A Sétima Vela escrita por Helga Hufflepuff


Capítulo 1
A Sétima Vela


Notas iniciais do capítulo

Então... acho que as pessoas que leram "I'm With You" e estão lendo "A Sétima Vela"... bom... vão querer me matar. É. Estou me preparando aqui KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Gostaria de agradecer a SaGaúcha, Duda Peixoto, Limonada de Maracujá, Lua Stoll, Daughter of Athena, Viviane Vicky e Lady Crazy por comentarem na minha outra oneshot ♥ Isso significou muito para mim, o.k.? E obrigado aos outros três que favoritaram ela, também! ^w^
Bom... estou pronta para ser apedrejada aqui. KKKKKKKKKKKKKK
Eu devo estar aprendendo muito bem com o tio Rick... só pode ´-´



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Capítulo Um –

Leo olhava para os outros seis. Hazel chorava, enquanto Frank a abraçava, apesar de que ele próprio parecia não se conter. Annabeth o encarava, surpreendida, como se não pudesse acreditar que ele realmente estivesse fazendo isso. Jason e Piper choravam, sem se importar com o que os outros iriam achar. Percy não tinha nenhuma reação, apenas olhava fixamente para ele, com uma tristeza evidente no fundo de seus olhos cor de mar.

A sétima vela, lembrou. Eu sou a sétima vela, afinal. Mas, apesar de que os outros estavam claramente tristes, Leo sorriu. Sua mãe, Esperanza, deveria ter ido para o Elísio... ele tinha certeza disso. Iria, finalmente, reencontrá-la. A única pessoa que realmente se importava com ele.

- Então... – o filho de Hefesto falou, como se estivesse prestes à tomar um sorvete do que fechar as Portas da Morte. – Eu acho que é isso. Vou sentir falta de vocês, pessoal.

- Ah, Leo... – Piper sussurrou. Ela se afastou de Jason e o abraçou, chorando. – E-eu... não, por favor, nós podemos encontrar outra maneira. Não faça isso...

- Foi mal, rainha da beleza, mas dessa vez, nem mesmo minhas invenções malucas irão ajudar – Leo disse, passando os braços ao redor da cintura dela e abraçando-a com igual força.

- Mas deve ter!

- Essa é a única maneira... – se afastou dela e segurou-a firmemente pelos ombros. – Vamos derrotar aquela mãe-terra idiota! No final, ela vai querer virar apenas uma garotinha meiga, que está cheia de bichinhos do seu lado, vestindo apenas flores.

Piper riu, mas seus olhos continuavam encharcados de lágrimas.

- Deve ter outra maneira... – insistiu. – Eu não sei... por favor...

- Não tem – sorriu gentilmente e colocou uma mecha dos cabelos dela atrás da orelha. – Infelizmente, não tem. Somos os sete, não é? Esteve sempre claro que iria ter algum sacrifício.

A filha de Afrodite soltou um soluço, os olhos já vermelhos.

- Preciso me despedir dos outros – ele falou, e foi até Jason. – É, cara... tchau... – mas, ao olhar para o rosto do amigo, viu que Jason estava chorando silenciosamente. Naquela hora, Leo não se importou de tentar dar uma de durão ou de “bad boy”. – É, Superman, você realmente vai entrar em depressão em mim, não é? – disse, tentando amenizar o clima.

- Eu gostaria que houvesse outro jeito, Leo. – Jason disse.

- Eu também... você não faz ideia... – riu. – Mas alguns sacrifícios são necessários. E olhe o lado bom, cara! Você vai poder ter uma vida tranqüila ao lado da Piper, sem ter que se preocupar com a mãe-terra toda poderosa!

- Seria legal se você estivesse conosco...

- Pois é, mas... creio que Nico di Ângelo vai poder me trazer notícias de vocês, se me pedirem.

- É, talvez – Jason sorriu.

- E você está agindo como se nunca mais fosse me ver! – Leo parou de sorrir. – Eu só... estou indo mais cedo. E você irá para os Elísios, como eu; fique animado!

Jason deu uma tapinha nas costas dele.

Leo se dirigiu para Frank e Hazel.

- Bom... eu queria que você me desculpasse pelas piadinhas de mal-gosto que eu criei... – ele disse, olhando para Frank. – Eu realmente fui um babaca, não é?

- Ahn... tudo bem, Leo – o filho de Marte sorriu. – Não tem problema, sério. Eu também fui um pouco idiota com você e tudo mais...

- Espero que você realmente consiga me desculpar, alguma hora – Leo olhou para Hazel. – E você... bom, espero que cuide do seu irmão. Ele parece ser calmo, mas eu acho que só parece, mesmo – riu. – Vou sentir sua falta, Hazel.

A filha de Plutão largou Frank e abraçou Leo, como Piper havia feito antes. Ela estava com a cabeça apoiada no ombro dele, e chorava. Ele sentiu sua camisa ficar um pouco molhada por causa das lágrimas, mas não se importou. Logo, logo não irei precisar dela, mesmo.

- Você realmente se parece muito com Sammy Valdez – Hazel sussurrou. Leo imaginou que apenas ele conseguiu ouvir o que ela falava.

- É... eu já tinha percebido isso antes – riu. – Espero que você e Frank consigam ser muito felizes. Você merece, Hazel, depois de tudo que passou.

- Isso não é justo... – ela o apertou com mais força, como se quisesse sufocá-lo. – Os deuses também deveriam nos ajudar.

- No dia em que eles fizerem isso, os porcos vão voar. Eu tenho certeza.

- Leo – Hazel se afastou dele. -, consideram o mundo no qual vivemos, qualquer dia os porcos vão voar.

- É... seria até legal se isso acontecesse.

- Talvez.

Hazel e Leo gargalharam. Era a última vez que se veriam – pelo menos, em vida – e estavam comentando sobre a possibilidade de porcos voarem.

- Falando sério – ela o abraçou de novo. –, eu adoro você. Sei que nos conhecemos há poucos meses e tudo mais, mas te considero um grande amigo.

- Eu também, Hazel – ele se afastou dela. – Bom... acho melhor eu falar com Percy e Annabeth.

Ele se direcionou para os dois últimos, que estavam mais atrás. Annabeth, ao ver aquilo, começou a chorar e o abraçou.

- Eu sei que pus um pouco de medo em você – ela disse, se afastando para olhá-lo melhor. – Mas... eu sou assim, mesmo.

- Eu já percebi – sorriu. – Ah, Annabeth... – a puxou para mais perto, para que só ela ouvisse. – Espero que você consiga tornar Percy menos lerdo. E, hã... eu nunca imaginei que fosse perguntar isso, mas por que ele come coisas azuis?

Leo sabia que era uma pergunta estúpida, mas queria tirar essa dúvida antes de partir.

- Ah – ela riu. – Ele gosta bastante, mas nunca entendi direito por quê.

- Poxa – Leo murmurou, decepcionado. – Irei morrer levando essa dúvida comigo.

- Sobre isso, Leo... – sua expressão murchou naquele momento. – Bom, já te falaram isso umas duas ou três vezes, mas deve haver outra maneira. Eu sou filha de Atena, sou boa com estratégias, talvez possa criar alguma maneira de fechar as Portas sem que você morra e...

- Annabeth – Leo já estava ficando impaciente com isso. Entendia que os amigos apenas queria ajudar, mas não tinha outro jeito. –, eu sinto muito, mas não há maneira alguma.

Ela voltou a chorar.

- Você é um herói, Leo – disse. – Eu tenho certeza de que irá para o Elísio.

- Acho que sim... – riu. – Ah, Percy... – havia chegado a hora. Só precisava se despedir de Percy, e finalmente entraria dentro daquelas portas, as fecharia e salvaria a todos. – Bom, tchau, cara.

- Desculpe ter lhe tratado daquela forma na primeira vez em que nos vimos – o filho de Poseidon disse, ligeiramente envergonhado. – Mas, entenda, eu estava fora de si... todas as suspeitas apontam para você...

- Não, tudo bem – sorriu. – Eu entendo. Até eu mesmo me culpei por isso.

- Ahn... sendo assim... tchau, cara. Eu vou sentir faltas de suas piadas.

Leo sorriu e abraçou Percy.

Em seguida, passou por todos. Iria entrar dentro do Tártaro. Fecharia as portas. E, talvez, revisse Esperanza. Leo sorriu. Sentia que, finalmente, veria alguém que realmente o amasse.

No fim, eu realmente sou a sétima vela...

Pensou em Calipso.

- Me perdoe, mas eu não irei cumprir minha promessa... – sussurrou, sentindo-se um pouco triste.

- Que promessa? – Piper perguntou, com a voz embargada.

- Ah, sim... – olhou para ela. – Há uma... pessoa... uma pessoa que eu prometi que voltaria para ela – encarou o céu, sonhador. -, mas, obviamente, eu não irei voltar. Só espero que ela não me odeie por isso...

- E quem é?

Leo a encarou.

- Há certas coisas, Piper, que é melhor eu guardar para mim mesmo – sorriu.

Leo já estava bem próximo daquelas portas. Só precisava entrar dentro delas e trancá-las por dentro, ficando preso para sempre ali. Se virou para os outros sete. Choravam, sem nenhuma exceção. Percy estava com o braço ao redor do ombro de Annabeth. Piper abraçava Jason. Frank segurava a cintura de Hazel.

- Tchau, gente – Leo deu um aceno para eles. – Obrigada por tudo. Os meses que eu fiquei com vocês, apesar de tudo, foram os melhores da minha vida – suspirou. – Mas tudo que é bom dura pouco, não é? – riu. – Espero que só nos voltemos a nos ver quando estiverem bem mais velhos. Não é nada pessoal! Só... acho que vocês merecem viver até estarem como velhos gagás.

Leo já estava dentro delas. Encarou e escuridão do Tártaro. Tinha certeza que, em pouco tempo, estaria morto.

- Até mais. –disse. – Espero que, depois dessa, todos entre para o Team Leo. E façam algumas camisetas, de preferência! – olhou uma última vez para todos. Reuniu toda a coragem que tinha.

Tudo pareceu ocorrer mais devagar. Leo segurou as portas. Olhou uma última vez para a claridade. Seria a última vez que iria vê-la. Respirou fundo, fechou os olho. No segundo seguinte, quando abriu, não viu mais luz. Na verdade, ele não viu mais nada.

Fechou as portas. Se encostou nelas, sentando no chão. Algum monstro iria vê-lo e o mataria, com certeza. Leo deixaria, de bom grado. Se isso não acontecesse, a fome e a desidratação iriam matá-lo em pouco tempo.

Qualquer outra pessoa iria ficar desesperada. Talvez até batesse novamente na porta, implorasse para que a tirassem dali... mas tudo seria em vão. As portas estavam definitivamente fechadas. Os monstros não poderiam mais sair livremente dali.

O mundo estava a salvo. Tinha certeza que os outros seis iriam conseguir deixar Gaia adormecida.

Leo sorriu. É... não foi uma vida tão ruim...

Várias coisas passaram na sua cabeça. Seu primeiro dia no Acampamento Meio-Sangue. O momento em que foi reclamado como filho de Hefesto. Quando confirmou que poderia mexer com fogo. Quando praticamente destruiu o Acampamento Júpiter (estava possuído naquela época). O momento que viu Annabeth e Percy de novo, depois que caíram no Tártaro...

Leo não se sentia triste em ser a sétima vela. Iria morrer... e estava absolutamente satisfeito consigo mesmo.

O filho de Hefesto fez algo que surpreendeu até a si mesmo. Imaginou que, ao chegar no Tártaro, não iria fazer isso.

Ele deu aquele mesmo sorriso infantil, afinal, não estava triste... não, não. Nunca esteve tão bem.


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Notas finais do capítulo

Sintam-se a vontade para me xingar, porque, né... EU MATEI O LEO GOSTOSO VALDEZ! PELO AMOR DO PURPURINA DO OLIMPO! ~le me desvia de um raio~ O.k., pelo amor de Zeus! ´-´
Eu matei o bad boy supremo T-T Como eu posso ter tão cruel?
Ah, eu peguei a imagem da capa da Viria e editei no Photoscape... nhééé, ficou ruim, mas foi o que deu pra fazer C:
Comentem o que acharam, pessoinhas! Isso significa muito para mim!
Até a próxima ^3^