Capítulo 10 – Sumiço.
Era meia noite e Hans chegou ao casebre, esperava por Sophia, não sabia o que seria daquele momento por diante, mas estava feliz, era Sophia a pessoa que gostaria de passar seus dias, ter e criar seus filhos, as dificuldades eram e seriam imensas, mas tirariam de letra, era que ele achava pelo menos.
Para ele o tempo não passava e Sophia não chegava, decidiu tirar um cochilo, ouviria quando ela chegasse, acordou no outro dia com os raios solares já em seu rosto, olhou em sua volta, acordará sozinho, nenhum sinal de Sophia, seu coração se espremeu, respirou fundo, entendeu o que aquilo significava, pegou suas trouxas de roupas e foi para a sua casa.
Já em sua casa Hans teve a sorte que seus irmãos e sua mãe ainda estavam dormindo, deitou-se e começou a chorar, não acreditava o que Sophia feito aquilo, depois de tudo... Sua mãe estava realmente certa, ele não deveria ter ser relacionado com ela, só sofria dês que conhecerá ela, tantas desilusões, queria esquecer, mas a amava, mas talvez fosse à hora de esquecer, mesmo que não conseguisse.
Estava quase dormindo quando arrombaram a porta, eram os guardas reais invadindo, o golpe assustou a todos que estavam lá, rapidamente, dois guardas agarram Hans, enquanto outros dois impediam Sra. Mudelsee que estava desesperada e querendo ir até ele.
– MEU FILHO! LARGUEM MEU FILHO! – Gritava Sra. Mudelsee enquanto chorava e levada para o chão agarrando Levi e Perola que não paravam de chorar.
Com os gritos de seus irmãos e de sua mãe, Hans foi levado para fora de sua casa.
– Pelos céus o que eu fiz. – Foi à última coisa que falou antes de levar um murro no rosto e desmaiar.
***
Os últimos preparativos do casamento estava praticamente estavam finalizados, a contagem regressiva para que a cerimônia finalmente começasse, todos no castelo estavam às presas, tudo deveria estar perfeito.
Como sempre, Camile foi acorda Sophia, junto trazia o véu que junto ao vestido ficavam magníficos.
Camile chegou ao quarto reparou que não havia ninguém, procurou no banheiro, novamente, ninguém havia, foi quando olhou para escrivaninha, olhou a coroa e o anel, reparou que debaixo deles havia uma carta; Camile pegou e começou a ler, quando terminou partiu em desespero a procura do Rei Nicolau, talvez fosse o único que soubesse o que fazer.
Os reis George e Nicolau estavam no melhor humor possível, faltava muito pouco para que seus reinos se tornarem os mais fortes , nenhum inimigo ficaria vivo com essa união .
Sua conversa era amistosa, até que Camile chegou chorando.
– Camile nossa rainha já acordou, isso se é que dormiu de tanta ansiedade. – Disse Rei Nicolau com risadas, mas se tornou sério quando percebeu que Camile não estava bem, já Camile que não conseguia falar apenas entregou a carta para ele.
– ARRRRRRRH! GUARDAS! – Disse o rei urrando.
Depois de algum tempo andando de um lado para outro, estava tão nervoso que não conseguia só andar de um lado para outro, quando um dos guardas chegou.
– Ele esta na masmorra. – Disse o Guarda sério.
– Pois bem, vamos até o rapaz. – Disse o Rei que não estava nada feliz.
***
“Porque estou aqui?” – Essa era a única coisa que se passava na cabeça de Hans quando acordou, não entendia, um guarda apareceu com um chicote entre suas mãos, ficou atrás de Hans , logo em seguida os dois reis, Louis , Camile e mais dois guardas chegaram e rodearam o rapaz.
– PORQUE ESTOU AQUI! TIREM-ME DAQUI! – Disse Hans olhando ao seu redor, seu único crime era seus furtos, mas acreditava que não chegava ao extremo.
– Camile é este? – Perguntou o rei, Camile afirmou com a cabeça.
– PORQUE ESTOU AQUI? ANDEM ME FALEM! – Repetiu Hans sua pergunta, quando terminou Hans sentiu a força do guarda real posta no chicote em suas costas , a dor era insuportável.
– Onde ela está? - Perguntou o Rei Nicolau diretamente ao rapaz que agonizava de dor e não entendeu o sentido da pergunta.
– Onde está o que? Se estiver falando dos pães e frutas que já roubei, sinto em dizer que já comi tudo. – Disse Hans, o guarda novamente é chicoteado, ele agoniza de dor.
– Não venha com graça rapaz, onde esta a princesa? Onde você deixou minha filha, quanto os Kalabans pagaram para você fazer isso? – Perguntou novamente o Rei furioso.
– Agh! Eu não sei o que o senhor está falando. – Disse Hans, Rei Nicolau fez um gesto e novamente Hans recebeu chicotada, o rei observa a agonia do rapaz com desprezo.
– Me dê à carta. – Ordenou o rei, a carta foi entrega por Camile.
“Meu pai...
Qual é o real objetivo de uma princesa?
Ser adorada atrás dos vestidos e joias,se for por causa disso, eu nunca senti uma na verdade...
Se estiver lendo isso significa que fugi, pela primeira vez em anos estou seguindo meu coração, e sabe meu pai me sinto livre pela primeira também.
Quando eu conheci Hans senti que algo em mim mudou, ele não é um poso de qualidades, mas quem disse que nós somos?
Hans me faz feliz toda vez que abre seu sorriso, me encanta toda vez que seu olhar vem ao meu, eu o amo, ele me ama e o peso de uma coroa não vai importar.
Estou fugindo por amor, amor a mim mesma e por Hans, posso conviver a vida sem luxos.
Pela primeira me sinto uma princesa, apesar dos pesares espero que um dia me perdoe.
Com amor, Sophia.”
Quando Rei Nicolau terminou de ler, Hans ficou confuso o que havia ocorrido com Sophia, então se ela realmente tinha ido ao seu encontro, o que teria acontecido com ela, Hans ficou preocupado e se sentiu culpado quando se fez essa pergunta, naquele momento não se importava mais com ele mais sim inteiramente com Sophia.
– Então rapaz refrescou sua memória, porque a seduziu e em que esconderijo você a deixou? – Disse o Rei Nicolau.
– Eu juro que não sei aonde Sophia, a verdade que íamos realmente fugir, mas ela não apareceu ao nosso encontro, eu... eu pensei que ela tinha optado por casar com o almofadinha ali. – Disse Hans apontando a Louis que apenas o encarava, assim como Camile e também Rei George que olhava para Hans de um jeito que parecia já tê-lo visto, seu rosto era familiar.
– MENTIRAS! GUARDA! - Disse o Rei e novamente Hans foi chicoteado.
– PARE COM ISSO ESTOU FALANDO A VERDADE, O QUE EU MAIS QUERIA É TER UMA VIDA NORMAL. EU AMO A SOPHIA. – Disse Hans estava em suas últimas forças, já não aguentava mais, horas de chicotadas, estava com fome e sede, ele penso que ali, chegara ao seu fim.
– PARE COM ISSO NICOLAU, CREIO QUE ESSE RAPAZ ESTÁ FALANDO A VERDADE, ELE É SÓ UM POBRE COITADO. – Disse o Rei George olhando fixamente para Hans, ele não sabia ao certo, mas algo prendia o rei em Hans, principalmente o olhar do rapaz, era como já havia visto aqueles olhar em outra pessoa.
– Senhor, trago noticias da princesa. – Disse um guarda entrando na sala, rapidamente todos saíram, Hans ficou apreensivo, queria saber o que havia acontecido com Sophia, não queria que algo de grave tivesse ocorrido, só depois de muito tempo, depois de muita tensão todos que antes estavam, voltaram e o Rei Nicolau não estava nada contente.
– GUARDAS, SOLTEM ESSE RAPAZ. – Ordenou Nicolau, quando foi solto Hans ficou mesmo no chão não tinha forças para fica em pé, Rei Nicolau ficou olhando com desprezo ao rapaz.
– Sophia foi raptada pelos Kalabans, como o próprio Rei George disse esse rapaz não passa de um pobre coitado, vá embora rapaz. – Disse o rei com gargalhadas, logo os guardas começaram a rir juntamente ao rei, Hans conseguiu arrumar forças e levantou.
– Ir embora? Não, eu quero lutar. – Disse Hans reunindo forças que ele nem sabia que tinha.
– Você rapaz? Poupe-me, não duraria um minuto em combate. – Disse Nicolau novamente fazendo pouco caso de Hans.
– Talvez o senhor esteja certo, talvez não dure um minuto, mas morrer com honra e sabendo que sua filha está bem, posso morrer tranquilamente. – Disse Hans determinado, seu medo de morrer era grande, mas o que poderia acontecer com Sophia era maior, não ia deixar que nada acontecesse com ela.
Havia ódio entre Nicolau e Hans, o Rei não acreditava que alguém como aquele rapaz, o retrucava e não obedecia a qualquer tipo de ordem que era pedido a ele.
– Se me permitem rapaz você deve que concordar mesmo mandando você com os melhores equipamentos, eles são um grupo, você somente um, mas não vejo problema algum se mandarmos o rapaz juntamente aos guardas liderados por Louis. – Disse o Rei George em defesa de Hans , ele não entendia, criou uma empatia pelo rapaz que não sabia explica, era como se Hans por causa de seu jeito e sua aparência o lembrava de alguém.
– Pois bem então. Preparasse rapaz você vai entrar em luta de gente grande. – Disse Nicolau, Hans foi levado para um quarto onde comeu e se recuperou, mas não por muito tempo já que Sophia que cada tempo era essencial.
Não demoram muito para partir, Hans estava com uma armadura, com símbolo do reino, montado em um cavalo partiu juntamente com Louis, que apenas o encarava em alguns momentos.
– Estamos pertos, vamos montar acampamento e amanhã pela noite atacaremos. – Disse Louis descendo de seu cavalo e assim foi feito, montaram seu acampamento, mais tarde enquanto observava as estrelas Louis chegou perto de Hans.
– Ela esta bem. – Disse Louis que começou a observar a estrela juntamente a ele.
– Como você sabe? – Retrucou Hans sem entender o porquê de ele estar ali.
– Ela é forte sabia? Mais forte que nós possamos imaginar e tem mais, ela te ama, ela me disse isso, quando ela falava de você, eu via um brilho nos olhos dela, eu nunca vou conseguir tirar isso dela. – Disse Louis observando as estrelas.
– Será que ela está bem? -Perguntou Hans olhando finalmente para o rapaz.
– Saberemos amanhã, por isso vamos descansar. – Disse Louis levantando e estendendo a mão para Hans que por surpresa aceitou e foram os dois se recolheram.