My new (crazy) life! escrita por Mitsue, Uchiha Elric


Capítulo 6
Passeando


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a vocês que estão acompanhando minha fic! Até mesmo os leitores fantasmas, APAREÇAM! QUERO CONHECÊ-LOS!!!!
(Lisa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112281092&.locale=pt-br)
(Cat: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112281834&.locale=pt-br)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464736/chapter/6

P.O.V Lisa

– Então, o que você irá fazer assim que chegar em casa? – Perguntou Belle enquanto dirigia o carro.

– Unf. Você já me falou mil vezes, por que tenho que repetir?! – Arqueou a sobrancelha, odeio quando ela faz isso. – Tudo bem! Vou pedir desculpas a minha mãe...

– E...?

– Dizer que apoio suas escolhas...

– E?

– Aff! Abraçá-la e parar de encher o saco dela. – Falei irritada.

– Essa é a minha garota! – Sorriu abertamente.

Tia Belle me deixou em casa, segundo ela preciso me entender com minha mãe, afinal, não importa o que aconteça ela sempre será minha mãe e me amará.

Entrei em minha casa, esperava que minha mãe estivesse no sofá, mas não a encontrei lá. Procurei pelos vários cômodos, até que me lembrei qual deles era o seu quarto.

– Mãe? – Chamei para ver se estava lá.

Ela não respondeu, então entrei no quarto. Mamãe estava sentada em sua cama com os olhos inchados mexendo em um laptop.

– O que você quer Elizabeth? –Perguntou ríspida sem tirar os olhos do laptop.

Fui até sua cama e me sentei ao seu lado.

– Desculpe ter discutido com você hoje, não deveria ter sido tão injusta. – O fechou e olhou para mim. – Sei que precisa de uma presença masculina em sua vida, então, mesmo não dependendo de mim, permito que namore quem quiser.

Minha mãe me abraçou com força, mesmo atônica retribui seu abraço também.

– Muito obrigada Lisa! Desculpe ter sido tão... Como posso dizer? De repente, deveria ter falado aos poucos e com mais sutileza. – Disse sorrindo.

– Acho que teria sido melhor, mas me conte como é o William e como se conheceram. – Estava meio desconfortável com esse assunto, mas seria melhor falar agora do que fugir para sempre.

– Ah Eliza... Lisa! Ele é tão legal...

Ficamos conversando durante um tempo, descobri que os dois se conheceram em uma das vezes que mamãe estava passeando nas várias lojas da cidade. Ela estava cansada de andar e resolveu descansar um pouco em um café, ele estava tocando violão em um palco improvisado e os dois trocaram um olhar “mágico”, segundo ela. Depois sentaram para tomar um café junto e se conhecerem melhor. Ele não deve ser tão ruim assim, pelo menos não é um mauricinho qualquer.

– Você anda bem sozinha Lisa, você sempre faz amigos rápidos! O que aconteceu? – Perguntou mudando o assunto.

– Bem, dessa vez não conheci ninguém legal ou coisa do tipo, sabe? Não precisa se preocupar.

– Tudo bem, mas prometa que não ficará trancada no quarto, saia um pouco, aproveite a cidade.

– Ok, quem sabe no final de semana? – Falei com um sorriso mínimo.

...

Mais um dia nesse inferno, quer dizer, na minha amada e querida escola! Não sei como aguento tantas pessoas metidas em um lugar só, parecem que pegaram todas as garotas de “Patricinhas de Beverly Hills” e as colocaram aqui dentro! Se não fosse a Cat teria um ataque aqui mesmo.

Já faz uma semana que estudo aqui, hoje é sexta, resumindo: a aula se resume em eu encarando o relógio e o xingando mentalmente por ser tão lento.

– Só para você saber: Olhar o relógio e murmurar que ele é um “filho da puta desgraçado” não vai ajudar em nada. – Disse Jake se virando para trás.

– Ah, mas é divertido, talvez algum dia ele crie vida e tente se vingar de mim. Daria um bom filme de terror... “O relógio assassino”! Sua frase seria ‘Hora de matar’. – Falei ainda encarando o relógio. Ele riu, Jake, não o relógio. Fiquei com medo agora, quando chegar a casa vou fazer carinho em todos os relógios...

– Você é tão viajada Lisa... Aqui, o que irá fazer hoje depois da escola?

Meu rosto ficou pálido, espera um minuto! Por que ele esta me perguntando isso?!

– É-é, Cat vai me mostrar alguns lugares de Nova York, por quê?

– Nada de mais. – Segure a vontade de desistir de sair com sua melhor amiga, segure!

– Se quiser pode ir com a gente, acho que a Cat não vai ver problema nisso.

– Não, minha irmã vai ter uma crise por eu atrapalhar a tarde das garotas. – Falou fazendo gestos estranhos com as mãos.

– Tudo bem então... – Voltei a encarar o relógio, mas ele não se mexia. – Puta merda! Estou tão ansiosa para essa aula acabar! Quero conhecer minha cidade, quem sabe encontrar um rato morto na rua?!

– Você tem uma ideia estranha de Nova York, Lisa...

Ri de leve, ele era incrivelmente atraente... Mas voltando ao assunto, estou feliz por ele ter dito que não, Cat iria provavelmente me matar por tê-lo convidado, afinal, seria a saída das amigas e não das amigas e do Jake.

Passaram-se todas as aulas, quando o sinal tocou anunciando o termino das aulas eu me emocionei “um pouquinho”.

– Isso! Chupem otários, eu vou aproveitar minha sexta! Há! – E comecei a mostrar o dedo do meio para todos enquanto saia da sala dançando.

Estou pulando pelos corredores da escola até a saída, vou esperar os outros dois aqui, nem a pau que fico mais um segundo lá dentro!

Vi Cat e Jake saindo juntos, acenei freneticamente e os chamava, sei que já me viram, mas estou super empolgada!

– Relaxa Lis, só vamos sair pela cidade! – Disse Cat rindo.

– “Só”?! Eu quero conhecer tudo! As lojas, as barraquinhas, os parques, as lojas de jornal, as bibliotecas...

– Entendi você quer conhecer todos os lugares possíveis.

– Exato!

Fiz uma dancinha estranha e depois olhei para os dois, não estão assustados, acho que se acostumaram comigo!

– Vou deixar as duas mocinhas aproveitarem o dia. Tchau! – Deu um beijo na bochecha de Cat e um na minha, eu devia corar, mas para mim Jake está virando quase um cara comum, é como um amigo gay! Lindo, mas inalcançável...

...

OMG! Estamos no Central Park! Sabe quantos romances começaram bem aqui em vários filmes e livros?! Parece até um sonho eu estar aqui respirando esse ar puro.

– Vejo que gostou do nosso primeiro lugar do Tour ANYAL. – Comentou Cat andando ao meu lado.

– O que raios significam “ANYAL"? – Perguntei enquanto meus olhos passeavam pelo local.

– Apresentando Nova York A Lisa! O que mais poderia ser?

Rimos, olhei e vi um carrinho de cachorro quente parado em um canto, puxei o pulso de Cat até lá.

– Quero um cachorro quente completo! – Falou Cat para o senhor.

– Ér, eu também. – Estava meio incerta do que seria um completo, mas pedi do mesmo jeito.

O senhor entregou dois cachorros quentes enormes, com ketchup, mostarda, milho e batata palha. Assustei-me pelo tamanho do troço, pelo visto Cat viu minha expressão e riu. Pagamos pelos dois e nos sentamos para comer. Antes de comermos tirei uma foto de nós duas com minha câmera.

– Pra que isso? – Questionou.

– Vou colocar na parede do meu quarto...

Ela concordou com a cabeça e começou a comer ser cachorro quente, mas eu fiquei com medo.

– Como eu vou comer uma coisa dessas? – Perguntei, realmente nem sei como enfiar na minha boca.

– Parece até aquelas patricinhas, é só morder. – Ela disse mordendo.

Me senti insultada pelo ‘patricinha’, então mordi com vontade o cachorro quente e o gosto era maravilhoso, mil vezes melhor do que aquelas comidas dos restaurantes que minha mãe me levava em Paris.

– Então? O gosto é incrível, não?

– Acho que me apaixonei por esse cachorro quente, nosso casamento será lindo, tirando a parte em que vou devorar ele e toda sua família!

Rimos, terminamos de comer nossos maridos (Duplo sentido o/! / Celeste, sua pervertida!/ Sou sua mente minha querida, o que eu penso, é o que você pensa. / Então tenho uma mente muito chata!) e caminhamos mais um pouco.

– Algum dia vou voltar aqui, só que irei trazer um caderno para escrever alguma coisa. – Falei sem pensar.

– Você disse que queria ser Escritora algum dia, né? Fazer Jornalismo e depois isso. – Perguntou. – Dizem que alguns escritores escreveram vários livros bem aqui, quem sabe você não vira um deles?

Sorri com o pensamento.

– É, quem sabe? Mas e você Cat, o que deseja fazer quando for mais velha?

– Estou meio incerta, mas quero fazer Medicina. Só acho meio impossível... – Ficou um pouco triste.

– Por quê? Qual o problema?

– A faculdade de Medicina é muito cara, não sei se vou conseguir uma bolsa em alguma boa, sei que sou inteligente, mas não o bastante para isso.

Fiquei triste por ela, é tão injusto existir tanta gente rica e que só sabe fazer merda com o dinheiro e ela querer usar o dinheiro que não tem para a sua educação.

– Não se preocupe com uma coisa dessas, ainda tem tempo, e se você ganhar um quinqualhão de dólares ano que vem? – Brinquei.

– Não existe o número ‘um quinqualhão’. Mas vou fingir que existe. – Riu para mim. – Vamos para um novo lugar, acho que vai adorar!

Concordei animada.

...

Quase desmaiei quando entramos na Biblioteca Pública de Nova York, era simplesmente enorme e magnífica! Vários andares, arquitetura linda, e estante tive vontade de gritar para todo mundo me ouvir, mas me lembrei que não se deve falar alto em uma biblioteca.

– Pela sua cara posso ver que adorou. – Disse baixinho para mim.

– É a biblioteca mais bonita que já vi, estou com vontade de chorar.

– Que tal fazermos um cartão para você? Já tenho o meu.

Fomos até a secretaria para que eu fizesse, assinei umas coisas e mostrei minha identidade, tomei cuidado para que Cat não a visse, e peguei meu cartão.

– E-ele é tão lindo! Vou guardar para o resto de minha vida.

– Dramática, em vez de escritora deveria ser atriz. – Caçoou, mostrei minha língua e depois fui direto para as estantes.

Ia pegando os livros mais variados, de A Culpa é das Estrelas a O Morro dos ventos uivantes. Cat estava sentada em uma mesa me esperando, quando cheguei com todos os livros que peguei ela sorriu.

– Você sabe que pode voltar depois para pegar mais livros, né? Não precisa pegar tudo isso de uma vez.

– Eu sei, mas gosto de pegar muitos livros!

Fomos até a recepcionista, ela se assustou com a quantidade de livros que peguei, mas depois saiu do choque e fez aquela cara de bunda. Coloquei dentro de minha mochila os livros e saímos para o próximo lugar.

...

Não acreditava que estava aqui... NA ESTATUA DA LIBERDADE! O ponto turístico mais visitado de Nova York, se você nunca a visitou não é um nova yorkino verdadeiro!

– Deixei o melhor para o final, né?!

– C-Cat, nós estamos mesmo aqui? Eu estou mesmo vendo ao vivo e a cores a Lady Liberty?! – Segurei sua mão.

– Estamos, e se quiser pode chegar mais perto.

Fui me aproximando aos poucos, até que cheguei o máximo que podia. Gravei esse momento em minha mente, não queria esquecê-lo.

– Muito obrigada Cat! Nem estou acreditando que estou mesmo aqui, e pensar que não queria me mudar para cá e...

– Como assim não queria?

– Nada, esquece! – Falei rápido. – Ou, aqui tem loja de lembrancinhas? – Mudei de assunto.

– Tem, deixa que eu te levo lá.

Ela me levou até uma lojinha muito acolhedora, lá comprei uma camisa escrita “I S2 N.Y” e um chaveiro da Estatua.

– Vamos tirar umas fotos aqui?! Por favor! – Implorei fazendo uma cara fofa.

– Aff, ok!

Tirei umas mil fotos, algumas nossas em vários pontos do local e outras da paisagem e da Estátua da Liberdade. Esse dia esta sendo perfeito!

– Hora de irmos, logo, logo irá escurecer e minha mãe não vai gostar que eu chegue muito tarde. – Disse Cat me puxando.

– Mas depois vamos para outros lugares, tem uma Nova York inteira para eu conhecer!

– Ok, outro dia te levo novamente.

...

Cheguei a casa um caco, a única coisa que queria era a minha linda caminha e o meu travesseiro macio e cheiroso, mas eles tiveram que esperar...

– Elizabeth Anice Marie! – Gritou minha mãe descendo as escadas furiosamente.

Clare que pariu! Minha mãe disse meu nome inteiro! Ela nunca, eu disse, NUNCA usa o sobrenome que herdei de meu pai, a última vez que o usou foi quando apareci no jornal, não pense que foi uma coisa boa, a manchete foi: “Filha da estilista e socialite Nicole Marie é detida por desacato á um policial”, se fosse uma pessoa comum nem tinham ligado, mas como fui eu... Ninguém mandou aquele nojentinho me confundir com uma puta, e daí que minhas roupas estavam apertadas e curtas (Tempos obscuros aqueles em que eu usava essas roupas pra sair.)?! Ele veio com aquele papinho de que prostituição era crime e blá,blá... Mas voltando a minha situação atual:

– O que eu fiz mãe?! Eu juro, foi culpa da Tia Belle! – Exclamei, é preciso colocar a culpa em alguém, né?

– Como assim a culpa é minha Elizabeth?! – Perguntou Tia Belle descendo correndo atrás de minha mãe, é fudeu!

– Ér... Sei lá!

As duas me abraçaram forte, mas depois me soltaram e começaram a me fuzilar com o olhar. Que merda que ta acontecendo?!

– Você poderia nos explicar onde esteve o dia inteiro?! – Perguntou minha mãe nervosa.

– Ah, é isso?

– É isso o caralho! – Minha mãe falou palavrão, pensei que só a Tia Belle falava. – Eu cheguei mais cedo hoje para podermos sair para almoçar, mas não te vi, perguntei para a empregada e ela disse que você nem tinha vindo para casa depois da escola! Quase tive um ataque do coração pensando que tinha sido sequestrada.

– Então ela ligou para mim para saber se você tinha ido para minha casa ou saído comigo. – Continuou Tia Belle. – Tem ideia da preocupação que sentimos?! E o seu celular serve pra que?! Pois nenhuma de nossas ligações você atendeu.

Ótimo dia para deixar o celular em casa carregando Lisa!

– Mil desculpas! Eu fiz um passeio pela cidade para conhecê-la, mas esqueci de deixar um recado. – Falei tentando acalmar as duas. – Desculpa mesmo, foi um desatento meu, juro que nunca mais irá acontecer!

As irmãs relaxaram um pouco, senti a tensão de o ambiente diminuir, mas fiquei mais preocupada quando as duas trocaram um olhar cúmplice uma para a outra e depois para mim.

– Sabemos que isso não irá acontecer. – Minha mãe disse calma.

– D-do que estão falando?

– Irei contratar uma babá para você, assim não ficará mais sozinha.

– O que?! Eu tenho 17 anos! Faço 18 daqui dois meses, não preciso de uma babá!

– Isso não é escolha sua pirralha. – Disse Tia Belle rindo maldosamente, pegou sua bolsa e foi em direção a porta. – Agora que tudo esta resolvido vou ir para minha casa. Ah, mais uma coisinha Lisa: Está fudida!

E assim saiu de minha casa, ia reclamar mais um pouco com minha mãe, mas ela já tinha subido para seu quarto. Aff, não posso fazer nada nessa vida?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bye! *Tchau