2º temporada fanfic THG escrita por Anne Atten


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Será que ainda tem algum leitor? Muita coisa mudou na minha vida desde que parei de escrever essa fanfic, muita mesmo, e também não estava tendo muitos leitores, então resolvi parar. Depois de me formar no ensino médio, fiz dois anos de cursinho e no começo da pandemia desse ano passei na faculdade de Medicina que eu tanto queria. Agora estou de férias e realizada, já que conquistei meu sonho de entrar na faculdade. Resolvi entrar aqui e por um acaso vi um comentário pedindo que eu terminasse a história, que era algo injusto com os leitores e eu pensei "por que não?". Por isso resolvi voltar a escrever, faz muito tempo que não escrevo. Reli a primeira temporada e essa, espero satisfazê-los. Meu estilo de escrita provavelmente mudou, mas escrever é algo que me deixa bem feliz, não deveria ter abandonado assim, mas a vida estava corrida demais, sabem como é. Um grande abraço e beijos!!



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Acordo agitada de um pesadelo, mais uma vez sonhei com a morte da Prim e acordei soada e taquicárdica. Vou até o banheiro e me encaro no espelho: olheiras profundas que mostram o quanto venho chorado e dormido mal. Depois dos ataques nos distritos 11 e 10 não consegui mais sossegar, estou sempre achando que o perigo está por perto. Ainda não conseguimos entender o que aconteceu, mas sinto um frio na espinha só de pensar que amanhã estarei frente a frente com Snow. Abro a torneira e jogo uma água no rosto, lavando-o com um sabonete líquido muito cheiroso. Não devia nem estar aqui, não devia estar usando nada fornecido pela Capital e aqui estou eu, desfrutando de coisas fúteis quando muitos do meu distrito nem comida tem. Fecho a torneira da pia e seco o rosto, já percebi que não vou conseguir dormir.

Abro a porta da minha cabine e vou para a cozinha. Tem uma Avox dormindo e eu não tenho coragem de acordá-la, então eu preparo um chocolate quente para mim e vou para a sala. Sento-me no sofá e dobro os joelhos, encostando-os no meu peito, enquanto tomo o chocolate quente, termino-o e coloco em cima da mesinha e não sei em que momento adormeço, só percebo que adormeci quando acordo e estou deitada com uma colcha até o meu queixo. Olho pro lado e Peeta está na poltrona da frente do sofá, lendo um livro. Ele não nota que acordei e fico quietinha, apenas observando-o.

Sua franja loira cai em seu rosto, seus olhos estão atentos ao livro, uma mão apoiando o queixo, a outra no livro. Será que eu estou sendo injusta? Ele me trouxe pra me proteger, estava disposto a se sacrificar pela minha irmã mesmo com um amor não correspondido e depois que eu o beijei eu fugi. Mas também, ele me atacou no 11, não é como se não fosse nada. É muita confusão pra uma garota de apenas 17 anos.

Ele fecha os olhos por um milésimo de segundo e seu braço apoiado na poltrona escorrega, ele acorda no susto e então vê que estou acordada.

— Oi. – digo tímida, me sentando. – Foi você que me cobriu, né? – ele concorda com a cabeça e fecha o livro. -Obrigada, acho que peguei no sono. Que horas são?

— Três da manhã, estava sem sono e vim pra cá, encontrei você toda torta.

— É, também fiquei sem sono. Ando tendo pesadelos com a minha irmã.

— Eu também, não só com a sua irmã, mas com a arena em si. Você não imagina o quanto é terrível.

Concordo com a cabeça.

— Bom, se você quiser posso te deixar sozinha, sei que está brava.

Faço uma careta e vou até ele, sentando-me ao seu lado.

— Você não devia ter falado que eu estava com você por piedade, fama e todas aquelas bobeiras. – ele abre a boca pra falar mas o paro com um educadíssimo “shhh”. -Mas eu também não devia ter te ignorado e desconfiado de você no dia que você me atacou mesmo não sendo você. Eu fiquei assustada.

— Qualquer um ficaria...

— Eu sei e ainda tentaram me matar depois, duas vezes, mas em todas elas você me protegeu e estava preocupado. – respiro fundo. - Eu fui errada de me afastar de você, eu fiquei com medo, não só do que aconteceu, mas também dos meus sentimentos. Não sabia que ia ficar tão mexida quando te beijasse. – vejo as bochechas dele corarem e seguro a vontade de sorrir, ele é muito tímido. – É tudo muito novo e louco. Queria ter te conhecido, mas conhecido de verdade antes de toda essa loucura.

— Eu também, Katniss, mas nunca tive coragem. Eu sou bem lerdo, eu admito. – dou uma risada e ele acompanha. – Desculpa por tudo o que disse, eu estava chateado e preocupado, não devia ter falado aquilo.

— Tá tudo bem, Peeta, de verdade. Eu não sou a pessoa mais fácil de conviver, mas estou tentando mudar.

Ele sorri sem dentes e ficamos nos olhando.

— Eu fiquei surpreso quando me beijou. – solta ele e dessa vez sou eu que me sinto envergonhada. – Eu posso te dar um tempo, o tempo que for, só por favor não me faz de bobo. Eu prefiro um fora do que ser iludido. – vejo que tamborila seus dedos freneticamente, deve estar nervoso. – Eu só quero saber o que a gente é, eu não acho que mereço sofrer mais do que sofri e nem você. Me diz por favor se eu tô perdendo meu tempo.

— Não, Peeta, você não tá perdendo o seu tempo. Eu não sei o que a gente é, mas seja o que for, apesar de tudo o que se passa, são os melhores dias que estou tendo depois de que os Jogos acabaram, depois que perdi minha irmã. – pego a mão dele e ele entrelaça nossos dedos, me olhando fixamente. – E não é porque eu tenho comida à disposição, isso me deixa mais mal do que bem. É porque estou passando um tempo com você e me sinto muito reconfortada com você, de verdade, é uma paz que faz muito tempo que não sinto.

Ele morde o lábio inferior e estende o braço, colocando meu cabelo atrás da orelha e depois acariciando meu rosto com os nós dos dedos. Sinto meu coração dar uma acelerada e pisco fracamente. Escuto um barulhinho na poltrona dele, que significa que ele está se inclinando. Abro os olhos de novo e vejo sua pupila dilatada, analisando todo o meu rosto.

— Katniss... – ele sussurra. – Eu posso te beijar? – sua respiração está pesada.

Não penso duas vezes antes de fazer que sim com a cabeça e ele coloca a outra mão no meu rosto, enquanto continua acariciando a minha bochecha.

P.O.V Peeta

Sinto um arrepio quando ela assente com a cabeça, me permitindo beijá-la. Se fosse outra garota que estivesse próxima de mim, eu nem teria perguntado, porque me pareceria óbvio que um beijo iria acontecer, mas essa é a Katniss e ela mesmo disse que estava confusa.

Coloco minha mão esquerda no seu rosto e continuo meu carinho com a outra mão. Me inclino mais e fecho os olhos, encostando nossos lábios. Sinto uma eletricidade em todo o meu corpo quando ela abre a boca, permitindo o beijo e me entrego totalmente. Ela respira fundo e segura meus cabelos, fazendo carinho na minha nuca.

É um beijo calmo muito melhor do que eu teria imaginado e é um beijo sem medo, com certeza, diferente do que ela me deu no distrito 11. Ela se separa bruscamente e a olho assustado.

— Calma. – fala ela de prontidão. – O braço da poltrona tá machucando minha barriga, só. – suspiro aliviado.

Entendo o recado e me levanto, puxando-a para mim. A sorte é que já estou me adaptando à prótese, não queria causar um tombo. Passo meus braços em suas costas e ela coloca as mãos ao redor da minha nuca. Encosto nossas testas, mal posso acreditar que isso tá acontecendo.

— Você realmente gosta de mim? – ela bufa. – Desculpa, Katniss, eu gosto de você há muito tempo, parece um sonho. Quero dizer, seria um sonho realmente se não estivéssemos indo

— Então a gente pode fingir por hoje que não tem nada disso? – pergunta ela.

Concordo com a cabeça e dou um beijo na sua testa, ela olha pra cima e se coloca nas pontas dos pés pra me beijar e, só de graça, levanto a cabeça. Ela pisa no meu pé, irritada.

— Tá achando que sou fácil? – falo rindo e coloco a boca no seu ouvido. – Acertou. – sussurro e vejo-a se arrepiar, o que me deixa louco. Coloco seu cabelo paro outro lado e encosto meu nariz no seu pescoço, sentindo seu cheiro, um cheiro bom. Sinto-a se arrepiar de novo e dou um beijo em seu pescoço. Ela solta um suspiro. -Posso? – ela concorda com a cabeça e continuo beijando seu pescoço, enquanto suas mãos vão para os meus cabelos de novo, segurando-os mais fortemente e ela suspira.

Ser homem é uma grande bosta, qualquer coisinha e já ficamos animados, ainda mais se é com alguém que a gente está apaixonado. Por conta disso aperto sua cintura, em uma urgência de mostrar o quanto a quero. Decido beijá-la de novo e vejo que seu rosto está vermelho, mas ela sorri. Sorrio também e arrumo seu cabelo. Ela acaricia meu rosto e me beija, um beijo um pouco mais desesperado dessa vez.

Quando vejo estou andando pra trás e puxando-a comigo, querendo colocá-la contra uma parede e apertá-la mais. Estou tão extasiado que vou andando pra trás sem direção, até que encostamos no sofá e eu caio, trazendo-a comigo. Nós dois nos olhamos e começamos a rir.

— Desculpa, me empolguei.

Ela não parece brava.

— Tudo bem, Peeta.

— De verdade?

Ela rola pro meu lado e se deita de frente pra mim.

— Sim, se não estivesse eu falaria. – ela encosta a cabeça no meu peito. – Senti umas pegadas, isso é novo pra mim.

— Não quis ser desrespeitoso, só me empolguei.

— Homens... – diz ela rindo e escondo o rosto nas mãos.

— Prometo que vou me acalmar, é que, como disse, venho esperando esse momento há muito tempo, fiquei meio doido.

— Tá tudo certo, se em algum momento eu me sentir desconfortável eu te aviso. Agora cala a boca e vamos dormir.

— Ei! – protesto. - Temos um momento romântico e você me manda calar a boca. – me finjo ofendido e ela revira os olhos, voltando a deitar no meu peito. Puxo a coberta e nos cubro.

Nunca me senti tão feliz como nesse momento. Por um momento não existiram os Jogos, nem mortes, nem sofrimento, nem amputação de perna, nem nada. Por um momento tudo está bem, a Capital é um problema para o Peeta de amanhã.


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