O quão demorado seria o tempo de duas semanas? Qual seria o pagamento ou a recompensa pelo preço de horas intermináveis, segundos excruciantes e minutos que se arrastam? O medo fere mais profundamente que espadas, o amor pode ser a morte do dever ou o grande estímulo para se cumpri-lo. Não existe inferno maior do que o psicológico, aquele que você cria em sua cabeça. A canção das espadas alivia aqueles que sentem raiva, e o silêncio é a droga dos que estão entorpecidos. A água seca, o fogo se apaga. A tempestade em alguma hora abranda, e o diálogo nem sempre consegue resolver tudo. A sabedoria pode ser escassa em meio ao pânico, e nem toda riqueza pode subornar. Não importa quão grande seja um animal, há algo que ele teme. Mas as ondas gigantes devastam cidades, afogam até os mais inocentes. O fogo queima sem piedade, e a sua intensidade não conhece limites. Os raios não escolhem o lugar onde irão cair, apenas eletrocutam sem o mínimo de sensibilidade. A sedução pode fazer até os mais bravos cederem, e a voz doce pode encobrir a malícia. Os sábios semeiam com loucura e colhem com orgulho. Não existe maior fome que a fome do poder. O bicho anda sobre patas irrelevantes e morde com ardor. Em tudo há força, e o contrário se revela os temores. É esse o jogo da vida. Uma hora você morre. Uma hora você chora, em outra você sorri. Você trabalha, você recebe. Golpeia mas sente a dor mais que suas vítimas. É esse o peso da consciência, é a encarnação de seus demônios que assombram seus olhos. Uma pessoa é tão valente quanto qualquer outra quando não há nada o que temer. Ser corajoso é quando você conhece todos os perigos, mas continua mesmo assim. É quando você luta lembrando que há algo pelo qual vale a pena lutar.