Proud escrita por garotadeontem


Capítulo 5
Capítulo 05


Notas iniciais do capítulo

O capitulo tá menor do que eu pensei, me desculpem, mas é que essa semana eu estou na correria, mas com todos os reviews que tenho recebido não queria deixar vocês sem nada, né. Pelo menos, tem um pedaço. rs Vocês merecem, todos sendo lindos comigo. Até o fim da semana eu posto outro. :) Obrigada por tudo!!!!



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Félix tinha se esquecido de que no shopping também estava localizada a butique da ex-mulher, apesar de tudo que tinham passado, todas as mentiras, falsidades e amor ao dinheiro, ele chegava a nutrir um sentimento de pena por ela.

_ Por que você não respondeu minhas mensagens?

_ Que mensagens, criatura? Mudei de número! Pelas contas do Rosário, Edith, o que você quer?

_Eu só queria saber se você estava bem, fiquei até surpresa de te ver por aqui. O que você tá fazendo em São Paulo?

_ Papi soberano precisou fazer um tratamento e estamos passando um tempo aqui, mas já está acabando esse tempo, viu, interesseira? Como está seu tapete persa?

_ Nos separamos.

_ Ah, claro, né, Edith! Achou outro milionário para NHAC... – ele tentou desajeitado fazer agarras com as mãos cheias de sacolas. - ... dar o bote?

_ Claro que não, Félix. Eu... você sabe que só amei e amo uma pessoa nessa vida.

_ Uma pessoa não, meu doce. Uma coisa, dinheiro. – ele se sentiu intimidado por ela, e logo lhe deu as costas e saiu andando.

_ Félix! – mesmo andando depressa, Edith te alcançou e te puxou pelo braço. – Toma cuidado. Toma muito cuidado. – ele conseguia sentir as unhas dela marcando seu braço.

Ela sussurrava nervosa, e na mesma velocidade que tinha aparecido, ela se soltou e saiu no meio das pessoas que andavam pelo shopping. Félix ficou alguns segundos sem piscar, não entendendo uma palavra do que ela dissera, mas ela parecia muito nervosa, e ele ficou mais ainda, porque os olhos dela não eram de ameaça e sim de preocupação. Ele viveu muitos anos com ela para conhecer suas expressões, ele tentou afastar os maus pensamentos da cabeça e foi embora do shopping, retornando para casa.

Mais tarde, buscou os filhos na creche e na escola, e quando voltou para o apartamento, Niko já estava lá, por mais que ele tinha passado o dia todo olhando aqueles números, e fazendo ligações, o aviso da ex não saia da cabeça, mas não contaria para o marido, não queria deixa-lo preocupado com besteiras.

Uma coisa curiosa aconteceu, Jaiminho não cumprimentou Niko só correu para o quarto e ficou lá por um tempo, deixando os dois preocupados.

_ Félix, o que será que o Jaiminho tem?

_ Carneirinho, acho que esse lugar não faz bem pra nenhum de nós. Não vejo a hora de o papi soberano ficar bem e podermos voltar pro nosso lar, doce lar.

Félix estava sentado no sofá, mostrando pra ele o que tinha comprado pras crianças mais cedo, mas toda vez que via os brinquedos lembrava-se do olhar de Edith pra ele, e aquilo o estava deixando incomodado, alguma coisa estava acontecendo e ela sabia. Ele tinha que ir atrás dela e descobrir o que é.

_ Meu amor, o que foi? Você parece tão tenso... – ele sentiu as mãos de Niko em seus ombros e tentou relaxar, mas sem sucesso.

_ Nada, só cansado, afinal dois restaurantes já me tiram o sono, imagina quando tivermos uma franquia, Carneirinho. – ele mudou de assunto e sorriu pro marido.

_ Será? Uma franquia?

_ Claro, se conseguimos ter dois, conseguimos ter vários.

_ Obrigado, Félix. – Niko te olhava com certa intensidade.

_ Pelo o quê, criatura? – ele riu.

_ Por estar do meu lado, por ter aceitado ficar comigo.

Félix sorriu, e finalmente tinha relaxado, e quando beijou Niko quase se esqueceu de todo resto ao redor. Eles ficaram assim por um tempo, só sentados no sofá de mãos dadas e as cabeças encostadas, e no fundo, Félix desejou que sua vida inteira tivesse sido assim, simples. Mas ele tinha tanta coisa ruim pra trás.

_ Seu Niko, seu Félix, terminei de arrumar o Fabrício. Cês vão na dona Márcia, é? – disse Adriana com aquele sotaque estranho dela.

_ Vamos sim, Adriana. E o Jaiminho? – perguntou Niko.

_ Ele tá no quarto, disse que queria ficar.

_ Mas é o quê? – Félix perguntou.

_ Eu vou lá falar com ele, Félix. Vai arrumando as coisas.

Félix começou a se sentir nervoso novamente, e se “essa coisa” ou “sei lá o que” que a Edith disse para tomar cuidado estava afetando seu filho? Quase não conseguiu colocar Fabrício na cadeirinha no carro de tão preocupado, mas logo ficou melhor quando viu Niko se aproximar com Jaime e todos entraram no carro. Tudo era silêncio, mas então, Félix ligou as TV’s do banco de trás do carro e deixou que Fabrício assistisse a tal da Galinha Pintadinha.

Ele mesmo ODIAVA as músicas, mas se pegava cantando porque era pior que praga, grudava na mente que era uma beleza. Ele saiu com o carro do estacionamento, e olhava para Jaiminho pelo retrovisor ao parar nos semáforos, o menino olhava atentamente pra fora, enquanto o bebê batia palmas para o desenho. Niko olhava pra Félix toda vez que o via observando o filho, e balançava a cabeça indicando que não era nada.

_ Fica tranquilo. – Niko pegou na mão dele e apertou de leve.

Ao chegarem à imensa e extravagante casa de Márcia, Jaiminho se animou, pois a sua vó tinha um quintal cheio de brinquedos por causa dos netos. E antes de tocar a campainha, Félix só pediu pros céus e todos os santos que ele tanto zombava que tudo estivesse bem com o pequeno, e que Márcia pudesse distraí-lo a ponto de esquecer aquele medo que ele sentia no fundo do estomago. Um tipo de medo que nunca tinha sentido na vida. Ele sabia que tinha alguma coisa errada.


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Notas finais do capítulo

Partiu, cama, porque só tenho mais 5 horas de sono. Meus sacrificios que faço por esse fandom Nélix. Bom, quem quiser falar comigo: @garotadeontem