Ao notar que estava anoitecendo, Tauriel fechou o livro e começou a descer agilmente a árvore ramo a ramo até os seus pés tocarem o chão coberto de folhas secas e paus num baque seco. Começou a caminhar calmamente pela trilha que já conhecia de olhos fechados, por a percorrer diariamente. Apreciava o silêncio apenas quebrado pelo som dos seus passos e por um ocasional pio de um pássaro ou um guincho de um esquilo.

Nunca ninguém ia para aquela zona do parque, por isso a sua surpresa foi muito maior quando à sua frente apareceu do nada um velho com vestes estranhas. Uma mancha cinzenta rodeada de verde. O homem tinha longas barbas e cabelo grisalho que se confundia com as camadas sobrepostas das suas vestes, um manto que lhe chegava aos pés, com um chapéu bicudo de halloween do mesmo tom que tudo o resto. Apenas se destacavam uns penetrantes olhos azúis, que a assustaram, pois que motivos teria um homem como ele para estar no parque à noite?

Abrandou olhando cautelosamente para o homem, que lhe sorriu. Naturalmente Tauriel devia fugir, mas estranhamente o homem não a assustava, pelo contrário, sentia-se segura perto dele. Mas isso não significava baixar a guarda, e Tauriel preparou-se para correr caso o homem mostrasse indícios de se querer aproximar dela, mas o que aconteceu a seguir apanhou-a completamente de surpresa.

– Tauriel, criança, por muito tempo a procurei, e finalmente aqui estamos. Precisamos de você, a Terra Média pede o seu auxílio.