A casa dos monstros escrita por Annie Bianchi


Capítulo 17
Capítulo 17 - A dor de Ben.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por postar tarde, eu fui em diversos lugares hoje, mal tive tempo para mexer na internet. Mas como prometido aqui está.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464820/chapter/17

Passou alguns dias, desdo conflito com Rake. Em uma segunda eu estava na casa dos monstros. O dia todo eu dava de cara com Rake ou Ben. Sério isso? É algum trocadilho? Por que as pessoas que mais me odeiam se deparam comigo sempre?

Estava cansada de ver a cara deles, então fui direto para meu quarto, mas no caminho vi Jeff, no corredor.

– Jeff...?

– Oi?

– Está indo para seu quarto?

– Sim.

– Ótimo, vou para lá também.

– Como assim?

– Vou para seu quarto.

– Eu nem te convidei.

– Estou me alto convidando, querido. - Sorri de leve, claro que quando eu usava a palavra "querido" ou "querida" era com amor, nunca usei-a para ironizar.

– Mas... - Ele me olhou de baixo a cima. - Tudo bem...

Segui atrás dele, até seu quarto, entramos, na maior cara-de-pau eu me atirei na cama dele. Ele não pareceu se importar, então subiu em cima de mim e deitou a cabeça nos meus seios - eu vestia uma blusa preta de alças e uma calça jeans rasgada - fiquei um pouco surpresa, ele nunca tinha tomado uma atitude dessas, normalmente ele era sempre tão quieto.

– Que está fazendo?

– Deitado.

– Isso eu sei, mas você está deitado nos meus...

– Eles são fofos.

– Folgado.

– Fala a garota que se atirou na minha cama.

– Haha, okay, não posso falar nada.

– Devo lembra-la que também se auto convidou para vir aqui.

– Sua cama é mais confortável.

– Só por isso que quis vir aqui?

– ...Não... Eu estava com saudades de passar um tempo com você. - Falei calmamente.

O rosto dele esquentou, eu senti mesmo por cima da blusa. Então depois de um tempo ele disse:

– Eu sou importante para você?

– É.

– O quão importante?

– Ainda não posso lhe dizer.

Ele continuou deitado sobre mim, não o achei pesado, quer dizer eu estava muito confortável, e ele pelo visto também.

Mais tarde eu e ele saímos da casa e andamos pela floresta. Eu já tinha notado a presença de Rake e Ben. Eu sabia que Ben estava aprontando.

– Ora, ora, o casalzinho apaixonado está dando uma volta pela floresta? - Ouvi uma voz petulante, não muito grossa, uma voz de menino. Era Ben.

Me virei, ele me provocou, como eu ansiava por aquele momento, agora poderia me vingar de Rake e dar uma lição em Ben.

– Diferente de você, Ben, eu tenho alguém que gosta de mim. Eu não fui abandonada enquanto me afoga...

– Cale a boca! - Ele berrou, me interrompendo.

– O que foi, Ben? Isso te faz se senti mal? Essas lembranças o afligem?

– ...Cale...

– Não é minha culpa se seus pais te odiavam. Sim, Ben, eles te odiavam, tanto que não se importaram com sua morte.

– Isso não é verdade! - Ele parecia perturbado.

– Não é? Nem um funeral você teve. Ora, Ben, eu posso não ter estado lá, mas eu sei o que aconteceu. Tenho tudo nos registros.

Jeff me olhou com um largo sorriso, ele parecia adorar o jeito com que eu manipulava a mente de Ben. Rake ficou quieto, ele apenas olhava Ben, até que finalmente disse algo:

– Você é fraco. - Falou no idioma comum.

– Calado! - Ben gritou.

– Ben, você é apenas um sádico, ridículo, mal amado, sozinho. - Eu voltei a falar.

– Não sou. Mamãe e papai me amavam!

– Quer se juntar a eles...?

– Como assim?

– No inferno, haha, ou você acha que pecadores como eles foram para o paraíso? - Eu dei um sorriso macabro.

– O que eles fizeram para ir para o inferno?

– Eles nem pensaram em te ajudar. Eles pensaram apenas em suas vidas miseráveis.

– Mas...

– Aceite isso, vai doer menos. Humanos são podres, adoram pecar, muitas vezes escolhem o lado ruim, porque estão ocupados demais pensando neles mesmos. Poucos humanos conseguem ser bons o bastante para ir para o paraíso. Nenhum humano que só pensa em si deve ir para o paraíso, todos devem sofrer pela eternidade no inferno. E essa é a verdade, Ben.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não procurei sobre a origem de Ben, apenas criei isso, eu só sei que ele morreu afogado, o resto foi minha imaginação.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A casa dos monstros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.