Never Be Mine escrita por YOSEN912


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Novamente, isso é um bônus de PTG, fanfic minha (Kahekili). Essa bônus surgiu logo depois que PTG foi postada e muitos fãs pediram a continuação. Eu fiz a primeira parte e a Alba me mandou a segunda. Ficamos feliz com o resultado e resolvemos postar.

Espero que gostem.



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- Por que não estamos indo para a Margot? – Leo perguntou ansioso ao meu lado.

Respirei fundo e engoli em seco. Nunca deveria ter concordado com Percy. Na verdade eu nunca deveria ter dado a merda da idéia. Agora eu estava aqui. Preso no carro, rodando pela cidade, com Leo ao meu lado me questionando sobre onde estávamos indo.

Tomei o caminho da direita me afastando ainda mais da Pizzaria da Margot. Era agora ou nunca. Se eu não fizesse isso Percy descobriria e daria um jeito de se vingar de uma forma bem vergonhosa.

- Porque eu quero te mostrar uma coisa. – respondi quando percebi que ele ainda esperava uma resposta.

Leo arqueou as sobrancelhas, mas se manteve calado ainda que suas mãos não parassem quietas.

Não tardou para que chegássemos a onde eu queria. O lugar há muito havia se perdido nas tradições da juventude, mas meu pai tinha me levado ali um pouco antes de se tornar ocupado demais para prestar atenção em mim. Eu gostava de ir aquele ponto. Um dos mais altos da cidade. Eu conseguia ver praticamente tudo daquele lugar. Todas as luzes, cores, barulhos. Era ao mesmo tempo cativante e solitário. Mas mesmo assim era perfeito para o que eu queria fazer.

- Uau! – escutei Leo soltar antes de tirar seu cinto de segurança e pular para fora do carro.

Dei um meio sorriso e girei a chave na ignição antes de tirá-la e sair do automóvel em direção a pequena murada de madeira onde Leo se pendurava para ver o que tinha lá embaixo.

- Isso é irado! – falou com os olhos brilhantes. – Por que nunca me mostrou isso aqui? – ele se virou para mim com um brilho de malícia nos olhos. – Eu poderia ter transado várias vezes nesse lugar.

A idéia de que ele pudesse levar outras pessoas para aquele local, que eu queria somente compartilhar com ele, fez meu coração se apertar.

- É um lugar especial pra mim. – falei olhando em seus olhos. – Meu pai me mostrou e achei que deveria dividir com você.

Leo somente sorriu ainda mais.

- Quantas você trouxe pra cá? – questionou malicioso. – Dez? Vinte? Traçou Piper aqui?

Revirei os olhos e neguei com a cabeça.

- Você é a primeira pessoa que eu trago. – falei em meio a um suspiro. – E eu fiz isso porque queria te falar uma coisa.

O sorriso de Leo congelou e saiu do seu rosto dando lugar a um franzir de cenho.

- E o que seria? – questionou agora parecendo nervoso.

Observei ele se aproximar e me direcionar um olhar curioso. Respirei fundo tomando coragem.

- Eu gosto de você. – soltei. – Não como amigo, mas como... Como o Percy gosta do Nico.

Leo franziu ainda mais o cenho.

- Como primos? – perguntou idiotamente. – Mas nós não temos nem parentesco ou coisa...

Interrompi sua frase com um beijo. Leo pareceu surpreso por alguns segundos até que passou a retribuir. Pedi passagem com a língua, recebendo uma resposta positiva, enquanto minhas mãos desciam em direção a sua bunda. Os dedos de Leo adentraram em minha blusa, fazendo pequenos carinhos e me dando prazer em ter sua pele quente contra a minha fazendo com que sentisse vontade, naquele momento, de colocá-lo contra o carro e tirar todas as suas roupas.

Mas eu nunca pude fazer isso.

Naquele momento Leo me afastou e negou com a cabeça.

- Sinto muito, Jason. – sussurrou se afastando. – Somos só amigos.

Franzi o cenho sentindo minha esperança se esvair.

- Eu não te vejo dessa forma. – continuou dando mais alguns passos para trás. – Ok, talvez eu te veja. – ele fechou os olhos e suspirou. – Mas não para um relacionamento. – seus olhos se abriram e ele me encarou como se quisesse pedir desculpas. – Nós podemos transar, mas eu nunca vou ser seu. Eu não quero te dar falsas esperanças.

Fechei os olhos e respirei fundo sentindo o coração apertar com a dor da rejeição. Eu, internamente, já esperava por isso. Leo nunca namorou com ninguém. Era sempre “Há Leo para todas”. Leo estava sempre ali para ser de todos.

Mas Leo nunca seria meu.

~x~

Doze anos se passaram desde aquela noite.

Leo e eu achamos que era melhor passar uma borracha e deixar aquele momento de nossas vidas uma lacuna em branco. Não iríamos tocar naquele assunto novamente, iríamos esquecer o momento e seguiríamos como bons amigos que nós éramos.

Como o esperado, ele esqueceu, eu não.

Era difícil esquecer uma resposta negativa para os seus sentimentos quando a pessoa que era o alvo de seus pensamentos era o seu melhor amigo. Parecia que cada dia mais, meus sentimentos unilaterais por Leo afloravam. Doía. Mais que qualquer coisa no mundo. Até mesmo um chute no saco.

E quando via Percy feliz ao lado de Nico, era o momento em que me perguntava o porque daquela felicidade não podia ser minha também. Todas as vezes que Leo aparecia ao lado de alguém novo de mãos dadas ou aos beijos, sentia meu coração apertar e se congelar mais e mais.

E o fantasma da rejeição e do amor não reciproco, faziam questão de desferir um tapa em meu rosto. Ardido e real. Um aviso que Leo nunca seria meu e eu não seria dele.

No auge de seus 29 anos, Leo confessou estar noivo.

Era segredo até então, mas ele disse que Jason Grace, seu melhor amigo, deveria saber.

- Vou me casar com Calipso. – lembrei da garota em questão. Estudávamos juntos no colegial e ela fazia parte do time de líderes de torcida. Onde fosse, Calipso estaria de pernas abertas para Leo. Ela me enjoava.

- Ela está grávida, e eu gosto dela a ponto de não abandoná-la nesse momento. – disse-me com a voz rouca. Não era o mesmo Leo, inquieto, extrovertido. O tempo havia mudado sua personalidade.

Soltei um sorriso amarelo e desejei-lhe boa sorte. Nos abraçamos e ele seguiu seu caminho.

Ele se foi, eu fiquei.

Naquela noite em particular, chorei. Mais do que um ser humano costumava chorar.

Libertei toda minha mágoa, solidão e medo. Leo não seria meu companheiro, e essa era a verdade que a vida me forçava engolir.

Meses se passaram e o dia do casório chegou. Obviamente, eu e Piper seríamos os padrinhos de Leo. Ele parecia falsamente feliz. Podia sentir que sua felicidade naquele dia não era real.

E a ideia de que Leo não queria se casar passou pela minha cabeça, tão rápida que chegou, foi-se ao sentir meu nome ser chamado por ele.

Fomos até o confessionário da igreja e eu percebi que a ansiedade de Valdez era quase palpável.

- Jason... Me perdoe. – Leo sussurrou num fio de voz. – E-Eu não deveria ter te rejeitado naquele dia. Talvez tudo seria diferente com um sim, mas não tem como voltar atrás. – seus olhos castanhos encontraram-se com os meus. Um calafrio passou pela minha espinha como se minhas expectativas estivessem prestes a transbordar.

- Eu realmente te amo, mas não posso desistir do casamento com Calipso e nem quero. Preciso criar meu filho e ela precisa de um apoio. – mordeu seus lábios e senti uma vontade imediata de sair daquele lugar.

O enjôo chegou ao sentir os lábios finos e macios de Leo contra os meus. Foi rápido o choque, mas tão intenso que o vi saindo dali com os olhos marejados.

E pela segunda vez na minha vida, chorei a consequência de uma rejeição.

Por mais que eu soubesse que meus sentimentos tinham um retorno, Leo Valdez nunca iria completar a metade que faltava em meu coração.


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Notas finais do capítulo

Então é isso. Acabou. Não há chance nenhuma de haver mais uma continuação. Peço desculpas por qualquer erro e principalmente se você não gostou do final. Mas nem todos tem um happy end. :(

Sintam-se a vontade para se manifestarem por comentários.
Até.

Alba e Kahekili.



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