O sol começa a ser encoberto pelas nuvens do norte, Frigga e Keleth entram em desespero, estão no meio do deserto de gelo com seu mestre quase morto a seus pés, e Frigga não se esquece que Onmund falou da nevasca que iria cair, eles tinham que encontrar um lugar seguro.

–Vamos voltar para Labyrinthian – diz Frigga – ficamos la montamos acampamento e esperamos a nevasca passar.

–Não – responde Keleth- se aqueles homens vieram até aqui para nos caçar, eles sabem que nosso destino é Labyrinthian, provavelmente já estão lá esperando com algum tipo de emboscada, temos que achar outro lugar.

Por muita sorte, a residência dos Vigilantes de Stendarr se localizava a poucos minutos dali, segundo Frigga, então Frigga e Keleth começaram a carregar Onmund, deixando para traz todo excesso de peso possível, pois precisavam se mover rápido em caso dos Stormcloaks estarem próximos.

Enquanto os aprendizes carregavam seu professor para o Hall de Stendarr os quatro stormcloaks restantes não foram muito longe, de fato, apenas dois soldados haviam morrido na batalha, o primeiro que foi nocauteado pela bola de fogo dupla de Onmund, e o segundo que foi queimado pelas chamas da Atronach de fogo, mas ainda tinha o terceiro que havia sido aleijado e desmaiou inconsciente e foi deixado para traz.

– Não podemos deixa-lo la, ele é um de nós temos que voltar – diz um dos Soldados.

– Você tem razão, fiquem aqui com o Dunmer até eu voltar, eu irei busca-lo! – diz o outro Soldado stormcloak voltando para o local da batalha.

Quando finalmente chegou no local da batalha, procurou seu amigo mas só via corpos incinerados, e achou estranho , pois na batalha nenhum de seus aliados havia sido incinerado a ponto de virar “carvão”, o soldado ficou confuso e começou a procurar por seu amigo, estava procurando pistas quando de repente escuta uma voz.

– J’zargo acha muito feio um grupo de sete soldados atacar apenas um mago – diz uma voz vindo de algum lugar.

– O que?! Quem está ai!? – Grita o soldado stormcloak.

E aparece atravessando a cortina de neve, primeiro como uma sombra que depois se revela um Khajiit, com uma túnica vermelha com desenhos de fogo, uma túnica totalmente diferente das outras que os outros magos do colégio utilizam.

– Um Khajiit?! MAGO?! – o Soldado não se segura e solta uma gargalhada.

– J’zargo não recomenda que você o subestime, olha o que ele fez com seus amiguinhos – responde o Khajiit com um aspecto sério.

Não houve tempo para conversa, o soldado partiu pra cima com sua espada em mãos, mas antes de chegar próximo do Khajiit, sua espada escorregou de seus dedos e foi flutuando até J’zargo. O soldado stormcloak parou imediatamente sua investida não entendendo nada do que estava acontecendo.

– J’zargo está desarmado, que tipo de homem sem honra você é soldado Nord?! – fala J’zargo com uma voz muito mais séria do que o normal – Vamos lutar de igual para igual, os dois sem armas que tal? – e usa sua magia Incinerar na espada, que por possuir chamas tão intensas derrete a lamina da espada de aço.

O stormcloak assustado com tamanha demonstração de poder sai correndo do Khajiit.

– Por favor não me mate! Eu desisto! – grita o soldado Stormcloak correndo para longe de J’zargo.

J’zargo não correu atrás do soldado, muito pelo contrário, foi andando pacificamente como se tivesse tudo sob controle. O soldado havia corrido cerca de cem metros até que pisou em uma runa de fogo invocada por J’zargo antes mesmo da batalha começar, e ao pisar na runa tem suas pernas incineradas e sua carne derretida até os ossos, jamais conseguiria andar novamente.

O Khajiit mago se aproxima do soldado tranquilamente, pega o soldado que chorava de dor pelo colarinho de sua cota de malha com a mão esquerda ao mesmo tempo que fecha o punho da mão direita e o envolve em chamas colocando próximo do rosto do Soldado.

– Quem é você? – pergunta o Soldado sentindo uma extrema e agoniante dor.

– Hora, J’zargo é o futuro Arquimago de Winterhold – diz o Khajiit encarando o soldado - agora seja bonzinho e conte pra J’zargo o que vocês vieram fazer aqui e o que planejavam fazer com os magos do meu amado colégio.

Os demais soldados Stormcloaks já estavam começando a ficar preocupados, já havia uma hora que o outro havia saído para resgatar o soldado ferido e não havia voltado.

– O que será que aconteceu com ele?

– Provavelmente se atrasou por que começou a nevar, não se preocupe, dois magos aprendizes não são o suficiente para derrotar um soldado que sobreviveu a guerra civil.

E começam a escutar barulho de passos vindo em sua direção, chegam até a enxergar um vulto atravessando véu de neve que caia na região, mas antes que o vulto se revelasse, ele joga o capacete do Stormcloak em direção aos seus colegas que o esperavam.

Não houve tempo para reagir, não houve tempo para correr, não houve conversa, J’zargo se mostrou impiedoso com os Nords depois de ter visto que fizeram com seu querido colega de classe, iniciou o combate cercando a região com a magia parede de chamas, para que ninguém entrasse ou saísse dali, os Soldados foram queimados a um nível de suas armaduras se derreterem junto com a carne, até ficarem irreconhecíveis.

J’zargo então resgatou Lokh que ainda estava desmaiado, e o carregou para longe da li, visando leva-lo para o Forte Dunstad, onde sua força tarefa de magos o estava esperando, pois estavam voltando de ruinas Dwemers próximas a região e já estavam indo para Winterhold.

Enquanto Lokh era resgatado e Onmund carregado até o Hall dos Vigilantes de Stendarr, em Windhelm o rei Ulfric Stormcloak preparava sua partida para Whiterun, levando consigo Galmar como seu guarda-costas e Wunnferth, seu mago da corte.

– Está tudo preparado meu senhor – diz o guarda Stormcloak ao terminar de arrumar as duas carruagens que Ulfric havia requisitado, uma só pra ele, e outra para Galmar e Wuunferth.

– Ótimo, esta será a primeira reunião de Jarls que eu aparecerei não mais como Jarl de Windhelm, mas como o Grande Rei de Skyrim! – diz Ulfric orgulhoso.

– Rei Ulfric – diz o capitão Torvalt – enviamos os soldados Stormcloaks para Winterhold como foi requisitado senhor!

– Excelente – responde Ulfric

– Mas meu rei.. – diz Galmar – ..você não ia conversar com os outros Jarls antes de tomar qualquer atitude?

– Que tipo de rei eu seria se dependesse da aprovação dos outros para tomar providencias e proteger o meu país? – responde Ulfric – Não Galmar, você entendeu errado, esta reunião não é para conversarmos a respeito de nada, esta reunião é apenas uma formalidade para eu informar para todos que é assim que será de agora em diante! – conclui Ulfric.

– Eu... entendo senhor – diz Galmar se curvando e abaixando a cabeça para o Rei Stormcloak.

– Vamos.. Galmar.. Wuunferth subam na carruagem, temos um longo caminho até Whiterun – conclui Ulfric ao subir em sua carruagem particular.

E assim a carruagem de Windhelm começou a se mover em direção a Whiterun, assim como os Jarls de Markarth, Solitude, Falkreath, Morthal, Dawnstar, Riften, e Winterhold também já estavam se movendo para o centro de Skyrim.

Em Winterhold, Sarkhan, que estava em seu quarto tentando esquecer do nome Savos Aren, que foi dito por Faralda, resolve sair de seus aposentos e descer para o pátio do colégio e esperar Onmund, estava ansioso para saber como havia sido a aventura dos novos aprendizes do Colégio, mas ao descer para a biblioteca Arcanaeum Urag chama a atenção do Arquimago.

– Hey, Arquimago! Deixaram esse bilhete aqui para você – diz Urag

– Han? Bilhete? Deixe-me ver – diz Sarkhan ao pegar o bilhete.

“Em nome de toda Skyrim, eu o Grande Rei Ulfric Stormcloak estou requisitando que todos os Jarls do nosso amado país se reúnam em Whiterun dia 4 de Heart Fire.

Esta reunião terá por finalidade botar em pauta os problemas que Skyrim tem passado com os espiões imperiais, assim como levantamento de possíveis soluções para o problema.

Estou convocando todos os Jarls

Haafingar, Jarl Elisif

Hjaalmarch, Jarl Sorli

O Reach, Jarl Thongvor

Falkreath, Jarl Dengeir

Whiterun, Jarl Vignar

O Pale, Jarl Skald

O Rift, Jarl Laila

Winterhold, Jalr Korir

Também requisito que os magos das cortes venham junto com seus respectivos Jarls, também acho necessário que cada Jarl traga um guarda-costas para fortalecer a segurança da Reunião.

É imprescindível que os Jarls não tragam nenhum outro convidado, é uma reunião oficial dos governantes de Skyrim com seu Rei, qualquer convidado será barrado na entrada, e se insistir, será atacado.

Por fim, venho requisitar ao Jarl Vignar White-mane prepare o terraço do Dragão de Dragonsreach para que receba a nossa ilustre reunião.

Grande Rei Ulfric Stormcloak”

– Parece que eu não fui convidado – conclui Sarkhan – mas quem deixou isso?

– Preciso mesmo responder? – diz Urag – quem mais teria acesso ao Colégio e a carta oficial do rei para os Jarls?

– Brelyna – diz Sarkhan.

Ao terminar de ler a carta, Sarkhan e Urag escutaram um barulho de multidão do lado de fora do colégio, Urag quis ir ver, mas Sarkhan o impediu dizendo que iria sozinho, que achava que era melhor ele ficar e trancar o Hall dos Elementos.

Sarkhan saiu do Hall dos Elementos em direção a ponte do colégio, e ao atravessa-la notou que a cidade estava com mais guardas do que de costume, chegava a ser o triplo, foi então que ele viu os guardas invadindo o castelo do Jarl e a Taverna Coração Congelado e levando a força o administrador da cidade Malur, um Dunmer e o mago que residia na taverna Nelacar, um Altmer.

Furioso com o que estava acontecendo, Sarkhan se aproximou dos guardas.

– O que vocês pensam que estão fazendo? – diz o dovahkiin furioso.

– Pela ordem do Rei Stormcloak – diz o Soldado mostrando o documento oficial – exigimos que saia da frente e abra caminho para o colégio, são assuntos oficiais!

– Nenhum de vocês vai por os pés dentro do MEU colégio! – grita Sarkhan – e se tentarem, mandarei todos vocês para Sovngarde antes que consigam piscar os olhos.

Obviamente os soldados se sentiram totalmente intimidados pela ameaça do Dovahkiin, afinal, todos conheciam muito bem os seus poderes, todos sabiam que ele derrotou os dragões, e derrotou Alduin.

Ao ouvir o barulho do desembainhar da espada de Kai, um oficial Stormcloak que residia na taverna Coração Congelado, Sarkhan não se segurou.

– FUS RO DAH – e jogou todos os stormcloaks metros de distancia do Hold – se tentarem por o pé aqui novamente, não só no meu colégio mas na minha cidade... não será só uma baforada de vento que irão sentir... eu irei literalmente derreter os ossos de seus corpos! – grita Sarkhan ameaçando novamente os Stormcloaks.

A ameaça foi o suficiente, o pelotão de stormcloaks recuara e abandona a cidade, que agora se encontra sem guardas para protege-la.

– Muito obrigado senhor Sarkhan, por impedir que nos levassem – diz Malur agradecendo de joelhos ao arquimago.

– Por que será que isso aconteceu ? – perguntou Nelacar – e mais importante, como iremos proteger a cidade sem a ajuda do exercito?

– A cidade será protegida e vigiada pelo colégio, as ruas serão patrulhadas pelos magos de Winterhold, na pior das hipóteses usaremos o Colégio como fortaleza para abrigar todos os residentes de Winterhold e protegê-los, já o motivo do por que estavam levando vocês eu ainda não sei.. mas eu tenho uma pista a respeito – Diz Sarkhan olhando para a carta de Ulfric em sua mão antes de amassa-la – Ulfric Stormcloak... o que você fez?