O Filho Do Olimpo E O Cinto Do Amor escrita por Castebulos Snape


Capítulo 7
Conheço As Cárites


Notas iniciais do capítulo

capitulo novo, galera, finalmente!!
feliz ano novo!!
muito alegria e muitos comentarios!!!



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Afrodite pareceu bem calma depois de gritar a plenos pulmões com o marido e eu fiquei tranqüilo para pensar em Erebus, em como ele pretendia atacar minha família, em como Afrodite iria conseguir me fazer dormir e se, depois disso tudo, eu ia conseguir dormir.

Ela me levou de volta para o quarto, tirou minha camisa e me mandou deitar com a cabeça em seu colo. Eu me acomodei facilmente enquanto acariciava meus cabelos. Relaxar foi fácil daquele jeito, dormir mais ainda, principalmente quando me concentrei em seu cheiro de perfume doce. Sem sonhos, considerei aquela façanha um milagre.

Quando abri meus olhos Afrodite não estava por perto isso era obvio, mas, se ela não estava ali, quem é estava mexendo nos cabelos da minha nuca? Fechei os olhos, nervoso. Depois de alguns minutos voltei a abrir os olhos bem devagar, observei o que tinha a minha volta. Nada, nem seque um movimento. Afirmei para mim mesmo que Erebus podia ser louco, mas nem tanto e que se fosse Afrodite ela já teria se anunciado.

Fechei os olhos e fingi um movimento natural para virar o rosto. Risinhos estranhos cortaram o silencio, eu, o adolescente idiota, tive a sensação de corar. Mais risos.

– Não falei que ele era um fofo? – perguntou uma voz alegre que eu conhecia.

Eu dei um salto involuntário e parei na beirada da cama e encarei as três adolescentes belíssimas que me observavam rindo.

A que estava imediatamente a minha frente eu conhecia. Era Tália a musa da comedia, ela era linda, definitivamente. Olhos castanhos calorosos, cabelos negros e um sorriso contagiante.

A que estava a sua esquerda parecia brilhar. Seu rosto era extremamente pálido, parecia a Branca de Neve, literalmente, e seu sorriso era mais brilhando do que o de Apolo. Seus cabelos eram tão louros que pareciam prateados.

Aglaia, disse Vox.

A última tinha um olhar alegre e um sorriso sóbrio, mas sincero e bondoso que pareceu me encher de alguma coisa que eu nunca tinha sentido antes.

Eufroina.

Quando retomei minha presença de espírito olhei, tentando parecer irritado, para Tália.

– Tália, posso saber o que você faz no meu quarto, enquanto eu durmo?

– Me divirto com a sua expressão fofinha – respondeu seriamente. As outras duas concordaram com as cabeças.

– Sua sinceridade me emociona. Se não se importam, por que estão aqui? Sabe nessa casa.

– Jack, quem nós somos?

As observei por dois segundos

– As graças!

– É.

– Legal. O que vocês querem?

Elas se entre olharam, me deixando com uma mau pressentimento. Tentei me lembrar de alguma historia em que elas apareciam como monstros maus ou algo assim, mas não achei nada. E Vox não se mostrou. Uma dor leve na cabeça me deixou um pouco preocupada com ele.

– Nada, só viemos aqui olhar você. Somos servas de Afrodite não? – Eufroina me olhou como se eu fosse bocó – Vem – ela me puxou pelo braço – você tem que conhecer uma pessoa muito importante.

Resisti por um segundo, olhando os olhos claros e sinceros. Tália eu sabia que era doida, as irmãs não pareciam diferentes em nada. Suspirei, essa era minha sina... Pessoas notavelmente perturbadas a minha volta... Abro um sorriso e me ergo, eu tinha que aguentar minha sina.

– Onde minha camiseta foi parar?

Os risinhos me deixaram corado. Aquilo era pedofilia. Elas deviam ter seus três mil anos e eu ainda tinha 14. Eu era uma criança inocente cercado de malucas. Cruzo os braços na frente do peito e abaixo a cabeça. Mais risinhos.

– Queríamos ver a bensão de Ares – Tália gargalhou – Achamos muito interessante sua foça – elas riram mais e eu me senti encolher quase, de tão envergonhado. Senti a camiseta ser enfiada em minha cabeça e terminei de vesti-la.

Elas me arrastaram para baixo. Afrodite não estava a vista em lugar nenhum. Na cozinha não havia mais sinal ne da caixa de chocolates (devia ter irrompido em chamas quando os bombons acabaram), nem das canecas de chocolate quente... Me perguntei de Frederick limpava as coisas desse jeito.

Reparei, talvez tarde demais, na mulher que estava na cozinha, bem a minha frente. Parei, ela estava feliz, dançando um pouco sem precisar de musica, enquanto bate os ovos com um Fouter. Era loira e angelical, se todo o bem do mundo pudesse se parecer com alguém, parecia com ela. Relaxei na hora.

– Oh, olá – ela sorriu e eu não pude deixar de sorrir para ela – O Filho de Olimpo! É um prazer conhece-lo, Jack – me adiantei para apertar sua mão, era macia –Sou Pisque.

Travei. Eu já tinha conhecido muita gente que eu considerava conto de fadas, mas Pisque era outro nível. A esposa de Eros, a mulher que comanda o coração do cupido... A alma. Personificada...

– É um prazer, senhora.

– Ora, não me chame de senhora – ela se soltou de mim e se voltou para o que estava cozinhando – Me faz sentir velha. Eu posso ser mais velha que você, mas não sou tão velha assim

– Você é jovem, Pisque – Tália se sentou, já mordendo uma maçã – Nóes estamos aqui há muito mais tempo que você e não nos sentimos velhas. Não há motivos para você se sentir mal.

– Eu também não me sinto velha – ela joga o cabelo que estava no ombro para trás – Mas já não somos mais como essa criança que tem milênios pela frente.

Eu, que já tinha sentado, ergo os olhos.

– Na verdade, eu tenho em media 70 anos pela frente – mordi minha torada, olhando as quatro.

– Bom dia, meninas! – eu até diria alguma coisa, se meu coração não tivesse dado um pulo do peito – Olá, bixinho de estimação.

Era um homem bonito. Era alto e esguio, musculoso, mas não era um monstro, moreno com cabelo nos ombros, pele pálida e lisa, e olhos de um vermelho tão intenso que me dava medo. Pessoas normais sentiriam medo por não saber quem era aquele homem e porque a aura dele era tão esquisita. Eu senti medo dele por saber quem ele era e por sentir todo o poder dele em minha pele.

– Eros, não seja cruel com ele – mas não havia nenhuma severidade em sua voz, apenas uma melosidade esquisita – É só um menino.

– Cruel, querida? Eu realmente queria ser cruel... – ele a abraçou e plantou vários beijos em seu pescoço, mas sua voz continuou cortante e fria – Esse pirralho embaralhou meus planos para as próximas três gerações, graças a ele eu me atrasei vinte minutos! Vinte! E você sabe como o tempo é precioso para mim, linda.

– Sinto muito por ter atrapalhado você senhor – as graças pareceram querer me matar – Eu não pedi para nascer sabe? – meu tom rebelde me pareceu errado por um momento. Talvez meus instintos de sobrevivência entrando em pânico, mas eu os ignorei.

Podemos dizer que Eros pirou! Ele abriu as asas de anjo, empurrando Pisque para trás, e me deus um soco. Achei que ele não chegaria a me betar de verdade, talvez ele não quisesse sujar as mãos comigo... Mas minha opinião mudou radicalmente quando eu voei por cima da bancada da cozinha, batendo com as costas com força no chão.

As graças soltaram gritinhos quando algo pontudo tocou meu peito. Eu não precisei abrir os olhos para saber que tinha uma flecha apontada bem para meu coração. Me concentrei em seus olhos furiosos, se eu ia morrer, tinha que morrer com estilo.

– Não se dirija a mim, animal de estimação – sua voz estava gelada e cruel – Eu devia fazer você se apaixonar por um cão. Ou talvez Ártemis...

– Ou talvez devesse baixar o arco – ele fez o arco sumir, e se virou para a frente. Afrodite nos olhava. Ele recolheu as asas e o olhar gelado se transformou em medo. Afrodite estava em um vestido vermelho apertado e com um casaco de pele branco por cima. Os óculos de sol eram tão escuros que não dava para ser nada de seus olhos. Medo.

– Mamãe!

– Saia, Eros, e só volte quando eu esquecer isso – ele recuou até Pisque, e sumiu com ela. E eu não consegui levantar do chão até que Afrodite me colocasse de pé. Bem, pensei, Não dá para agradar todo mundo. – Posso saber porque as senhoritas não o ajudaram?

As Graças pareceram não saber o que fazer. E pareciam ter esquecido como se olhava para cima. Me sentei sentindo meu queixo ainda dormente.

– Era Eros, não podíamos fazer muita coisa. Ele é muito vingativo sabia?

– Sei bem o quanto eu filho é vingativo. Mas uma criança precisava de vocês. Se eu não tivesse chegado iam deixar com que Jack morresse? – ela tira os óculos escuros, olhos em fúria. – Fora vocês também!

Elas saíram correndo e eu encostei a testa na bancada. Me senti mal, eu entendia porque Eros me chamou de animal de estimação. Eu era um mascote dos deuses, um bichinho que fazia graça e todos riam. Eu era a diversão.

Afrodite pareceu notar o que eu estava pensando, ela sorriu e me puxou para si, me fazendo encostar as costas em seu colo, suas mãos se juntaram em meu peito, me esquentando por dentro, e seu queixo encostou na minha cabeça. Fechei os olhos, me sentindo querido.

– Você não é um mascote, querido, você é meu filho – ela falou de uma maneira tão calma e bem resolvida que eu fui tomado por aquela realidade – Sim, meu filhinho, meu bebê, que eu segurei no colo quando nasceu, que fez Hefesto sorrir quando puxou sua barba.

Abro um sorriso. E seguro suas mãos, sentindo uma segurança que talvez eu só voltaria a sentir quando estivesse nos braços de minha esposa. Aquele era meu lugar.


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Notas finais do capítulo

achei meio pequeno



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