Zumbilândia - Matar ou Morrer. escrita por The Huntress


Capítulo 22
Humanos que comem... Humanos?


Notas iniciais do capítulo

Olá :3 capítulo 22 aí, boa leitura!



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Kimberly

Sem hesitar, eu e Justin saímos correndo do carro, e seguimos os gritos que vinham de onde Erika e Drake deviam estar. Se fossem zumbis atacando Drake e Erika dariam um jeito... Não dariam?

Deixe-me explicar. Nós quatro paramos em um hotel para podermos descansar, mas como Drake tem receio de tudo, ele resolveu ir com Erika na frente para checarem se tinha algum zumbi dentro do hotel. Eu e Justin ficamos no carro para o caso do casalzinho voltar sendo seguido por um bando de zumbis, já estaríamos ali com o carro ligado apenas esperando eles entrarem para darmos a partida. Eu e Justin estávamos apenas ouvindo o barulho dos grilos quando escutamos o grito de Erika. Justin e eu trocamos um olhar, eu estava com o mesmo pensamento que ele: zumbis.

Saímos correndo do carro e avançamos para dentro do hotel. Eu estava empunhando minha katana e Justin estava com sua metralhadora. Corremos o mais rápido que podíamos seguindo os gritos de Erika, quando chegamos a frente de uma porta cinza onde lia-se "Salão de Festas" em letras grandes e de um tom de vermelho berrante. Pra que tudo isso?

Justin chutou a porta e a mesma abriu. Cara, aquilo era a visão do inferno. Tinha tanta gente morta ali que eu senti meu estomago embrulhar. Havia uns cinco zumbis e eu Justin matamos todos. Os gritos haviam cessado e eu estranhei um pouco, pois se Erika tinha parado de gritar era sinal de que ela estava... Não! Nem pensar! Drake e Erika tinham que estar vivos. Justin e eu entramos em um corredor onde, provavelmente, era a cozinha e os banheiros do salão de festas. Eu estava com uma vontade imensa de sair gritando o nome dos dois, mas se ainda houvesse zumbis por ali, estaríamos ferrados.

Encontrei Drake e Erika na cozinha, Justin estava logo atrás de mim. Dentro da cozinha estava Erika, Drake e mais três caras que eu, definitivamente, não conhecia. Drake e Erika estavam desarmados e estavam abraçados, Erika chorava baixinho enquanto Drake tentava consolá-la. Uma leve tira de sangue escorria pela nuca de Erika. Mas o que diabos tinha acontecido aqui?

–Quem são vocês? - perguntei, desconfiada.

–Quem são vocês? - um dos caras perguntou, franzindo a testa.

–Isso não importa - falei. - Esses dois são nossos amigos e queremos eles de volta.

Um dos caras soltou uma gargalhada de gelar a alma.

–Acho que quem dá as ordens aqui somos nós - o homem disse.

Justin empunhou sua metralhadora pronto para atirar e eu avancei com minha katana. Por mais ágil que eu fosse, os caras eram mais fortes e pareciam saber exatamente cada movimento meu. Um dos caras, o mais alto, conseguiu me desarmar. Eu estava começando a ficar assustada. Em poucos minutos, Justin também foi desarmado.

O cara que estava tomando conta de Drake e Erika passou a língua nos lábios com um sorriso travesso. Parecia estar se excitando enquanto via tudo aquilo.

–Só queremos ir embora - Erika disse, tremula.

–Cala a boca, vadia! - um dos caras disse. Erika se encolheu.

–Eu me chamo Blake - o cara mais alto disse. - Esses dois são Finley e Gavin. Vocês vem com a gente.

–Não vou com vocês nem morta - falei.

Blake riu. Ele veio até mim, seu rosto a centímetros do meu. Ele tinha um cheiro metálico, alguma coisa que não me era estranha... Sangue. Isso! Ele cheirava a sangue. Eca.

–Você vem comigo por bem... - ele encostou o cano as sua arma no meu queixo. - Ou por mal.

–Tudo bem - Justin disse. - Nós vamos. Não precisar atirar em ninguém.

O que? - olhei incrédula para Justin. - Justin, nós precisamos chegar no México, não temos que ficar perdendo tempo com esses otários.

–Você quer morrer? - Justin perguntou. - Eu prefiro chegar no México com vida!

–E quem te garante que esses caras não vão nos matar? - perguntei.

–Chega! - Gavin disse. - Vocês vem com nós.

Eu não sei o que foi mais insuportável. O "Vocês vem com nós" ou o fato de eu estar realmente indo com eles. Os caras amarraram nossas mãos, nós saímos do hotel e entramos em uma van, dentro dela tinha mais uma mulher. Ela nos olhou assustada e se encolheu. Eu sentei no banco de trás e Justin sentou ao meu lado, Erika ainda chorava e Drake ainda a abraçava. Quando saísse daqui iria matar aqueles três lentamente.

O caminho inteiro todo mundo ficou em um silêncio insuportável. Meus ouvidos já doíam por causa do silêncio.

–Ei, pra onde estamos indo? - perguntei. Finley me olhou do retrovisor e passou a língua nos lábios. Seus olhos brilhavam. Qual é a desse cara?

Ninguém me respondeu e eu fiquei com mais raiva ainda. Quando a van parou eu dei graças a Deus por, finalmente, poder esticar as pernas. Meus pulsos já estavam ficando roxos por causa da corda com que eles amarraram. Saímos em fila indiana da van, Gavin colocou sacos pretos nas nossas cabeças, com certeza era para não olharmos o caminho por onde estávamos indo. Quando eu sai da van, pude escutar uma conversa entre Blake e mais um home, com certeza era Finley.

–Podemos fazer aquilo agora? - Finley perguntou. Pelo jeito que falou, podia jurar que ele estava muito ansioso.

–Não, Finley. Fica calmo! - ouvi a voz de Blake.

–Mas... - Finley foi interrompido por Gavin.

–Cês tem que ficar calado - eu estava quase esmurrando Gavin por falar errado. Algumas aulas de português não faria mal a ninguém.

Depois disso, o silêncio se instalou de novo. Eu já estava começando a achar que era melhor matar um monte de zumbis do que ficar com esses três caras. E eu não estava errada.

Nós andamos por vários caminhos íngremes, rochosos e molhados. Eu conclui que estávamos em uma floresta. Que diabos aqueles caras queriam fazer com cinco pessoas em um floresta? Quando Blake nos mandou parar, Blake tirou os sacos da cabeça de todo mundo e um pude ver onde estávamos. Era uma floresta mesmo, mas estávamos na frente de uma casa bem grande. Era de madeira e toda bem decorada.

Blake bateu a arma na minha costa para que eu entrasse e assim fiz, de má vontade, claro. Do lado de dentro, a casa era ainda mais bonita. Não tive tempo de ficar apreciando a decoração, pois duas garotas apareceram. Elas estavam apenas de sutiã e calcinha. Eu fiquei com cara de ponto de interrogação. Elas puxaram Drake e Justin para dois quartos, Justin me lançou um olhar de pavor antes de entrar no quarto. Senti meu sangue ferver só de pensar o que aquela puta ia fazer com Justin dentro daquele quarto. O motivo disso nem eu sei.

Finley puxou a outra mulher para um quarto. A mulher esperneou, gritou, porém, acabou desmaiando quando Gavin deu uma coronhada em sua cabeça. E Finley foi arrastando a mulher para dentro do quarto.

Eu e Erika nos olhamos, mas não nos atrevemos a dizer nada. Blake e Gavin nos mandaram subir as escadas ameaçando atirar em nós duas se não obedecêssemos. Subimos as escadas e, então, Erika e eu nos separamos. Blake me puxou para dentro de um quarto e Gavin puxou Erika para dentro de outro.

–Que diabo é tudo isso? - perguntei, com raiva.

–Cala a boca, sua puta - Blake me encarou.

–Puta é a sua mãe, babaca. Me solta!

Blake riu.

–Você é tão patética - ele segurou meu braço com tanta força que eu sabia que iria ficar roxo. E sussurrou. - Antes de fazermos o que é necessário, vamos nos divertir um pouco.

–E eu posso saber o que é necessário? - perguntei.

–Fazer você e todos aqueles outros de jantar. Mas eu ainda quero me divertir um pouco com esse seu corpo - ele me lançou um sorriso malicioso.

Espera, eu havia entendido direito? Jantar? Eles queriam mesmo fazer eu e os outros de alimento? Meu sangue gelou. Agora eu via sentindo no porquê de eles morarem no meio do mato. Meu coração começou a bater tão aceleradamente que pensei que ele fosse pular do meu peito. Blake veio até mim e me imprensou na parede, eu estava suando frio, minha respiração estava acelerada.

–Vocês são humanos que comem... Humanos? - perguntei, minha voz vacilava.

Ele sorriu.

–Exatamente. Porém, você é bonita demais pra virar apenas refeição.

Eu engoli em seco. Nunca havia sentido tanto medo na vida. Blake riu e me beijou. Eu tentei empurrá-lo, porém, ele me segurou sem muita dificuldade e me jogou na cama. Lembrete a mim mesma: começar a malhar. Como eu queria estar agora cercada de zumbis, seria bem mais divertido do que isso. Agora eu seria estuprada e, muito provavelmente, viraria jantar de humanos. O quão idiota é isso? Servir de alimento pra sua própria espécie. Deus! Que coisa idiota.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 22 aí. O que vocês acham que vai acontecer? huehue. Comentem, please



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