Music In My Heart escrita por Alyssa


Capítulo 3
Capitulo 3 - Percy Something


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado antes a sério >.< mas tive um intermédio e vários testes e entretanto, o meu pc ficou doidinho e tive de o formatar perdendo tudo o que tinha, incluindo mais que metade do capitulo então... E eu estou zangada com voces gente! voces já são alguns e só dois comentários (que eu amei muitooo, da linda da Devoradora de Livros e da linda da Merida *-*) no capitulo anterior? Pelo menos 4 para sair o próximo... E espero que gostem do capitulo, enjoy :3



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Quando levantei os olhos da minha camiseta molhada e manchada, admito que não era bem isto que esperava ver.

Há minha frente, com uma expressão assustada nas feições esbeltas e de pele leitosa, estava, muito provavelmente, o rapaz mais lindo que alguma vez vira.

Tinha os olhos verde água ligeiramente arregalados, que constratavam perfeitamente com os cabelos pretos, tão escuros quanto os meus próprios, e que espetavam em várias direções. Era mais alto que eu uma ou duas cabeças e possuía uns ombros largos de quem fazia exercício.

E então ele abriu um sorriso. E, oh Deus, que sorriso. Era, puro, brilhante e recheado de covinhas infantis, oscilando algures entre o inocente e o malicioso.

– Percy. Percy Jackson. – apresentou-se, com uma voz incrivelmente rouca. Nesse momento, se não fosse pelo meu orgulho, a minha vontade era de me agarrar em uma das suas pernas e não desgrudar. Mas não importava o quão ridiculamente sexy ele fosse, não sairia impune disto.

– Deixa-me reformular a pergunta Percy: Quem porra pensas que és para derramares café na minha blusa dos Nirvana? – indaguei desafiadora, enfiando um dedo contra o seu peito duro e definido. Wow.

Ele limitou-se a revirar os olhos nas órbitas, colocando as mãos nos bolsos descontraidamente.

– Acalma-te – sussurrou, olhando-me nos olhos. – E eu já pedi desculpa.

Ops. Má escolha de palavras, companheiro.

– Já pedis-te desculpa? Já pedis-te desculpa? O caralho que pediste! – gritei. Vários olhares curiosos foram-nos dirigidos, o que só contribuiu para a minha fúria, e antes que ele tivesse tempo de formular uma resposta, dei-lhe as costas e caminhei para longe. Estaquei no lugar após uns poucos passos, quando me apercebi que tinha de informar Annabeth do ocorrido. Passei uma mão pelo cabelo nervosamente e olhei para o celular. Pelo menos já tinha rede.

– Se não tivesses sempre a olhar para o telemóvel isto já não acontecia – ressoou uma voz atrás de mim. Quando me virei, dei de caras com o rapaz de há segundos atrás. Cruzei os braços à frente do peito, e bufei aborrecida.

– Namorado? – continuou. Olhei-o, tentando decidir se deveria ou não dar-lhe uma resposta. Acabei abanando a cabeça.

– Só para confirmar – disse receoso – És lésbica ou algo do tipo?

– Não. – respondi, confusa, e com vontade de dar-lhe um murro – E qual seria o problema se fosse?

Ele encolheu os ombros, dando um sorriso, e respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo:

– Seria uma perda para a população masculina do mundo. Tanta beleza desperdiçada…

Senti o meu rosto adquirir vários tons de vermelho, e entreabri a boca ligeiramente para protestar, mas não saiu nenhum som. Abaixei a cabeça e escondi-me numa cortina de cabelos. Quase podia sentir o sorriso satisfeito que ele certamente estava a dar.

– Como queiras pinga-amor, – disse, as palavras a saírem anormalmente rápidas - mas caso não tenhas reparado continuo molhada pela tua porcaria, por isso, lamento se não quero ouvir as tuas cantadas.

O seu olhar atento pairou sobre mim por instantes e quando estava decidida a deixá-lo e voltar para o restaurante, Percy fez algo que me surpreendeu: despiu o seu camiseiro xadrez, revelando os seus bíceps definidos em toda a sua glória, apertados por uma camiseta cinzenta, e mo entregou. Pisquei aturdida.

– O que….? – comecei por perguntar, mas Percy interrompeu-me:

– Uma vez que estraguei a tua blusa, parece-me justo que aceites a minha – explicou, com um sorriso sacana nos lábios. Uma parte de mim, interrogou-se se não lhe doía as bochechas de tanto sorrir. Dei um sorriso para testar a minha teoria, mas quando vi a esperança a brilhar nos seus olhos rapidamente parei.

– Ahm, não. – retorqui-lhe

As suas sobrancelhas negras subiram, em sinal de descrença e fez um som de exasperação.

– Porque não consegues ser educada uma vez e dizer: ‘‘Sim Percy, obrigada’’? – interrogou-me, mexendo excessivamente com as mãos. Revirei os olhos.

– Fala a educação em pessoa – comentei chateada. No momento em que o disse, desejei não o ter feito. Percy pareceu abalado pelas minhas palavras, o que não entendi, considerando que já lhe havia dito coisas bem piores, e permaneceu mudo.

– Percy…

– Não – interrompeu-me, o canto direito do lábio revirado num pequeno sorriso – Tens razão. Desculpa, eu não costumo ser assim com as pessoas que acabo de conhecer. Com ninguém de facto.

Surpreendi-me um pouco com o seu pedido de desculpa. Pensei em também fazê-lo, mas ao contrário dele, eu era assim, e não me podia desculpar por ser quem era. Então fiz a única coisa que me ocorreu:

– Chamo-me Thalia. Grace. – informei-o, com o primeiro sorriso sincero da noite. Percy sussurrou algo inaudível e levantei uma sobrancelha interrogativamente.

– Nada. – falou com um sorriso – Agora por favor, será que podes aceitar o camiseiro? Não me faças sentir mais culpado. – brincou, estendendo-mo.

Hesitei. Embora o meu orgulho gritasse insistentemente para que dissesse que não, a blusa malcheirosa e peganhenta fez-me aceitar a oferta. Os nossos dedos roçaram-se ligeiramente quando peguei o camiseiro da sua mão.

– Obrigada – murmurei, olhando para os pés. Quando ergui o olhar, ele estava a sorrir. Como sempre.

– Penso que é agora que nos despedimos Thalia Grace – suspirou e concordei. Não que eu realmente o quisesse fazer…

– Adeus, Percy Jackson.

Ele fez uma espécie de sinal de continência, mas somente com dois dedos e começou a andar. Enquanto o via caminhar para longe, não consegui evitar mas olhá-lo, até o ter perdido na multidão de pessoas.

Antes de voltar para junto de Annabeth na mesa, passei no banheiro para me mudar. A roupa de Percy exalava um cheiro ridiculamente bom, a algo caro e masculino, e era suficientemente comprida para só deixar uma ponta do short negro à mostra. Quanto à minha camiseta, esta foi diretamente para o lixo. Duvidava que algum dia conseguisse tirar o castanho da camiseta que algum dia fora branca imaculada.

Ao entrar no restaurante, e no campo de visão de Annabeth, os seus olhos tornaram-se descomunalmente grandes quando me viu, e despejou a bebida que tinha na boca de volta para o copo. Reprimi o riso e me sentei à sua frente.

– O que aconteceu? – perguntou, passando um guardanapo pelos lábios. Ri.

– Um idiota qualquer derramou café em mim, sentiu-se culpado e ofereceu-me o camiseiro. – contei-lhe, dando mais importância à comida que já havia sido servida.

– ‘'Um idiota qualquer…’’? – repetiu, olhando-me abobada.

Confirmei, enfiando uma garfada de lasanha na boca.

– Quão quente ele era? – interrogou-me após alguns minutos de puro silêncio.

– Oh minha querida Annabeth, - disse, olhando-a nos olhos - simplesmente demasiado.

Naquele momento, imaginei Annabeth com Percy. Imaginei, e, por alguma razão, não gostei.


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Notas finais do capítulo

Comentem ^^ mas se quiserem favoritar e recomentar, iria ficar infinitamente mais feliz u.u
Espero que tenham gostado e a ação vai desenrolar-se a partir daqui.. Kiss :*