Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 64
Inimigos íntimos - parte 1




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Depois de conversar com a mãe e se despedir dela, já que Kagura iria ser condenada á morte, Satsuki ainda muito emocionada, estava de saída do departamento de polícia junto com o pai e quando estavam prestes a entrar no elevador, Toutoussai se manifestou.

TOUTOUSSAI – Espere, Sesshoumaru!

SESSHOUMARU – O que foi, Toutoussai? Eu quero levar minha filha para casa.

TOUTOUSSAI – Eu entendo! Mas mudando um pouco de assunto, a equipe que mandei até sua casa realmente não encontrou a foto e...

SESSHOUMARU – Desculpe-me Toutoussai! (ele mexe dentro da pasta que levava) – Eu tinha me esquecido que estava dentro da pasta. (ele tira a foto de dentro da pasta) – Aqui está! (Toutoussai pega e a vê)

TOUTOUSSAI – Então é essa? Não vejo nada demais! Nem da para perceber quem está nela.

SESSHOUMARU – Eu também acho, mas Sara deve ter tido alguma razão para guardá-la.

TOUTOUSSAI – Então eu posso ficar com ela? Talvez a equipe do departamento de polícia consiga descobrir algo.

SESSHOUMARU – Claro! É só isso?

TOUTOUSSAI – Sim! Podem ir.

SESSHOUMARU – Vamos, querida?

Sesshoumaru coloca o braço em volta do ombro da filha e assim eles entram no elevador para sair do departamento, Toutoussai examinava a foto tentando imaginar o que tinha de especial nela e de repente vê InuYasha vindo em passos acelerados, Sango tentava alcançá-lo.

TOUTOUSSAI – InuYasha! (ele o intercepta) – O que foi?

INUYASHA – O senhor não vai acreditar, padrinho! A Kikyou! Ela está envolvida na conspiração.

TOUTOUSSAI – Kikyou?! Não pode ser! Tem certeza?

INUYASHA – Tenho sim! Kagura disse! Agora que sei, tudo faz sentido! Kikyou sabia como funcionava meu restaurante, tinha conhecimento do meu temperamento o bastante para garantir que eu iria cair na armadilha! E cai direitinho.

SANGO – Sem falar que ela é namorada de Onigumo! Tudo se encaixa.

TOUTOUSSAI – Então Kikyou é capaz de saber como a Ordem irá atacar?

INUYASHA – Isso mesmo! Vamos atrás dela e...

InuYasha para de falar no momento em que Kagome aparece diante deles.

KAGOME – Miroku está na linha e tem notícias importantes.

TOUTOUSSAI – Ta! Vamos lá. (todos começam a caminhar)

KAGOME – Qual era a discussão? (notando a expressão de InuYasha)

SANGO – Kagura deu o nome de Kikyou! Ela está envolvida na conspiração.

KAGOME – Sério?!

TOUTOUSSAI – De Kikyou cuidamos depois.

Sem perder tempo, eles entram na sala onde já estavam Jinenji e Gatenmaru e assim, Kagome aperta o botão para que Miroku, na China, participasse da conversa.

KAGOME – Miroku! Aqui na sala estão Jinenji, Gatenmaru, Toutoussai, Sango e InuYasha! Você está no viva-voz.

MIROKU – O que InuYasha e Sango estão fazendo aí? (os dois ficam chateados com a pergunta)

TOUTOUSSAI – Miroku! Aqui é Toutoussai! Você já deve saber da explosão da Segurança Interna, com isso perdemos muito pessoal e nenhum policial está inteiramente familiarizado com o caso, por isso reintegramos Sango e demos poder de polícia para InuYasha.

MIROKU – Toutoussai! Você é o chefe, você decide!

KAGOME – Tem alguma informação nova?

MIROKU – Tenho sim! As informações sobre Houjo estavam no computador de Kageroumaru porque ele foi selecionado para uma missão.

TOUTOUSSAI – Mas que missão?

MIROKU – Replicar o MPX1200 já que o homem que iria fazer isso morreu na Segurança Interna.

TOUTOUSSAI – Renkotsu! (ele olha para Kagome) – Temos que prender seu primo, Kagome.

KAGOME – Mas não é o que estão pensando! Souta me disse que ele tinha recebido um recado de que o pai dele tinha se ferido em um desses conflitos.

INUYASHA – Ele foi enganado, Kagome! Ligue para ele imediatamente.

Kagome pega seu celular e começa a discar para o celular de Houjo, que naquele momento estava dirigindo o seu carro, a mãe de Kagome estava no banco do carona, eles tinham chegado á um local muito isolado.

HOUJO – Mas que estranho! O endereço é esse, mas não tem confusão nenhuma.

HIGURASHI – Talvez tenha havido algum engano.

HOUJO – Pode ser. (ele para de falar ao ouvir o toque do seu celular) – Alô.

KAGOME – Houjo! Sou eu.

HOUJO – Kagome?! (ele olha para a senhora Higurashi) – É sua filha! (ele volta a dar atenção para Kagome) – O que foi Kagome?

KAGOME – Houjo! Escuta-me! O seu pai não foi ferido em conflito nenhum! Isso é uma armadilha para você.

HOUJO – Armadilha?! Eu não sei do que está falando e...

Naquele momento dois homens armados aparecem do nada e logo pegam o celular de Houjo, jogando-o fora em seguida, do outro lado da linha, kagome estava desesperada

KAGOME – Houjo! Houjo! Alô! Alô! (InuYasha a faz desligar)

INUYASHA – Eles os pegaram, Kagome.

KAGOME – Mas não é só o Houjo! A minha mãe também foi pega. (ela começa a chorar)

JINENJI – Vou ver se a equipe técnica consegue rastrear a ligação. (ele sai da sala)

TOUTOUSSAI – Miroku! Ouvi isso?

MIROKU – Sim!

TOUTOUSSAI – Jinenji já foi cuidar do rastreamento! Não há nada que possamos fazer! Tem mais alguma informação, Miroku?

MIROKU – Sim! E é o mais importante! Tenho o nome do líder da Ordem! O nome dele é Bankotsu! Ele é um bilionário japonês radicado na China, ganhou milhões no mercado financeiro e já patrocinou manifestações contra Toukaijin.

SANGO – Miroku! Aqui é Sango! Tem certeza de que ele é o líder?

MIROKU – Absoluta! Encontrei várias ligações dele com esse lugar e só alguém com as posses dele teria capacidade de arquitetar esse plano e sem falar também que ele está no Japão nesse exato momento.

TOUTOUSSAI – Ok! Vamos rastrear a movimentação de bankotsu nesse país! Quem sabe conseguimos encontrá-lo.

MIROKU – Eu tenho outra pista que pode ajudar! Dentre os vários nomes que encontrei na lista de relações de Juroumaru, estavam os nomes de duas mulheres que falavam muito com ele.

INUYASHA – De quem está falando?

MIROKU – Natsume, a antiga advogada de Naraku.

SANGO – Natsume?! Eu e InuYasha falamos com ela mais cedo.

MIROKU – O outro nome é de Yura.

Ao ouvir aquele nome, Gatenmaru arregalou os olhos, pois Yura era sua namorada.

GATENMARU – Mas do que está falando? Yura não pode estar envolvido nisso.

MIROKU – Mas está detetive! Aqui no computador diz que ela é uma coletora internacional de inteligência, o trabalho dela no salão era pura fachada.

GATENMARU – Não pode ser.

Gatenmaru coloca as mãos na cabeça em sinal de desespero por ter sido enganado por tanto tempo, Toutoussai percebeu que o clima estava pesado, pois Gatenmaru foi enganado por Yura enquanto InuYasha fora enganado por Kikyou.

TOUTOUSSAI – Eu sei que é duro, mas não podemos perder a calma.

SANGO – Miroku! Tem que saber de outra coisa! Kikyou está envolvida na conspiração.

MIROKU – Kikyou?! (ele fica pensativo) – Não pode ser! Não faz sentido.

SANGO – Faz sim! Kagura deu o nome dela! Disse que foi ela quem pegou a jóia de quatro almas do corpo de Naraku! Tudo se encaixa! E ela é namorada de Onigumo.

MIROKU – Você não esquece essa obsessão pelo Onigumo?

SANGO – Mas desta vez não estou sozinha nessa! Foi Kagura que disse, por livre e espontânea vontade.

MIROKU – Então preferem acreditar em uma bandida do que em Kikyou?

INUYASHA – Com todo respeito, Miroku! Não interessa o que você pensa! Kikyou nos deve muitas explicações.

MIROKU – Ok! Mas você deve prendê-la e não machucá-la! Para o bem de vocês espero que estejam certos, pois Kikyou é uma cientista renomada e se ela tiver a carreira arruinada por erros de julgamentos, eu mesmo irei atrás de todos vocês.

INUYASHA – Não me ameace, Miroku! Você não está em condições de fazer isso, levando em conta que esconde coisas da gente, principalmente de Kagome.

MIROKU – Do que está falando?

INUYASHA – Você deve saber.

TOUTOUSSAI – Já chega desse assunto! Miroku! Bom trabalho! Ficamos devendo essa! O jato já deve estar a sua disposição.

MIROKU – Obrigado! Já vou terminar aqui e...

Miroku para de falar ao ouvir o som do gatilho de arma, era Kageroumaru apontando uma arma para ele, do outro lado da linha, Toutoussai chamava por ele.

TOUTOUSSAI – Miroku! Miroku! O que houve?

Kageroumaru atira várias vezes, mas não em Miroku e sim no computador e telefone, o som dos disparos fez com que Sango se desesperasse.

SANGO – Miroku! Fale comigo! Miroku! Miroku!

Sango gritava pelo nome do amado, mas já não tinha sinal do outro lado da linha.

TOUTOUSSAI – Sango. (ele bota a mão no ombro dela para consolá-la)

SANGO - Eles mataram Miroku! Eles mataram Miroku.

Sango vai para um canto da sala e tira do bolso o anel que Miroku tinha jogado fora, o mesmo anel que ele tinha comprado para pedi-la em casamento, Sango ficou olhando para o objeto e enquanto isso na China, Miroku estava em apuros diante de Kageroumaru.

KAGEROUMARU – O que faz aqui na China?

MIROKU – Isso importa agora?

KAGEROUMARU – Eu decido isso. (ele continuava a apontar a arma contra o advogado) – Eu não sei como chegou até aqui, mas sei como vai sair.

MIROKU – “Droga! Acho que é meu fim.” (pensando)

Kageroumaru ri ao apontar a arma, estava prestes a atirar, mas Miroku, de repente se lembra das bombas de fumaça que ganhou do Mestre Zhi, uma delas estava no bolso, discretamente ele a deixou cair no chão e quando a bomba tocou no chão, uma nuvem de fumaça tomou conta da sala, desorientando Kageroumaru, nisso Miroku aproveitou e pulou a janela para fugir dos tiros que Kageroumaru dava a esmo.

KAGEROUMARU – Mas que droga! (olhando pela janela) - Eu vou atrás dele.

Kageroumaru, de arma em punho, chama alguns capangas para irem á caça de Miroku pelos arredores do parque termal e enquanto isso, no departamento de polícia e sem saber o que tinha acontecido na China, Toutoussai estava diante de Gatenmaru, InuYasha e Sango, os três estavam abalados por motivos diferentes.

TOUTOUSSAI – Olha pessoal! Eu sei que as revelações foram surpreendentes, mas precisamos agir.

INUYASHA – Eu sei padrinho.

TOUTOUSSAI – Vocês são três e temos exatamente três pessoas para capturar! Kikyou, Yura e Natsume! Cada uma vai atrás de uma.

INUYASHA – Kikyou é minha!

GATENMARU – Yura é minha!

TOUTOUSSAI – Tudo bem, mas devo lembrá-los de que as quero vivas! Precisamos saber o papel de cada uma.

INUYASHA – Claro senhor. (Toutoussai olha para Gatenmaru)

GATENMARU – Sim senhor!

TOUTOUSSAI – Ótimo! Vou acreditar em vocês! Muita coisa está em jogo! (ele olha para sango) – Restou Natsume para você, Sango!

SANGO – Tudo bem.

TOUTOUSSAI – tem certeza que consegue fazer isso? Eu sei que apesar de estarem separados, você ainda sente algo por Miroku.

SANGO – Eu estou bem! Pode acreditar! Eu vou pegar essa gente e fazê-los pagarem.

TOUTOUSSAI – Então podem ir.

InuYasha, Sango e Gatenmaru saem da sala e ao andarem pelo corredor, eles passam em frente a sala onde Jinenji e Kagome estavam tentando rastrear a ligação feita para Houjo.

INUYASHA – Podem ir na frente!

SANGO – Ta!

Sango e Gatenmaru seguem seu caminho enquanto InuYasha entra na sala e vê Kagome desesperada por notícias da mãe e do primo.

INUYASHA – Conseguiram algo?

KAGOME – Nada! Não deu para rastrear a ligação!

INUYASHA – Olha Kagome! Eles precisam do Houjo para replicar o MPX1200! Até ele fazer isso, estará vivo.

KAGOME – Mas e minha mãe? Ela é inútil par eles! O que farão com ela? (ele a abraça)

INUYASHA – O que podemos fazer é encontrar essa gente o mais rápido possível! Eu vou atrás de Kikyou! Sango e Gatenmaru seguirão boas pistas também! Você vai ver! Vamos salvar sua mãe e seu primo.

KAGOME – Por favor, InuYasha! Isso é tudo o que eu te peço! Salve-os.

InuYasha, sem perder tempo, sai correndo para sair do departamento e enquanto isso, Houjo e a senhora Higurashi foram levados para o interior do esconderijo de Juroumaru, que riu ao vê-los.

JUROUMARU – Viu Bankotsu? Aí está seu replicador.

BANKOTSU – Ótimo! Vamos ver se ele é bom.

HOUJO – Você?! (surpreso ao ver Juroumaru)

JUROUMARU – Há quanto tempo, não é Houjo?

HOUJO – O que está fazendo comigo? Eu salvei sua vida, Juroumaru.

JUROUMARU – E agradeço muito por isso.

Bankotsu ordena, com gestos, que os capangas levem Houjo até a outra sala onde estava o MPX1200, ao ver o aparelho, Houjo molha para Juroumaru.

HOUJO – O quer de mim?

BANKOTSU – Esse é o MPX1200! Quero que o replique para que ele siga meus comandos! O homem que iria fazer isso acabou morrendo.

HOUJO – espere aí! Você disse MPX1200? Esse é o aparelho roubado no Grupo Naraku! Foram vocês que explodiram a bomba na Segurança Interna.

BANKOTSU – Parabéns! Leva um ‘A’ por compreensão. (ele o encara) – Agora replique o MPX1200.

HOUJO – Eu não vou fazer nada, amigo.

BANKOTSU – A questão não é se vai fazer ou não, pois você vai fazer! A questão é quanto tempo vai demorar para aceitar fazer isso.

Bankotsu, com gestos, ordena que os capangas batam em Houjo e assim eles começam a dar chutes e socos no primo de Kagome e tudo isso sob os olhares de Bankotsu e Juroumaru.

JUROUMARU – Eu não vi Jakotsu! (olhando ao redor) – Onde ele está?

BANKOTSU – Lembra-se da pessoa que informou Kohaku da ligação entre a Ordem e o Grupo Naraku? Pois ele foi cuidar dessa pessoa.

JUROUMARU – Mesmo com o toque de recolher?

BANKOTSU – Não se preocupe! Ele foi no carro desse Houjo! Com o passe dele, Jakotsu pode passar por qualquer bloqueio do exercito! Isso vai nos ajudar também.

JUROUMARU – Muito bem pensado.

Naquele momento o celular de Juroumaru começa a tocar, era Kageroumaru do outro lado da linha, ele estava no parque termal caçando Miroku.

JUROUMARU – Fale Kageroumaru.

KAGEROUMARU – Acho que a operação está comprometida.

JUROUMARU – O que houve?

KAGEROUMARU – Encontrei Miroku aqui no parque! Ele mexeu no computador e chegou a passar informação para a polícia.

JUROUMARU – O que ele sabe?

KAGEROUMARU – Se ele viu informações apenas no computador, não sabe de muito.

JUROUMARU – Você o matou?

KAGEROUMARU – Não! Ele conseguiu escapar, mas estou indo atrás dele! Vou caçá-lo até pega-lo.

JUROUMARU – Cuide disso. (ele desliga o celular)

BANKOTSU – Algum problema?

JUROUMARU – Miroku apareceu no parque termal.

BANKOTSU – Como ele descobriu o local.

Juroumaru olha para Houjo sendo espancado e acaba se lembrando que deu á ele um convite para esse mesmo parque, assim concluiu que foi graças a isso que Miroku chegou ao parque.

JUROUMARU – Acho que foi culpa minha! Eu dei um convite do parque á Houjo.

BANKOTSU – Você vacilou de novo! Estou ficando cansado dos seus erros.

JUROUMARU – Pare com isso, Bankotsu! No computador de Kageroumaru não tinha nenhuma informação sobre você! Sua operação está sem risco.

BANKOTSU – É bom mesmo, pois se não, você não verá a cor do dinheiro.

JUROUMARU – Eu sei. (ele olha para a senhora Higurashi no canto) – O que fará com ela?

BANKOTSU – Eu não sei! Depende da colaboração de Houjo.

Bankotsu e Juroumaru continuaram a observar Houjo sendo espancado e enquanto isso na China, mais precisamente no parque termal, Kageroumaru falava com seus capangas.

KAGEROUMARU – Escutem! Miroku ainda deve estar no parque, portanto fechem o local e iniciem as buscas.

CAPANGAS – Certo!

Os capangas, todos armados, se espalharam sob as ordens de Kageroumaru, perto dali Miroku buscava algum lugar para se esconder e tentar salvar a própria vida.

MIROKU – Que enrascada fui me meter.

Miroku saiu de trás da arvores, sem chamar a atenção dos perseguidores, para encontrar outro esconderijo e enquanto isso no departamento de polícia, Toutoussai estava falando no telefone com alguém até que recebe a visita de um policial.

TOUTOUSSAI – Pois não, policial?

POLICIAL – Rin do Grupo Naraku está na linha querendo saber quando a conexão será estabelecida.

TOUTOUSSAI – Diga á ela que no momento estamos ocupados! Isso será feito assim que for possível.

POLICIAL – Sim senhor!

O policial sai da sala e Toutoussai volta a dar atenção para a pessoa do outro lado da linha.

TOUTOUSSAI – Desculpe senhor ministro! Continue, por favor.

RYUKOSEI – Você disse que Miroku morreu, exato?

TOUTOUSSAI – Parece que sim! Ouvimos tiros e ele não ligou mais.

RYUKOSEI – Não podemos fazer nada em relação á isso, mas e quanto á Kagome.

TOUTOUSSAI – A mãe dela foi seqüestrada! Acho que não é uma boa hora de dispensá-la, se é que me entende, senhor.

RYUKOSEI – Claro que sim! Não somos desumanos! Sem falar que ao que parece, o discurso dela conseguiu acalmar os ânimos! Os conflitos diminuíram sensivelmente.

TOUTOUSSAI – No caso senhor ministro, não seria melhor esquecer da insubordinação dela e...?

RYUKOSEI – Não! Apesar de ela estar certa, não posso aceitar que façam coisas pelas minhas costas! E como fica a minha autoridade? Ela receberá os parabéns, mas será punida pela desobediência.

TOUTOUSSAI – Sim senhor! Cuidarei disso no momento certo.

Toutoussai desliga o telefone, apesar dos seus argumentos para Ryukosei, Toutoussai ainda teria que dispensar Kagome e enquanto isso no Grupo Naraku, Rin acabava de ser informada pelo policial que o departamento iria demorar um pouco a fazer a conexão.

RIN – Obrigado assim mesmo, policial.

POLICIAL – De nada, senhora.

Rin, em sua sala, desliga o seu celular, ela fora incumbida por Kanna para entrar em contato com o departamento de polícia para manter a mesma conexão que tinha com a Segurança Interna, depois de falar com o policial, Rin sai da sala dela para ir até a sala de Kanna e ao entrar nela tem a surpresa em ver Kanna conversando com Onigumo.

RIN – O que esse bandido faz aqui?!

ONIGUMO – Cuidado com as palavras, Rin.

KANNA – Olha Rin! O Onigumo veio apenas pegar uma carta de recomendação.

RIN – E alguém ia querer trabalhar com um sujeito com sua ficha?

ONIGUMO – Para sua informação, já fechei contrato com uma empresa em Yokohama! Não é o mesmo salário que ganhava aqui, mas é um recomeço para mim.

KANNA – E quando você vai?

ONIGUMO – Eu ia hoje, mas com o toque de recolher, tive que mudar meus planos! Kikyou viria comigo.

RIN – Já vai tarde.

ONIGUMO – Olha Kanna! Não tenho que ficar ouvindo isso! Durante todo tempo que cuidei das finanças da empresa durante sua presidência, não houve prova de má conduta da minha parte.

KANNA – Eu sei! A Rin só está sendo cuidadosa, não é Rin? (olhando para a amiga)

RIN – Parece que é preciso, não é?

KANNA – Á propósito, Onigumo! Como conseguiu chegar até aqui?

ONIGUMO – Eu tinha vindo do aeroporto no meio do toque de recolher, por isso pude vir aqui.

KANNA – Onigumo! Já que sua viagem está cancelada, eu queria te fazer um pedido em nome dos tempos em que convivemos juntos.

ONIGUMO – Pedido?! Claro.

KANNA – O seu substituto na empresa se mostrou uma pessoa não muito confiável, por isso eu gostaria de tê-lo ao meu lado nessa crise, pelo menos por enquanto e...

RIN – Do que está falando, Kanna?

KANNA – Mas Rin, você mesma viu os balancetes! Onigumo não fez nenhum desvio.

RIN – Mas...

ONIGUMO – Ela está certa, Kanna! Eu não acho isso boa idéia! Fico lisonjeado em saber que tem tanto apreço pela minha assistência, mas terei que recusar sua oferta.

Rin puxa Kanna para um canto da sala para que Onigumo ficasse distante.

RIN – O que deu em você para convidar Onigumo?

KANNA – Mas Rin, talvez seja o que precisamos.

RIN – Do que está falando?

KANNA – Você, Sango e os outros não dizem que Onigumo está envolvido na conspiração? Qual a melhor forma de vigiá-lo a não ser ficar perto dele?

RIN – Eu não gosto nada dessa história, Kanna! Está brincando com fogo.

KANNA – Estou tentando seguir os conselhos de Kohaku! Ele sempre disse que eu deveria tomar mais a iniciativa das coisas, pois é o que estou fazendo.

RIN – A empresa é sua, amiga! Espero que saiba o que está fazendo.

Kanna sorri para Rin e em seguida vai para junto de Onigumo, na esperança de convencê-lo a ficar na empresa, pelo menos naquele dia.

KANNA – Eu sei que ainda está magoado por eu ter te afastado e...

ONIGUMO – Eu não estou magoado com você! Como presidente fez o que tinha que fazer.

KANNA – Mas não estou falando como presidente da empresa e sim como uma amiga, esse é um pedido de amiga! Ajude-me, por favor.

Onigumo olha para o rosto angelical de Kanna e depois olhar para o rosto desconfiado de Rin, ele estava pensativo com aquela decisão e finalmente se manifestou.

ONIGUMO – Ok! Eu fico, Kanna! (Rin balança negativamente a cabeça)

KANNA – Obrigado, Onigumo. (ela segura as mãos dele) - Obrigado mesmo.

ONIGUMO – Mas antes tenho que ligar para Kikyou.

KANNA – Á vontade.

Onigumo sai da sala de Kanna para ir até o corredor, lá usa seu celular para ligar para namorada, que naquele momento estava arrumando as malas.

KIKYOU – Oi amor! Já está vindo para casa?

ONIGUMO – Não! É sobre isso que te liguei.

KIKYOU – O que foi?

ONIGUMO – Eu vou ficar para auxiliar Kanna nessa crise.

KIKYOU – O que?! Mas você não trabalha mais aí! Nós temos uma viagem marcada.

ONIGUMO – Ora Kikyou! Sabe muito bem que com o toque de recolher, não poderemos viajar.

KIKYOU – Então volte para casa! Não tem nada o que fazer aí no Grupo Naraku! Isso é perigoso, amor.

ONIGUMO – Eu vou ficar! Por que não vêm para cá?

KIKYOU – Não! Eu quero viajar!

ONIGUMO – Isso não será possível! Depois nos falamos.

Onigumo desliga o celular e Kikyou fica inconformada com a atitude do namorado e até desistiu de fazer as malas.

KIKYOU – Mas que droga! Eu queria estar longe daqui e...

Kikyou para de falar ao ouvir um barulho vindo dos fundos da casa e por isso ela pegou sua arma de choque de dentro da sua bolsa e se colocou atrás da porta dos fundos, a porta se abre, um vulto aparece e Kikyou usa sua arma no sujeito que ao cair desmaiado no chão, ela reconhece.

KIKYOU – InuYasha?!

Kikyou olha desconfiada para InuYasha desmaiado se perguntando o motivo de invadir a casa dela e enquanto isso, Gatenmaru e Sango certificaram que o escritório de Natsume estava fechado.

GATENMARU – Ela viajou segundo as pessoas do prédio. (vindo do interior do prédio)

SANGO – Então não há nada o que fazer aqui! (cabisbaixa) - Vamos ver Yura.

GATENMARU – Vamos lá! (ele nota o desanimo dela) – Você está legal?

SANGO – Sinceramente não! Eu não acredito que o Miroku está morto! As pessoas falaram que era perigoso ir para a China depois do que houve com aquele jornalista parceiro de Sesshoumaru.

GATENMARU – Eu não sou a pessoa indicada para falar de relacionamento, já que acabo de descobrir que minha namorada trabalha com terroristas, mas digo que devemos fazer nosso trabalho. (eles entram no carro)

SANGO – Eu sei! Eu só não queria que as coisas entre mim e Miroku acabassem assim.

GATENMARU – Foi bom o capitão ter pedido que fossemos juntos e não separados, pois se eu encontrar Yura, posso fazer uma besteira.

SANGO – Vamos lá então.

Gatenmaru da a partida no carro para eles irem até o salão de Yura e enquanto isso em sua casa, Kikyou estava sentada enquanto observava InuYasha despertando, ao abrir os olhos, o marido de Kagome vê a ex. namorada apontando um revolver para ele.

KIKYOU – Finalmente acordou! Eu nunca tinha usado uma arma de choque, mas parece que ela é bem eficiente.

INUYASHA – Kikyou! Você tem muitas coisas para me explicar.

KIKYOU – Não InuYasha! Você é que tem! O que deu na sua cabeça em entrar pelos fundos como um ladrão.

INUYASHA – Eu sei de tudo Kikyou.

Depois de explicar que estava trabalhando com policial temporário, InuYasha contou para Kikyou a conversa que teve com Kagura onde a ex. agente do governo confessou a participação dela, Kikyou, no esquema que arruinou o restaurante de InuYasha e consequentemente em aceitar o ‘trabalho’ de Jakotsu, ao ouvir tudo aquilo, Kikyou ficou olhando para o lado por se sentir envergonhada.

INUYASHA – Kagura contou mais! Contou que a idéia do plano foi sua! Como pode fazer isso comigo? Sabia o que aquele restaurante significava para mim.

KIKYOU – Espere aí! Não fui só eu que pisei na bola! Como você acha que me senti depois de saber que era o Motoqueiro Noturno? Depois de saber que dividiu esse segredo com Kagome e não comigo? Minha mãe morreu por sua interferência, ou se esqueceu disso?

INUYASHA – Eu não tive culpa de nada e você sabe disso.

KIKYOU – Ok! Foi mau. (ela ainda apontava a arma para ele)

INUYASHA – O que me surpreende é você ter participado da morte de Kohaku! Ele foi seu aluno e...

KIKYOU – Espere aí! Eu não participei de nenhum assassinato.

INUYASHA – Olha! Kagura confessou participação! Você estava no esquema dela, portanto tem participação também.

KIKYOU – Não foi assim que as coisas aconteceram.

INUYASHA – Então como aconteceram?

KIKYOU – Depois que Kagura me contou sobre você, sobre suas atividades, eu confesso, fiquei com muita raiva de você, tinha acabado de me dar um ‘chute’, então Kagura me disse que tinha um plano de fazê-lo sofrer, de te machucar aonde mais doía, o seu restaurante.

INUYASHA – E você fez direitinho Kikyou.

KIKYOU – Fiz sim! Mas na vida não há lugar para a raiva eterna! Arrependi-me do que fiz e por isso pedi a Kagura que parasse com tudo e te deixasse em paz, ela falou que ia fazer melhor, iria dar uma oportunidade para você subir financeiramente, depois quando te vi feliz, achei que Kagura tinha feito o que pedi.

INUYASHA – Mas ela e Jakotsu armaram para cima de mim! Você quer que eu acredite que nessa sua historinha?

KIKYOU – Não é historinha! É a verdade.

INUYASHA – O seu namoro com Onigumo não ajuda muito e...

KIKYOU – Onigumo não tem nada a ver com isso! E nem eu.

INUYASHA – Esse seu namoro com Onigumo sempre me pareceu suspeito, ainda mais que foi noiva de Naraku.

KIKYOU – Você não sabe de nada. (ela se levanta da cadeira) – A minha aproximação com Onigumo não foi por minha vontade! Eu pensava dele a mesma coisa que você e seus amigos.

INUYASHA – Então por que se aproximou dele?

KIKYOU – Kohaku.

INUYASHA – Kohaku?! Mas por que ele faria esse pedido?

KIKYOU – Ele estava preocupado com a presença de Onigumo no Grupo Naraku, por causa de Kanna! Como ele saiu da empresa há dois anos, pediu que eu me aproximasse dele, acho que Kohaku já tinha percebido algum interesse de Onigumo por mim.

INUYASHA – E o que exatamente Kohaku queria que fizesse?

KIKYOU – Que eu ficasse de olho nas finanças e balancetes de Onigumo.

INUYASHA – Espere aí! Então foi você que passou a informação para Kohaku de que o Grupo Naraku estava se associando com a Ordem da Espada Morta?

KIKYOU – Eu ainda não sabia que era a Ordem! Uma vez, sem que Onigumo soubesse, entrei nos arquivos da empresa com a senha dele, mas consegui apenas ligações telefônicas que baixei em um CD e o entreguei para Kohaku.

INUYASHA – E ele procurou Sesshoumaru que pediu que ele fosse ver Kouga e assim os dois ligaram á Ordem.

KIKYOU – Kohaku só procurou por ajuda porque não quis mais ajudá-lo.

INUYASHA – E por quê?

KIKYOU – Porque tinha me apaixonado por Onigumo e não acharia isso certo com ele.

INUYASHA – Eu não sei se acredito.

KIKYOU – Não sei se me importo com isso! Você não significa mais nada em minha vida.

INUYASHA – Não é o que está parecendo! Essa sua história está meio fantasiosa e não tem como provar que você não está envolvida! Kagura e sua gente destruíram o CD e todas as informações nela contidas.

KIKYOU – É aí que se engana! Quando baixei as ligações em um CD, não contei a ninguém que tinha feito uma cópia, para minha própria proteção.

INUYASHA – E onde está?

KIKYOU – Eu ainda não posso dizer, mas se lembra de quando fui até sua casa falar com Shippou para buscar algo? Era exatamente o CD de que estamos falando.

INUYASHA – O que?! Shippou viu o conteúdo desse CD?

KIKYOU – Não! Ele só decodificou para mim! O mesmo que Kouga fez por Kohaku.

INUYASHA – Eu não confio mais em você, Kikyou! Se não me disser onde está esse CD, continuarei não acreditando.

KIKYOU – Não posso entregar o CD! Ele é minha garantia de vida.

INUYASHA – Garantia de vida? Quem está te ameaçando? É Onigumo?

KIKYOU – Cale-se! (ela aponta a arma de novo para ele) – Não quero mais ouvir isso.

Kikyou tremia com a arma na mão apontada para InuYasha, a cientista estava visivelmente nervosa com aquela situação, pois não esperava que InuYasha descobrisse sua participação no esquema de Kagura.

Próximo capítulo = Inimigos íntimos – parte 2


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