Fix Me In 45 - Part II escrita por Allie Blews


Capítulo 1
Car-Crash Hearts


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte! Boa Leitura.



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Fix Me In 45 - Part II


"I'm not man enough to be human, but I'm trying to fit in and I'm learning to fake it". - The Gardener; Marilyn Manson.


Nove anos.

Foram nove anos absorvendo tudo o que o tempo me proporcionava. Nove anos apenas aceitando as consequências. Nove anos tentando me encaixar. Nove anos aprendendo a fingir.
Passei nove anos no inferno.

Desde o primeiro interrogatório, eu tinha mudado. Não, não para melhor. Isso nunca.

Para pior. Sim, para muito pior. A pena por assassinato é de 10 a 25 anos, ou pena de morte. Porém eu não matei apenas uma pessoa, não, isso é pouco. Até porque um único homicídio já teria me tirado daqui há tempos. E eu já estive atrás das grades mais de uma vez, então isso ajudava no aumento do tempo.

Nove anos na prisão se passaram, e hoje completo meus trinta e sete anos de vida. Dez vivendo no medo, quatro sendo enganada e vinte e três satisfazendo meu eu interior.
Vivi como Hannah Jones durante dez anos, eu era apenas uma criança quando tudo mudou na minha vida. Foi com essa idade que vi minha mãe cair ensanguentada no chão da cozinha. Com essa idade que se eu não tivesse corrido e me escondido por meses na casa de um senhor, estaria a sete palmos da terra junto com minha mãe. Mas foi chegando aos onze anos que preferi estar morta a estar na imundice daquela casa.

Eu sofria abusos do velho. Só me deixara entrar, pois era isso mesmo o que queria. Nojento.

Podre.

Não há palavras para descrever o quão suja eu me sentia. Tentei me matar por várias vezes, e no final percebi que não era eu quem deveria fechar os olhos para sempre.

Onze anos, primeira vitima, um senhor de sessenta e sete anos, morto com cinco facadas no peito.

Derek Jones já traía minha mãe desde meus cinco anos. Eu era muito pequena, mas não era boba, lembro-me dos episódios em que ele trazia mulheres para casa quando mamãe viajava. "Essa é uma amiga minha, Hannah, diga olá". Uma amiga diferente a cada semana, até que ele parou de voltar para casa. Minha mãe descobriu da pior maneira; por bocas alheias. Tentou conversar, mas escolheu um dia ruim, Derek estava bêbado demais e gritou com ela. Minha mãe bateu em seu rosto, e ele a fez cair com três tiros certeiros; um na cabeça, dois no peito. Eu estava na escada, tive a visão de toda a cena. Seus olhos e o sorriso lançados a mim me fizeram correr até o bairro mais próximo.


Continuei na casa do velho por mais duas semanas depois de sua morte. Os vizinhos não deram falta dele, a polícia só apareceu quando o cheiro começou a incomodar. Nesse dia eu já tinha ido embora, levando a arma usada comigo, assim como uma grana que ele guardava. Andei por alguns quilômetros até encontrar hotel barato. Minha vida foi assim até meus quatorze anos, quando a policia me localizou e fui mandada para um abrigo. Eu só arrumava confusão, não fazia nada direito e tentei sufocar um garoto no refeitório. Essas coisas aconteciam, mas dentro de mim eu sentia um medo terrível. Saí de lá com dezenove.

Durante todo esse período eu trazia Charlie Morgan à vida. Mudei todos os meus documentos, ocultei Hannah Jones por completo e substitui o vazio por meu outro lado.
Arrumei um emprego numa cafeteria qualquer e comecei a pagar aluguel em um edifício caindo aos pedaços. Guardei todo o dinheiro que consegui, meu plano de mudar de vida teria que funcionar. De Phoenix, fui parar em Palm Springs. Com uma mochila pronta, de carona em carona, fui do Arizona para a Califórnia em dois dias. Eu continuaria em Phoenix se não descobrisse que a policia estava atrás de mim de novo. Eu não pagava mais o aluguel, tirei dinheiro do caixa da cafeteria e fugi. Cheguei lá sem saber o que fazer e com muita fome. Entrei numa lanchonete da região, comi um hambúrguer e pedi uma dose grande de café. Dormir era o que não precisa naquela hora nem pensar. Eu não tinha noção alguma de que dia, mês ou ano estávamos, muito menos que horas eram. O que eu via era o dia terminando no horizonte.

O dinheiro que eu havia pego me rendeu um apartamento minúsculo, comida e uma transformação num salão de beleza esquecido na parte sul da cidade. Palm Springs é a casa de algumas celebridades, muita gente rica mora nesse lugar. O que não é o meu caso. Entrei no salão de um jeito e saí de outro, literalmente. Me senti diferente por dentro e por fora.

Dos tempos que tentei me segurar, ficar sossegada, um problema de anos atrás veio a tona.

Durante meu trajeto, eu não estava sozinha em nenhum momento. Elas estavam comigo. As vozes. Me diziam o que fazer, onde ir e o que dizer. E eu as obedecia, afinal elas mandavam. Elas mandavam em mim.

Meu dinheiro estava acabando e eu precisava de mais. Comecei a me envolver com pessoas e de um grupo com cinco - contando comigo -, sobraram apenas três. Dentro da própria casa, Elliot Willis morreu asfixiado com o gás na cozinha. Quatro e quinze da manhã, eu estava do lado de fora, fumando um cigarro e com minha mochila nas costas, cheia com o dinheiro do homem agora morto. A sensação de realizar um desejo do meu alter-ego foi sensacional, indescritível. Me senti poderosa, como se pudesse fazer qualquer coisa, sem medo de mais nada... Invencível. Dali para frente, o número de vítimas só aumentou. Não tinha mais casa, vivia refugiada. Adolescentes, homens, mulheres, idosos. Eu não me importava com idade ou qualquer outra coisa, se atrapalhavam meu caminho, eu apagava. Matava por entretenimento e por dinheiro.

Completei vinte e quatro anos e comecei a sentir falta de algo. De alguém. Eu estava sozinha, nunca havia namorado nem nada do tipo por ter o trauma do ano que passei com o velho. Portanto agora eu queria. Charlie Morgan não tem trauma algum. Ela é incrível e pode fazer o que quiser. Então comecei a sair de novo e conheci um homem na época. Ele foi, de verdade, o homem que amei com todo o meu coração. Ele me fazia bem. Nos dávamos bem, tínhamos muita coisa em comum, eu sentia tanta coisa boa perto dele. E era recíproco. Começamos a namorar sério, até que noivamos e casamos. Eu estava feliz. Feliz com minha nova vida e meu novo emprego, feliz com meu marido, feliz com nossa casa, feliz com todos os acontecimentos a minha volta. Eu me sentia viva. Viva como nunca antes. Minha vida estava estabilizada, a polícia fora do meu caminho, meus documentos todos mudados. Estava tudo bem.


Quatro anos se passaram.


Eu tinha uma rotina e meu marido também. Tomávamos café da manha juntos, saímos cada um com seu carro depois de um beijo de despedida, íamos para o trabalho, voltávamos e passávamos o fim de tarde e noite juntos. Havia as exceções onde jantávamos em algum restaurante ou simplesmente íamos a algum lugar diferente para conversar e enfim. Não pensávamos em ter filhos. Pelo menos não naquele momento, tínhamos muito o que aproveitar daqueles momentos a dois ainda. Nossa relação era assim, tudo muito transparente, feliz e saudável. Entretanto apenas eu acreditava em nosso futuro como casal. As palavras dele à mim eram sinceras, eu via, eu sentia. Ele me amava da mesma maneira que eu o amava. Forte e intensamente, de corpo e alma, com todo o coração. Mas é pensando nisso que me questiono: "como ele foi capaz?". Comecei a duvidar de tudo, desde palavras a movimentos. Estudava cada passo, cada risada e expressão vinda dele. Porém nada, nada me parecia mais suspeito do que as "ligações da empresa" - as quais eu contava conforme os dias passavam - e as "viagens a trabalho". Eu sempre confiei minha vida nas mãos de meu marido. Confiei cegamente. Isso mudou de repente depois da decima quarta ligação. Ele precisou viajar de urgência e eu, como boa esposa, ajudei-o a preparar as malas. Me despedi e ele foi.


A casa vazia me fazia pensar. Desde cedo, naquele dia, eu me encontrava em estranho estado de preocupação e desconfiança. Uma angustia forte no peito, apertando meu coração, quase me esmagando. Das vozes, agora tão longe de mim, eu escutava sussurros sôfregos. Como se pedissem libertação. Ignorei. Continuei minha rotina e esperei a volta de meu marido.


Três semanas se passaram desde então. Estranhei a demora e do outro lado da linha telefônica ele me dizia que houve imprevistos e que provavelmente o voo atrasaria. Afastei pensamentos que insistiam em me incomodar.


Fui para o trabalho sem esperar nada de novo quando voltasse. Meu marido não voltaria hoje alegando atraso no voo. Não me preocupei, durante a madrugada ele estaria de volta e eu poderia matar a saudade. O tempo passou se arrastando naquele dia, dirigi devagar até em casa, cansada e querendo dormir. Ao contornar o ultimo quarteirão que me faltava, percebi algo estranho em uma das casas. Luzes acesas onde eram para estar apagadas. A casa era a minha. As luzes da sala estavam ligadas, assim como a tv. Me alarmei, pensei em tudo e me preparei para chamar ajuda. Mas parei. Meus instintos me fizeram virar para a garagem... O carro verde musgo estava estacionado cuidadosamente na vaga. Era ele. Meu marido estava em casa. Suspirei aliviada e ri da minha bobagem. Ri, mas algo ainda me incomodava. Girei a chave na maçaneta e ouvi risadas. Meu coração chocou-se tão violentamente contra meu tórax que pensei não me aguentar em pé se a porta não me sustentasse. Empurrei a mesma e senti o corpo inteiro paralisado.


A cena me fez travar a mandíbula, meu coração pular de novo, e minhas mãos se fecharem em punhos, machucando a palma. De uma vez só, como um golpe certeiro, minha mente se revirou. Charlie Morgan estava ali, mas não a de verdade. Essa era a parte boa - a qual fiz questão de destroçar. Eu estava aqui. O pior de Charlie Morgan. Os sussurros das vozes se transformaram em berros desesperados, senti meu peito inflar com o ódio e meu interior gritar sedento por sangue.


Havia uma mulher. Cabelos escuros e encaracolados, pele clara, olhos castanhos marcados por delineador, boca fina e vermelha pelo batom. Ela vestia um vestido perto e justo, não tão curto, mas também nada longo. Ela estava sentada sobre as pernas do meu marido, rindo e acariciando seus cabelos loiros.


Então eu entendi tudo. Ela era as viagens, as ligações e os atrasados. Tudo rodeado numa única vadia destruidora de lares. Quando foi que fiquei cega? A sensação estranha que eu sentia era isso, como um aviso que eu ignorei. Além de cega eu havia ficado burra. Eu não podia permitir uma coisa dessas, não, não mesmo. Desde o começo eu havia deixado bem claro que traição era uma coisa que eu não aceitaria em hipótese alguma. Eu não seria enganada para terminar como minha mãe terminou. Ele percebeu o olhar da mulher sobre mim e se virou. Me tirou do transe quando pronunciou meu nome. A voz dele me dava náuseas. Tudo aconteceu como um flash rápido.


"- Quem é essa? - perguntei entre dentes.


- Charlie, se acalma e me deixa explicar. - ele levantou e a outra só olhava sem sair do lugar.


- Não gaste tempo com explicações. - eu dizia e ele dava passos lentos. - Não se atreva a se aproximar! Fique onde está.


- Charlie...


- CALADO! Você me dá nojo.


Pelo canto do olho, vi a mulher mexer em uma bolsa.


- O que ela está procurando? O que tem na bolsa?


- Charlie, eu sinto muito. - lágrimas rolavam em seu rosto.


- Sente muito... O quanto você sentiu enquanto agarrava as pernas dessa vagabunda? FALA PRA MIM!


A mulher levantou um objeto metálico da bolsa e correu na direção do meu marido. A única reação que tive foi correr e empurra-la, fazendo o objeto escorregar pelo piso. Ela me olhou e deu uma risada maníaca.


- Conheço você, Charlie Morgan. Conheço você muito bem... Por que quer me impedir? Ninguém nunca te impediu... Como é estar do outro lado agora?


- O QUÊ? - meu marido estava desesperado e eu tentava associar a situação. Quem era aquela mulher?
O que ela conhecia de Charlie Morgan para falar com tanta convicção?


Então tudo fez sentido. As vozes me diziam,
'faça agora, é o que ela quer fazer com ele'. Alcancei o objeto no chão, percebendo ser uma faca grande, e me aproximei dela. Agarrei seus cachos e falei alto e claro.


- Se você queria mata-lo na minha frente, agora ele vai ver você morrendo. - afundei a faca no peito dela, rasgando até o umbigo. Soltei o corpo sem vida no chão e fiquei parada olhando.


- VOCÊ É LOUCA! OLHA O QUE FEZ! - foi a ultima coisa que ouvi."

Então voltei. Num instante ela estava no colo dele, e no outro caída no chão, com o peito aberto e os olhos esbugalhados, deitada sobre o próprio veneno. Morta.


Observei a tragédia sem saber o que dizer, apenas com as roupas sujas e uma faca ensanguentada nas mãos. Eu respirava ofegante e tudo ao meu redor estava em câmera lenta. Há tanto tempo não sentia essa sensação que até me esqueci como era. Meu marido gritava, mas eu não me importava. Sorri levemente fechando os olhos, sentindo a adrenalina tomar conta do meu corpo. Meus joelhos cederam e não vi mais nada.


E essa foi a deixa perfeita. A policia foi chamada, me levaram e só me dei conta da situação quando passei a prestar atenção onde estava. Fui interrogada pelo meu pai. Não digo que eu esperava por isso, porque eu realmente não esperava. Mas foi ótimo ver seus olhos ordinários novamente tentarem me perfurar. Confessei tudo depois de me aplicarem uma medicação, a qual até hoje não sei dizer a composição. Mas nada disso me importa agora.


Estou no lugar certo, não é?! Onde a população norte-americana inteira gostaria de me ver. Onde Derek Jones gostou de me ver, até mesmo meu marido. O muro foi derrubado, Charlie Morgan estava mais do que exposta para o mundo ver a aberração que abriga. Tudo veio a tona, todos os crimes, assassinatos, roubos, armadilhas. Noves anos na penitenciaria feminina da Califórnia se passaram até o dia de hoje. O dia do meu julgamento, o que decidiriam o meu destino. Eu estava propensa a pena de morte e a porcentagem de acontecer eram grandes. Entretanto ainda tinha direito a um ultimo pedido e a uma visita final. Já havia me preparado para aquele momento de qualquer maneira. Já sabia bem o que pedir antes de me despedir dessa minha vida sem valor.


Me tiraram da cela e, algema nos pulsos e tornozelos, fui levada até o tribunal. Expressões não se faziam mais presente, tudo o que via no reflexo do espelho era uma mulher indecifrável, sofrida e usada pelo tempo. Me sentei na cadeira e esperei a confirmação do que eu já sabia.


- Está aberta a sessão para o julgamento de Charlie Morgan, autora dos crimes mais hediondos de Phoenix e Palm Springs.


Sorri com a frase acompanhando meu nome.


Falaram um monte de coisas, eu respondi perguntas e vi um homem entre as pessoas presentes que me pareceu muito familiar. Tentei ignorar, mas meu cérebro insistia em voltar na imagem dele. Eu estava inerte, até que a ultima frase foi dita.


- Com a autoridade perante Deus e a lei, eu sentencio: Charlie Morgan, você está condenada a pena de morte para o dia que suceder a este. Possui a opção da escolha, um último pedido e uma ultima visita. Esta sessão está encerrada.

Então aí estava. Minha sentença. Eu já esperava, fui condenada a pena de morte. Querendo ou não aquilo me afetou. Fixei meus olhos na porta e me pus a pensar. Àquelas horas minhas ultimas horas de vida, no dia seguinte eu caminharia para a morte. E estava presa, não poderia ao menos ver a luz solar pela ultima vez. Eu sabia que as autoridades estavam sendo justas, eu tirei vidas de pessoas e agora era a minha que tirariam.

Me tiraram dali e voltamos para a penitenciaria. Na cela, voltei a pensar. Minha cabeça trabalhava os pensamentos a mil por hora, eu estava com medo. Medo por ter que morrer sem se despedir do homem da minha vida. Sem se despedir do meu marido. Eu não podia deixar isso acontecer assim tão facilmente. Ele havia me descoberto, visto tudo o que eu tinha feito no decorrer da vida e eu não tive a chance de dizer uma palavra.


Foi ai que tive a certeza; eu já sabia quem chamaria para a última visita.

Do pedido eu ainda não tinha certeza, talvez eu apenas fosse querer respirar ar puro por mais uma vez. Sobre a escolha, eu sabia bem: a cadeira elétrica era o que me tiraria daquele mundo para sempre. Eu não queria dormir com medicamentos injetados na minha veia, não queria ter meu pescoço preso em uma corda, nem ser perfurada por balas de fuzil, muito menos ter a respiração cortada por um gás tóxico. Também não gostaria de sentir meus órgãos fritando enquanto recebo 5.600v* por segundo... Mas eu precisava sentir. Precisava ter a sensação de que um dia eu já fui um ser vivo.

Depois que encontrei aquela mulher na minha casa, nunca mais fui a mesma. Deixei o pior de Charlie Morgan aparecer, tendo consequências como a insensibilidade. Para mim, meu sofrimento atual não era nada comparado ao que presenciei. Nada seria capaz de reverter o sentimento. Hannah Jones era tímida, acreditava, sonhava, vivia. Charlie Morgan é completamente o oposto e mostra isso muito bem. Parei de acreditar e sonhar quando vi minha mãe morrer, perdi a timidez quando tive que enfrentar o velho que me abusava e desisti de viver a partir do momento que vi meu marido com uma amante.

A palavra ainda ardia dentro do meu estômago.

O que eu era: uma casca vazia. Simplesmente. Uma casca vazia alimentada por vozes desconhecidas dentro de um cérebro fervilhando. Talvez ali ainda existisse algum resquício de vida, que, portanto seria apagada.

Não, eu não me arrependia de nada que fiz, não sou esse tipo de pessoa. Medo da morte eu não tinha, quanto a isso eu estava tranquila. Já fiz demais, daqui não saio a não ser imóvel, sem vida.

Deitei na cama dura de ferro que eu dormia e descansei. Agora era só esperar o dia seguinte, pois eu o veria novamente.

*: 5.600v é a soma dos volts que a pessoa recebe na cadeira elétrica. São oito segundos de 2.300 volts, outra carga de 1.000 volts por vinte e dois segundos e, por último, mais uma de 2.300 volts por mais oito segundos.


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Notas finais do capítulo

Trilogia completa também em: books-and-bites.tumblr.com/fmi45thetrilogy
@partofgab_s



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