Bring Me To Life escrita por Alasca


Capítulo 16
Secrets


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, volteii, amados! / Estou pensando em uma segunda temporada... Vou postar três outros capítulos hoje! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464635/chapter/16

P.O.V. Nina Green

Guardar segredos não é a mesma coisa do que mentir. Mentir é o simples ato de esconder a verdade com um lençol que um dia é rasgado por quem menos espera. Guardar segredos têm uma regra: Duas podem guardar um segredo, se uma delas estiver morta. Sim, Pretty Little Liars.

Meus segredos? Eu não tinha segredos. Eu tinha fatos que eu guardava comigo mesma. O que é a mesma coisa.

Mentiras? Eu já menti. Quem nunca mentiu? Duvido que VOCÊ nunca tenha mentido na vida toda.

Só Zeus sabe onde Nico tinha se metido, eu ficava sentada na areia escrevendo qualquer coisa, tipo, frases de livros ou músicas, ás vezes até piadas ridículas de quando pequena que apareciam, ás vezes nem piadas eram.

"No final, as minhas mãos estavam com cheiro de cadáver"... Por que eu escrevi isso? Eu nunca. Eu nunca... Eu já... Eu acabei de mentir em duas frases agora pouco. E eu me orgulho da frase que eu escrevi na areia.

Eu tinha nove anos, eu ainda não tinha sido reclamada por Deméter, era quase Natal e o meu pai tinha me abandonado nas ruas de Nova Iorque, ele era mais um bêbado qualquer na rua naquela hora.

Eu estava no chalé de Hermes, um sujeito que dizia ser o meu ‘sátiro’, chamava-se Albert, tinha me levado até aquele lugar.

No canto, havia um garoto baixo, do meu tamanho, jogava cartas contente e às vezes gritava de felicidade, como poderia estar tão feliz com a sua situação no final das contas?

Aproximei-me dele para ver a façanha.

Quando sentei na sua frente ele deu um sorriso.

– Você sabe jogar mitomagia? - perguntou animado.

– Eu nunca joguei na verdade... - respondi olhando as cartas do garoto.

Ele continuou sorrindo e arrumou as cartas em ordem.

– É simples. - disse ele, começou a explicar toda a técnica do jogo do seu próprio jeito.

Eu não entendi boa parte, só fiquei assentindo para o que o garoto falava.

– Qual é o seu nome? - perguntou, depois de me explicar e jogar uma partida rápida, porque ele ganhou.

Sorri amarelo, naquela época, eu usava trança nas costas e uma camiseta gasta, como o jeans.

– Nina, e você é...?

Ele estendeu a mão para mim. E riu.

– Nico.

Apertei sua mão e ele riu ainda mais.

– O que foi? - perguntei.

– Nossos nomes começam com 'Ni'. Hilário. - Eu ri com ele, para uma garota de nove anos, e um garoto de dez, pode se achar graça em tudo. Até mesmo no próprio nome. - Sabe, eu tenho uma irmã mais velha, o nome dela é Bianca, e Percy Jackson disse que quanto ela estaria numa missão com ele e um bocado de pessoas cuidaria dela. Acha que ela vai morrer? – Eu abria a boca para tentar falar algo. - Eu acho que sim, Nina, Percy prometeu.

Promessas ás vezes são quebradas, não é mesmo?

***

Dois dias se passaram que eu tinha conhecido Nico, ele era uma pessoa legal de se passar o tempo, comparava as pessoas com os deuses, dizendo, tipo, “tenho certeza que é filho (ou filha) de Atena”... Eu tinha até a ter começado a vencer nele em mitomagia! O que era meio impossível... OK... um dos filhos de Hermes, que se chamava Ben, me mostrou como se roubar nesse jogo e em mais outros jogos de cartas...

Tudo estava ótimo, tanto para o meu lado, quanto para o lado do resto do mundo, era o que eu achava no momento.

– Bianca voltou! – Nico exclamou no meu ouvido. – BIANCA VOLTOU! EU PRECISO CONTAR PRA ELA SOBRE A PRIMEIRA PESSOA QUE GANHOU DE MIM!

Virei-me para trás para vê-lo sair correndo, onde talvez estivesse a sua irmã... Mas, lembrando que, não podemos esperar sempre pelo melhor das pessoas.

Eu não acompanhei Nico para ver sua irmã, se ela estivesse viva, aquele momento tinha que ser para os dois, se ela não tivesse sobrevivido, seria mais um momento para deixá-lo sozinho. De qualquer jeito eu teria que deixá-lo sozinho.

– MAS, VOCÊ PROMETEU! – ouvi alguém exclamar, foi quando eu olhei pela janela e vi que era Nico gritando com Percy.

As lágrimas nos olhos de Nico eram constantes, ele gritava os pulmões, Percy tentava alcançá-lo, o que não dava nem um pouco certo.

Um buraco negro foi formado no chão, parecia uma cicatriz, que ia aumentando aos montes, Bem me empurrou para fora da janela para eu não ver mais nada, disse para eu ficar quieta.

Quando Ben, Travis, Connor e um bocado de outros saíram da janela, começaram os boatos que Nico Di Angelo teria fugido do Acampamento Meio-Sangue.

Eu ria aquilo era uma ironia, ela teria fugido do lugar onde ficaríamos abrigados, para não sermos atacados por monstros, mas de qualquer forma, aquilo tinha que ser só mais um bobo boato.

+++

Quando andei por onde Nico tinha aberto uma ‘cicatriz’ como descrevi, ela estava se fechando. Sentei-me do lado da ‘cicatriz’ esperando-o voltar. O que não aconteceu.

No final, as minhas mãos estavam com cheiro de cadáver.

E essa é a verdade, feliz?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comenteem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bring Me To Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.