TayNip O Amor de Uma Nova Geração escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 27
Primeiro "encontro"


Notas iniciais do capítulo

Estou hiper ultra mega atrasada!
não tenho desculpas.
o que eu não tenho é tempo.
estou louca para voltar a estudar de manha! minha mente funciona melhor, e sobra muito mais tempo para mim.
ta ai o capitulo com pov Avalon, não é inteiro dela, tem do arth também. eu ia colocar do Taylor também mas se só com do Arth e da Avalon eu demorei tras dias para conseguir terminar de escrever imagine com mais um.

Leiam as notas finais.



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P.O.V. Arthur.

Acho que nunca acordei tão cedo em um sábado na minha vida! Nunca. Esses três dias que se passaram desde que eu chamei Avalon para sair parece que passaram como lesmas em uma corrida. Quando contei ao Taylor que eu tinha resolvido parar de ser fouxo e ser eu mesmo 100% com a Avalon, ele ficou feliz, disse que eu estava fazendo o certo. Não contei a ele que tínhamos um encontro hoje, não contei a ninguém na verdade, eu não quero guardar segredo, claro que não, mas na verdade só quem realmente sabe, quer dizer, oficialmente sobre mim e Avalon é o Taylor, e como ele manteve em segredo seu relacionamento com a Nip por quase 4 anos, eu acho justo que eu faça um pouco de mistério, Rickardo só contou sobre Jani, porque nós os veríamos juntos no baile e ele não queria que ficássemos sabendo desse jeito, então também é justo com ele. E Lorenzo... Bem acho que ele foi o único que sempre deixou bem claro suas paixõezinhas para nós, principalmente Carol, mas como vou guardar dos outros dois ele também não precisa saber.

Tinha combinado com a Avalon de pegá-la em sua casa depois do almoço. Mas as sete da manha eu acho que não dá para almoçar.

Desço as escadas com uma felicidade um pouco exagerada. Estava completamente obvio que eu estava apaixonado, não precisava de um sensor de paixão para testar-me, e minha mãe sabe muito bem disso.

— Bom dia!! — eu digo dando um beijo em sua bochecha e me sentando para tomar café.

— Para você ainda é boa madrugada! O que faz de pé essa hora em um sábado?

— Nada, só não estava conseguindo dormir mais, ai resolvi levantar de uma vez.

— Levantar e tomar banho e se arrumar!—ela corrige arrumando a gola da minha polo roxa. — E passar perfume, está muito cheiroso.

— Obrigado! É que eu vou sair mais tarde e resolvi me arrumar de uma vez.

— E pelo visto está ansioso! Tarde dos meninos?

— Não! Hoje não, eu vou ao cinema! Mas dessa vez não será com eles.

— Com quem?

— Uma amiga! — não vejo motivo para esconder as coisas da minha mãe, ele é muito compreensiva. Eu a amo por isso, não importa o que seja, ela sempre da um jeito de olhar pelo meu ponto de vista e me entender. Ela sabe sobre tudo sobre mim, até mesmo sobre a Sabrina. E ela sempre me incentivou a não deixar que essa historia me impedisse de continuar.

— Aquela amiga do Taylor? A mesma amiga para quem você ligou as seis da manha na quarta? A mesma amiga que fez você chegar tarde em casa porque a estava levando para a casa? A mesma amiga...

— Sim mãe! É ela!

— Vocês estão juntos? — ela pergunta animada se sentando a minha frente, sou o filho único de uma filha única casada com um filho único! Ou seja basicamente sempre foi eu meu pai e minha mãe, e como meu pai não para muito em casa, é basicamente eu e minha mãe, ela se sente sozinha, já tentou ter outro filho, mas não consegue, o medico disse que eu fui um milagre, já que minha mãe tem algum tipo de doença na útero que a impede de ter filhos, e ele diz que um segundo milagre seria basicamente impossível. Ela adora quando meus amigos vem para cá, ela os trata como se fossem filhos dela também, quando eu namorei com a Sabrina, minha mãe a tratava como uma deusa sagrada, minha mãe gosta de companhia.

— Ainda não mãe!

— Ainda? Isso é um bom sinal! Me conte tudo! Lembra você estava me devendo o RG e o CPF dela! — eu rio.

— O nome dela é Avalon, ela veio do 9 com os pais! O pai dela é sócio do pai do Taylor, e eles moram na vila sul, ela é muito bonita, engraçada, e gosta das minhas piadas. Nós conversamos bastante, e eu percebi que gostava mesmo dela, mas eu não sei se ela gosta de mim também, ela não queria estar aqui, e fico me perguntando se ela não está falando comigo só para se sentir menos sozinha aqui.

— Se ela está veja pelo lado positivo, ela escolheu você, já é um começo. Amor não aparece do anda Arth.

— Mas o meu apareceu, eu simplesmente soube que gostava dela, e nós nos conhecemos só a quase seis semanas.

— Isso não é um empecilho!

— Eu sei, eu só estou dando um tempo para ver se ela sente o mesmo.

— Bom se ela aceitou sair com você!

— É eu sei! Mas não paro de pensar nisso! Nela!

— Own! É tão bom te ver assim de volta! — ela beija minha testa e se levanta. — Seu pai vai estar em casa semana que vem, ele chega no sábado! E eu estava pensando em fazer um almoço especial de boas vindas para ele que tal?

— Ótima ideia!

— O que você acha que eu devo fazer para o almoço?

— Hum.... que tal frango assado com batatas? — eu digo sorrindo.

— É, pode ser, seu pai fosta de batatas! Você me ajuda?

— Claro! — ela começa a falar sobre o que pretende fazer mas eu já estou longe, ter meu pai em cassa é um dádiva de pouco tempo, geralmente ela passa duas ou três semanas nos trens indo de um lado para o outro, e passa uma semana em casa, e depois se repete, e de novo e de novo! Eu o amava muito, nunca fui um adolescente revoltado por meu pai não ser 100% presente, eu sei que ele está longe por obrigação, apesar dele gostar do trabalho eu sei que ele não gosta de ficar longe de nós, mas isso não faz com que eu sinta menos falta dele. Ele nunca faltou a nenhum aniversario, sempre programava tudo para que os eventos importantes caíssem nos dias em que ele estivesse de folga. E quando não era possível, ele sempre estava presente, uma vez eu ganhei um premio na escola, mas ele não pod ir me ver receber, mas ele me ligou antes da premiação, depois da premiação e me mandou uma carta com um presente pela premiação, um presente tão insignificante para uns, mas que para mim foi o melhor presente que eu já ganhei na vida, um medalhão, um camafeu com uma foto minha dele e da mãe de um lado e do outro escrito “ filho n°1”, que eu usava todos os dias por baixo da camisa.

O dia passou mais devagar do que eu esperava, ficava olhando no relógio a cada segundo. Na hora do almoço comecei a comer rápido, mas então percebi que não importava o quão rápido eu comesse eu teria que esperar que ela almoçasse. Então passei a comer mais devagar.

— Mãe eu quero um cachorro! — eu digo do nada me lembrando das ultimas conversas que eu tivo com Avalon.

— Para que?

— Para colocar o nome dele de Franfla

— você quer um cachorro só para colocar o nome dele de Franfla?

— Exatamente!

— E você vai cuidar das necessidades do Franfla?

— Claro que vou!

— Eu não gosto muito de cachorros Arthur.

— Eu sei, mas seria legal ter um, para te fazer companhia! E meu aniversario está chegando considere um presente de aniversário.

— Seu aniversário é daqui a quatro meses!

— Então daqui a quatro meses eu vou ganhar um cachorro?

— Vou pensar no seu caso!

— Acho que eu vou indo mãe!

— Precisa de dinheiro?

— Não eu tenho! — eu sumo e escovo os dentes me olhando no espelho mais uma vez. Depois eu desço.

— Boa sorte! Não faça besteira, não chegue tão tarde! Eu te amo!

— Obrigado,eu não vou fazer nada que eu não deva, não chegarei depois das sete! E eu também te amo! — eu digo e saio! Tento não correr até a casa dela, mas na verdade eu queria mesmo era sair voando!

P.O.V. Avalon!

Quando acordo de manha imediatamente sinto meu estomago se contorcer, hoje não é um bom dia para passar mal estomago, eu penso, então percebo porque hoje não é um bom dia para passar mal, e também percebo que eu não estou passando, só estou nervosa.

Hoje é sábado!

A semana passou voando! Parece que foi ontem que Arth me chamou para ir ao cinema, mas não foi, assim como todos esses dias desde que me mudei, o tempo tem passado rápido, e eu não o estou vendo, estou aqui a um mês e uma semana, e parece que foram anos e anos. Me acostumei tão facilmente com ser acordada não mais pelo meu despertador, mas pelo raio de luz do sol que atravessa minha janela e bate exatamente no meu rosto todos os dias, me acostumei com as andanças da minha mãe pela casa tão maior do que a nossa era no 9. Me acostumei com os diferentes costumes que esse distrito tem, com o barulho que vem da praça e do Novo Prego, com o cheiro da campina impregnado nas roupas de todos, com as rotinas vaiadas de cada um, mas principalmente, eu me acostumei com o Arthur!

Não sei o que foi, não sei como foi, não sei quando foi, só sei que a presença dele se tornou indispensável na minha vida desde que eu conheci e passamos a ser amigos. Ele é diferente, é tão fácil conversar com ele, mais fácil do que era conversar com meus amigos no nove, amigos que eu conhecia a muito mais tempo, é tão simples, tudo é tão simples com o Arthur, é simplesmente o contrario de como era comigo antes, tudo sempre foi tão complicado, tão injusto. Ninguem nunca me ouviu de fato, nunca ficou tão interessado no que eu tenho a dizer. Não esrou dizendo que meus amigos do nove não faziam isso, faziam sim, mas eles estavam acostumados comigo a anos, Arthur desde a primeira semana, já queria me ouvir, queria saber sobre mim, contar sobre ele, tudo tem acontecido tão rápido. Eu não sei o que pensar, eu não o que sentir, eu não sei o que esperar.

Catnip me perguntou uma vez o que eu achava do Arth. Eu disse que ele era um garoto incrível, que estava me fazendo sentir... não em casa, mas em uma nova casa. Ele estava me fazendo sentir parte dessa casa. Ela perguntou se eu gostava dele, e eu não soube responder, eu ainda não sei responder, tudo é tão vago, de novo eu digo, tudo está acontecendo tão rápido, não posso dizer que eu gosto dele, do mesmo jeito que eu não posso dizer que eu sinto apenas uma amizade por ele, vejo Taylor como meu melhor amigo aqui, mas não consigo dizer que Arth também seja meu melhor, amigo, não consigo.

Minha mãe me pergunta sobre ele, sobre o garoto que vem sempre aqui, o garoto que vive me ligando, o garoto que tem um sorriso encantador! De acordo com ela! Mas eu concordo! Ele tem mesmo. Admiro muito a capacidade que ele tem de fazer os outros rirem, quando na verdade a gente quer chorar.

Quando eu cheguei aqui, a única coisa que eu pensava era em ir embora. Mas depois que eu conheci o Arth, depois que passamos a ser mais amigos, a primeira coisa que eu penso é em chegar o dia seguinte para ver se será melhor do que o anterior. Eu estou pensando no futuro, mais do que no presente, pela primeira vez, eu não me pego pensando no futuro, comigo de volta ao 9, eu me pego pensando no futuro como um gigante ponto de interrogação.

Obvio que sinto falta do 9, em primeiro lugar porque eu nunca quis sair de lá. O meu lar. Meu lugar. Também por causa dos meus amigos, minha família, já tinha programado uma vida lá, uma vida que foi por água abaixo quando meu pai entrou em casa dizendo que tinha uma noticia maravilhosa para contar. Na hora eu soube, que a noticia só seria maravilhosa para eles.

Lembro-me de ter ficado uns bons 15 minutos olhando para o meu pé na sala de estar da minha antiga casa, lembro-me da voz do meu pai contando detalhada e alegrimente a novidade sobre a mudança, e lembro-me deles me chamando quando eu simplesmente me levantei e sai correndo pela porta. Aquele dia eu dormi em cima de uma arvore, meu pai me procurou, ele sabia onde eu estava, ele sempre sabe onde eu estou. Ele não subiu, apenas disse que aquela seria uma grande oportunidade, que ele poderia dar um futuro melhor para mim e para minha mãe, ele disse que não sabia se seria permanente, e lembro-me também dele dizendo “mesmo que seja permanente para mim e sua mãe, não quer dizer que seja permanente para você, quando você for maior, tomará suas decisões, e eu e sua mãe não poderemos mais opinar sobre elas” então ele me deixou sozinha, e eu me lembro de chorar. Por horas e horas, até que eu peguei no sono, e quando eu acordei, eu pensei ter acordado para o meu pesadelo. Imaginei milhões de coisas, durante a viagem de trem, eu fiquei sentado no meu acento sem olhar para a janela para não ver o 9 se afastando de mim, para não ver os rostos dos meus amigos me dando tchau da plataforma, para não ver minha vida que eu planejei sendo jogada no lixo. Eu mal esperava para ter 18 anos e voltar, eu estava decidida a isso, não importava o que acontecesse, eu fiz um pacto de voltar ao 9. Eu estava contando os dias, literalmente, faltavam 1095 dias para que isso acontecesse.

Me lembro de assim que sai do trem na plataforma do 12 não olhar para nada além dos meus pés. De não falar nada alem de murmúrios, de contar mentalmente os minutos para que o dia acabasse que faltasse apenas 1094 dias. Então veio o almoço, mais uma vez fiz algo obrigado. “mãe eu não quero ir na casa estranhos, em uma lugar entranho” eu disse, “ eu sei querida, mas em breve esse lugar não será mais tão estranho, e nem essas pessoas” , ela me respondeu “ eles são sócios do seu pai, nós precisamos do apoio deles para conseguir viver aqui, eu gostaria que você colaborasse” “eu estou aqui não estou?” foi tudo o que eu disse, depois veio o almoço, eu li historias sobre aquela família, Katniss e Peeta eram lendas, a maioria das pessoas se sentiriam honradas em estar na casa deles, mas tudo o que eu queria era pular pela janela e sair correndo. Então Taylor se provou uma boa pessoa “não tão ruim quanto eu achei que seria”, como eu disse na época. Mas eu ainda queria sumir. Voltar para a minha vida. Então ele me mostrou o distrito, foi a primeira vez que eu não olhei para os meus pés desde o momento em que eu saíra do trem,o distrito 12 é tão lindo, eu confesso eu me encantei, ele me abriu os olhos, talvez não fosse tão ruim. E logo em seguida, Taylor me apresentou aos amigos. Rickardo e Janine, Lorenzo e Arthur. Eu não sei o que Taylor disse a eles, ou se ele não disse nada, mas eles foram tão receptivos, não me fizeram uma serie de perguntas. A primeira coisa que eles falaram comigo já me fez rir, eu me lembro perfeitamente do Arthur dizendo “ sabia que essa cadeira é amaldiçoada? Mas não se preocupe eu não vou deixar você virar uma Johnson!” na época eu não entendi, mas eu ri, pelo r=jeito que ele falou, ele nõ me conhecia, mas Jam estava me fazendo sentir melhor.

Não vou dizer que conhecer o Arthur me fez abrir os olhos e perceber que esse é o meu lugar que eu o amo e que vou ficar aqui para sempre. Não, eu não posso, sinto muita falta do 9, sinto falta da minha antiga vida, sinto falta de tudo o que essas mudanças me proporcionaram, mas eu também não posso dizer que esse um mês e uma semana não mexeram comigo, eu não posso dizer que o Arthur não mexeu comigo.

Me levanto e me arrumo, fico uns quinze minutos tentando escolher que roupa eu vou usar, então percebo que eu estou sendo ridícula, isso não é um encontro certo? São só dois amigos saindo para passear em uma tarde de sábado. Certo? Errado! Eu vejo o jeito que ele me olha, eu vejo o jeito que eu olho de volta eu não posso garantir nada, mas e que também não posso negar. A única coisa que eu sei, é que Arthur não é só mais um amigo, e que talvez eu também não seja só mais uma amiga para ele.

Coloco uma roupa qualquer e prendo meu cabelo com uma fita! A parte da frente não fica presa na fita e cai sobre meus olhos, uma tentativa falha de uma franja na quinta oitava serie.

Fico andando pelo meu quarto por um tempo, tentando organizar meus pensamentos, tentando ver coisas onde eu tinha certeza que não tinha nada, como o fato dele viver pegando minha mão e beijando! Desde o primeiro dia em que nos conhecemos. O fato dele só cumprimentar a mim com um beijo no rosto, o fato de quarta feira eu ter dito que ela faria um bom Romeu e dele ter respondido que apenas se eu fosse a sua Julieta. Mas ao em vez de me ajudar confunde ainda mais minha mente. Eu vou deixar acontecer, vou parar de ver sentido, vou apenas viver assim como eu prometi viver todos os dias aqui no 12, sem ficar contando quantos dias faltam para que eu faça 18 anos e posso me mudar, eu estou gostando daqui, não tanto quanto eu gostava de lá, mas mudanças já aconteceram não posso evitar que novas aconteçam também.

Desço as escadas e vou tomar café, meu pai está na padaria com Peeta. Minha mãe está sentada na sala, passo reto, não quero que ela me pergunte onde eu vou arrumada, não agora faltando tanto tempo para eu sair. Tomo meu café e começo a arrumar a cozinha, ajuda o tempo a passar, eu estou ansiosa. Não posso mais ignorar minha mãe então vou até a sala.

— Bom dia!

— Bom dia querubim!

— Mãe!não me chame assim!

— você gostava quando era criança!

— Quando eu era criança eu ainda parecia com um anjo querubim! Ou pelo menos era o que diziam, depois que eu cresci minha Celestialidade se foi! — ela ri, quando eu era criança todos diziam que eu tinha o rosto do anjo querubim esculpido na porta da igreja, eu até que me parecia com ele, mas apenas o rosto, mas depois que eu cresci não tenha mais absolutamente nada de querubim.

— Seu pai e os Mellark, ou pelo menos a Katniss e o Peeta vão fazer uma reunião na padaria hoje. Você quer ir?

— É... Não vai dar... Eu vou sair... com ... um amigo! — eu digo pausadamente.

— Oh! Tudo bem! Com quem?

— Arth!

— O moreno de sorriso encantador? — eu afirmo. — ele tem vindo bastante aqui.

— Não comece mãe, ele está apenas sendo um bom amigo!

— Por enquanto! — ela diz sussurrando então se levanta — bom então eu vou tomar meu banho e me arrumar para a reuniãozinha! Faz o almoço?

— Claro!

Eu vou para a cozinha e começo a preparar o almoço. E o tempo todo ao consigo parar de repassar todas as conversas que já tive com Arth, desde o primeiro ola, até a confirmação de que sairíamos hoje, ele me ligou ontem a noite, depois de me deixar em casa, já que Enzo veio de novo com a sua irmã para impedir que ela ficasse se agarrando com o namoradinho pelos cantos do distrito, ela não ficou nada feliz. Ontem eu e Arth ficamos sentados por uns minutos conversando nos degraus da minha varanda. Era incrível como sempre tínhamos assunto, ele nunca acabava!

Depois do almoço,minha mãe sai.

— Tome cuidado hoje!

— Tudo bem!

— Tome! — ela diz me dando dinheiro, eu o guardo no bolso e ela beija minha cabeça — se divirta! Viva Avalon! Esqueça todo o ódio que você tem por não estar no 9 e se permita viver aqui um pouco, quem sabe você não ache outros motivos para ser feliz aqui, ou outras pessoas.

— Sem indiretas mãe!

— Tudo bem! — ela diz levantando as mãos em sinal de rendição. — eu vou indo então.

— Papai não vai ficar chateado por eu...

— Por você não ir ou por você estar saindo com um garoto?

— Hum pelos dois eu acho.

— Não! Para os dois eu acho! Ele sabe que você é uma adolescente que prefere sair com os amigos a ficar em uma reunião de adultos. — Ela dá ênfase na palavra amigos.

— Por que deu ênfase em amigos?

— Tchau Avalon! — ela diz sorrindo e começa a se afastar.

— por que deu ênfase em amigos? — eu repito mas ela apenas ri e vai embora. — Não confunda mais minha cabeça mãe! — eu falo sozinha.

Espero sentada nos degraus da varanda por ele, não tenho que esperar muito, uns cinco minutos e ele já está passando pelo portão da vila.

— Hey! — ele diz sorrindo.

— Ola! — eu respondo, então ele se aproxima mais e me dá um beijo estalado na bochecha, me sinto corar automaticamente, ele foi o primeiro garoto que me cumprimentou desse jeito. Ele se senta nos degraus.

— seus pais estão ai? — ele pergunta,

— Não! Então em um tipo de chá com os Mellark.

— Então te salvei de uma tarde chata e irritante com o Taylor, me agradeça depois! — eu rio. — Vamos?

— Claro! — ele se levanta e oferece a mão para me ajudar a levantar, de novo percebo, ele tem essa mania de arrumar motivo para pegar na minha mão. Esqueça isso Avalon! Digo a mim mesma.

— Devo dizer-te preciosa dama! Que estás estonteante nessa tarde ensolarada! — eu rio, desde que eu disse que ele daria um bom Romeu ele fala desse jeito quando quer fazer algum elogio ou algo do tipo.

— Devo agradecer-te nobre senhor, por este esplendoroso elogio, porém infame!

— De infame nada tem meu sincero elogio bela dama! Digo-lhe a verdade quando profiro que sua presença é extremamente marcante.

— Tudo bem! Não tenho uma resposta ala Julieta para isso!

— Então eu ganhei dessa vez!

— Isso era uma competição? Para vem quem conhece mais palavras ditas por Shakespeare?

— Se for eu ganho! Sou um eterno shakespeariano

— “Duvida da luz dos astros

De que o sol tenha calor

Duvida até da verdade

Mas não duvida do meu amor”— eu digo na hora.

— Ah é guerra então? — eu rio. — esses prazeres violentos tem fins violentos. E morrem em seu triunfo como o fogo e a pólvora que em um beijo se consomem.

— O mais doce mel repugna por sua própria doçura e o sabor confunde o paladar.

— Portanto amo com moderação! O amor duradouro é o mais moderado.

— Quem corre demais chega tão atrasado. Como aquele que anda muito devagar.

— Lindo! Mas aqui vai o meu favorito!

“Não posso exigir o amor de ninguém

Posso apenas dar razões para que gostem de mim

E ter paciência para que a vida faça o resto.” — ele diz e me encara por alguns segundos, depois desvia os olhos.

Ual! Por essa eu não esperava, você recitando Shakespeare! Acho que nada mais me surpreende.

— Vá se preparando, eu sou um cara surpreendente.

— Não duvido de mais nada. Então me conte Arth, quais mais surpresas estão guardadas dentro dessa caixinha que você é?

— Ah eu não posso dizer! Você terá que descobrir por si só.

— Okay, prestarei mais atenção a partir de agora então.

— Espero que sim! — ele murmura, mas achop que não era para eu ter ouvido já que ele disse tão baixo então na digo nada.

— Pedi um cachorro para minha mãe.

— Eu não acredito que voc~e pediu mesmo. O que ela disse?

— Que vai pensar no meu caso. Ai eu disse que poderia ser meu presente de aniversario, e ela repetiu que pensaria no meu caso.

— Seu aniversario está chegando?

— Daqui a quatro meses!

— Nossa é no ultimo mês do ano! Deve ser ruim fazer aniversario tão tarde assim não é?

— Nem tanto, eu sou sempre o mais jovem de tudo! Só isso. Mas não é exatamente uma coisa ruim. — conversamos por mais alguns minutos e logo chegamos de volta ao cinema que ele me mostrou a umas semanas atrás. Tudo no 12 era tão perto, mesmo sendo um distrito enorme, ele era tão repleto de coisas que tudo acabava ficando próximo.

Entramos e ele me mostrou onde ficavam cada coisa dentro do cinema, ele me disse que conhecia aquele lugar como a palma de sua mão, já que desde que ele abriu ele e os meninos vem frequentemente e aqui. Em um gigante na parede dos fundos passava imagens e trailers do única filme que estava passando. Nós assistimos e depois fomos comprar os ingressos para ver o filme completo.

Quando estávamos saindo da fila para compra os ingressos demos de cara com um casal vindo abraçados.

— Hey olha só quem a gente encontra aqui! — Taylor diz vindo nos cumprimentar. Eu olho para Arthur, parece que ele também não contou a ninguém que nós vínhamos aqui. E ele não parece nada feliz por ter encontrado com o Taylor.

— Fala ai cara! — eles trocam um toque, e Nip me da um beijo na bochecha.

— Vocês dois eram as ultimas pessoas que eu esperava ver por aqui hoje!

— Por que? — eu pergunto.

— Porque o filme que vai passar é meio romântico demais.

— E como você conseguiu fazer o Taylor vir ver Nip? — Arth pergunta.

— Bom! Se eu vou aos encontros de jogos dele ele tem que fazer alguns esforços também! — ela diz, eles se olham e sorriem, eles eram tão perfeitos um para o outro, como se um tivesse nascido justamente para fazer par com o outro, eles são a mistura perfeita, não são grudentos, mas não ficam muito tempo longe, não ficam de mimimi, mas não são aquele casal que só se fala na hora de ficar. Eles são a combinação perfeita. Arth me contou a hipótese dele, do amor de uma nova geração, já que a historia da mãe do Taylor com o pai da Catnip não deu certo, eles são a geração Hawthorne e Everdeen que podem ficar juntos, até que faz sentido. Eu acredito que seja possível, acredito que cada um de nós tem um objetivo na vida, um objetivo que deve ser cumprido antes que a vida acabe, porque não esse?

— Arthur eu tenho que falar um negocio com você, pode vir aqui? — eles se afastam um pouco e conversam não consigo ouvir, e não quero, não sou do tipo que gosta de fofoca.

— Então... isso é um encontro? — Nip me pergunta.

— O que? Eu e o Arth? Não! Claro que não, somos só amigos!

— E vocês vem ao cinema na primeira vez que saem juntos? Não me parece muito amigável.

— Arth disse que ele e os meninos vem aqui sempre, e eles todos são amigos.

— É diferente! O Arthur não gosta deles do jeito que...

— Catnip! — Taylor aparece do nada e joga os braços em torno dela, vejo que ele sussurra alguma coisa no ouvido dela e ela pede desculpas, então Arth volta a ficar do meu lado.

— Sentam com a gente? — Nip pergunta.

— Ah não sem chance de ficar de vela! Nenhuma! — Arth responde imediatamente.

— Okay então! Nós vamos sentar lá em cima então! — eles dizem que saem andando entrando na sala.

— Vamos? — ele me pergunta.

— Claro! — ele me guia ate a sala no minúsculo cinema, não é muito difícil confundir a porta da sala com a do banheiro, para mim é tudo igual, as paredes aveludadas em vermelho, as portas grandes de madeira mássica.

— Não vai me perguntar o que eu e o Taylor estávamos falando?

— Não! Se vocês se afastaram era porque não queriam que ninguém soubesse então eu que não vou perguntar.

— Avalon, você é a garota mais incrível que eu já conheci! Serio!— coro um pouco com o elogio, mas as luzes da sala me encobrem. Escolhemos nossos lugares e quando olho para trás vejo Taylor e Nip na ultima fileira conversando animadamente, eles podiam ser namorados, mas continuavam sendo melhores amigos. — qualquer outra garota viria correndo me perguntar o que estávamos falando, mas você não quer mesmo saber?

— Não! — mentira eu até quero saber, mas se eles se afastaram era ´porque não queriam que ninguém soubesse. Não conseguia parar de pensar no que a Catnip disse, ou melhor que ela ia dizer. “Arthur não gosta dele do jeito que ele gosta.....” gosta de que? De mim? “ aArthur não gosta deles do jeito que ele gosta de você!” se encaixaria perfeitamente! Então as luzes se apagam por completo e só sobra a luz da tela, olho de soslaio para Arth, e o observo direito pelo primeira vez, a curva de seus lábios, o formato do seu rosto, o jeito como seu cabelo castanho escuro fica espetado de um jeito de um lado e de outro no outro, a sombra que seus cílios fazem em suas bochechas quando a luz bate, ele me pega o observando e sorri para mim, como minha mãe diz, o sorriso encantador. Eu sorrio de volta. Ele deve ser o garoto mais bonito que eu já conheci na minha vida.

P.O.V. Arthur.

Eu não esperava encontrar com o Taylor lá, ele era a ultima pessoa que eu esperava ver hoje! Ele não tinha uma reuniãozinha com a família na padaria?

— Ta fazendo o que aqui? — eu pergunto assim que ele me puxa para o lado.

— Eu que te pergunto, e ainda com a Avalon, por que você não me contou que tinham um encontro?

— Porque isso não é um encontro! Somos ó dois amigos passeando e se conhecendo melhor!

— Não isso é o que você acha que ela pensa que isso é! Por isso você estava tão animado para o final de semana, eu achei que era só porque você queria dormir até tarde.

— Acredite, dormir até tarde foi a única coisa que eu não fiz hoje.

— Não acredito que voc~e não me contou!

— Eu não queria pressão.

— Pressão? Que tipo de pressão.

— Pressão do tipo, fazer varias perguntas e dar dicas, eu quero fazer isso do meu jeito eu quero que seja 100% eu, eu não quero que ninguem interfira em nadas, e é por isso que eu ainda nem contei para os outros! você não tinha que estar em algum lugar por ai? Quem sabe uma padaria para uma reunião?

— Como você sabe disso? Ah não importa, eu já fui a milhões de reuniões na padaria, e a gente vai para lá depois do filme, ninguém vai dar a nossa falta.

— Tudo bem!

— Okay, então eu fico no meu encontro e você no seu!

— Okay! — nós olhamos para as meninas conversando, Taylor ouve atententamente.

— Eita... Mas que... — então ele sai correndo e passa os braços pelos ombros de Nip, ela diz alguma coisa no ouvido dela, eu consigo ler nos lábios dele o que foi. “ficou maluca é? Não pode contar para ela, Arthur quer que seja espontâneo” ela apenas sorri. Mais uma coisa em que eu sou muito bom! Leitura labial.

Depois que entramos na sala e as luzes são apagadas eu sinto alguém me olhando, viro para o lado e dou de cara com ela me inspecionando, ela está me notando, ela realmente está me notando! Então eu a noto de volta, ela está tão bonita, os cabelos presos e parte deles caem no rosto, sinto vontade de colocá-los atrás das orelhas dela, mas fico com medo, eu estaria tão perto. O que me impediria de selar o espaço? Nunca vi cabelos tão pretos quantos os dela, não naturalmente. Seus lábios vermelhos e suas bochechas rosadas. Ela deve ser a menina mais bonita que eu já vi na minha vida


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Notas finais do capítulo

"Bruna a Fic esta siando de rumo, quase não vejo mais jogos vorazes nela, isso não está mais no universo THG, está muito enrolado, e tudo é muito cliche" - EU.


eu sei! eu estou sainda bastante do universo THG, mas vejam essa é uma fic alternativa, tento englobar ao maximo o mundo THG, mas nem sempre é possivel, esse foi um jeito que eu achei de encaixar um pouco das minhas originais na fic, essa fic teria acabado depois que a nip e o Taylor começam a namorar, mas ai eu pensei que vocês fossem querer saber o que acontece depois com os outros personagens, achei que seria bom tentar, essa é mais ou menos ums perspectiva de como são as minhas originais, elas são bem cliches, mas com finais arrasadores!! (kkkkk acreditem, ninguem nunca espera os finais que eu faço, pelo menos as de agora, porque as de quando eu tinha 9 anos são cliches ainda)
espero que vocês tenham paciencia, eu sei que o nome da fic é Taynip e que eu quase não estou mais falando deles, mas eles são os donos da historia, eles estão envolvidos em tudo, e ainda não acabou a historia deles, acreditem ainda tem cois apara acontecer com eles, coisas que só escrevendo a historia dos outros personagens que eu tive ideia de fazer.
realmente espero que não desistam de mim!
bjs
comentem!