O Crepúsculo do Eduardo escrita por AmandaC
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura :D
Renata me surpreendeu ao aparentar raiva.
Foi o discurso mais longo que eu já ouvi de Renata. E tive três observações:
1º Ela era defensora dos pobres e oprimidos;
2º Ela provavelmente não conhecia a esnobe Clara, senão teria mudado de posição e;
3º Ela que nem cogitasse em nos levar para passeios nos finais de semanas ou campings. Nem morto!
- Hum. Eles são bonitos. – comentei, apenas para parecer elogioso, não que estivesse mentindo. Clara era uma deusa...
- Devia ver o médico – Renata riu. Meu sensor captou o interesse. Hum minha mãe de olho nos maridos alheios? – Ainda bem que é casado. Muitas enfermeiras do hospital têm dificuldade para se concentrar no trabalho quando ele está por perto.
Terminamos de jantar em silêncio. Renata tirou a mesa e foi lavar os pratos. Assim que ela virou as costas eu voltei para meu quarto e continuei minha conversa on-line.
Enfim aquela noite foi silenciosa. Dormi tarde, exausto.
O resto da semana foi calmo. Eu me acostumei com a rotina de minhas aulas. Na sexta-feira, conseguia reconhecer, se não pelo nome, quase todos os alunos da escola. Na educação física da minha turma, os rapazes aprenderam a me respeitar e as gatinhas a ficar me olhando. Eu jogava muito bem.
Clara Buzzi não voltou à escola.
Todo dia eu observava ansioso até os demais Buzzi entrarem no refeitório sem ela. Depois eu podia relaxar e participar da conversa do almoço. Centrava-se principalmente numa viagem ao Pirai dali a duas semanas, que Mike estava organizando, numa tentativa de ser mais popular que eu, pois perdia sua popularidade a cada dia. Fui convidado e aceitei, completamente animado com a ideia.
Na sexta-feira eu estava perfeitamente à vontade entrando na minha sala de biologia; sem me preocupar mais se Clara estava ali ou não. Pelo que eu sabia, ela tinha saído da escola. Tentei não pensar nela, mas não consegui reprimir, com agrado, a sensação de que eu fosse responsável pela sua ausência continua. Sabia que eu tinha deixado a garota caidinha. Ninguém resistia ao meu charme.
Meu primeiro final de semana em Joinville foi tranquilo, ou quase. Renata, mesmo com sua rotina formada, insistia que eu a acompanhasse em sua corrida pela cidade – na garoa. Tive que repetir mil vezes que não estava preparado para correr. Quando percebeu que eu não iria junto, ela se ofereceu para ficar em casa. Em verdadeiro terror, tentei convencê-la de que não seria necessário. Eu iria passar o dia todo no computador para matar a saudade de meus amigos – ah, que momento gay, mas pelo menos ela acreditou.
A chuva continuou branda pelo fim de semana e eu aproveitei para ficar em casa nesses dois dias.
As pessoas me cumprimentaram quando cheguei na escola na segunda de manhã. Eu não sabia o nome de todos, mas retribui os acenos e sorri para todos – principalmente as garotas bonitas, quando jogava meu cabelo para o lado para dar um charme.
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Obrigada pelos reviews e aos que
estão lendo essa fic.
Amanhã tem mais :D
Beijos:*