A casa dos monstros escrita por Annie Bianchi


Capítulo 15
Capítulo 15 - Uma visita de Lúcifer


Notas iniciais do capítulo

Faz um tempinho que não posto na A casa dos monstros, então resolvi postar hoje.



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Era de manhã, Sally estava sentada tomando seu habitual café da manhã. Do lado dela estava Jeff, na frente Ben, e do lado de Ben, Jack. Eu olhava-os da porta da cozinha, eles parecem uma família... Uma família bem estranha. Me deu uma leve vontade de rir, mas me contive. Quando percebi Slender me encarava, parecia que ia dizer algo, mas não disse.

– Bom dia - Eu finalmente falei, eu tinha ficado um bom tempo os olhando, até que Slender percebeu minha presença.

– Bom dia, Lotte. - Jeff disse, com um tom de animado.

Eu sorri com os lábios. Esperei eles terminarem o café. Até que falei novamente:

– Eu vou embora.

Jeff arregalou os olhos, mais do que o normal. Sally me olhou com cara de choro. Slender parecia triste, mas não demonstrava.

– Porque? - Disse Jack, na maior calma possível.

– Já fiquei tempo demais. - Respondi.

– Você não vai a lugar algum! - Disse Jeff, ele parecia furioso.

– Por favor, Lotte, fique mais tempo conosco. - Sally me olhou com aquela carinha de cachorro que caiu do caminhão.

– Eu não posso, tenho que voltar ao inferno, papai anda me mandando muitas cartas, parece preocupado...

– Você respondeu as cartas dele? - Slender finalmente disse algo, com aquela voz cheia de estática.

– Sim, mas ele quer me ver.

– Porque não o convida para te visitar? - Ele sugeriu.

– Não seria um problema para vocês?

– Não! - Todos, menos Ben, falaram ao mesmo tempo.

Não me segurei e soltei uma risada. Afinal o que tinha de errado com eles? Parecia mesmo que gostavam de mim.

– Me amam tanto assim? - Eu debochei.

– Claro que sim. Todos nós te amamos, senhorita Lotte. - Sally falou isso e veio em minha direção, dando um abraço caloroso.

Na quele momento eu senti que eles não eram tão ruins, quer dizer, mesmo depois de tantas mortes injustas. As vezes julgamos sem conhecer, isso é tão errado, mas mesmo assim o ser humano não cansa de errar.

Depois de tanto insistirem eu convidei papai para jantar na casa dos monstros. Acho que entendi o verdadeiro significado da amizade.

Na quele mesmo dia papai foi me visitar, todos jantamos juntos. Depois da janta sentamos nos sofás da sala de entrada.

– Realmente vivem muitas pessoas aqui. - Papai disse, ele estava olhando ao redor. - Como anda sua pesquisa, Charlotte? - Ele olhou para mim.

Meu pai era um homem alto, de rosto jovem, muito bonito. Tinha uma voz grossa e bonita. Cabelos negros e compridos, olhos vermelhos, como os meus.

– Bem. Conheci recentemente muitos.

– E a proposta, ja fez?

– Não, então se cale.

– Ah... Haha desculpe, querida.

– Francamente, você é só um velho distraído.

– Que malvada você é com seu pai.

Eu dei uma risada, Jeff encarava meu pai, então o velho acabou por dizer:

– O que foi, rapaz?

– Nada, senhor.

– Você... Já li sobre você antes... Nas fichas...

– Foi aonde descobri eles, papai.

– Ah. Claro, faz sentido. - Papai tocou a cabeça.

– Que lindo, seu cabelo é lindo, como o da senhorita Lotte. - Sally disse.

Ele afagou a cabeça de Sally, de um jeito protetor, como um pai.

– Seu cabelo também é lindo, pequenina. - Ele sorriu.

Sally só faltou derreter, como era de se esperar do meu pai... Então ele começou a falar novamente:

– Bem, já está na minha hora, até mais. Tenho que viajar para a Itália amanhã.

– Até mais, papai.

Ele desapareceu rapidamente. Papai tinha um ótimo controle do teleporte. O meu era bom, mas não como o dele.

– Vou dormir, boa noite. - Eu sai andando até o quarto no qual eu estava dormindo.

Nem percebi, mas Jeff veio junto de mim.

– Ele sempre viajou assim? - Ele perguntou.

– Sim. Mas nunca me importei, eu tinha a mamãe.

– Entendi... Boa noite. - Ele foi até seu quarto. Eu fui ao meu. Depois disso troquei de roupa e acabei pegando no sono.


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Notas finais do capítulo

Nesse cap. um pouco do relacionamento com seu pai é mostrado.



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