Sobre As Noites De Sexta escrita por Schmerzen


Capítulo 1
Sobre as noites de sexta


Notas iniciais do capítulo

Escrevi essa há muito tempo, mas só pensei em detalhes necessários para a postagem (título, sinopse, etc) agora.



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Sexta-feira. Precisamente, dez horas da noite de uma sexta-feira. E Lupin olhava insistentemente para o relógio na parede. O relógio estúpido que ele quase enfeitiçou pra correr mais rápido – se não o fez, foi só por saber que, com isso, não faria o tempo correr mais rápido.

Suspirou. Tentando se convencer de que só queria que o tempo passasse mais rápido para... para qualquer outra coisa que não fosse a verdade! Mas a verdade é que ele estava ali, sentado no sofá, mexendo os braços e as pernas de modo insistente, e esperando ansiosamente que Sirius batesse em sua porta.

Porque era sempre assim. Não importava se eles tivessem se visto naquela mesma tarde, Sirius sempre bateria em sua porta nas noites de sexta-feira e isso era quase um ritual, apesar de nenhum deles nunca ter combinado nada.

Às vezes ele aparecia com um gosto forte de vodka na boca – depois que descobrira a bebida trouxa, praticamente abandonara o firewhisky – e com um leve cheiro de perfume feminino. E nesses dias, Lupin sabia que Sirius havia saído para beber e que tinha ficado com alguma mulher por aí... mas sorria presunçoso, porque Sirius sempre buscava por ele.

E ele sentia o gosto forte da bebida, misturado ao gosto delicioso de Sirius, enquanto o moreno o prensava na parede, beijando e tocando seu corpo com maestria.

A verdade doía, porque ele não queria admitir que era louco por aquelas noites que eles passavam juntos, mas simplesmente não podia negar que era a melhor parte da sua semana. E que muitas vezes só trocava o lençol quando o cheiro de Sirius já havia sumido.

Remus Lupin olhou para o espelho da sala e sorriu amargamente. Não sabia se devia bater em si mesmo por deixar a situação ter chegado aquele ponto, ou por permitir que ela continuasse apenas naquele ponto.

Lembrou da primeira vez que eles fizeram aquilo. Foi simplesmente um grande e terrível erro...

Lupin tinha um livro trouxa na mão esquerda, sentado em seu sofá, e um copo de cerveja amanteigada na outra mão. Bebericava lentamente, enquanto apreciava a história. E se assustou quando ouviu uma batida forte na porta.

Já era quase meia noite. Quem o visitaria àquele horário?

Foi até a porta com a varinha empunhada e a deixou cair junto com o braço quando viu Sirius pela fresta. Ele parecia terrivelmente desfocado de tudo e tinha um sorriso lindo nos lábios. Remus demorou um pouco para perceber que ele estava bêbado.

– Padfoot? O que faz aqui a essa hora? Entre, está congelando aí fora.

O moreno entrou e o encarou fixamente, sorrindo ainda mais.

– Oh, droga. Sirius, você está bêbado, não é?

– Sim. Você está lindo, sabia?

– Como veio parar aqui? – Lupin perguntou, afastando a mão de Sirius de seu rosto.

– Andando – Sirius apertou os olhos, tentando lembrar se realmente fora parar ali andando. – Quis ver você.

– E não podia ser quando você estava sóbrio?

– Não.

O moreno pegou os ombros do amigo e o encostou delicadamente na parede. Logo em seguida, começou a tirar a camisa dele.

– Padfoot, o que está fazendo?

– Tem roupas demais em você.

– É porque estamos no inverno e está terrivelmente frio.

– Eu te esquento. Com a boca.

– Sirius, está realmente muito frio, deixe minhas roupas onde estão – Remus se perguntou por que tentava argumentar com um bêbado. – Para, Sirius! Tira a mão de mim.

Sirius simplesmente prendeu os braços de Lupin com uma mão, enquanto a outra trabalhava agilmente em se livrar do seu “excesso de roupas”. Ele era um bêbado extremamente ágil com botões...

Remus ainda se pergunta se não parou Sirius naquela hora por curiosidade de saber onde ele chegaria, ou se por vontade de que o moreno chegasse onde ele imaginava que chegaria.

– O que você está fazendo, Sirius?

– Tirando sua roupa – ele respirou no pescoço do castanho, fazendo-o arrepiar. – E depois vou tirar a minha. Acho que você sabe o que acontece depois, mas se quiser, eu desenho.

– O que te faz pensar que vou transar com você?

O outro não respondeu. Apenas continuou tocando e despindo o rapaz a sua frente, que se dividia entre parar com aquela loucura ou se entregar ao deus do sexo que o prensava contra a parede.

E mesmo se ele parasse tudo, seria apenas por querer aquilo com um Sirius sóbrio. Ele sabia que o amigo se arrependeria amargamente no outro dia. Sabia que aquilo poderia estragar a amizade que ambos tanto prezavam – apesar dela esconder um sentimento que nem eles mesmos conheciam a dimensão – e que Sirius teria nojo dele no outro dia.

Mesmo assim, quando sentiu a mão do moreno entre suas coxas, só pode gemer e se entregar totalmente.

Depois de gozar, Sirius desabou exausto sobre Lupin, que tinha um sorriso aéreo nos lábios finos.

– Devíamos fazer isso mais vezes – o moreno comentou, arrancando uma risada do outro.

– Você ainda está bêbado, não é?

Remus tinha que admitir que Sirius era um bêbado que sabia o que fazia. Mas sua voz um pouco enrolada e lenta e seus lapsos momentâneos entregavam o nível etílico elevado. E ele suspirou, desesperado.

A culpa começou a bater e ele se sentiu um estuprador. É certo que no caso ele estava mais para estuprado, mas gostara tanto ou mais do que Sirius, gemera tanto ou mais do que Sirius, gozara tão ou mais intensamente do que Sirius. E ele era o cérebro que prestava ali... nem sóbrio se podia deixar uma decisão desse tipo nas mãos do moreno.

Sentiu os braços fortes o envolverem e uma respiração ainda descompassada em sua orelha. Os lábios do amigo beijaram seu pescoço e desejaram boa noite. Remus disse a si mesmo que merecia esse último agrado e fechou os olhos para dormir com Sirius abraçado a ele, deixando todo remorso e problema para a manhã seguinte.

Mas a manhã chegou mais depressa do que ele queria e logo a luz penetrava displicente pela janela, fazendo com que Lupin acordasse. Ao sentir os braços de Sirius em volta de si, ficou extasiado. Até que se lembrou do que ocorrera.

Começou a se desesperar, pensando que em breve o amigo acordaria. Provavelmente não se lembraria de nada e culparia o castanho por tê-lo levado para a cama. Apesar de ter sido o contrário, o próprio Remus se sentia agora extremamente culpado.

Algumas lágrimas começaram a escorrer de modo lento, enquanto ele pensava que perderia a amizade daquele que amava. O lamento aumentou de intensidade quando sentiu Sirius se retesando ao seu lado. Lupin passou a chorar fortemente, com todo o peso da culpa do que fizeram e do que ele próprio havia feito, aproveitando-se do estado no qual Sirius chegara até ele.

– Remus? Remus, eu... Oh, por Merlin! Eu machuquei você? O que eu fiz? Me perdoe, por favor! – Sirius estava totalmente desesperado agora, percebendo que ambos estavam nus e que o amigo chorava.

– Sirius, e-eu...

– Por favor, me desculpe! Eu estava bêbado, não sei o que aconteceu... Me perdoe!

– Por que está se desculpando? – Lupin finalmente se virou para ele, questionando ainda com os olhos marejados.

– Por que está chorando? Eu machuquei você? Eu o forcei a...

– Não! – Remus finalmente entendeu o que Sirius pensou que tivesse ocorrido. – Não, você não me forçou a nada, só um pouco, no começo, mas eu queria de qualquer forma, e depois eu permiti totalmente – ele enterrou o rosto nas mãos. – Merlin! O que foi que eu fiz?

– Moony... o que a gente fez?

Eles ficaram em silêncio, se desculparam efusivamente mais um pouco e quando Remus finalmente esclareceu o que realmente acontecera, pensou que Sirius fosse socá-lo. Mas o moreno apenas perguntou assombrado por que ele permitira.

E naquele dia eles transaram mais duas vezes antes de Sirius ir embora.

Tão perdido na lembrança das primeiras vezes que se entregou aquele cara que sempre soube mexer com ele de um jeito estranho, Lupin deu um pulo quando reconheceu a batida de Sirius na porta.

Não, eles não tinham uma “batida secreta”. Mas Remus reconhecia cada detalhe que tinha a ver com o moreno... até mesmo o jeito peculiar que ele batia na porta; duas batidas curtas e suaves e uma última um pouco mais longa e mais forte. Qualquer um diria que era apenas um toque normal, mas ele sabia que era Sirius. E tinha razão.

Eles pareciam ter chegado a um consenso. Durante qualquer dia da semana, qualquer horário, eles agiriam como sempre agiram antes de tudo: como dois grandes amigos. E era assim que agiam... Mas quando a noite de sexta-feira chegava, eles eram apenas dois amantes que sentiam falta do calor um do outro.

Sirius tão logo entrou, capturou seus lábios, acariciando o cabelo castanho.

– Senti sua falta.

– Nos vimos hoje à tarde, Pad.

– Qualquer tempo longe de você é grande demais, Moony.

– O que quer de mim com todos esses elogios?

Black sorriu de modo malicioso, descendo a mão pelo corpo de Lupin.

– Você sabe o que eu quero...

Mas então, tão rápido quanto surgiu, o sorriso malicioso de Sirius se foi e seus lábios passaram a abrigar um lindo sorriso cheio de ternura e... paixão. Ele puxou o rosto do menor para si, os olhos fixos nos dele e as mãos fazendo carícias leves, beijando-o de modo calmo em seguida.

Remus ficou realmente surpreso, porque não se lembrava de ter sido beijado daquele modo pelo moreno, antes. Apesar disso, não deixou de retribuir com o mesmo carinho, enxergando uma ponta de esperança. Quem sabe aquilo não deixara de significar apenas sexo casual para Sirius, e se tornara algo mais profundo, como sempre fora para ele?

– Podemos usar a sua cama dessa vez? O sofá machucou minha coluna, semana passada. E semana retrasada estava calor o bastante para fazermos no chuveiro, mas hoje está frio.

Os dois riram, beijando-se novamente em seguida. Remus também não gostava muito do sofá, nem do chuveiro, porque na cama as chances de Sirius dormir com ele e ir embora só no outro dia eram maiores. E ele nunca admitiria, mas amava dormir com Sirius enrolado nele.

– Falei sério quando disse que senti sua falta.

Lupin registrou o fato de que sua mente parecia estar pregando uma peça nele. Por que ele via os olhos de Sirius com aquele brilho apaixonado? Por que a voz dele parecia tão carinhosa aos seus ouvidos? Por que ele não parecia ansioso somente para transar, agindo daquele modo lento e cuidadoso? E a única explicação na qual Remus conseguia pensar é que sua mente estava tão alterada com toda aquela loucura, que ele virara uma droga de um masoquista psicológico.

Um masoquista psicológico... Criando evidências irreais de que Sirius de algum modo não gostava só do seu corpo – o que, ele admitia, já era bastante e mais do que esperara algum dia –, apenas para se machucar mais de manhã, quando ele fosse embora sem nenhuma palavra.

– Também sentiu minha falta? – o moreno parecia ronronar.

– Muito.

– Remus... – sua voz pareceu conter tanta dor naquele momento que o castanho ficou confuso.

– O que houve, Pad?

Sirius fechou os olhos, balançando a cabeça. Não queria que o outro visse o quanto ele estava magoado e confuso.

– Nada. Não houve nada.

– Tem certeza? – Remus acariciou a face dele, encostando a testa em seu ombro. – Você parece... chateado com alguma coisa.

– Vou ficar bem.

– Não gosto de te ver assim.

– Todos têm seus dias de cão. Digamos que os meus são mais frequentes – ele riu fracamente com o trocadilho.

– Idiota – Lupin sorriu também. – Você quer...

– Quero você – Sirius cortou o castanho, beijando-o em seguida.

Ele se apressou em deitar na cama, puxando Remus também. Não achava que uma vez por semana era o suficiente para estar junto a ele, com todo o desejo que tinha, mas se era só o que Remus oferecia, ele aceitava de bom grado.

Lupin colocou as mãos apoiadas na cama, uma de cada lado do rosto de Sirius, e tudo que o impedia de estar totalmente colado ao moreno, eram seus joelhos que o seguravam meio levantado. Sirius empurrou sua perna, fazendo-o cair sobre ele, as peles totalmente juntas.

– Fica comigo, Moony? – ele sussurrou com a voz grave, apertando o quadril de Remus.

– Eu estou com você, Sirius.

Os dois se encararam brevemente por alguns segundos, sorrindo cúmplices e então deixaram que somente o desejo tomasse conta daquele momento.

~~

Remus acordou com alguém se mexendo de modo insistente atrás de si. Sorriu ao sentir os braços de Sirius ainda em volta dele e virou-se lentamente.

– Por que está se mexendo tanto? Quero dormir...

– Desculpe. É vontade de ir ao banheiro.

O castanho gargalhou, perguntando-se por que o amigo era tão insano.

– Por que não foi ainda, Padfoot?

– É que eu não conseguiria sair daqui sem te acordar... E você estava dormindo tão bem, que não quis acordá-lo.

– Ah... – Lupin sorriu, soltando-se do abraço de Sirius. – Pode ir agora. Só não fuja pela janela.

– Não vou.

Remus sentou na cama enquanto o outro se afastava. Foi a conversa mais longa que tiveram após transar. Geralmente Sirius apenas o beijava antes de colocar as roupas e ir embora. E Lupin apenas falava que eles não deveriam mais fazer aquilo, apesar de saber que eles fariam de novo na próxima semana.

Quando o moreno voltou e começou a pescar suas roupas pelo chão, ele pensou que já era hora de fazer sua parte naquela encenação a que estavam presos há várias semanas.

– Sirius, não devemos mais fazer isso.

Seu tom saiu baixo e controlado, enquanto esperava o outro sorrir irônico e o beijar, indo embora em seguida. Mas Sirius olhou para ele e respondeu algo que o intrigou completamente.

– Tem razão. Devemos parar com isso.

– O quê?

– Não podemos continuar com essa loucura. Você mesmo repete isso toda vez... e tem razão.

– Por que isso agora, Sirius? – os olhos assombrados de Lupin seguiam os movimentos do outro, que colocava as roupas.

– Se você não gosta de mim, não podemos mais continuar desse jeito.

– Sirius, eu gosto de você! Sabe disso, seu idiota.

– Deixe-me corrigir, então – ele rolou os olhos, virando-se completamente para Remus, enquanto abotoava a camisa. – Se não gosta de mim o suficiente para assumir um compromisso, não podemos mais continuar desse jeito.

– Um compromisso?

– Droga, Remus! Estamos no meio de uma guerra! E eu quero ter alguém. Alguém para esperar por mim quando eu estiver lutando, alguém para eu esperar... Quero alguém em quem eu possa pensar quando estiver enfrentando os Comensais e alguém para deitar comigo a noite, não só por sexo, mas para conversar ou só estar junto. E eu te amo, droga, e quero que você seja esse alguém, mas para você eu vou ser sempre o amigo que chegou bêbado e te arrastou para a cama.

– Você... você me ama?

– Eu passei as últimas três semanas jogando indiretas e praticamente escrevendo isso na minha cara. E não é possível que você seja tão burro a ponto de não ter notado.

– Eu... Eu... – Lupin tentava encontrar algo para dizer, enquanto via Sirius terminando de fechar a camisa rapidamente. – Sirius...

– Agora eu finalmente consegui ferrar tudo, não devia ter dito tudo isso. Estou indo embora.

Ele saiu, andando a passos largos, enquanto o castanho ainda estava com a boca aberta na cama. Sirius o amava! Isso era real?

– Espera! Sirius, espera! – quando a ficha caiu, ele percebeu que precisava agir rápido. – Droga, estou sem roupas. Sirius!

Sem tempo para colocar suas peças de roupa que estavam espalhadas pelo chão, Remus saiu correndo pela casa apenas com uma boxer. Viu o amigo quase chegando a porta e puxou o braço dele, empurrando-o contra a parede.

– Você não é meu amigo que chegou bêbado e me arrastou para a cama, Pad – ele sorriu fracamente. – Quer dizer, sim, você é, mas você também é o cara que eu amo e eu quero ser esse alguém em quem você vai pensar e que sabe que vai estar te esperando. E o alguém pelo qual você vai esperar e que vai se deitar a noite com você. Não só por sexo e sim para conversar ou só estar junto, mas por sexo também, porque sexo com você é simplesmente incrível. Sirius, eu amo você desde o quarto ano em Hogwarts, quer me namorar?

O moreno pareceu meio sem rumo com tudo o que ouvira e passou alguns segundos apenas encarando profundamente os olhos de âmbar de Remus.

– Padfoot, fale alguma coisa!

– Eu... Você... Você está... falando sério?

– Não. Eu saí correndo pela casa sem roupas e fiz todo esse discurso só para zoar você. É claro que é sério!

Sirius continuou sem reação algum tempo e então Lupin o puxou, beijando os lábios do moreno, que finalmente se moveu e retribuiu.

– Esse continua sendo o único jeito de chamar a sua atenção, não é? – o castanho sussurrou contra a boca de Sirius, fazendo-o rir. – Você ainda não me deu uma resposta.

– Remus, eu achei que você não retribuía ao que eu sinto...

– Como você esperava que eu adivinhasse? Sabe que Adivinhação é uma matéria recente em Hogwarts.

– Não precisava adivinhar! Eu te disse ontem à noite!

– Não, você não disse.

– Disse sim – Sirius coçou a cabeça. – Bom, talvez eu tenha esperado você dormir... mas, ainda assim, eu lhe disse.

– Você é um idiota – Lupin meneou a cabeça e beijou Sirius novamente. – E quase estragou tudo. Como pode ser tão obtuso? Como pode achar que eu não amo você?

– Como você pode achar que eu não te amava?

Eles se encararam, ainda abraçados e encostados a parede. Remus encolheu os ombros lentamente e pensou um pouco.

– É que você é sempre tão... indiferente. E às vezes você chega cheirando a álcool e perfume feminino.

– É por causa do perfume? – Sirius o olhou incrédulo por uns minutos. – Nunca percebeu que é o mesmo? É o perfume da Andromeda.

– O perfume da... O perfume da Andromeda, sua prima? Como assim?

– É que o colo dela é um ótimo lugar para chorar – o moreno deu de ombros, fingindo displicência.

Remus se sentiu extremamente patético. Todo aquele tempo ele pensando que Sirius o usava apenas para terminar a noite e o perfume que sentia sempre fora de Andromeda, que deixava o moreno se lamentar em seu colo.

– Posso ficar aqui com você hoje?

– Claro – Lupin sorriu e beijou o pescoço de Sirius. – Sempre que quiser.

– Sim.

– O quê?

– Sim, eu quero namorar você.

Eles se abraçaram, sorrindo por terem finalmente acertado as coisas e porque elas tomaram um rumo completamente inesperado para ambos, mas completamente do jeito que eles desejavam. Estavam juntos. E não pretendiam deixar de estar.


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