Heart By Heart escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 18
Sempre e para sempre


Notas iniciais do capítulo

Então, demorei mais postei! Espero que gostem e não achem as atitudes da Clary ou do Elijah precipitadas.



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Clary e Elijah trocaram olhares penetrantes. Não saiam palavras dos lábios de Clary.

E então, sem se preocupar em se revelar, Elijah foi até a garota com sua velocidade vampiresca.

Clary olhou para os lábios de Elijah por uma fração de segundo antes de voltar seu olhar os olhos do Original.

Foi o suficiente.

Elijah beijou Clary. Não havia hesitação, não havia delicadeza. Havia puramente saudades e luxuria. Era completamente diferente dos outros beijos dos dois.

Clary, por alguns instantes pensou em resistir. Pensou em fazer um feitiço para afastar Elijah e ir embora. Pensou em terminar tudo no mesmo instante e interrogar o Original, ou até mesmo dar um escândalo.

Mas, como diria Gina, a carne é fraca.

A garota correspondeu ao beijo com paixão, suas mãos se moviam da nuca de Elijah para o cabelo irritantemente perfeitamente arrumado. Já as mãos de Elijah se moviam por todos o corpo de Clary, ávidas por sentir a pele macia e quente da morena. Pelos cabelos, nuca, ombros, costas, cinturas, quadris... elas não estavam nem um pouco tímidas ou cavalheirescas.

As mãos de Clary se moveram lentamente para os botões da camisa de Elijah, desabotoando-os impacientemente enquanto o Original a carregou e a pôs sentada em cima da única mesa da sala. Quando a garota finalmente havia desabotoado todos os botões e se livrado da gravata, Elijah estava começando a abrir o zíper do vestido. A garota jogou os sapatos para longe enquanto suas mãos, passando devagar pelo tanquinho de Elijah, foram em direção ao cinto do namorado, que tirava os sapatos sociais com os pés.

Clary sentia todo o seu corpo em chamas. Ela não conseguia se controlar. Era como se Elijah fossem polos opostos de dois imãs, atraindo um ao outro. Ela simplesmente não conseguia ficar longe.

E, por mais estranho que pareça, Clary tinha certeza de que Elijah sentia o mesmo.

Na manhã seguinte...

Estava tão macio...

E quentinho...

Mas como...? Ela não havia dormido no chão depois de...

“AI MEU DEUS!”

Clary abriu os olhos de supetão. Ela havia se deixado levar e havia transado com Elijah.

Mas como ela veio parar em uma cama? E de quem aquele braço...

“Bom dia, senhor bíceps”

Elijah. Ele provavelmente havia trazido ela para o quarto. Ela viu que estava usando a blusa social do Original. A garota sorriu. Tinha o cheiro dele.

A garota sentiu Elijah apertá-la mais contra si durante o sono, o que a fez sorrir e continuar parada. Uma parte dela desejava que esse momento durasse para sempre. Que ela pudesse esquecer sobre Elijah ser um Original, o irmão dele que a queria usar para quebrar uma maldição e o fato dela ser uma bruxa/lobisomem.

“Poderia ser pior. Você podia ser uma doppelgänger.”

A lista de feitiços poderosos e sombrios em que se usam uma doppelgänger é tão grande que a garota não queria nem pensar.

–Você acordou. – Elijah murmurou perto de seu ouvido.

–Você também. – a garota respondeu enquanto sorriu e se virava para encarar o namorado. Aqueles olhos castanhos que a faziam se sentir tão segura a encaravam como se fosse a coisa mais bela do mundo.

A garota suspirou.

–Você é um Original, não é?

O sorriso de Elijah esvaneceu.

–Você é a bruxa Valdez-Delacour com gene lobisomem, não é?

Clary sentiu o corpo tencionar. Ele sabia.

–Você já sabia disso quando me conheceu?

–Não. E sobre mim?

Clary sorriu.

–A mesma coisa.

Elijah retribuiu o sorriso.

–A quanto tempo você sabe? – Clary perguntou

–Descobri antes de ontem. E você?

–Eu também.

Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes.

–O que o vampiro Original está fazendo em Fells Church, se não está atrás de mim? – a garota perguntou, mais curiosa do que desconfiada.

–Estou atrás de uma maneira de matar o meu irmão.

Clary ergueu as sobrancelhas.

–Klaus? Impossível. É como tentar matar você, só que mais difícil.

Elijah riu.

–Eu descobri uma maneira de mata-lo, mas para isso seria necessário que ele quebrasse a maldição de híbrido. Durante sua primeira transformação ele estaria vulnerável.

–É necessário uma doppelgänger Petrova para isso.

–Ouvi boatos que havia uma na cidade. Não pude deixar de olhar.

–Parece que você perdeu seu tempo.

–Nada envolvendo você é perda de tempo. – Elijah disse e beijou a garota lentamente. Era como se esse beijo fosse o esclarecimento para todas as dúvidas de Clary.

–O que um cara como você viu em uma garota como eu? – Clary não pôde deixar de perguntar.

–Como assim?

–Você é viajado, sofisticado. Poderia ter a mulher que quisesse. Eu sou só uma garota de cidade pequena.

Elijah suspirou.

–Eu não sei. Foi como se, no instante que eu a vi, eu soubesse que, de alguma maneira, estivéssemos destinados a nos encontrar. Que todas as escolhas que eu tomei em minha vida tivessem me levado ao instante em que eu olhei para você e comentei sua bebida.

–Eu não acredito em destino.

–Eu passei a acreditar quando conheci você.

Clary instintivamente desviou o olhar. Elijah estava tão sério que chega dava arrepios. O Original usou a mão para acariciar o rosto da namorada, o que afez voltar o olhar para ele.

–Eu te amo, Clary. Estive destinado a te amar no momento em que você disse “não se preocupe, é só água”.

Clary soltou uma risada nervosa.

–Não sei sobre destino. Mas eu te amo Elijah. Soube que te amava no instante em que eu me imaginei sem você ao meu lado quando descobri que era um Original. Era insuportável. – os olhos da garota se encheram de água, mas nenhuma caiu. Ela não choraria na frente de ninguém. Ela é forte.

–Eu sempre vou estar ao seu lado, Clary. Não importa o que aconteça. Sempre e para sempre.

Clary sorriu e abraçou o namorado com força e, naquele instante, nada mais importava além deles dois. Nada poderia separa-los e, mesmo que estivessem longe, seus corações estariam juntos.

Pelo menos por algum tempo.

Enquanto isso, na região mais rica de Fells Church...

–Essa casa lhe agradou, senhor? – a corretora Melissa Parkison perguntou ao homem de 45 anos que usava um terno Armani sobre a maior mansão da cidade. O homem sorriu. Sua secretária sempre teve um ótimo gosto.

–Adorei, senhora Parkison. Quando posso me mudar?

–Se assinar o contrato agora, imediatamente, senhor.

–Ótimo. Quero fazer a mudança o quanto antes.

A mulher assentiu e se dirigiu ao escritório da mansão, onde iria pegar os documentos. O homem de terno sorriu e pegou a carteira, onde havia uma foto de uma mulher loira de olhos azuis sorrindo para ele.

–Espero que esteja com saudades, maninha. – o Eric murmurou consigo mesmo enquanto olhava para a foto da irmã gêmea, Eleonor Kent.


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Notas finais do capítulo

Prometi que o capítulo seria só da Clary e do Elijah, mas tive que deixar esse pequeno clifhanger para o próximo capítulo.