Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 62
Cidade sitiada e a missão China - parte 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/4633/chapter/62

Depois de interrogarem Taibokoumaru na detenção, Toutoussai, InuYasha, Sango e Gatenmaru saem da sala e conversam sobre o que ouviram.

TOUTOUSSAI – O que vocês acham?

INUYASHA – Para mim ele disse a verdade! Ele não sabe nada sobre a Ordem da Espada Morta! Acho que nem vai poder nos ajudar a desvendar a conspiração.

SANGO – Então voltamos à estaca zero!

Todos ficaram meio decepcionados com o resultado do interrogatório e naquele momento Shiori sai da sala ao lado e vai falar com eles.

SHIORI – O que vai acontecer com meu avô?

TOUTOUSSAI – Ele ainda vai ter que responder por seu envolvimento na morte de Jaken e também o inquérito sobre a morte do seu pai será reaberto.

INUYASHA – Você vai ficar bem, Shiori?

SHIORI – Vou! Eu só preciso cuidar da liberação do corpo de minha mãe, mas para isso vou ter que pegar alguns documentos em casa, mas não poderei ir enquanto o toque de recolher estiver ativo.

TOUTOUSSAI – Terá que ficar aqui por enquanto! Acho que Jinenji não se incomodará que fique na sala dele até isso.

Toutoussai conduz Shiori até a sala deixando InuYasha, Sango e Gatenmaru conversando.

GATENMARU – Só espero que o ‘Toque de recolher’ pelo menos dificulte as coisas para Juroumaru e a Ordem.

SANGO – O governo japonês está fazendo a parte dele para solucionar esse problema.

INUYASHA – Mas talvez esteja criando outro.

SANGO – Do que está falando, InuYasha?

INUYASHA – Olhem.

InuYasha aponta para a TV ligada, os noticiários diziam que grande parte da população não estava aceitando bem o toque de recolher, pois havia vazado na imprensa que muitos políticos tinham saído de Tóquio antes disso, como se fugissem de algo e os populares também queriam fugir e enquanto isso na casa de Kouga, todos assistiam ao mesmo noticiário.

SATSUKI – Mas por que toda essa revolta? Será que não percebem que isso não adianta e...

KOHARO – Não os julgue tão rápido! Eles só estão assustados.

SHIPPOU – Ela tem razão, Satsuki! Por isso que às vezes é melhor esconder certos fatos do publico e... (ele para de falar ao ouvir o choro de Genku) – Acho que alguém acordou.

KOHARO – Podem ficar aí! Deixa que eu cuido do Genku.

Assim Koharo foi para o quarto onde estava Genku enquanto Shippou e Satsuki assistiam ao noticiário e naquele momento Kouga e Sesshoumaru, que já havia chegado á pouco, saem da sala do grande computador.

KOUGA – Olha Sesshoumaru! A foto não está boa! Ela é muito antiga, mas vou ver se consigo identificar alguém nela.

SESSHOUMARU – Eu conto com isso.

KOUGA – Eu ia tentar salvar os arquivos destruídos, mas acho que isso não vai dar certo, portanto vou me concentrar nessa foto.

SESSHOUMARU – Obrigado Kouga! Fico te devendo mais essa. (Kouga volta para a sala e Sesshoumaru olha para a filha) – Satsuki! Com o toque de recolher acho que terei que ficar por aqui. (ele se senta ao lado dela)

SATSUKI – Ta bom! (ela volta a olhar a TV, mas continua falando com ele) – Eu soube que fez as pazes com Rin. (e olha para ele) – É verdade?

SESSHOUMARU – Sim! Fizemos as pazes.

SATSUKI – Pelo menos uma boa notícia no meio de todo esse caos.

Satsuki sorri, o que deixava seu pai mais aliviado, pois percebeu que, á princípio, ela havia superado os traumas do dia anterior, quando quase foi violentada por Hiro, isso fez o jornalista olhar para Shippou, que estava mais ao lado.

SESSHOUMARU – Eu ainda não tive a oportunidade de agradecer pelo que fez por Satsuki ontem! (ele estende a mão em sinal de cumprimento) – Teve muita coragem, rapaz.

SHIPPOU – Eu não podia deixar Hiro fazer mal a Satsuki! (aceitando o cumprimento) - Fiz o que devia fazer.

SESSHOUMARU – Mesmo assim, obrigado.

Aquele gesto teve um grande significado para Shippou, já que Sesshoumaru nunca escondeu que não via com bons olhos a amizade do menino com sua filha, mas agora o jornalista percebeu que Shippou gostava mesmo de Satsuki e enquanto isso na China, Miroku e Soten, aguardavam do lado de fora do templo a decisão do Mestre Zhi, o advogado estava tentando também falar com Kagome pelo celular.

SOTEN – Não consegue falar com ela?

MIROKU – Infelizmente não! (ele desliga seu celular) - Deve ter acontecido algo.

SOTEN – Não seria problema de sinal?

MIROKU – Não é isso! A razão pela qual pedi que Kagome levasse Shippou para a Segurança Interna foi para que ele criasse um canal de comunicação seguro para que pudéssemos trocar informações sem sermos apanhados.

SOTEN – Senhor Miroku! Eu não quero ficar aqui.

MIROKU – Nós já conversamos sobre isso.

SOTEN – Mas isso aqui é muito chato.

MIROKU – Não é tão ruim assim.

SOTEN – Fala isso porque ficou apenas oito meses.

MIROKU – E você acha pouco? Se tudo der certo, é provável que você fique bem menos tempo que isso! Talvez já possa voltar amanhã mesmo, mas por enquanto devemos ser cautelosos e... (ele para de falar ao perceber o rosto triste dela) – Você não está chateada porque o lugar é chato e sim porque ficará longe de Shippou, não é?

SOTEN – Um pouco dos dois.

Miroku acaricia a cabeça de Soten, ele sabia o que era a tristeza de ficar longe da pessoa amada, mas nem um e nem outro tinham tempo de pensar nisso, pois o Mestre Zhi já tinha terminado a meditação.

ZHI – Miroku! Soten! Aproximem-se, por favor. (e é o que eles fazem)

MIROKU – Qual foi sua decisão, Mestre?

ZHI – Eu ponderei muito e decidir permitir a estadia dessa jovem, pelo menos por enquanto.

MIROKU – Que bom que decidiu assim, Mestre.

ZHI – Soten! Você ficará em um quarto dos fundos! Nenhum dos meus alunos poderá saber de sua presença.

SOTEN – Sim senhor.

ZHI – Eu sei que isso pode parecer chato no inicia! Nós vivemos isolados do mundo na busca da harmonia e paz! Tenho certeza que aprenderá algo no breve tempo que passará aqui.

SOTEN – Mesmo? (ela olha ao redor) – Isso eu duvido. (meio emburrada)

ZHI – Você é uma graça. (sendo irônico e depois olha para Miroku) – Podemos conversar a sós?

MIROKU – Claro! (ele olha para Soten) – Fique aqui um pouco! Admire a paisagem.

Soten não levou as palavras do advogado muito á sério e assim, Mestre Zhi e Miroku se afastam de Soten e ficam andando pelo terraço do templo.

ZHI – Eu quero que saiba que estou muito orgulhoso de você pelo que está fazendo por essa jovem.

MIROKU – Faço isso de coração! (ele olha para Soten de longe) – Ela é meio respondona desse jeito por viveu anos sob a mordaça do pai! Esse é o jeito dela de se expressar.

ZHI – E parece que ela já te ganhou, não é?

MIROKU – Não posso negar isso.

ZHI – Mas e você? Tem algo te atormentando! E não estou falando da segurança de Soten ou a ameaça da Ordem! Há algo que aflige seu coração! É uma mulher, não é?

MIROKU – Sim, mas eu não quero falar disso agora e...

ZHI – Miroku! Ouça um conselho de um homem vivido! Você tem que começar a compartilhar seus sentimentos! Eu não o vejo há mais de 25 anos, mas sei que é um homem cheio de segredos.

MIROKU – Sou.

ZHI – Um homem não é uma ilha! Pense! Talvez seja esse comportamento que te afaste dos outros.

MIROKU – Eu vou pensar no que disse.

ZHI – Já é um começo! (ele mostra uma pequena caixa do tamanho de um estojo) – Tome isso! É um presente! Sei que está aqui para uma missão! Isso pode te ajudar, mas só abra quando precisar ajuda.

MIROKU – Eu vou aceitar.

Miroku pega a caixa e se afasta de Zhi, mas antes de ir embora, ele olha para Soten, ele não podia deixar de sentir pena da jovem que teria que ficar em um país estranho com gente que nunca tinha visto, mas sabia que era necessário para sua segurança e assim ele começa a andar para sair do templo, mas naquele exato momento, Soten correu até ele e o abraçou.

MIROKU – Soten?

SOTEN – O senhor promete que não vai me esquecer aqui?

MIROKU – Eu prometo! (ele olha nos olhos dela) – E prometo mais! Prometo que depois que tudo isso passar, farei de tudo para te adotar! Você me aceitaria como pai?

SOTEN – Claro que sim.

MIROKU – Então está combinado! Voltarei a esse lugar muito antes do que imagina.

Miroku deu um beijo na testa de Soten e depois se afastou da jovem, ele sabia que para cumprir aquela promessa a Ordem da Espada Morta teria que ser detida e a missão que ele tinha fazia parte desse estratagema, Soten observava o advogado sumir de sua vista.

ZHI – Vamos Soten? Vou mostrar seu quarto.

SOTEN – Ta!

ZHI – Ele vai voltar! Você tem sorte de ter uma pessoa como ele preocupada com você! Ele não é mal, só precisa não se isolar tanto.

Mestre Zhi conduz Soten para o interior do templo e enquanto isso já fora dele, Miroku iria utilizar seu celular para chamar outro táxi, mas o aparelho toca antes disso.

MIROKU – Alô.

KAGOME – Miroku! Sou eu.

MIROKU – Kagome?! Que bom falar com você! O que aconteceu aí? Ninguém atendia minhas chamadas.

KAGOME – Eu vou contar.

Kagome, que estava em uma sala no departamento de polícia, contou sobre a explosão no prédio da Segurança Interna e consequentemente o decreto de toque de recolher em toda a cidade de Tóquio devido a insegurança instalada.

MIROKU – Mas essa é uma decisão esdrúxula de Ryukosei! O toque de recolher provocará mais pânico na população! O que precisamos é de menos estresse e não mais.

KAGOME – A decisão do ministro já está tomada! Não há nada o que se possa fazer.

MIROKU – Ok! Mas se a o prédio da Segurança Interna foi interditado, de onde está ligando?

KAGOME – Do departamento de polícia! Toutoussai transferiu todos os dados para cá! O capitão Jinenji conseguiu arrumar um aparelho que deixa essa ligação ser segura, não há possibilidades de sermos ouvidos em outra linha.

MIROKU – Mas depois de tudo o que houve, não existe mais motivos para todo esse sigilo.

KAGOME – Então já falou com Takeshi?

MIROKU – Ainda não! Eu cuidei do esconderijo de Soten primeiro! Estou indo ao local marcado agora mesmo.

KAGOME – Ok! Mantenha-me informada do seu progresso.

Kagome desliga a comunicação e imediatamente vai para a sala onde estavam Toutoussai, InuYasha, Sango, Jinenji e Gatenmaru.

KAGOME – Consegui falar com Miroku, mas ele ainda não falou com Takeshi! Está indo ao encontro dele nesse instante.

SANGO – Acham mesmo que esse homem chamado Takeshi pode nos ajudar?

TOUTOUSSAI – Eu não sei, mas não podemos descartar nenhuma pista. (ele olha para Kagome) – Kagome! Fique á postos se Miroku entrar em contato de novo.

Kagome consente com a cabeça e sai da sala enquanto os outros ficaram na sala.

INUYASHA – Padrinho! Por que nos reuniu?

TOUTOUSSAI – Como sabem, com o ataque á Segurança Interna perdemos muito pessoal! Os policiais que voltaram ao departamento são bons, mas precisamos de gente que esteja totalmente envolvida com o caso, que saiba dos detalhes.

SANGO – Aonde quer chegar, Toutoussai?

TOUTOUSSAI – Eu vou deixar vocês três á frente dessa operação enquanto Jinenji coordenará suas ações.

GATENMARU – Espere um pouco senhor! Eu até entendo a readmissão de Sango, mas não podemos contar com a ajuda de InuYasha! Ele é um civil e não pode ter mais participação nisso.

TOUTOUSSAI – Eu entendo seu descontentamento, detetive, mas conheço InuYasha e sei de suas habilidades! Ele é mais bem treinado do que muitos agentes que eu conheço! Como comandante posso dar a qualquer civil autoridade de policial.

INUYASHA – Obrigado.

GATENMARU – Mas...

JINENJI – Não ouviu ele, Gatenmaru? Toutoussai está no comando agora.

INUYASHA – Ok! O que faremos agora?

TOUTOUSSAI – Os dados da Segurança Interna em conjunto com a Agência Imperial estão prestes a serem totalmente transferidos para cá! Vamos analisar os arquivos neles e tentar descobrir algo.

GATENMARU – Senhor! Com todo respeito, isso não é o que o que seria feito na reunião na Segurança Interna?

TOUTOUSSAI – Sim! Mas faremos a mesma coisa em menos tempo! Estamos contra o relógio e não temos nada! Jigo está morto e Kagura não fala.

INUYASHA – Eu discordo padrinho! Temos uma pista, pelo menos em relação á conspiração do grupo de Kagura.

TOUTOUSSAI – Do que está falando, InuYasha?

INUYASHA – Taibokoumaru disse que Hitori tirou algumas fotos e deu para Sara! Acontece que Jaken guardou alguns pertences dela sem o conhecimento de Sesshoumaru, que na época pensava que ela tinha fugido com um amante.

GATENMARU – E daí?

SANGO – Daí que dentre esses pertences estava uma foto de duas pessoas juntas, mas infelizmente não deu para identificar nenhuma delas.

INUYASHA – Nós não sabemos por que Sara tinha essa foto em seu poder, mas seja o que for, devia ser importante, pois custou sua vida.

TOUTOUSSAI – E onde estão estas fotos?

INUYASHA – Sesshoumaru! Foi Jaken que mostrou a ele.

TOUTOUSSAI – Eu vou tentar saber mais dessa história e também vou verificar os arquivos de Jigo que a Agência Imperial enviou! Quem sabe eu consiga algo.

JINENJI – Estamos entendidos?

InuYasha, Sango e Gatenmaru consentem com a cabeça e assim os três foram saíram da sala, deixando Jinenji e Toutoussai a sós, o chefe da Segurança Interna não perde tempo, pega seu celular e liga para Sesshoumaru, que estava na casa de Kouga.

SESSHOUMARU – Alô.

TOUTOUSSAI – Sesshoumaru! Onde você está?

SESSHOUMARU – Na casa de Kouga! Minha filha está aqui também cuidando do filho dele! Avise isso para Kagome, por favor.

TOUTOUSSAI – Eu farei isso! Estou te ligando porque fiquei sabendo que está de posse de uma foto que encontrou nos pertences de Sara.

SESSHOUMARU – Isso é correto! Mas me diga Toutoussai, por que o interesse nisso agora.

TOUTOUSSAI – Você tem que ficar sabendo que interrogamos Taibokoumaru! Ele nos disse que matou o próprio filho porque ele havia entregado umas fotos para Sara! Acredito que uma delas é a essa que está com você.

SESSHOUMARU – Provavelmente.

TOUTOUSSAI – Eu queria dar uma olhada nela, se não for incomodar.

SESSHOUMARU – Infelizmente eu a perdi no meio da bagunça que foi essa investigação! Acho que não dei a importância devida para essa foto.

TOUTOUSSAI – Tem certeza que não sabe onde perdeu essa foto? Talvez ela seja a chave para desvendar toda a conspiração.

SESSHOUMARU – É possível que esteja na minha casa, mas talvez tenha jogado fora, eu não me lembro! Eu até iria procurar agora, mas com o toque de recolher...

TOUTOUSSAI – Tudo bem, Sesshoumaru! Caso não se importe, enviarei uma equipe até sua casa para procurá-la! Alguma objeção a isso?

SESSHOUMARU – Não senhor! Está autorizado a fazer uma busca em minha casa.

TOUTOUSSAI – Obrigado Sesshoumaru.

Sesshoumaru desliga seu celular e Satsuki o olha com espanto, assim como Shippou, Kouga e Koharo.

SATSUKI – Papai! O senhor mentiu! Essa foto está aqui.

KOUGA – Por que mentiu, Sesshoumaru?

SESSHOUMARU – As agências de investigação estão todas contaminadas! Jigo na Agência Imperial! Renkotsu na Segurança Interna! Não podemos confiar em mais ninguém.

KOUGA – Não deixar de ter sua razão, mas sabe que mentir para um agente do governo poderá criar problemas para você no futuro.

SESSHOUMARU – Eu sei, mas já foi a época em que me preocupava somente com meu futuro.

Sesshoumaru estava sendo muito cauteloso com as informações e enquanto isso na China, Miroku acabara de chegar ao ponto de encontro marcado por Takeshi, era no meio de uma feira livre, a ida e vinda de pessoas era intensa, deixando Miroku meio perdido.

MIROKU – “Será que vim ao endereço errado?” (pensando)

Miroku olhava para a placa de rua que mostrava que o endereço estava correto, Miroku olhava para todas as pessoas na esperança de achar Takeshi no meio delas até que um menino de uns oito anos de idade puxa a manga de sua camisa.

MENINO – Moço! É o senhor que está procurando Takeshi?

MIROKU – Sim! Sou eu.

MENINO – Se quer vê-lo, melhor me segui. (o menino corre)

MIROKU – Hei, espere...

Miroku não teve alternativa se não correr atrás do menino e assim o advogado ficou correndo atrás do menino por vários becos e ruas estreitas até que ao chegar a uma rua, Miroku é agarrado e encapuzado por dois homens que o colocam dentro de um carro e o levam dali e enquanto isso, no departamento de polícia, InuYasha estava andando pelo corredor, depois de ir ao banheiro, para voltar a analisar os dados da malfadada reunião da Segurança Interna até que ele avista Kagome em uma sala, ela parecia distante e pensativa, ao ver a esposa, ele não resiste em falar com ela.

INUYASHA – No que está pensando, Kagome?

KAGOME – Não é nada.

INUYASHA – Ainda preocupada com Shippou? Ou seria com Genku?

KAGOME – Não é isso! Toutoussai me falou que Genku está na casa de Kouga assim como Shippou.

INUYASHA – Então o que te preocupa? E não vai me dizer que não é nada.

KAGOME – Se eu te contar, promete que não vai contar para ninguém! Nem Sango e nem Toutoussai! Ninguém!

INUYASHA – Prometo.

Kagome se levanta da cadeira, vai até a porta e a tranca para que ninguém os incomodasse.

KAGOME – Quando estava na Segurança Interna comecei a investigar alguma ligação entre eu, o ministro Ryukosei e Takeshi, o homem com quem Miroku foi falar na China. (ela se senta)

INUYASHA – Você fez isso porque Miroku não contou de Takeshi, não é?

KAGOME – Em parte sim, mas também porque Toutoussai mandou Renkotsu me espionar.

INUYASHA – É mesmo?! Mas o que descobriu que a está deixando tão pensativa?

KAGOME – A minha investigação chegou á uma fabrica de chocolate em que Takeshi era empregado, Ryukosei era representante e meu pai era o general responsável pela fabrica.

INUYASHA – Uma fabrica de chocolate?! Mas o que o exercito teria interesse em uma fabrica?

KAGOME – Essa é a questão! O Shippou não conseguiu mais informações! Há um grande esforço para não ter acesso a essa informação.
INUYASHA – Você acha que o Miroku sabe de algo?

KAGOME – Acho que pelo menos ele sabe bem mais do que eu! Eu não sei os interesses de Miroku, mas não gosto que escondam coisas de mim.

INUYASHA – Eu sei bem disso. (ele se afasta um pouco para ir até a porta) – Eu menti para você e nós nos separamos.

KAGOME – InuYasha.

INUYASHA – O Mestre Zhi tinha uma filosofia! Se quiser sabedoria, pergunte! Então Kagome! Quando falar com Miroku, pergunte á ele.

Depois de dizer essas palavras, InuYasha sai da sala deixando Kagome com seus pensamentos e enquanto isso dentro de um furgão que estava em uma rua deserta, Juroumaru olhava, através de seu PDA, o noticiário que não parava de falar sobre a revolta da população contra o decreto do toque de recolher e naquele exato momento seu celular começa a tocar.

JUROUMARU – Fale.

BANKOTSU – Conseguiu pegar o rapaz?

JUROUMARU – Ainda não! Acho que vou ter que voltar para o esconderijo.

BANKOTSU – Não! Você precisa pegar o rapaz! Precisamos dele para usar o MPX1200.

JUROUMARU – Eu sei disso, Bankotsu! Eu não desisti de pegar o rapaz, mas o toque de recolher decretado pelo ministro me forçou a mudar os planos! Vou ter que atraí-lo até o esconderijo ou um lugar mais seguro.

BANKOTSU – Está certo! Melhor não arriscar.

JUROUMARU – Bankotsu! O seu plano funcionou pela metade, pois as pessoas ainda estão fora de suas casas.

BANKOTSU – Tudo ao seu tempo! Logo, logo elas se acalmaram, mas agora se concentre em pegar aquele rapaz.

Juroumaru desliga seu celular e em seguida começa a dirigir o furgão para voltar ao seu esconderijo e enquanto isso na China, o carro que levava Miroku, finalmente estacionou em frente á uma casa, logo, os dois homens tiraram Miroku do veículo e o levaram para o interior da casa, onde já estava um homem de cabelos brancos e lá dentro tiraram o capuz de Miroku.

MIROKU – Onde estou? (vendo um homem de costas para ele)

TAKESHI – Fez boa viagem, Miroku?

MIROKU – Essa voz! (ele se aproxima do homem) – É você, não é Takeshi?

TAKESHI – Sim! (ele se vira de frente) – Sou eu mesmo! Há quanto tempo.

MIROKU – Mas por que essa brutalidade de me seqüestrar?

TAKESHI – Você sabe muito bem que preciso ser cauteloso.

MIROKU – Eu sei!

TAKESHI – Vamos nos sentar e tomarmos um chá.

MIROKU – Eu não tenho tempo para isso! Você sabe muito bem o que vim fazer aqui.

TAKESHI – Claro que sei! (ele se senta) – Veio atrás de informação sobre a Ordem da Espada Morta.

MIROKU – O que sabe deles? (ele se senta também)

TAKESHI – Quando ainda era membro do ‘Vitória para a humanidade’ fiz contatos com um membro dessa organização, ele queria trocar informações já que tínhamos um mesmo inimigo.

MIROKU – Sei! O governo japonês?

TAKESHI – Exato! Nessa época éramos radicais, mas acabamos não nos associando com eles.

MIROKU – Qual o nome desse homem?

TAKESHI – Eu não sei, mas tenho algo bem melhor que apenas um nome! Esse homem me indicou pessoas que me indicaram pessoas e assim consegui uma base para investigar esses contatos, ou seja, vários nomes ligados á essa organização.

MIROKU – Pode me fornecer essa lista?

TAKESHI – Claro.

Takeshi se levanta e vai até uma escrivaninha, abre sua gaveta de onde tira um papel, depois volta a se sentar para entregá-lo á Miroku, que se surpreende com o numero de nomes.

MIROKU – Mas aqui tem mais de cem nomes! É muita gente. (ele se levanta) – Eu pensei que ia me dar um nome certo.

TAKESHI – Tem razão! É muita gente mesmo, mas é o melhor que posso fazer.

MIROKU – Tudo bem! Eu não posso reclamar! Seria bom se todas essas pessoas estivessem envolvidas com a Ordem, mas algo me diz que há muito ‘laranja’ aqui. (exibindo a lista) – De qualquer forma, obrigado, Takeshi.

TAKESHI – De nada! (ele aperta a mão do advogado) – Que tenha uma boa viagem de volta.

MIROKU – Obrigado, mas eu ainda não vou voltar ao Japão! Tem mais um lugar onde tenho que ir.

Miroku tira um envelope do bolso e mostra para Takeshi, era o convite para um parque termal que Juroumaru deu para Houjo.

MIROKU – Conhece esse lugar?

TAKESHI – Conheço.

MIROKU – Então pede para seus amigos me levarem até esse lugar! Pouparia-me muito tempo.

TAKESHI – Como quiser.

Takeshi sai para chamar as mesmas pessoas que trouxeram Miroku e enquanto isso no departamento de polícia, InuYasha e Sango estavam lendo os arquivos da reunião a fim de descobrir algo sobre Juroumaru, mas não estava dando em nada.

SANGO – Isso aqui é perda de tempo! (ela joga os papeis no chão) - Devíamos estar nas ruas procurando Juroumaru.

INUYASHA – Eu também acho. (ele para de ler os arquivos) – Mas o que podemos fazer?

SANGO – Eu sei. (ela se aproxima dele) – Kagura foi transferida para cá, então vamos falar com ela.

INUYASHA – Não devíamos falar com Toutoussai antes?

SANGO – Não temos tempo para isso! Um assassino em massa está solto lá fora e precisamos pega-lo! Não estaremos fazendo nosso trabalho se ficarmos aqui lendo inutilidades.

INUYASHA – Vamos lá então.

InuYasha e Sango saem da sala e imediatamente descem pelo elevador até chegar ao andar da detenção e eles foram direto à cela onde estava Kagura.

KAGURA – O que vocês querem?

INUYASHA – Talvez não saiba, mas houve uma explosão na Segurança Interna.

KAGURA – O que?! (ela vai até as grades) – Isso é sério?

SANGO – Sim! Você não soube por que estava em um lugar seguro no prédio e quando saiu, foi levada no chiqueirinho onde não pode ver nada.

KAGURA – Isso é obra da Ordem da Espada Morta. (ela coloca as mãos na cabeça) – Eu juro que não queria isso! Havia amigos meus ali.

INUYASHA – Isso mesmo! (ele a encara) – E você sabe muito bem disso, não é Kagura?

KAGURA – Sei! (ela se afasta da grade) – Mais uma vez! O que vocês querem? Não é a localização de Juroumaru, pois se for isso, perderam seu tempo! Se eu soubesse onde aquele maldito está, eu o dedaria com enorme prazer.

INUYASHA – Sabemos disso, Kagura! Eu e Sango achamos que a Ordem da Espada Morta usará um plano similar ao seu com relação á jóia de quatro almas.

SANGO – Estamos tentando descobrir como Juroumaru usará o poder da jóia contra a cidade! Os explosivos já foram descartados.

INUYASHA – Ah sim! Tem mais uma coisa! Conseguimos chegar ao seu amiguinho Jigo.

SANGO – Mas ele se matou e...

KAGURA – O que?! Se matou?!

INUYASHA – Por que a surpresa, Kagura? Acho que ele não queria delatar seus cúmplices e por isso fez o que fez.

KAGURA – Jigo se matar não faz sentido! O que está acontecendo?

SANGO – Isso não importa mais! Eu quero saber se vai colaborar com a gente.

Kagura nada responde e acaba se encolhendo em um canto da cela, ela começava a sentir o peso de suas ações, ela realmente não queria que todos aqueles agentes morressem.

KAGURA – Eu ajudei a fornecer os explosivos á essa gente! Sinto-me envergonhada.

INUYASHA – Se você sente-se assim, Kagura, diga para nós como a Ordem pode utilizar o poder da jóia de quatro almas contra a cidade.

KAGURA – Não sei como, mas posso dar o nome de alguém que sabe.

SANGO – É alguém que participou da conspiração?

KAGURA – Sim!

INUYASHA – Quem?

KAGURA – Eu digo o nome, mas com uma condição.

SANGO – Não vai sair da prisão e...

KAGURA – Não é isso! O que quero que façam por mim é atender um último pedido meu! Algo possível.

InuYasha e Sango se entreolharam estranhando aquele comportamento de Kagura, mas eles não tinham mais pistas de Juroumaru e por isso fariam o que Kagura quisesse e enquanto isso em alguns andares mais á cima e cansada de esperar, Shiori andar pelos corredores do departamento até que chega á sala onde estava Kagome, que aguardava um novo contato com Miroku.

SHIORI – Com licença. (entrando na sala)

KAGOME – Shiori?! (ela se levanta da cadeira e vai até ela) – Posso ajudar em algo?

SHIORI – Queria saber se o toque de recolher irá continuar? Preciso ir para casa o quanto antes e pegar meus documentos para a liberação do corpo de minha mãe.

KAGOME – Eu sito muito, mas isso não será logo.

SHIORI – Ta! (ela respira fundo) – Esse dia está sendo horrível para mim! Eu só queria que ele acabasse logo.

KAGOME – Realmente não está sendo fácil para ninguém. (ela fica pensativa) – Não tem sentido você ficar esperando esse tempo todo! O meu irmão é um dos soldados que está cuidando do toque de recolher e pode se locomover pela cidade, eu vou chamá-lo para que ele a leve até sua casa.

SHIORI – Eu agradeço muito, Kagome. (naquele momento o telefone em sua frente começa a tocar)

KAGOME – É Miroku! Olha Shiori! Depois eu cuido do seu caso, certo?

SHIORI – Claro! Não vou atrapalhá-la mais em seu serviço.

Shiori sai da sala e Kagome atende ao telefone para se comunicar com Miroku que naquele momento estava na bilheteria do parque termal.

KAGOME – Alguma novidade, Miroku?

MIROKU – Sim! Eu falei com Takeshi e ele me deu uma lista de cem pessoas que podem estar ligadas á Ordem, mas é muita gente para investigar.

KAGOME – Tem razão! Pretende fazer alguma coisa.

MIROKU – Já estou fazendo! (entrando no parque) – Estou no parque termal que Juroumaru indicou para Houjo! Espero encontrar algo que ligue a Ordem e... (lê para de falar de repente)

KAGOME – Miroku?! Você ainda está aí?

Preocupada, Kagome chama pelo nome de Miroku várias vezes até que ele volta a se manifestar, ele tinha corrida para trás de uma arvore.

MIROKU – Desculpe Kagome! (observando alguém) - Ainda estou aqui.

KAGOME – O que houve?

MIROKU – Eu vi um homem chamado Kageroumaru! (ele observa com cuidado atrás da arvore) – Ele está conversando com alguém, acho que é um segurança.

KAGOME – Quem é Kageroumaru?

MIROKU – Ele é um antigo contratante independente de empresa e fabricas! Anos atrás, quando investigava Naraku, cheguei ao nome de Kageroumaru ao ligá-lo á uma fabrica de chocolates de Tóquio.

KAGOME – Fábrica de chocolate?! – “Será que é a mesma que meu pai supervisionava? Deve ser” (pensando)

MIROKU – Foi depois desse episodio que ele conheceu Juroumaru! Eu não poderia imaginar que Kageroumaru estivesse aqui na China.

KAGOME – Essa fabrica de que falou, o que ela tem de tão especial?

MIROKU – Olha Kagome! Depois eu falo disso! Agora tenho que ir.

KAGOME – Mas Miroku...

Miroku desliga antes de ela terminar a frase, Kagome estava muito desconfiada daquela história, queria saber o que de tão importante tinha aquela fabrica que ligavam o ministro Ryukosei, Takeshi, o pai de Kagome e agora até Juroumaru e Kageroumaru.

Próximo capítulo = Cidade sitiada e a missão China – parte 3


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Na Noite mais Escura" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.