Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 72
Caçada humana - parte 2




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Já estando no espaço aéreo japonês em um jato do governo, Miroku lia, através do computador de bordo, os informes sobre as acusações contra Sango e InuYasha e também suas conseqüentes fugas.

MIROKU – Piloto! (chamando sua atenção)

PILOTO – Senhor?

MIROKU – Quando falta para aterrissarmos?

PILOTO – Dentro de meia hora.

MIROKU – Obrigado.

Miroku parecia preocupado com aquela situação e queria se inteirar rápidos do assunto e naquele momento o telefone da nave começa a tocar, o que chamou a atenção de Miroku.

PILOTO – Pode atender, senhor! Deve ser o ministro lhe dando os cumprimentos.

MIROKU – Claro. (ele atende) – Alô.

KAGOME – Miroku! Sou eu! Ainda bem que consegui falar com você.

MIROKU – Aposto que já sei o motivo da ligação! Ou motivos, pois são dois! Eu acabei de ler o informe da polícia sobre o assassinato de Kikyou.

KAGOME – Isso mesmo!

MIROKU – Que triste dia para nós dois, Kagome! Eu não podia imaginar que InuYasha e Sango iriam tão longe.

KAGOME – Então você deve imaginar a minha surpresa, não é?

MIROKU – Claro! O que eu posso fazer por você?

KAGOME – Antes de tudo eu gostaria de saber se alguém da polícia entrou em contato com você?

MIROKU – Não, mas assim que eu aterrissar, provavelmente me convocaram, mas por que a pergunta?

KAGOME – Eu preciso que me encontre, mas eu não posso falar o motivo do encontro ainda.

MIROKU – Por quê? O que está acontecendo, Kagome?

KAGOME – Por favor, Miroku! Só venha! Eu preciso de sua ajuda, amigo.

MIROKU – Olha Kagome! Eu não gosto dessas surpresas e...

KAGOME – Não Miroku! Você não tem o direito de falar de surpresas comigo, já que esconde coisas de mim, coisas sobre mim, portanto não me cobre, se não será cobrado.

Miroku fez uma pausa depois da ‘dura’ que levou de Kagome, ele sabia que ela estava certa, ele devia isso á ela e sem falar que Kagome era uma das poucas pessoas que Miroku confiava cegamente.

MIROKU – Está certo, Kagome! Onde quer se encontrar comigo?

KAGOME – Aeroporto Garupa.

MIROKU – Já estou indo para lá!

KAGOME – Obrigado Miroku.

MIROKU – Eu ainda não fiz nada, portanto não me agradeça ainda! Ah sim! Eu revi seu discurso para acalmar o pânico das pessoas! Você foi muito bem.

KAGOME – Eu só disse a verdade, assim as pessoas confiam mais em nós.

MIROKU – Através do noticiário, acompanhei a repercussão de suas palavras! Elas tocaram fundo nas pessoas, o que deixou Ryukosei irritado. (sorrindo) – Sabe Kagome? Acho que devia entrar para o mundo da política.

KAGOME – Eu não! Acho que vou deixar essa coisa para você! Você tem mais talento para isso do que eu e...

MIROKU – Não concordo! Você tem idéias arejadas, sabe se expressar com clareza e quem te ouve, confia em você! É de uma pessoa como você que a política está precisando.

KAGOME – Olha Miroku! Eu não quero entrar nesse mundo! Quero continuar com minha vidinha pacata e sem falar que não estou com cabeça para falar disso agora, ainda mais com tudo isso que está acontecendo.

MIROKU – Ta certo, mas nós vamos conversar, muito, sobre isso! A gente se vê depois.

Miroku coloca o telefone de volta no gancho e imediatamente se levanta de sua poltrona para ir até a cabine do piloto.

PILOTO – Senhor? Deseja algo?

MIROKU – Pode aterrissar esse jato no aeroporto Garuga?

PILOTO – Claro.

MIROKU – Então faça isso, por favor! Preciso ver alguém.

Depois de fazer o pedido, Miroku volta para sua poltrona e fica pensativo enquanto olhava para o telefone e enquanto isso na casa de Kouga, mais precisamente em quarto onde Genku dormia, Shippou chamava a atenção de Koharo para o que ela disse á pouco na sala sobre ele e Satsuki estarem apaixonados.

KOHARO – Eu não sei por que está tão bravo! Eu disse alguma mentira?

SHIPPOU – Não! Quer dizer, sim! (ele fica corado e se afasta um pouco) Olha! O que quero dizer é que esse é um assunto meu e de Satsuki.

KOHARO – Me desculpe Shippou! Eu só queria ajudar e... (o celular dela começa a tocar) – Espere um minutinho. (ela atende) – Alô.

MIROKU – Koharo! Sou eu.

KOHARO – Miroku! (Shippou começa a ficar atento ao ouvir aquele nome) - Mas que bom ouvir a sua voz! Já chegou de viagem?

MIROKU – Eu ainda estou no jato, mas já estou no Japão.

KOHARO – Acho que já sabe sobre InuYasha e Sango.

MIROKU – Sei sim! Você já levou o seu documento de perdão imperial para Ryukosei legitimar?

KOHARO – Ainda não! Eu estou na casa de Kouga tomando conta de Genku á pedido de Kagome, portanto não tive tempo para isso, sem falar no bendito toque de recolher.

MIROKU – Então vá ao encontro dele imediatamente.

KOHARO – O ministro é um homem muito ocupado! Eu posso ficar horas esperando.

MIROKU – Eu sei, mas preciso que espere o for! Eu vou dizer o que deve fazer, mas deve ficar entre nós.

KOHARO – Entendi. (ela olha para Shippou) – Pode me dar licença, Shippou?

Shippou atende ao pedido de Koharo e se retira do quarto e já estando do lado de fora do cômodo, ele é abordado por Satsuki, que estava lhe exibindo o seu celular.

SATSUKI – A tia Kagome quer falar com você.

SHIPPOU – Por que ela ligou para seu celular?

SATSUKI – Porque foi através dele que dei o numero do jato! Vai atender ou não?

Shippou pega o celular de sua amiga, se afasta o máximo do quarto para que Koharo não os escutassem e finalmente atende para falar com a mãe adotiva, que naquele momento estava dirigindo o carro de InuYasha.

SHIPPOU – Kagome! (olhando para o quarto onde estava Koharo) – Conseguiu falar com Miroku?

KAGOME – Sim! Nesse momento estou indo ao encontro dele no aeroporto Garuga! É por isso que estou te ligando, preciso que me informe a rota mais curta, não quero ser pega pela polícia.

SHIPPOU – Claro. (ele se senta em frente ao computador e começa a digitar) – Onde está?

KAGOME – Rodovia 44. (ela olha para uma das placas) – Na altura do quilometro 27.

SHIPPOU – Ótimo! Está perto! Siga reto até o quilometro 30 e vire a próxima rua! Dali para frente e dobre a esquerda duas vezes, assim encontrará o aeroporto.

KAGOME – Dobrar duas vezes! Entendi.

SHIPPOU – Kagome! Eu...

Shippou para de falar com Kagome, botando a mão no fone do celular, diante da manifestação súbita de Koharo fez diante dele e de Satsuki.

KOHARO – Olha garotos! Eu tenho que ir e acho que vou demorar.

SHIPPOU – Mas e Genku?

KOHARO – Vocês vão ter que cuidar dele, conseguem fazer isso sozinhos?

SATSUKI – Claro! Pode ir.

KOHARO – Vai ser até bom! Já vão treinando a vida de casados.

Aquele comentário deixa tanto Shippou como Satsuki corados ao extremo, Koharo por sua vez sorri diante daquela situação, se despede dos dois, aperta o botão que desligava o sistema de segurança da casa e sai da casa de Kouga deixando Satsuki e Shippou a sós, diante do constrangimento, o silêncio imperou no lugar que só foi quebrado com os insistentes chamados de Kagome, pelo celular que ainda estava ligado.

KAGOME – Shippou! Shippou! (ele se toca e volta a dar atenção para a mãe adotiva)

SHIPPOU – Estou aqui, Kagome.

KAGOME – O que houve?

SHIPPOU – É que Koharo saiu! Ela recebeu um telefonema de Miroku! Ele pediu que ela fizesse algo para ele, mas não sei o que.

KAGOME – É possível que esteja relacionado com o encontro.

SHIPPOU – Quer que eu faça alguma coisa á respeito?

KAGOME – Não! Fique onde está! Já que Koharo saiu, você e Satsuki devem cuidar de Genku! Ele vai precisar muito de nós.

SHIPPOU – E de Kouga!

KAGOME – Sim! Shippou! A gente se fala depois.

Kagome desliga o seu celular e volta a prestar atenção para onde dirigia, ela não teve coragem de contar para Shippou sobre a morte de Kouga e enquanto isso no Grupo Naraku, mais precisamente na sala da presidência da empresa, Kanna olha sem para seu celular até que Rin entra na sala dela.

RIN – Por que está olhando tanto para o celular?

KANNA – Aguardando notícias! (ele pega o celular e o guarda) - Isso tudo está muito maçante para mim! O que foi, Rin?

RIN – Ah sim! Eu fui informada de que o MPX1200 acabou de ser validado e devidamente guardado em local seguro.

KANNA – Ótimo! Não podemos deixar que o roubem de novo.

EIN – Então não deveria deixar Onigumo supervisionar essa operação! Ele pode muito bem estar por trás disso.

KANNA – Pode ser, mas Ban está o vigiando o tempo todo e além do mais preciso deixá-lo distraído para que ele pare de procurar por Kikyou! Ele ainda não pode saber o que aconteceu.

RIN – Mas sabe que não poderá esconder isso por muito tempo.

KANNA – Acho que posso fazer isso até Sango e InuYasha se entregarem para a polícia.

RIN – Eu ainda estou tentando digerir essa revelação de que Sango e InuYasha são amantes.

KANNA – A vida é cheia de surpresas.

Rin, que mal sabia da verdade, sorri para a amiga concordando com ela e naquele momento o celular dela começa a tocar e na frente de Kanna, ela atende.

RIN – Alô!

SESSHUMARU – Sou eu, Rin! Preciso falar com você.

RIN – Então fale.

SESSHOUMARU – Ainda está no Grupo Naraku?

RIN – Sim! Precisamos validar o MPX1200! Passo necessário para uma profunda investigação que o governo fará na empresa.

SESSHOUMARU – Então sua amiga Kanna também está aí?

RIN – Sim! (ela olha para Kanna) – Ela esta sim! Por quê?

SESSHOUMARU – Ótimo! Eu estou indo até aí para que ela me tire uma dúvida.

RIN – Que duvida?

SESSHOUMARU – Quando chegar aí, eu te falo, amor.

RIN – Ok! Ah sim! Sesshoumaru! Você soube do InuYasha e da Sango?

SESSHOUMARU – Claro que sim! Eu tinha medo que algo assim acontecesse! Eu não devia tê-los envolvidos nessa história! Sinto-me um pouco culpado e...

RIN – Você não teve culpa de nada! Quando chegar aqui vamos falar no que houve.

SESSHOUMARU – Já estou vendo o prédio do Grupo Naraku! Falamos-nos em breve.

RIN – Ta! (ela desliga o seu celular)

KANNA – Por que Sesshoumaru quer falar comigo?

RIN – Eu não sei, mas logo iremos descobrir.

KANNA – Está bem. (Rin ia se afastando até que Kanna se manifesta) – Rin! Pode me fazer um favor?

RIN – Claro! (Kanna tira alguns papeis da gaveta de sua mesa)

KANNA – Aqui. (ela os entrega para a amiga) – Peça á Onigumo que analise isso para mim! Eu preciso que o mantenha ocupado, pois preciso do Ban para uma coisa.

RIN – Ok!.

Rin sorri para a amiga e sai da sala em seguida, deixando Kanna a sós com seus pensamentos, a presidente do Grupo Naraku não estava com um bom pressentimento sobre a visita que Sesshoumaru faria a ela e enquanto isso no departamento de polícia, Jinenji recebia Gatenmaru em sua sala, o detetive acabara de chegar.

GATENMARU – Há alguma notícia de Sango e InuYasha?

JINENJI – Nada de substancial! Soube que eles roubaram um carro, mas o veículo não tem rastreador, portanto não podemos localizá-lo! (ele soca a mesa) – Mas que droga! Eu não posso acreditar que eles tenham feito isso.

GATENMARU – Mas eles fizeram, capitão! E tinham mais de um motivo para isso.

JINENJI – Do que está falando?

Sem dizer nada, Gatenmaru apenas mostra a foto que ganhou de Kanna, a foto era a montagem de InuYasha e Sango se beijando.

JINENJI – Isso é o que chamo de surpresa! (ele olha a foto com atenção) – Onde conseguiu essa foto?

GATENMARU – No antigo escritório de Kohaku! Acho que ele sabia disso! Acho que foi por isso que Kikyou o traiu e o entregou para Kagura, aí Sango com raiva a matou, principalmente por saber que ela estava grávida de InuYasha.

JINENJI – Bem. (ele devolve a foto) – As coisas começam a fazer sentido! Toutoussai já sabe disso?

GATENMARU – Sim! Como o protocolo de absorção da Segurança Interna sobre o departamento de polícia continua ativo, achei que devia falar com ele primeiro, fiz mal?

JINENJI – Não! Você fez bem! Toutoussai ainda está no comando, pelo menos até resolvermos esse caso.

Gatenmaru, com um sorriso vitorioso, sai da sala de Jinenji e enquanto isso no hospital, Souta foi falar com Houjo, que tinha acabado de fazer exame de corpo de delito.

SOUTA – Está bem, Houjo?

HOUJO – Isso não foi nada! E sua mãe? Já acordou?

SOUTA – Ainda não! Mas o que está me preocupando é Kagome.

HOUJO – Eu fiquei sabendo o que InuYasha e a amiga dele fizeram! Foi horrível, apesar de ele ter salvado a minha vida.

SOUTA – Queria que minha irmã se afastasse dele.

HOUJO – Eu também! Parece que tudo que InuYasha toca acaba se destruindo! Kagome devia se afastar dele o quanto antes.

SOUTA – Seria bom se ela ficasse com um cara como você, Houjo! Eu e minha mãe faríamos gosto disso.

HOUJO – Eu também queria isso, mas Kagome não me vê mais do que um primo. (nesse momento o celular de Souta começa a tocar)

SOUTA – Com licença. (ele atende) – Alô.

TOUTOUSSAI – Souta! Sou eu.

SOUTA – Já encontrou minha irmã?

TOUTOUSSAI – Não! Por acaso sabe onde estou?

SOUTA – Não! Onde?

TOUTOUSSAI – Em frente a uma granja! A sua irmã, não sei como, tirou o rastreador que você botou e o colocou em um caminhão! Pode me explicar isso?

SOUTA – Eu não sei! Eu nunca soube que Kagome tinha experiência ou conhecimento para fazer isso.

TOUTOUSSAI – Você jura que não ajudou sua irmã?

SOUTA – Claro que juro, senhor! Eu quero muito que afastem InuYasha dela, sem falar do acordo que temos com o ministro! Acha mesmo que seria burro de jogar tudo para o alto e colocar a reputação do meu pai em risco.

TOUTOUSSAI – Tem razão! Você não faria isso! Se sua irmão tirou o rastreador é sinal de que ela foi mesmo ao encontro com InuYasha, mas não podemos fazer nada.

SOUTA – E o que devo fazer?

TOUTOUSSAI – Já que se mostrou uma pessoa cooperativa com nossos ideais, quero que vá imediatamente ao gabinete do ministro Ryukosei! Ele quer te mostrar algo.

SOUTA – O que?

TOUTOUSSAI – Vá lá e descubra! Se por acaso sua irmã entrar em contato com você, deve nos informar imediatamente.

SOUTA – Sim senhor. (ele desliga o celular e volta a dar atenção á Houjo) – Preciso que fique de olho em minha mãe, pois tenho que sair.

HOUJO – Isso tem algo haver com Kagome? Acha que ela está ajudando InuYasha?

SOUTA – Eu temo que sim.

HOUJO – Ela pode se complicar.

SOUTA – Vou cuidar para que isso não aconteça.

Souta se afasta de Houjo para sair do hospital e enquanto isso no Grupo Naraku, Kanna estava querendo usar o celular para falar com Toutoussai para saber se tinha novas notícias e quando se decidiu a fazer isso, Onigumo entrou na sala, Rin tentava impedi-lo.

KANNA – O que está acontecendo aqui?

RIN – Ele está louco, amiga!

KANNA - Onigumo! O que foi?

ONIGUMO – O que foi?! O que foi?! Eu digo o que foi, Kanna! Eu acabo de descobrir que Kikyou foi assassinada.

KANNA – Mesmo?

ONIGUMO – Não se faça de desentendida! A empresa estava conectada com o departamento de polícia! Tanto você quanto Rin sabiam que Kikyou fora assassinada e não me contaram nada.

KANNA – Acalme-se Onigumo!

ONIGUMO – Como posso me acalmar? Minha noiva foi assassinada e não me contaram nada! Eu quero saber por que fizeram isso? Por que não me contaram?

KANNA – Rin! Pode ficar na minha sala por enquanto?

RIN – Ta! Mas...

KANNA – Eu vou conversar com Onigumo em outro lugar e enquanto isso, fique aqui aguardando notícias do departamento de polícia sobre Sango e InuYasha.

RIN – Ta bom! Eu fico.

KANNA – Obrigado, amiga! (ela olha para Onigumo) – Siga-me, por favor.

Kanna sai da sala e é seguida por Onigumo, apesar de estar preocupada com o bem estar da amiga, Rin preferiu confiar nela e assim Kanna conduz Onigumo pelos corredores até a uma outra sala, mas ele a segura pelo braço no meio do caminho.

ONIGUMO – Eu não agüento mais esperar! Quero uma explicação agora.

KANNA – Onigumo! Solte-me! (ela se desvencilha dele) - Se esqueceu de com quem está falando?

ONIGUMO – Não! Eu não me esqueci, mas ao que parece é você que se esqueceu da minha lealdade nesses cinco anos! Por que me escondeu essa notícia?

KANNA – Ta! Vou falar aqui mesmo! Eu fiz isso por você, porque ia se sentir humilhado com outra revelação.

ONIGUMO – Que revelação? (ela faz um pausa e o deixa mais nervoso por causa do suspense) – Diga-me logo, Kanna!

KANNA – Ok! Kikyou estava grávida, mas o filho não era seu e sim de InuYasha.

ONIGUMO – O que?!

KANNA – Foi isso que ouviu! E tem mais! Muito mais!

ONIGUMO – Pode-me falar.

KANNA – Kikyou te espionava á pedido de Kohaku! Acho que foi á pedido de Sango, mas o que não se sabia era que Sango e InuYasha eram amantes.

ONIGUMO – Amantes?!

KANNA – E tem mais! Ao que parece, InuYasha conseguia manter um caso com as duas mesmo estando casado com Kagome, aí quando foram confrontar Kikyou, ela revelou que estava grávida de InuYasha, assim Sango, cheio de ódio e ciúme, atirou nela, InuYasha resolveu ajudá-la a não ser presa e por isso atirou contra Toutoussai para que fugissem.

ONIGUMO – Isso não é possível! Então quer dizer que Kikyou me traia com InuYasha?

KANNA – Sim! É por isso que não lhe contei! Você não merecia uma coisa dessas.

Diante daquela revelação, Onigumo se encheu de raiva e socou a parede com tanta força que quase quebrou sua mão, mas o que doía mesmo era seu coração e por isso ele caiu aos prantos, sentado no chão, mas o que nenhum dos dois percebeu era que Sesshoumaru, que já tinha chegado à empresa, tinha ouvido toda a conversa e continuaria ali para ouvir o resto.

ONIGUMO – Aquela vadia! Eu pretendia me casar com ela e aquela ordinária me traía.

KANNA – Eu sinto muito, Onigumo! Eu mesma entreguei as provas para a polícia.

ONIGUMO – Eu não acredito que ela me enganou por tanto tempo.

KANNA – Sinto muito por meu marido estar envolvido! Acho que foi por isso que ele foi morto, porque Kikyou se sentiu traída e o entregou para Kagura. (ela o vê se levantando) – Você vai ficar bem?

ONIGUMO – Vou! Minha mão só está um pouco dolorida.

KANNA – Vá á enfermaria da empresa! Lá deve ter uma caixa de primeiros socorros.

ONIGUMO – Ta! (ele olha bem para Kanna) – Kanna! Obrigado por tudo! Apesar de eu ainda preferir ser avisado de tudo, sei que não me avisou por estar preocupada comigo, portanto, obrigado.

KANNA – Não foi nada.

Onigumo se afasta para ir até a enfermaria a fim de cuidar de sua mão machucada, Kanna sorri maliciosamente ao perceber que conseguiu convencê-lo, Sesshoumaru, depois de ouvir tudo aquilo, mudou de idéia em falar com a esposa e por isso voltou para o elevador para sair dali, o barulho que fez acabou chamando a atenção de Kanna, que foi até lá, mas não conseguiu vê-lo, pois a porta do elevador já tinha se fechado e enquanto isso, na garagem do aeroporto Garuga, onde estavam escondidos, InuYasha e Sango observavam, através de uma fresta se alguém se aproximava.

INUYASHA – Eu não gosto de ficar parado em um lugar por muito tempo.

SANGO – Eu sei, mas acredite! Aqui é seguro.

INUYASHA – Eu queria ter a sua certeza.

O celular dele começa a tocar e pensando que poderia ser Kagome com alguma notícia, ele atendeu imediatamente, mas na verdade era Sesshoumaru, que naquele momento estava no estacionamento do Grupo Naraku.

INUYASHA – Alô.

SESSHOUMARU – InuYasha! Sou eu.

INUYASHA – Olha Sesshoumaru! Eu não estou com tempo para te explicar o que está acontecendo, mas acredite na nossa inocência! Você nem faz idéia de quem está por trás de tudo isso e...

SESSHOUMARU – É Kanna, não é?

INUYASHA – Sim! Mas como sabe disso?

SESSHOUMARU – Eu vim até o Grupo Naraku para falar com ela e tirar uma duvida com Kanna sobre aquela foto que Sara guardou.

INUYASHA – E o que tem ela?

SESSHOUMARU – A moça na foto é Kanna! Eu reconheci por que já a tinha visto com aquela roupa em um das fotos que tirou com Rin na adolescência, mas o homem do lado dela eu ainda não sei quem é.

INUYASHA – E só por isso descobriu que ela está por trás de tudo?

SESSHOUMARU – Claro que não! Eu só descobri por que ouvi uma discussão dela com Onigumo, onde ela diz para ele que Sango matou Kikyou por ciúmes porque vocês eram amantes.

INUYASHA – Amantes?! Eu e Sango?

SESSHOUMARU – E Kanna foi quem entregou uma prova para a polícia.

INUYASHA – Prova?! Mas que prova? Isso é uma tremenda mentira.

SESSHOUMARU – Eu sei, foi por isso que liguei as coisas! Kanna quer encobrir tudo! Acho que o homem com quem Kanna aparece na foto é a chave de tudo e por isso vou tentar descobrir quem é.

INUYASHA – Faça isso! Acho que tem coisa aí, mas caso não consiga nada, ainda temos a prova contra ela, uma gravação de uma conversa dela com Kagura.

SESSHOUMARU – E o que vão fazer agora?

INUYASHA – Entrei em contato com Kagome e ela vai fazer com que Miroku se encontre com a gente, aí entregamos a gravação para ele e ele leva para Midoriko ouvir e assim tudo acaba.

SESSHOUMARU – Ok! InuYasha! Eu posso fazer algo por você?

INUYASHA – Não se preocupe! Eu e Sango estamos bem! Só tire Rin daí! Kanna é muito perigosa.

SESSHOUMARU – Pode deixar.

Sesshoumaru desliga o celular depois de falar com irmão e quando ia usar novamente o aparelho para falar com a esposa, ele é acertado na cabeça com um pedaço de madeira, caindo inconsciente no chão, Ban, chefe da segurança do Grupo Naraku, foi o autor do golpe, nisso ele joga o celular do marido de Rin fora e em seguida usa o dele.

BAN – Senhora! Eu o peguei.

KANNA – Ótimo! O leve para o local indicado e cuide para que ele fale o que sabe.

BAN – Sim senhora.

Ban desliga o celular e em seguida arrasta o corpo de Sesshoumaru para fora dali e enquanto isso, depois de falar com o irmão, InuYasha percebeu que Sango estava observando algo pela fresta e assim foi até ela.

INUYASHA – O que foi?

SANGO – Um carro chegou! (ele olha pela fresta)

INUYASHA – Mas é o meu carro! (ele sorri) – É Kagome! Eu vou lá e...

SANGO – Ainda não! Precisamos nos certificar de que ela não foi seguida! (ela olha para ele) – Vamos deixá-la se aproximar mais.

InuYasha consente com a cabeça e assim ficam observando Kagome estacionar o carro e sair dele em seguida e á procura do marido, ela fica andando pelo local, ela olhava ao redor esperando que alguém aparecesse á qualquer hora e de repente ela é agarrada por trás e tem sua boca tampada para não gritar.

INUYASHA – Kagome! Sou eu. (ele tira a mão da boca dela)

KAGOME – InuYasha?! Mas que susto você me deu.

INUYASHA – Eu sei, me desculpe e...

InuYasha não consegue terminar a frase porque Kagome o beija apaixonadamente, ele, logicamente, correspondeu ao gesto, ela tinha percebido que ainda o amava.

KAGOME – Eu fiquei com tanto medo.

INUYASHA – Eu também. (nisso Sango aparece diante deles)

KAGOME – Como está, Sango?

SANGO – Chocada como deve imaginar.

KAGOME – Imagino! Quem poderia imaginar que a doce Kanna estivesse por trás de tudo?

SANGO – Ninguém, mas quando eu botar as mãos nela, ela não será tão doce assim.

INUYASHA – Kagome! Miroku vem ao encontro?

KAGOME – Sim! Foi pelo menos o que ele me disse, mas acho que não vem sozinho! Shippou me contou que ele telefonou para Koharo, acho que ela vem junto.

SANGO – Estão tão ligados assim? Eu devia saber. (se afasta chateada) – Ele deve estar pensando horrores de mim.

INUYASHA – Mas isso vai mudar quando ele ouvir a gravação.

KAGOME – Ela está aí com vocês? Posso ouvi-la?

INUYASHA – Depois! Melhor você e Miroku ouvirem juntos.

KAGOME – Como quiser.

SANGO – Tem certeza de que ninguém a seguiu?

KAGOME – Tenho, mas bem que eles tentaram! Chegaram a colocar um rastreador no carro á mando de Toutoussai para que eu o levasse até aqui, mas com a ajuda de Shippou, consegui despistá-lo, pois tirei o rastreador e o coloquei em um caminhão que carregava galinhas, acho que Toutoussai deva estar com elas. (sorrindo)

INUYASHA – essa é minha garota! Bonita e esperta.

KAGOME – São seus olhos.

SANGO – Eu não quero estragar o clima, mas acho que vem alguém.

InuYasha pega Kagome, pelo braço, e a leva para dentro da garagem, Sango vai também e eles não fecham totalmente a porta da garagem, deixam uma freta para que pudessem ver quem era que chegava ao carro que acabara de estacionar.

SANGO – Não é carro da polícia.

KAGOME – Deve ser Koharo.

INUYASHA – Não! Olhem bem! Duas pessoas estão no carro e são homens.

InuYasha estava certo, pois quem estava dentro do carro eram, Mushin e Tanuki, eles não saíram do veículo e de repente o jato que levava Miroku tinha acabado de pousar suavemente na pista do aeroporto e depois disso Miroku sai de dentro dele e avista os dois carros estacionados, o de InuYasha e o dele, onde estavam Mushin e Tanuki, que saíram do veículo e foram ao encontro do advogado que acabara de descer da escada.

MUSHIN – Fez boa viagem, Miroku?

MIROKU – Excelente padrinho! Viajar ás custas do governo tem suas vantagens.

TANUKI – Recebemos o recado de Koharo para virmos aqui.

MIROKU – Ótimo! Algo me diz que vou precisar de vocês.

Miroku avista Kagome saindo de dentro da garagem e sabia o que tinha que fazer, era ir até ela e saber o que queria, mas Tanuki o segura pelo braço.

TANUKI – Antes de ir, devia ver uma coisa, senhor.

MIROKU – O que Tanuki?

TANUKI – Isso!

Tanuki da um envelope para Miroku e de dentro dele, o advogado ver algo que o deixar de olhos arregalados, mas ao mesmo tempo pensativo o que chama a atenção de Mushin.

MUSHIN – Eu consegui isso graças a um contato que tenho na polícia! Vai mostrar isso á ela?

MIROKU – Isso depende do que ela me pedir! Vamos.

Sem perder mais tempo Miroku, seguido por Mushin e Tanuki, vai ao encontro de Kagome, que vinha também em sua direção até que ficam um de frente ao outro.

MIROKU – Não vamos perder tempo, Kagome! O que quer de mim?

KAGOME – Bem. (ela olha para Mushin e Tanuki) – Por que eles estão aqui?

MIROKU – Eles me trouxeram algo! Agora fale o que quer.

KAGOME – Tudo bem, mas antes disso me diga uma coisa! Confia neles? (falando de Tanuki e Mushin) – Eu falo em confiar mesmo.

MIROKU – Com a minha vida! Por quê? O que está acontecendo?

KAGOME – Venha comigo e verá, ou melhor, ouvirá. (ela começa a andar na direção da garagem) – Siga-me, por favor.

MIROKU – Eu não vou á lugar nenhum se não me contar o que está acontecendo.

KAGOME – Confia em mim, Miroku! Venha. (ela suplica)

MIROKU – Adeus Kagome.

Miroku da meia volta e começa a se afastar para ir embora e percebendo que ele estava fazendo, Sango e InuYasha saem da garagem e se manifestam.

INUYASHA – Tem que nos ouvir, Miroku.

MIROKU – Kagome! O que eles estão fazendo aqui? Eles são fugitivos da justiça.

KAGOME – Eles são inocentes, Miroku! Acredite.

MIROKU – Isso é meio difícil se levarmos em conta que estão fugindo da polícia.

INUYASHA – Armarão para gente e...

MIROKU – Kikyou está morta! Eu avisei-os de que seria implacável com vocês se fizessem algum mal á ela.

INUYASHA – Nós não fizemos nada e...

MIROKU – Já chega dessa conversa! Vou ligar para a polícia.

Miroku pega o celular e começa a discar, vendo isso, Sango saca sua arma e aponta contra Miroku.

SANGO – Não vai fazer isso, Miroku! Desta vez não.

MIROKU – Vai atirar em mim?

SANGO – Se for preciso, vou.

MIROKU – Então será mais um assassinato em suas costas.

Miroku ignora a ameaça de Sango, ficando de costas para ela e discando seu celular, nisso a detetive foragida engatilha, mas não tinha coragem de apertar o gatinho e nisso InuYasha segura sua mão, a detendo.

INUYASHA – Não Sango! (ele vai até Miroku) – Escute Miroku!

MIROKU – Não! Não tenho que escutar ninguém.

INUYASHA – Olhe para mim! (e é o que o advogado faz) – Eu sei que estava com muita raiva de Kikyou e sei também que seria capaz de matá-la em um momento de loucura, mas se eu fizesse isso, não iria encobrir! Iria assumir o meu ato como homem! Você me conhece, Miroku! Sabe que eu tenho muitos defeitos, mas fugir de minhas responsabilidades não é um deles.

MIROKU – Ok! Vou ouvi-los. (ele guarda o celular e olha para Sango) – Mas ela e você devem me entregar suas armas.

INUYASHA – É justo! (ele vai até Sango e pega a arma dela depois volta) – Tome.

InuYasha da as armas para Miroku, que as entrega para Mushin e Tanuki e assim ele volta para junto dos outros.

MIROKU – O que querem de mim?

INUYASHA – Siga-nos! Queremos que ouça algo, mas só você.

Miroku, com um olhar, ordena que Mushin e Tanuki permaneçam onde estavam e assim ele segue Sango, InuYasha e Kagome para o interior da garagem.

Próximo capítulo = Apagando provas – parte 1


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