Blackmail escrita por Dramione Shippers


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Alô alô graças a Deus,olha só quem está aqui dois dias depois de ter postado o sexto capítulo?
O último capítulo ainda não chegou aos 10 reviews porém todas as meninas lindas que comentaram pediram pra esse capitulo sair rápido e eu decidi realizar esse pedido.

Queria só falar pra vocês que essa fanfic é regida a reviews,principalmente porque eu sou carente e preciso de reconhecimento.Então,por favor,façam esse esforço por mim.Além de que a opinião de vocês é mais que importante pra essa autora aqui.

PS:Estou eternamente viciada na música Sweater Weather do The Neighbourhood,dica a fica *piscadela piscadela*.

É isso.
Boa leitura.



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Carros compactos não foram feitos para serem utilizados em viagens longas.São pequenos demais,o motor esquenta fácil por ter tanta pressão colocada nele,e muitas outras complicações técnicas.Entretanto,Hermione Granger nunca deu muita importância para esse tipo de detalhe,e por isso agora ela se encontra parada em uma rodovia federal á 700km do sul da Inglaterra,onde a “lua de mel compartilhada” de sua prima e de seu ex-namorado ocorre.

–Acho que,ér,deve ser algo com o...desfibrilador do amortecedor-disse ela.O capô do Prius estava escancarado,pouca fumaça saía de algum “órgão” do carro.

–Quer saber,Granger?Só use a porcaria de um Reparo nesta porcaria de carro!Eu estou cansado,com fome E com sede!

–Você acha que é o único Malfoy?

–Me explique de novo o porquê de não aparatarmos nessa droga de lugar.

–Eu já disse que qualquer ser humano desconfiaria se nós aparecermos lá do nada.AH DROGA!Eu odeio esse carro-ela disse,chutando o pneu-odeio –chute-ODEIO-chute,chute,chute,pneu furado.

–YEY,parabéns!Se um problema no interior do carro já não era bom agora temos um pneu furado,TAMBÉM!-Draco disse.

–QUE ÓDIO,AH!

–Sempre há a solução de nós voltarmos pra Londres e fingirmos que nada disso aconteceu.

–NUNCA!Até parece que eu vou desistir no meio do caminho.Acho que nós passamos um posto de gasolina há pouco tempo,é só voltarmos lá e alguém conserta esse lixo.

Sim,havia o posto de gasolina.E eles demoraram duas horas para chegar nele.

O posto estava caindo aos pedaços.Um frentista velho e barrigudo se dispôs a ir buscar o carro com o guincho mais acabado que nariz de Lorde das Trevas,e Draco e Hermione suavam igual a puta em dia de Santa Ceia.A viagem estava sendo um fiasco e a tendência era só piorar.

–Granger,eu juro pra você que se eu não comer algo nos próximos dez minutos eu morro.

–Quanto drama,meu Pai-ela disse se encaminhando para uma pequena lanchonete,também conhecida como Puteiro de Rato,atrás do posto de gasolina.

O lugar era tão sujo quanto aparentava por fora,um nojo completo.As paredes estavam descascando e mofo brotava de todos os cantos imagináveis,os bancos destruídos e as mesas rabiscadas.Atrás do balcão uma senhora de no mínimo 80 anos fazia Palavras-Cruzadas em um jornal do último domingo.Uma única cliente ocupava uma das últimas mesas.

–Então o que vocês vão querer?-perguntou a mulher quando eles se acomodaram.

–Só duas xícaras de café,por favor.

É difícil pensar em comida quando você pode virar o almoço de alguma ratazana.

Alguns minutos depois a senhora,um crachá feito de papel sulfite a nomeava de Julie,voltou com duas xícaras de café ou duas xícaras de água suja,não pudemos comprovar.

–Para onde vocês estão indo?-perguntou Jules.

–Bradford.

–Ah,que ótimo!Vocês estão vendo aquela mocinha ali?-disse a senhora apontando a moça que se sentava no outro lado do estabelecimento-Ela precisa de uma carona até Sheffield,será que vocês poderiam ajuda-la?

–Hm,claro.Obrigada pelo café.

O café continuava intacto quando eles se dirigiram até o lugar onde a ‘mocinha’ se sentava.Seu cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo torto e seus olhos carregados com maquiagem preta,usava um corpete até o começo do umbigo,calças de cintura baixa e grandes coturnos militares.Uma bolsa cheia de bottoms de bandas estava em cima da mesa e várias folhas espalhadas ao redor.

–Oi?-começou Hermione-É,bom,a Jules nos falou que você precisava de carona.

–É,preciso mesmo –respondeu a garota,os olhando desconfiada.

–Nós só estamos esperando nosso carro ficar pronto e daí partiremos pra Bradford,se você quiser esperar só um pouquinho.

–Claro,claro.Sem problema.

–Tudo bem,então.

Uma hora depois eles se encontravam dentro do mini-carro.Hermione como motorista,Draco no banco do passageiro,e a menina no banco de trás.

–Eu não acredito que você esqueceu de colocar gasolina!-exclamou Draco.

–Eu pensei que era algo mais sério!Você viu a fumaça saindo do capô.

–É,a fumaça que começou depois de você ter desconectado algum cabo do carro.

–Cala a boca,Malfoy.

Agora a rodovia era plena,as árvores alternavam entre si na bela paisagem.

–E você?Qual o seu nome?-perguntou Hermione á menina.

–Mary Elizabeth.

–Bom,Mary Elizabeth,eu sou a Hermione Granger e este aqui é Draco Malfoy.

–Prazer.Algum de vocês tem uma caneta?

–Deve ter em algum lugar por aqui-disse Hermione,olhando o interior do carro-Malfoy,vê no porta-luvas.

–Não tem nada aqui-disse ele,após caçar a caneta.

–Mas é aí que fica.

–Mas não está aqui.

–Tá sim.

–Granger,não tá aq-COLOCA A MÃO NESSE VOLANTE!

–Relaxa Malfoy,o pior que pode acontecer é-ACHEI!Falei que estava no porta-luvas.Aqui,Mary Elizabeth,querida.

–Qual o nome de vocês mesmo?

–Hermione Granger e Draco Malfoy.

–Obrigada-disse a jovem,escrevendo algo nos dois braços-Pronto,agora se por um acaso vocês me matarem vocês terão de espalhar meus restos mortais muito bem pra não serem pegos.

Draco e Hermione trocaram olhares espantados.

–Tá.Bem,rhum,o que você vai fazer em Sheffield?

–Estou procurando o meu pai -Mary Elizabeth disse,olhando pela janela do carro.

–Você não é um pouco nova pra sair por aí em busca de alguém sozinha?Porque,você deve ter uns 14 anos-Draco replicou.

–Eu tenho 16 anos,muito obrigada-ela respondeu,hostil.

–O que ele quis dizer é que é perigoso pra uma menina tão jovem sair por aí sozinha,Mary Elizabeth-Hermione disse –Alguém da sua família sabe que você está viajando?

–Eu não tenho família,por isso estou procurando pelo meu pai.Minha mãe morreu alguns meses atrás e me disse pra procura-lo.

–Wow.Você nunca viu o seu pai? –a morena perguntou.

–Não,eles eram bem novos quando eu nasci e o pai dele não queria que soubessem disso.Parece que ele é alguma coisa importante em Londres-Mary Elizabeth retrucou.

–E faz quanto tempo que você está procurando ele?

–Na verdade,eu saí de Londres ontem,a essa hora eu já deveria estar em Sheffield mas o ônibus me deixou naquele fim de mundo quando fez uma parada.

–Como você sabe que ele está lá? –Draco perguntou.

–Não sei.Mas eu liguei pro escritório dele e me disseram que ele iria passar alguns dias no sul,e,bom,Sheffield é no sul.

Bom,fazia sentido e Mary Elizabeth parecia bem empenhada em encontrar o pai.

–Vocês sabiam que o biscoito champagne não é feito de champagne?Ele só tem esse nome porque ele foi criado na cidade de Champagne.Conseguem ver essa cicatriz aqui debaixo da minha sobrancelha?Pois é,foi o que eu ganhei por falar pra Anna Karenina que ela nunca conseguiria se embebedar com um pacote desses biscoitos.O que é muito engraçado porque Anna Karenina é um dos livros mais incríveis de Tolstói e essa boçal pega esse nome emprestado e faz esse tipo de coisa com meninas...

Mary Elizabeth não calava a boca.Juro.Pelas próximas duas horas ela falou sem parar sobre como seu cachorro Peabody conseguiu desenterrar um maço de cigarros que ela havia escondido no quintal do vizinho dela,Lary,que era um grande imbecil e que tinha sido preso por enfiar dois espetos no ouvido de um garotinho de 12 anos.Com certeza ela não a personalidade dela não combinava com as roupas que ela usava.Mas,você sabe,ás vezes nós também não combinamos com o mundo que nos rodeia,então não podemos culpa-la por isso.E possivelmente essa fala excessiva era porque ela precisava de alguém pra atualizar sobre seu dia a dia.Ela não tinha mais ninguém e estava a procura do pai que a rejeitou,muita coisa pra uma garota de 16 do subúrbio de Londres.Draco a entendia,ás vezes você sente um vazio tão grande no peito,como se algum canalha tivesse feito questão de arrancar tudo de uma vez só,e quando consegue finalmente fazer alguém escutar o teu pedido de socorro você não consegue mais parar.Você se prende àquela sensação de alívio proporcionada por desabafar com alguém que talvez nem te entenda mas que te ouve.

–...e teve aquela vez em que a Anna Karenina quis me chantagear,vocês acreditam nessa vadia?

Sim,eu acredito e te entendo,pensou Draco.

–Ela é uma piranha,se acha só porque tem alguma grana e anda por aí com o nariz empinado com as amiguinhas dela.Um nojo.Sinceramente,eu prefiro andar sozinha do que rodeada por boçais.

–É você tem toda razão –comentou Hermione.

–É,eu sei-constatou Mary Elizabeth como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo-Mas então,pra onde vocês estão indo?

–Bradford.

–Sério?O que vocês vão fazer nesse fim de mundo?

–Vamos a uma lua de mel –respondeu Hermione,incerta.

–QUÊ?Por quê?

–É difícil de explicar.

–Ah...Uma vez um primo do carinha da mercearia... – e por mais duas horas ela terminou de recitar histórias que ela presenciou/ouviu.

Ela era uma boa garota e realmente merecia ter uma vida digna.O coração de Hermione estava pendendo na boca quando eles a deixaram na entrada de Sheffield.

–Mas e se...e se o seu pai não estiver aí? –Hermione perguntou á menina que estava no acostamento.

–Ah,provavelmente eu vou até Bradford tentar a sorte lá.AH!Talvez nos encontremos lá!

Hermione sorriu fraco.

–É,talvez.Bom,boa sorte!

Pelo retrovisor do carro Hermione podia ver a pequena Mary Elizabeth,com suas roupas pretas e coturnos,acenando feliz pra eles.

–Ela ficará bem,Granger –o loiro disse.

E Hermione,internamente,desejava que sim.


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Notas finais do capítulo

NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR,POR FAVOR.

Próximo capitulo vai demorar um pouco pra ser postado *porque eu ainda não o comecei,risos risos risos* porque eu fiz esse pequeno favor pra vocês.

Amo vocês,caras.

Beijos.