[...] Lembro-me como se fosse um sonho, mas fora real. Aquela sensação era impossível, indescritível, imperdoável.
De repente toda a luz se desprendeu de seus devidos lugares, e evaporara-se. A fria escuridão dera lugar ao desespero, ao medo, á solidão... Ah, a solidão...! Companheira de viagem deste reles menestrel errante! Mas eis que nem mesmo este pobre bardo merecia a tamanha honra de receber em seu peito aquela colossal sensação de dor.
O sabor era amargo. Não era doce, nem salgado. Era amargo. De repente senti que estava no escuro. Não no escuro físico, pois neste ja estava deste que a luz deixara de ser minha anfitriã, mas estava num escuro espiritual profundo. Nem mesmo as cores prateadas das cordas de meu bandolim podiam ser vistas. Nem as notas encorajadoras deste podiam ser ouvidas. O que foi que eu fiz...? [...]