O despertador tocou...

–ai, que saco! –Stella reclamou, ao desligar o alarme. Levantou-se, foi ao banheiro, tomou um banho e fez suas higienes. Vestiu uma calça jeans, uma jaqueta jeans, tênis e uma camiseta preta. Arrumou sua mochila e saiu do quarto. Na cozinha, viu um bilhete em cima da mesa. Era de Mac.

“fui procurar emprego. Não se esqueça de trancar bem a porta. Nos vemos no final da tarde, te amo, Mac”.

–ai, agora vai começar o meu calvário. –Stella trancou bem a casa e caminhou até o ponto de ônibus mais próximo, que estava com muitas pessoas. –é sempre muito cheio aqui, moça? –ela perguntou a uma garota de olhos castanhos e cabelos escuros.

–voce não viu nada ainda. –o ônibus chegou e todos entraram. Estava muito cheio e, Stella teve que ficar em pé.

–será que ninguém vai ceder um banco para eu sentar?

–ae, patricinha, aqui não tem disso não. Tem que entrar correndo e pegar seu banco. Deu bobeira, acaba ficando de pé. –respondeu um homem, que estava sentado.

–não sou patricinha, seu babaca! Ai, esse ônibus fica balangando pra lá e pra cá, ai! –ela quase caiu em cima de uma outra garota. –desculpe. Como vocês conseguem pegar isso todo dia?

–vejo que você não está acostumada a pegar condução.

–pois é. É que eu sou chique. Sempre andei de limusine, carro importado...

–ah, tá! E eu acredito em coelhinho da páscoa. Ae, galera, a menina aqui tá dizendo que anda de carro importado! –todos começaram a dar gargalhadas.

–mas, é verdade! Ah, quer saber: eu não vou falar mais nada! Vocês são pobres, não sabem como é a vida de rico! –todos começaram a vaia-lá.

–é bom mesmo... fica quietinha, na sua! –respondeu uma das pessoas do ônibus.

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Após um bom tempo...

Finalmente o ônibus parou na rua da faculdade. Stella desceu, xingando todos que estavam lá. Sem que ela percebesse, Peyton a viu:

–Stella? Descendo de um ônibus?!

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Stella entrou na universidade e foi até onde estavam suas amigas, Lindsay e Jess:

–oi, meninas...

–nossa, Stella! O que aconteceu c om você?! Parece até que um caminhão passou por cima de você! Tá toda descabelada... –Jess perguntou, surpresa.

–pois é...é que eu vim de ônibus.

–onibus? A situação já tá tão feia assim?

–não. Mas eu tenho que economizar. –elas entraram na sala e tiveram mais uma aula chatérrima da Peyton.

–bom, monstrinhos, por hoje é só. Podem ir, não aguento mais olhar pra cara de vocês!

–arruma logo as suas coisas, Stella.

–já vou, Lindsay. Por que ao invés de reclamar você não vem aqui e me ajuda?

–porque eu não sou sua empregada.

–Stella!

–que foi, professora?

–será que nós podemos conversar? A sós? –Stella pensou um pouco e disse:

–me esperem lá fora, meninas.

–tá. Tchau, professora!

–tchau. –ela saiu.

–e então? O que quer?

–é que... eu te vi sair de um ônibus.

–e?

–e ai, que eu não entendo o que a filha do governador estava fazendo dentro de um busão.

–ah, não entende não fofa? Pois é, você não tem que entender nada. Não te devo satisfações. Mas, como eu sou muito boa, eu vou te dizer sim... sabe com quem eu estou morando agora? Com o Mac!

–VOCES SE CASARAM?!

–praticamente. E é bom que você saiba, assim, quem sabe você não para de dar em cima dele.

–cuidado, hem? imagina se seu pai te deserda?

–imagina! Ele jamais faria isso. Bom, eu tenho que ir. Tenho muitas obrigações na minha nova vida de casada.

–ah, eu imagino.. .deve ter que lavar, passar, cozinhar...

–sua invejosa! –Stella saiu e foi até as meninas, que estavam no corredor: -não vão me perguntar o que ela queria?

–não. Nós ouvimos tudo atrás da porta.

–vocês não tem jeito mesmo, né? Bom, que tal irmos a um restaurante?

–pra mim não vai dar. Minha mesada já acabou. –Lindsay falou.

–e eu, que nem recebi mesada esse mês! Papai cortou minha grana por causa do que rolou na festa do meu aniversário, lembra?

–ah, é...bom, mas tudo bem. Eu pago!

–voce vai pagar, Stella?

–é. Eu ainda tenho meus preciosos cartões de crédito!

–ah, então vamos!

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Enquanto isso...

Mac estava em uma loja tentando conseguir um emprego:

–desculpe, mas nós não temos vagas nesse momento.

–poxa, senhora, eu preciso tanto desse emprego! Por favor, senhorita. Eu aceito qualquer coisa.

–bom, a única coisa que eu posso fazer por você é prometer que a primeira vaga que aparecer, será sua. Deixe seus dados e eu te aviso se aparecer alguma coisa.

–obrigado, senhorita.

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–Stella, você vai pedir caviar?

–vou sim e para de ser chata, Lindsay!

–ah já que é assim e você vai pedir caviar, eu vou pedir lasanha.

–e eu salmão. –Jess completou. O garçom apareceu e elas fizeram seus pedidos. Comeram e conversaram bastante:

–ah, eu queria ser uma mosquinha só pra ter te visto fazer ovo frito!

–ai, Jess, nem me lembre...foi horrível. O garçom surgiu:

–a conta, senhoritas. –falou, entregando o papel para Jess.

–nossa, caro, hem?

–para com isso, Jess. Assim o garçom vai pensar que nós não temos dinheiro pra pagar. –Stella disse, entregando seu cartão a ele, que saiu. –ai, eu precisava comer aquele caviar, tava com um desejo!

–Stella, eu ando percebendo que você anda tendo uns desejos estranhos...

–o que que tem, Lindsay?

–nada não. Foi só uma ideia maluca que passou pela minha cabeça. –o garçom voltou.

–desculpe, senhorita, mas o seu cartão não pode ser aceito.

–como assim?

–parece que foi...cancelado.

–não. Deve estar havendo algum engano. Não pode ser.

–Stella, será que seu pai cancelou seu cartão?

–imagina, Jess! Ele não faria isso... ou faria? –ela pegou seu celular e discou o número de seu pai.

Ligação On:

–alo?

–oi, pai.

–ah, lembrou que eu existo, Stella? Nem pra me ligar, pra dizer onde está morando!

–eu estou morando com o Mac.

–eu já imaginava...

–é, mas eu não vim falar sobre isso. Eu liguei pra saber por que o meu cartão foi cancelado.

–porque eu cancelei.

–cancelou?!

–sim, cancelei esse e todos os seus cartões também. deduzi que agora que você saiu de casa, você não iria querer ser sustentada por mim.

–mas, pai. Eu estou passando por um constrangimento aqui no restaurante.

–quer saber: se vira, Stella!

Ligação Off

–ele desligou...

–a senhorita não tem outro jeito de pagar a conta?

–eu tenho um dinheiro guardado, mas não esta aqui.

–bom, há outro jeito de resolvermos isso.

–qual?

(...)

–está vendo a roubada que você nos meteu, Stella? –Jess falou, brava. Stella estava ensaboando a louça, Lindsay enxaguava e Jess secava e guardava.

–pelo menos a gente não foi presa. Podia ter sido pior.

–é, mas agora a gente vai ter que passar o dia inteiro lavando a louça do restaurante! Que droga, viu?!

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A noite...

Stella chegou em casa, bastante cansada.

–oi, amor!

–Stella? onde você estava? Eu te liguei o dia todo!

–ai, é que eu tive alguns, digamos, probleminhas.

–que probleminhas?