Todos que estavam dentro do carro ficaram falando “sinto muito”, “eu sei que isso deve estar matando vocês, mas eles estão em um lugar melhor”, “eles amam vocês aonde quer que estejam” e blá blá blá. Eu não falava nada, só Dallas que ficava dizendo ‘obrigado’.

–Para onde vamos agora? – Lucy perguntou.

–Vamos procurar uma casa. – respondi. – Ah antes que eu me esqueça, eu e Dallas trouxemos algo que pode ser útil.

Dallas pegou a mochila e deu uma faca para cada um.

–Facas? Onde conseguiram? – Katerina perguntou.

–Nosso pai era cozinheiro. – Dallas respondeu.

–Ah sim. – Katerina disse triste.

Por que ela estava triste? O pai era meu ou dela? Que menina estranha, eu hein!

–x-

O céu já estava ficando escuro e estava ficando frio. Ninguém estava usando uma roupa que pudesse proteger do frio da noite. Já estávamos rodando há horas e ainda não havíamos achado nenhuma casa que prestasse ou que pelo menos não tivesse um morto dentro.

Resolvi parar em uma lojinha de conveniências para pegar comida e roupa, pois ao lado dela tinha uma lojinha de roupas femininas e masculinas.

–Quem vai lá? – Kate perguntou.

–Eu e... – olhei para trás e vi que Dallas, Lucy, Mary Ann, Katerina, Trevor e Tyler estavam dormindo. – Vamos ter que ir eu e você. – falei olhando para Kate.

–Tudo bem.

Saímos do carro e apertei o facão que eu estava segurando, eu não estava com medo, mas temia que Kate fizesse algo que pudesse nos matar.

–Eu vou pra loja de conveniências e você pega as roupas, tudo bem? – tentei falar o mais baixo que consegui.

–Não podemos ir juntas nas duas? – percebi que ela estava tremendo.

–Tudo bem. Vamos pegar a comida primeiro.

Andamos em direção à loja de conveniências e eu entrei na frente, logo dois zumbis apareceram de trás do balcão.

–Pronta? – perguntei a Kate.

–Aham. – ela respondeu.

Os zumbis correram na nossa direção e eu percebi que Kate estava com medo.

–Se esconde. – falei e revirei os olhos.

Corri na direção dos zumbis e cortei a cabeça de um, o outro foi mais difícil por que ele me empurrou para o outro lado do balcão, mas consegui enfiar minha faca na sua cabeça.

–Kimberly? – ouvi a voz de Kate.

Percebi que já tinha passado vários minutos e eu ainda não tinha saído de trás do balcão, eu deixei que minha mente viajasse até o momento que nada disso tinha acontecido e me esqueci do verdadeiro motivo que tinha me lavado até a loja de conveniências, até que a voz de Kate me despertou dos meus devaneios. Sorri maniacamente e cortei a cabeça do zumbi que eu havia acabado de matar.

–Kimberly? – Kate se apoiou no balcão.

Eu peguei a cabeça do zumbi e levantei para Kate a visse.

–AAAAAAAAAAAAAAH – ela gritou e deu um pulo pra trás.

Joguei a cabeça do zumbi no chão e levantei gargalhando.

–SUA FILHA DA PUTA, QUER ME MATAR DE SUSTO? – Kate disse.

–Ei menina, se acalma. – ajeitei minhas roupas e pulei de trás o balcão. – Assustar é divertido, sabia? Vamos pegar logo essas comidas.

Pegamos varias coisas e fomos colocando em sacolas e levando para o carro por sorte nenhum zumbi apareceu. Como eu já tinha matado os zumbis da conveniência Kate disse que ficaria sozinha e eu fui pegar as roupas na outra loja. Só tinha uma zumbi, pelo uniforme cafona poderia dizer que ela trabalhava na loja, e eu obviamente a matei.

Peguei casacos, varias roupas de frio e para o calor também e alguns edredons que eu achei no deposito. Voltei para o carro e encontrei Kate sentada no banco do carona.

Joguei tudo no porta malas e sentei no banco do motorista.

–Pegou bastante comida? – perguntei enquanto colocava o cinto de segurança.

–Sim, tem besteiras pra uma semana. – ela disse. – Conseguiu muitas roupas?

–Sim, e alguns edredons também. – sorri.

Dei partida no carro e segui viagem.