The Girl-Problem. escrita por giovanacanedo


Capítulo 12
High price to pay, Darling.


Notas iniciais do capítulo

Gente, que isso! Só duas pessoas comentaram o outro capítulo? Sem querer ser chata, mas já nascendo assim. Vamos lá né?



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POV Hanna Dumbledore:

Eu acordei lá para as nove da manhã. O sol da enfermaria era mil e uma vezes mais forte do que o sol que batia das janelas alheias daquele orfanato. Eu olhei para o Lado esquerdo da minha cama e esfreguei os meus olhos tentando afastar as lembranças daquela noite.

Sorriso irônico. Kath. Potter. Riddle. Banheiro. Beijo. Porta trancada. Outro Beijo. Empurrão. Cara confusa. Correria. Gritos. Magia explodindo. Sangue. Septimus. Charlus. Dory. Conversa. Dormindo. Lembrando. Chorando. Acordando.

É mais ou menos isso o que eu consigo lembrar, e céus! Como eu troço para ser tudo o que aconteceu.

Me levanto, não sei se devo ou se posso, mas eu não ligo para esse fato, eu tenho que ver como Kath está. Eu preciso ver. Eu Devo isso a ela.

Vou até a sua cama, ela esta desacordada e está recebendo uma poção para ajudar as suas células a produzirem mais sangue para seu corpo, eu ter chegado tarde demais fez algum estrago. Eu acho.

Naquela madrugada, a Sra. Nott acordou com os barulhos de meu choro, então tive que confundi-la para ela não ir direto contar para meu pai, já que com toda certeza seria a primeira reação dela.

Kath está aparentemente melhor, suas feridas antes abertas estão fechadas, e eu consegui chegar minutos antes dela enlouquecer, mas provavelmente ela terá que conviver com lembranças horríveis e sonhos tormentosos. Ou ter algum tipo de distúrbio sério de atenção ou hiperatividade. Mas desde que ela esteja viva, está tudo bem.

Riddle me paga.

Riddle. Beijo. Empurrão. Cara de Confuso. Beijo. Empurrão novamente.

Droga! Era isso que ele queria. E será isso que ele NUNCA vai ter.

Madame Nott aparece - Ela pelo que consigo ler de sua mente é a única Nott a se rebelar contra sua família e estudar e trabalhar - Ela me olha com pena e faz um gesto para que eu a acompanhe. E assim eu o fiz o mais rápido possível.

– Alvo está bravo. - É tudo o que ela diz. Como se eu não soubesse que papai odeia quando eu me meto em encrencas, tive várias no orfanato antes de vir para cá, ele também me deu uma bela de uma bronca um dia antes por eu ter feito aquelas coisas no meu antigo Orfanato e disse que no final do semestre eu irei voltar lá e pedir desculpas para a Evans. Há, nem morta. Ela mereceu cada corte no bracinho dela, cada sangue derramado naquele chão sujo.

Eu sei, cruel. Mas ela merecia mesmo.

Ela me deixou na porta da sala de meu pai. Olhou para mim e disse:

– Hanna, Não há nada de errado ter medo dos castigos dos pais. - Como se eu tivesse medo de meu pai. Eu sei, ele era Alvo Dumbledore, mas foda-se.

A porta se abriu e eu vi outro cara sentado de frente ao meu pai, ele era igualmente gordo, mas um pouco mais jovem, devia ter seus cinquenta e nove anos. Meu pai tinha 60 para 61, eu suspirei. Seria uma reunião de família afinal?

– Bom, Hanna... Eu estou aqui por dois motivos... - Começou meu pai. Eu murmurei um " Dispenso broncas." e ele ignorou, aliás, nem fez questão de ouvir. Era normal isso, meu pai vivia preso em sonhos alheios e misteriosos, ele vivia planejando coisas, ajeitando, pensando, filosofando para ele mesmo. Ninguém entendia nada de Alvo Dumbledore, nem eu que nasci dele entendia. - Bom, para começar eu queria saber QUE DIABOS VOCÊ FAZIA À NOITE COM TOM RIDDLE EM UM BANHEIRO? E QUE DIABOS VOCÊ DEIXOU SUA MAGIA QUASE EXPLODIR ESSE CASTELO? - Sua voz de doce passou para um grito mortal, que fez até o homem ao meu lado tapar os ouvidos.

– Eu estava falando com Riddle sobre Kath. Ele falou algo sobre seu sangue... A chamou de sangue-ruim, eu não entendi bem, mas eu disse que se ele repetisse aquelas palavras sobre Kath eu iria fazê-lo engolir cada fio daquele cabelo irritante e depois botaria fogo em suas calças. Ai discutimos uns nove ou dez minutos e saímos. Logo depois cheguei e achei Kath caída no chão e fiquei nervosa e comecei a estourar o castelo todo. Desculpe.– Eu menti adoravelmente bem. Vi o homem ao meu lado rir, ele percebera isso, mas meu pai não, isso era o que importava.

– Bem, então... Hanna esse é seu tio Aberforth, Aberforth Dumbledore.

– E ai, tio? - Eu perguntei tentando parecer o máximo masculina possível. Fiz Aberforth rir e meu pai cuspir a água que bebia.

– Ela definitivamente não é como você, Alvo. - Ele ria como se fosse uma piada. Como se fosse engraçado apenas para ele e que esse fosse o motivo.

– Não, eu não sou. Já sabe meu nome completo? - Perguntei inocente e fiz meu pai cuspir a água novamente e me repreender com o olhar. Aberforth olhou-nos desconfiado e depois com uma cara de interrogação.

– Hanna Katherine Grindelwald Dumbledore, docinho. - Vi a cara de felicidade de meu tio ir para longe. Percebi que em seus olhos passava-se lembranças ruins, talvez até, insuportáveis para o mesmo. Inconscientemente eu puxei seu rosto. Vi meu pai falar algo como " Pare Hanna!" e eu vi.

Eu vi a pior coisa que eu podeira ter visto.

" Uma menina loirinha caminhava pelos bosques de um local em um bairro distante. Ela estava feliz, feliz pois seus primeiros sinais de magia tinham acabado de aflorar. Ela iria para Hogwarts Afinal.

Ela o olhava toda hora, olhava para o irmão mais velho, um garotinho de apenas nove anos que sorria feliz da vida, sua irmã logo iria com ele para a Escola que ele tanto sonhou em ir. Alvo iria o ano que vem. Ele depois e Ariana logo atrás, seria tudo tão bom e maravilhoso. Seria tão legal viver assim.

Era o que eles pensavam.

– Ari eu vou ali pegar uma flor pra você. - Falou o menino. - Se cuida só um pouquinho que eu já volto. Não saia dai.

Mas ela saiu. Ariana saiu e foi para a floresta, onde voltou traumatizada. E logo em seguida, Ariana enlouqueceu. O pai dos meninos descobriu quem foram os trouxas que violentaram a menina indefesa e os matou.

O senhor acabou indo preso.

Mas a memória daquela morte perseguiu Ariana.

Que em uma noite matou sua mãe.

E em outra mais tarde. Foi morta por um alguém desconhecido.

Um irmão? Um amigo do irmão? Ou até por ela mesma?

Não se sabe, não tiveram estômago o bastante para investigar. E nem amizade o bastante para se unir e enfrentar a dor.

Os irmãos Dumbledore se afastaram mais e mais desde então.

Aberforth me olhava com medo, raiva e vergonha. Eu os olhei, de um para outro e me levantei. Minha cabeça rodava, eu não entendia nada. Não queria entender, era muito confuso, como um labirinto. Um labirinto sem saída.

– Diga algo. - Meu pai pediu com a voz fraca. Ele não acreditava que eu havia feito aquilo, não conseguia entender que eu havia desobedecido ele. Ele não estava acostumado a ser questionado, para dizer a verdade.

– Não iam me contar? - Perguntei. Eles estavam estáticos, entendi como um não meio disfarçado. - Céus! Eu sou da família não sou? Eu sou uma Dumbledore, uma Dumbledore feita por acidente, mas eu tinha o direito de saber sobre Ariana!

– Kendra... - Meu tio falou.

– Não Aberforth, não é Kendra, é você. - Meu pai falava como se explicasse para um bebê recém nascido. Isso intrigou meu tio.

– Como? - Perguntamos.

– Hanna, você tem a aparência de Gellert, a fala de Ariana, e o jeito de Aberforth, a única coisa que graças aos céus você herdou de mim, foi a inteligência. - Ele fez uma pausa. - E foi por isso que eu concordei com uma ideia de Horácio. - Outra pausa. - Eu quero sugerir para dividir a sua guarda com Aberforth.

– E o motivo seria...? - Perguntei.

– Eu quero! - Falou Aberforth.

– O que? - Perguntei. - Ei eu estou aqui! Pai, que história é essa?

– Tudo bem então. - Falou meu pai, alegrinho. NÃO VAI FICAR TÃO ALEGRINHO ASSIM QUANDO SÓ ESTIVER NÓS DOIS AQUI!

– PAI EU EXISTO ME DIZ QUE PORCARIA É ESSA! - Meu tio deu risada. Eu abaixei a cabeça de má vontade. Ódio.

– Até logo Hanna. Até logo Alvo... - E Meu tio saiu.

– O.k agora me explica... QUE PORRA É ESSA?

– Esse é seu castigo por ter se agarrado com Riddle no banheiro Hanna. Aberforth vai ser um guardião pior do que eu, e eu não posso castigar um aluno, ele pode. Passar bem filhinha. - E ele me expulsou da sua sala.

Eu não ouvi o que eu ouvi, ouvi?


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