A Winter's Tale escrita por ArchMage


Capítulo 7
A Decisão dos Jarls




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– Você.... MATOU ULFRIC! – berra Galmar levantando e segurando firme seu machado encarando Sarkhan – E como não bastava, usou essa magia doentia que o enviou para sei la onde!

– É verdade Dovahkiin? – diz Jarl Elisif – Ulfric não foi para Sovngarde?

– Enviar alguém para Soul Cairn é muita crueldade – diz Sybille a maga da corte de Solitude.

– Não tive escolha – diz Sarkhan – mas não o enviei para Soul Cairn arbitrariamente, tem um motivo.

– É bom que seja! – diz Galmar nervoso – ou então arrancarei sua cabeça aqui e agora.

Os Jarls e seus magos se aproximam de Sarkhan para entender o que havia acontecido ali, enquanto este puxa uma cadeira, senta e começa a explicar:

– Ulfric enviou exércitos para Winterhold, acredito que por ser o hold mais próximo de Windehelm nos usou como teste, infelizmente pra ele, eu estava lá.

– E dai? Seu Hold estava intacto não estava? Eles fracassaram pelo jeito não fracassaram? – diz Galmar.

– Não, eles foram para as montanhas e atacaram um dos professores que estava explorando Labyrinthian junto de três novos membros do colégio – explica Sarkhan – não foi uma batalha justa e o professor quase morreu para salvar seus alunos.

– Sei que você é um herói de guerra dovahkiin – diz Galmar enquanto olha para o corpo de Ulfric – Mas eu não irei perdoar você! – ao concluir suas palavras, dispara em direção a Sarkhan com seu enorme machado em mãos.

– PARE GALMAR! – diz Jarl Korir, de Winterhold, e impede que Galmar sacrifique sua vida em busca de uma vingança estúpida.

– Por que vocês estão do lado dele?! Ele assassinou o Grande Rei! – diz Galmar.

– Ai está – diz Jarl Laila de Riften – foi exatamente assim que a rebelião de sete anos atrás começou, foram esses os métodos que Ulfric usou para demonstrar sua força, Ulfric defendeu a lei de que apenas o mais forte pode suportar o peso da coroa Galmar, e foi demonstrado aqui que Ulfric não era o mais forte, se você aceitou antes é obrigado a aceitar agora.

Laila estava certa, a sete anos atrás Ulfric usou seu Thu’um para derrotar Torygg, marido de Elisif e antigo Grande Rei de Skyrim em um duelo, Galmar havia sido o primeiro a celebrar a tradição Nórdica do combate pela coroa, e segundo Ulfric, é um direito de Skyrim ter apenas o mais forte como rei.

– Não derrotei Ulfric pra me tornar rei – diz Sarkhan – meu objetivo era que ele se rendesse, que admitisse seus crimes, mas ele não o fez – conclui Sarkhan em um tom de tristeza.

– Mas não há mais ninguém Dragonborn – diz Jarl Korir.

– Sim, há, você Jarl Elisif, esposa do antigo Grande Rei de Skyrim – diz Sarkhan

– Não – diz Elisif – eu perdi esse privilegio a cinco anos atrás quando Ulfric subiu ao poder, mesmo que ele esteja morto agora, não tenho o mínimo direito de ser a rainha.

– É de maior interesse dos Jarls realizar o moot – diz Vignar, Jarl de Whiterun – Skyrim precisa de um líder, precisamos de um novo Grande Rei!

O moot para determinar o novo rei de Skyrim poderia levar horas, não só para a votação, mas também as preparações da gloriosa tradição nórdica, e enquanto Sarkhan e os Jarls discutiam em Dragonsreach, J’zargo liderava um ataque surpresa em Helgen.

Ao chegarem nas proximidades de Helgen, subindo as colinas depois de Riverwood, começaram a perceber sinais estranhos, não havia guardas no caminho, e no portão de entrada de Helgen havia apenas um guarda.

– Auto! – diz o guarda com um sotaque estranho – O que temos aqui?

– Trouxe prisioneiros para serem interrogados – diz Frigga se passando pela guarda Stromcloak.

– Um Altmer, um Dunmer e um Khajiit? Por que o Khajiit?

– Eu achei que seria apropriado já que os três estavam andando juntos.

– Muito bem, pode entrar – e o guarda deu sinal para abrir os portões.

J’zargo havia percebido que tinha algo estranho no guarda, assim como em toda situação, então cochichou para Keleth.

– Pss... Altmer... qualquer coisa.. entra no jogo e finja que é um deles

– Han? – Keleth não havia entendido nada, do que J’zargo estava falando? Afinal, os Altmers eram o inimigo numero um de Skyrim, segundo a política de Ulfric.

Ao entrarem na cidade Frigga foi imediatamente detida e amarrada, J’zargo foi colocado próximo a ela junto com Lokh, entretanto, Keleth foi solto, um exercito de Altmers com robes pretos estavam controlando Helgen.

Frigga e Lokh não entenderam o que estava acontecendo, já J’zargo não gostou de ver que seu temor havia se tornado a realidade, os Thalmors haviam chegado antes! A Aldmeri Dominion havia conquistado Helgen e os soldados Stormcloaks haviam sido exterminados.

– Senhor o que faremos? Temos um Dunmer um Khajiit e uma Nord Stormcloak – pergunta um mago Talmor para o seu comandante Teldrhan

– Prendam o Khajiit e o Dunmer, elimine a Nord – diz Teldrhan – não viemos aqui para nos tornar amiguinhos do povo de Skyrim, se o Império foi fraco a ponto de não conseguir manter seu próprio território, agora cabe a nós botar a ordem nessa gentalha.

J’zargo estava sem tempo para pensar em algum plano, eles haviam sentenciado Frigga a morte e estavam amarrados e não poderiam fazer nada, o plano havia se virado contra eles.

Keleth se manifestou, pois se lembrou do que J’zargo havia dito

– Com licença – diz Keleth tentando imitar o sotaque imponente dos Thalmors – poderiam me da um robe, estou me sentindo um lixo usando essas vestes de plebeu.

Teldrhan nunca havia visto Keleth antes, mas por ser um altmer havia um resquício de confiança nele, afinal, vários espiões Thalmors estavam espalhados por Skyrim, sendo totalmente plausível Keleth ser um deles.

– Muito bem, deem um robe para ele – diz Teldrhan – concordo com você, eu não aguentaria vestir esses trapos – logo depois o comandante Thalmor se vira para os demais e fala em um tom de voz alto o suficiente para ser escutado por toda Helgen – Preparem-se para a execução da Stormcloak! – mas é interrompido por Keleth.

– Agradeceria se a poupasse – diz Keleth – a verdade é que sem ela eu não conseguiria estar aqui, nós dois havíamos arquitetado um plano para eu entrar em Helgen e libertar os Altmers presos, uma ação surpresa, mas para sermos bem sucedidos eu precisava de alguém, de preferencia um Nord, que se passasse por Stormcloak e me botasse dentro.

– É um plano muito requintado para um mero espião – diz Teldrhan

– Eu sei, mas ela me ajudou, e matou os Stormcloaks que iam me aprisionar, por isso confiei essa missão a ela.

– Muito bem – diz o comandante – levem o Khajiit e o Dunmer para dentro, arranjaremos algo para a sua amiga Nord fazer.

Frigga estava aliviada, sua vida havia sido poupada aparentemente, mas não sabia o que iria acontecer com J’zargo e Lokh, já que ambos não haviam garantias de que sairiam vivos dali, mas, como foi ordenado, Frigga ajudou Keleth a levar J’zargo e Lokh para dentro.

– Senhor o que faremos? Vai deixar a Nord viva mesmo? – pergunta um mago Thalmor.

Teldrhan faz o sinal, e enquanto Keleth estava satisfeito por ter salvo sua amiga, ao se aproximarem da torre onde desceriam a escadaria para chegar nas masmorras, o elmo de Frigga é atravessado por uma flecha magica que depois se dissolve logo depois do impacto, e a Nord cai no chão morta.

Lokh e J’zargo gritam, mas o grito é abafado pelas mordaças, já Keleth não acredita no que acabara de acontecer, sua grande amiga Skaal havia sido morta bem diante de seus olhos, por seus próprios compatriotas, os Altmers.

Keleth tenta conter as lagrimas para manter seu disfarce, mas não consegue controlar sua angustia, e logo após ver a amiga sendo morta em sua frente vira-se para o comandante Teldrhan para tirar satisfações, e quase não conseguiu controlar sua magia, pois por pouco não invocou suas espadas e seu Atronach para vinga-la.

– O QUE FOI ISSO?! POR QUE MATARAM ELA ?! – grita Keleth com o comandante.

– Nós Thalmors não precisamos da ajuda de Nords, não importa se são inimigos ou não, nós não viemos de tão longe para fazer amizades, agora coloque-se em seu lugar e leve-os para dentro ou terá o mesmo destino que essa imunda – diz o comandante Teldrhan para Keleth.

O jovem mago Keleth estava em choque, ele havia levado para dentro J’zargo e Lokh, esperando ter algum momento de privacidade com os dois, mas não foi bem isso que encontrou dentro da masmorra.

Enquanto o grupo de J’zargo se infiltrava em Helgen, agora o lar de uma ameaça muito mais aterradora do que um simples batalhão Stormcloak, o Moot estava em andamento e apenas os Jarls eram permitidos no terraço do dragão, aonde o Moot estava sendo realizado.

Sarkhan estava sentado do lado de fora de Dragonsreach, de frente para a estatua de seu antecessor, Talos, até que sentiu um arrepio na coluna, como se fosse a ponta de uma lamina que subia por sua coluna vertebral até o pescoço, alguma coisa havia acontecido!

– Preciso ir – diz Sarkhan se levantando.

– Para onde você vai? – Diz Brelyna que estava logo ao lado dele

– Alguma coisa aconteceu, alguma coisa errada, preciso voltar para Winterhold! – diz Sarkhan

– Winterhold está bem – responde Brelyna – você mesmo cuidou das defesas da cidade, e os magos de Winterhold estão la para defende-la, não se preocupe.

– Alguma coisa aconteceu Brelyna, eu sinto! – diz Sarkhan ao ser interrompido por um dos guardas de Whiterun.

– O moot foi concluído, você está sendo requisitado no terraço de Numinex, Dovahkiin. – diz o guarda.

Sarkhan se levanta, e por mais que não queira, ignora o sentimento de perigo seguindo para o terraço de Dragonsreach. Ao chegar lá, encontra todos os Jarls o encarando ao mesmo tempo que Elisif pede para que o mago Nord se sentasse.

– Foi determinado Dovahkiin, o próximo rei de Skyrim, e gostaríamos de sua opinião – diz Jarl Vignar White-mane.

– Claro, qual foi a decisão do moot? – diz Sarkhan.

– Inicialmente, gostaríamos de dizer que você demonstrou um enorme poder na luta contra Ulfric e que é o tipo de poder que o rei deve ter – diz Laila

– Entretanto, você também se mostrou tão cruel quanto Ulfric Stormcloak ao priva-lo de seu direito de ir para Sovngarde, e o condenando a uma eternidade em Soul Cairn – diz Skald, Jarl de Dawnstar.

– Ser poderoso e impiedoso com seus inimigos são características clássicas de um rei, são necessárias enquanto conseguem ser medidas e controladas – diz Dengeir, Jarl de Falkreath.

– Ter o poder e saber usa-lo em prol de seu povo é o que faz um rei, não é a coroa, nem a decisão do moot – diz Jarl Elisif, de solitude.

– Você decidiu se unir a Ulfric a cinco anos atrás, e embora a coroa tenha sido a conquista de Ulfric, todos nós temos plena consciência de que foi o seu poder que concedeu a vitória a ele – diz Jarl Korir, de Winterhold.

– Todos nós temos pesadelos com a nossa querida terra natal sendo invadida novamente pelo império, ou pior, pela aldmeri dominion, e precisamos de alguém para liderar Skyrim contra os invasores – diz Jarl Thongvor Silver-blood, de Markarth.

– Mas apenas um Jarl pode se tornar rei de Skyrim, pois é necessário governar um hold para ser eleito à coroa, o mesmo pré-requisito que Ulfric citou no duelo, apenas um Jarl pode ser eleito – diz Jarl Sorli, de Morthal.

– Então lhe damos a seguinte escolha, Dragonborn Sarkhan – diz Vignar – você pode assumir o trono de Windhelm, e a coroa de Grande Rei de Skyrim, ou, pode recusar-se e continuar como Arquimago de Winterhold.

– Caso aceite, nós seguiremos sua liderança até o fim Dovahkiin – diz Laila – e caso recuse, estaremos abertos para suas sugestões na politica de Skyrim, sua palavra será aceita como a palavra do Grande Rei, mas não iremos segui-lo em combate.

– Posso ter um tempo para avaliar a proposta? – diz Sarkhan.

– O moot não costuma dar um tempo para avaliação do rei pelo eleito, mas, ao mesmo tempo o moot não elege alguém que não seja um Jarl, logo, te daremos dois dias – diz Jarl Elisif

Sarkhan então agradece com um gesto, se levanta e se retira do palácio mais uma vez, embora entendesse que a coroa em suas mãos seria o melhor futuro possível para Skyrim, o arrepio em sua coluna não deixava que ele conseguisse nem sequer prestar atenção nas coisas, mal havia prestado atenção nas palavras dos Jarls.

– Hey dovahkiin! – diz Ralof, que vinha correndo descendo as escadas de Dragonsreach logo atraz de Sarkhan

– Ah Ralof! – repsonde Sarkhan ao se virar para o seu amigo – o que foi? Alguma coisa errada?

– Não não, eu realmente vim aqui para dizer que eu não conseguiria imaginar um rei melhor para Skyrim do que você meu velho amigo – diz o Nord.

– Eu agradeço a consideração, mas não me sinto pronto para ser rei, não é isso que eu almejo – responde o Arquimago.

– Eu sei, e é justamente por isso que você é o melhor para o cargo – responde Ralof – Hey! Que tal irmos para Riverwood, e bebermos um pouco na taverna de lá? Não que eu não goste daqui, mas minha irmã também está preocupada com você, assim como todos de lá.

Sarkhan por um minuto esquece dos seus problemas ao se lembrar de como tudo aquilo havia começado a sete anos atrás, e aceita de bom grado ir para Riverwood, afinal podia muito bem ser apenas um simples calafrio, J’zargo é praticamente um Mestre de magias de Destruição, quase todos os melhores magos do norte de Tamriel se encontravam em Winterhold para protege-la, e afinal, se o esquadrão de J’zargo era forte para enfrentar as ondas infindáveis de Falmers e mecanismos Dwemers em velhas construções subterrâneas, Sarkhan tinha certeza de que concluiriam sua missão com proficiência, afinal, o que poderia dar errado?


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