A Jovem Do Ar escrita por Cakeyloser


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Sinto informá-lhes que a fic está no seus últimos momentos (Que trágico haha), falta, mais ou menos, uns dois capítulos para acabar.
Nova fic que eu escrevo com uma amiga: http://fanfiction.com.br/historia/487910/Reckless/
Entrem lá
Espero que gostem!



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Sua gargalhada ecoa pelo ambiente escuro e silencioso em que estamos. Acabo de acordar, alguém, um de seus capangas, me dera uma coronhada por trás, assim eu cai no chão e minha visão ia escurecendo enquanto ele vinha em minha direção. Estou amarrada em uma cadeira de madeira agora, meus pulsos sangram porque as cordas são grossas demais e estão muito apertadas.

Olho ao meu redor e vejo meu pai desacordado e também amarrado em uma cadeira. Ele está ao meu lado enquanto os outros estão bem atrás. Vejo algo brilhante em um dos bolsos de meu pai... Uma faca. Corro meus olhos novamente pelo quarto e vejo que só há apenas dois guardas vigiando a porta de entrada.

Arrasto minha cadeira o mais silenciosamente possível para perto dele. O ambiente está muito quente, gotas de suor caiem de minha testa, meus cabelos soltos grudam em minha nuca. Me esgueiro o máximo que consigo de seu corpo, minhas mãos estão atadas, então o único jeito de pegar a faca é com a boca, chego meu rosto para próximo de seu bolso. Praticamente pesco a faca com meus dentes, agora agradeço aquelas benditas festas juninas que tinham o jogo de pegar a maçã com a boca.

Assim que consigo pegar a faca, cerro meus dentes para mantê-la firme e começo a cortar as cordas de meus pulsos. Estou perto de cortá-las por inteiro quando passos irrompem da escuridão a minha frente, jogo a faca e mantendo meus pulsos atados, cerro meu olhos para tentar ver que vem.

– Olha, parece que alguém acordou! - Diz Lewis acariciando meu rosto. Cuspo em sua cara. Imediatamente ele retira a mão de meu rosto e limpa o cuspe do seu. - Não faça isso Lindinha. Não sou gente que gosta de brincar. - Ele sorri.

– Digamos que eu também não. - Arrebento o resto de corda de meus pulsos e assim eles se liberam, mas como ainda estou presa na cadeira, consigo levantar rapidamente e dou um giro o que faz com que a cadeira bata em um dos guardas e a quebre, o guarda caiu no chão desmaiado, mas pelo menos eu estou solta agora.

Acho a faca perto da cadeira quebrada e a pego. Não espero nenhum segundo e pulo em cima de Lewis com a faca em mãos.

– Acha que seria tão fácil assim? - Ele diz rindo. De repente sou lançada longe, batendo minhas costas na parede de terra, perco meu ar por alguns segundos. Lewis vem em minha direção e me levanta do chão pondo as mãos em volta de meu pescoço.

Pontos pretos começam a dançar sobre minha visão e meus pulmões clamam por ar. Tento soca-lo, mas algo me agarra como se fossem mais cordas à minha volta, ele irradia poder. Estou desmaiando, mas tento dar tudo de mim para separá-lo de seu aperto, sem sucesso.

Lembro que a faca continua em minha mão e assim a cravo em um de seus braços, fazendo ele me soltar gritando de dor. Estou estirada no chão, praticamente sem forças, não consigo levantar, suor se acumula em mim e meu corpo inteiro está doendo.

Ele retira a faca ensanguentada de seu braço e a joga longe. Seu rosto está transbordando raiva. Ele vai até o guarda ainda desmaiado no chão e pega sua arma. Olha para mim com seus olhos brilhando de ódio, mas agora com um sorriso cínico.

– Pensei que seria fácil lidar com você, mas estou enganado. Você é igualzinha a seu pai, estúpida. - Ele começa a rir.

– Você não vai se safar bem dessa, Froamming! - Grita meu pai ainda amarrado na cadeira.

– Acordou a bela adormecida! - Debocha Lewis. - Você me lembra David, poderiam ser até gêmeos, mas ele era esperto, ao contrário de você. - Continua ele.

– Não diga o nome dele. - Rugi meu pai.

– Porque não? Lembro-me bem quando vi a vida se esvaindo de seus olhos quando eu o matei. - Seu rosto está com uma falsa pena.

– Seu desgraçado! Eu vou matar você! - Grita meu pai. Ele se solta das cordas como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Ele corre para cima de Lewis e o derruba ruidosamente no chão, Eles começam a desferir golpes no chão mesmo. Meu pai soca seu estômago, Lewis se levanta e traz ele junto apertando seus braços, ele dá uma joelhada no canto direito do corpo de meu pai e ele se contorce de dor, enquanto meu pai se distrai com sua dor, Lewis o pega pelas costas e agarra seu pescoço o jogando no chão. Tento ajudar meu pai, mas dois guardas apontam armas para minha cabeça, estou de mãos atadas. Lewis se abaixa, pega sua arma e com isso a mira para meu pai, indefeso, no chão. Ele não hesita um segundo e dispara a arma contra o peito de meu pai.

Não vejo, aperto meus olhos firmemente e assim só escuto o som do disparo. Quando os abro, vejo meu pai estirado no chão e a sua volta o líquido escarlate de seu sangue, vejo o brilho se esvair de seus olhos enquanto lágrimas caiem dos meus. Tento alcançá-lo, mas os guardas ainda apontam as armas para minha cabeça.

Meu pai agoniza com a dor do tiro. Enquanto isso Lewis tem um sorriso maligno no rosto, ele se agacha perto de meu pai e sem alguma emoção ele diz:

– É... O mesmo triste e trágico destino que David. Mas tem um lado bom, agora você tornará a vê-lo. - Com essas últimas palavras ele aponta novamente arma para ele. Meu pai olha em meus olhos e murmura um “Sinto muito,Annie”. Lewis atira novamente, mas agora em sua cabeça e meu pai cai no chão, dessa vez, morto.


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Notas finais do capítulo

Leiam as Notas Iniciais
Até o capítulo 17 :D



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