de Calin Castelan, sou a dona da loja. O que desejam, srs. Potter?

Harry pegou o pergaminho da mão de Alvo.

– Vocês tem caldeirões, conjuntos de frascos, telescópio e balanças de latão? – pergunta Harry, devolvendo o pergaminho para Alvo.

– Claro que temos – comenta ela – venham comigo, por favor.

Logo já tinham tudo. Aquela loja tinha cada coisa mais esquisita... Harry comprara mais coisas do que estava em sua lista. Alvo ficou interessado em um chifre de unicórnio, mas Harry não deu, “você não vai precisar disso”, adverte ele. A sra. Castelan era muito bondosa, porem as vezes brigava com uma das vendedoras que estavam pisando nos tapetes de dragão que eram para ser vendidos “isso é da loja, se quer pisar nele, compre!”, gritava ela. Depois de saírem, Harry elogiou a mulher, dizendo que ela era bastante generosa (ela dará a Alvo um pouco de Pó para Explosões, uma coisa que logo Alvo daria para seu tio George).

– Agora, só falta a varinha – comenta Alvo.

– E uma coruja – adverte Harry – seu irmão ganhou uma, você também tem o direito.

Alvo sorriu e logo continuaram.

Eles pararam enfrente a Olivaras: Artesões de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C. e Harry disse:

– Vou comprar sua coruja enquanto vê a varinha, parece que a loja está fechando - Harry aponta para uma loja: Melhores Animais para Bruxos, que parecia mesmo estar fechando.

Alvo assenti e entra no Olivaras.

A lojinha estava vazia, sem nenhum sinal de habitação. Um sininho toca no fundo da sala no estante em que Alvo pisa para dentro de tal loja. As caixinhas que deviam estar as varias o chama a atenção; qual seria a dele? Alvo estava tão interessado em tal coisa, que levou um susto quando uma voz disse:

– Bom-dia – a voz era suave e velha.

Um homem estava parado a suas costas. Ele usava uma muleta e parecia bastante velha.

– Olá – disse Alvo, meio (completamente) sem jeito, por causa do susto.

O homem da um sorriso amigável.

– Sou Olivaras – comenta ele – ah, sr. Potter... como é bom ver o sr. Estava esperando, sim, sim. Tenho até umas varinhas separadas para o senhor experimentar. Tenho certeza que uma dará certo.

Quando Alvo ia responder, a porta se abre e uma menina entra.

– Olivaras, trouxe cerveja amanteigada! – disse a menina, Alvo se virou e deparou-se com a menina da loja de roupas.

– Obrigado, pequena Castelan – disse o velho, parecendo se esquecer de Alvo.

A menina estava cheia de coisas. Trazia uma grande sacola cheia de livros e outra cheia de roupas, sua bolça havia rasgado. Ela usava uma saia rodada e preta, junto com uma blusa amarela com uma estampa bem legal, escrita: um dia você pode ser eu!, o que o fez da um sorriso alegre. A menina colocou a bolça rasgada em uma das cadeiras e o resto das coisas no chão, pegou uma garrafa e entregou ao velho. Depois que ela notou Alvo.

– Olá – disse ela, caminhando até ele.

– Olá – respondeu Alvo.

– Bem, como ia dizendo, sr. Potter, separei algumas varinhas para o senhor – diz, novamente, Olivaras.

– Pode atender ela primeiro – diz, educadamente, Alvo.

Ela abre um sorriso.

– Já tenho a minha – comenta ela, pegando uma varinha, que vinha ao cinto de sua saia.

– Hum... certo.

A menina continuou lá, conversando animadamente com Olivaras e ele. Alvo conseguiu uma varinha, que segundo Olivaras, era boa. Sabugueiro, pelo de unicórnio, vinte e oito centímetro, flexível.

– Quase igual a minha – comenta a menina, que Alvo ainda não sabia o nome – a minha é: sabugueiro, chifre de unicórnio, vinte e sete centímetros e bastante flexível, para ver se não quebro – acrescenta ela, fazendo Olivaras rir.

– Essa menininha já quebrou duas varinhas – comenta ele – ela ainda vai para o primeiro ano, porem a tia dela, Calin, deu a ideia dela comprar a varinha mais cedo. Ela comprou, já que a srta. Castelan aqui, teve seus poderes revelados aos cinco anos, porem quebrou duas várias das três que já teve.

– Não tenho culpa, Olivaras, toda a vez que vou tentar um feitiço difícil, acontece que ela acaba quebrando...

– Se não usasse sua varinha para colocar lagartixas nas sopas no Caldeirão Furado, isso não aconteceria – fala, com autoridade, Olivaras.

Alvo sorriu. Ela lembrava seu primo, Fred e seu tio, George.

– Ora! Se as lagartixas não fossem tão difíceis de imobilizar, isso não aconteceria! – ela diz, rindo.

Olivaras da um sorriso.

– Que escola vai, pequena Castelan? – pergunta Olivaras.

Ela faz uma cara alegremente e mil vezes mais feliz que a última.

– Eu vim aqui para te contar, Olivaras! – diz ela, levantando e correndo até a mochila rasgada – nem vai acreditar!

Ela volta com uma carta.

– Hogwarts, Olivaras! Hogwarts! – diz ela, quase chorando de ansiedade – a primeira da família a ir a Hogwarts!

Olivaras abre um sorriso, pegando a carta.

– Calin deve estar muito feliz – comenta Olivaras – e seus pais, eles sabem?

O sorriso do rosto da feliz menina desaparece. Quando ela abre a boca, Harry entra na loja.

– Olhe, Alvo, consegui uma coruja igual a Edwiges – diz, alegremente, Harry, que estava acompanhado de Lílian.

Ele se levanta da cadeira que sentava, caminha até o pai e pega a gaiola. Olivaras o acompanha.

– Olá, sr. Potter. Quanto tempo – diz Olivaras.

– Muito – admite Harry.

– Bem, tio, vou indo – diz a alegre menina, que agora não estava mais tão alegre – vejo você atarde. Tia Calin não quer que eu demore, senão ela tira a minha varinha... de novo.

Ela sai, carregando a bolça estourada e as sacolas.

Harry, Lílian e Alvo saem da loja. Harry está um pouco bravo com Lílian, pois ela havia esperneado para sair junto de Harry, pois Gina estava muito ocupada arrumando a mesa do almoço e a comida na casa do tio George, já que os planos haviam mudado e eles almoçariam lá, na Genialidades Weasley. Harry levou Lílian para ver alguns livros na Floreios e Borrões, aonde ela comprou dois; Uma Garota em Hogwarts, um livro que falava de uma pequena garotinha que frequentava Hogwarts, e que Rosa diria a ela que era um grande desperdício de dinheiro (já que nada escrito lá era, de fato, real), e também comprou um que Rosa falava muito: Hogwarts, uma história.