Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 56
Crimes prescritos - parte 1




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Depois de falar com Menoumaru em seu consultório, Satsuki finalmente retornou para casa, onde encontrou o pai ainda em seu escritório particular, ele mexia nas coisas de Sara.

SATSUKI – Pai.

SESSHOUMARU – Já chegou, querida? (pergunta retórica) – Falou com a terapeuta que Rin indicou?

SATSUKI – Não, mas falei com outro terapeuta! E quer saber? Foi muito boa a conversa que tivemos. (sorrindo)

SESSHOUMARU – Estou percebendo! Parece-me bem melhor.

SATSUKI – Estou sim. (olhando ao redor) – Pensei que Jaken estivesse aqui! Onde ele está?

SESSHOUMARU – Ele foi para a biblioteca publica fazer um trabalho para mim! Ele e eu estamos tentando localizar o nome do dono do carro que levou essa multa de estacionamento. (ele exibe o canhoto da multa)

SATSUKI – O senhor é um jornalista brilhante! Não tem contatos que podem ajudar nisso?

SESSHOUMARU – Eu até tenho, mas isso levaria dias e eu preciso dessa informação agora.

E naquele momento o celular de Satsuki começa a tocar e ali mesmo no escritório do pai, ela atende.

SATSUKI – Alô.

SHIPPOU – Satsuki! Sou eu. (ele estava no banco do carona do carro que Kagome guiava)

SATSUKI – Oi Shippou! Você ainda está no aeroporto?

SHIPPOU – Não! Miroku e Soten já partiram.

SATSUKI – Olha Shippou! Foi bom você ter ligado! Eu preciso conversar com você.

SHIPPOU – Eu também acho que precisamos conversar, mas isso terá que ficar para depois! Foi por isso que liguei! Eu e Kagome estamos indo para a Segurança Interna.

SATSUKI – Segurança Interna?! Ms o que vão fazer aí? Por acaso foram intimados?

SHIPPOU – Não é isso! Eu não tenho tempo para explicar os detalhes, mas eu terei que estar com Kagome para auxilia-la nesse trabalho e não sei quando isso vai acabar.

SATSUKI – Entendo! Então ta! A gente se fala depois e... (ela pensa em algo) – Espere aí Shippou! A Segurança Interna é uma agência que tem recursos para descobrir a identidade de muita gente, não é? E é capaz de localizar o dono de um carro através de uma placa?

SHIPPOU – Acho que sim! Ela é uma agência de investigação, mas por que o interesse?

SATSUKI – Espera um minutinho. (ela coloca a mão no fone e olha para o pai) – Qual é a placa do carro que levou a multa?

SESSHOUMARU – Deixa que eu falo com ele. (ele pega o celular dela) – Shippou! Sou eu! É verdade que pode localizar identificar o dono de um carro através da placa?

SHIPPOU – Sim, mas eu não sei se podemos usar esse recurso lá dentro.

SESSHOUMARU – Conseguir esse nome seria de grande ajuda, Shippou! InuYasha e Sango estão me ajudando também.

SHIPPOU – Ok! Dê-me o número da placa e verei o que posso fazer.

Enquanto Sesshoumaru fornecia o numero da placa para que Shippou investigasse, Kagome observava o filho anotando algo que em seguida desliga o celular, na hora ela não fala nada, mas depois que finalmente chegam ao prédio e estaciona o carro, ela toca no assunto ao saírem do veículo.

KAGOME – Shippou! Que placa é essa que anotou?

SHIPPOU – É de um de um carro que o senhor Sesshoumaru quer identificar o dono! Acho que tem haver com a primeira esposa dele.

KAGOME – E você se comprometeu a ajuda-lo? (eles entram no prédio)

SHIPPOU – Acho que não custa nada tentar! Você mesmo disse que quer que eu a ajude lá na Segurança Interna.

KAGOME – Ok! Eu só vou aceitar isso porque quero que investigue outra coisa para mim.

SHIPPOU – O que?

KAGOME – Embora tenha acreditado nas explicações de Miroku, ainda acho que ele não me contou toda a verdade.

SHIPPOU – Se pensa assim, por que resolveu ajuda-lo indo para a Segurança Interna?

KAGOME – Porque lá você terá os recursos para investigar o passado desse Takeshi! Eu preciso saber o segredo desse homem.

SHIPPOU – Ok! Mas uma coisa de cada vez.

KAGOME – E é melhor fazer isso à surdina! Não vamos estragar a missão de Miroku.

Os dois param de falar ao chegarem ao balcão da recepção e como Kagome já era esperada, eles tiveram permissão para entrar nas instalações do prédio e no ultimo andar, onde ficavam as instalações principais, eles foram recebidos por Toutoussai.

TOUTOUSSAI – Que bom que finalmente chegou, Kagome. (ele olha para Shippou) – Não sabia que ia trazer seu filho.

KAGOME – Ele irá me auxiliar no trabalho.

TOUTOUSSAI – Como quiser! A sua sala já está pronta! Eu vou mostrar.

Toutoussai guia Kagome e Shippou até a sala que foi preparada por Renkotsu, nela tinha computador, telefone e fax.

TOUTOUSSAI – Se precisarem de mais alguma coisa é só me chamar.

KAGOME – Claro! Eu o chamarei.

Toutoussai sai da sala de Kagome para ir para a sua e em seguida fecha a porta para imediatamente usar seu celular e ligar para Ryukosei.

TOUTOUSSAI – Senhor ministro! Kagome já chegou.

RYUKOSEI – Acha que podemos descobrir o paradeiro de Takeshi?

TOUTOUSSAI – Se Miroku passar essa informação para ela, nós saberemos.

RYUKOSEI – Takeshi se tornou um perigo ambulante para mim.

TOUTOUSSAI – Eu concordo senhor! Farei o possível.

RYUKOSEI – E quanto á procura de Juroumaru? Alguma novidade?

TOUTOUSSAI – Não senhor! As investigações não avançaram! Os policias estão todos á postos para protegerem os principais monumentos da cidade! Estamos também esperando os agentes imperiais para a reunião a fim de trocarmos informações.

RYUKOSEI – Escute Toutoussai! Essa cidade pode ser atacada a qualquer momento! É imperativo que encontre esse sujeito! Meu futuro político está em jogo! Mantenha-me informado.

TOUTOUSSAI – Sim senhor.

Toutoussai desliga o celular e fica olhando para a sala de Kagome e enquanto isso, Sango e InuYasha estavam no elevador de um prédio comercial.

INUYASHA – Sango! Como sabe que o escritório de Natsume está nesse prédio?

SANGO – Essa informação está nas anotações que a polícia pegou do computador de Kohaku! Onigumo mantinha contato com Natsume.

INUYASHA – Entendo.

SANGO – Lembre-se, InuYasha! Não vamos mencionar o teor da investigação! Natsume deve ser ligada a Onigumo.

O elevador para no andar indicado e eles saem e vão direto para o escritório de Natsume e a vêem conversando com a secretária.

SANGO – Natsume!

NATSUME – Olha se não é a detetive Sango e o amigo dela.

INUYASHA – Que bom que se lembra da gente.

NATSUME – Claro que me lembraria de pessoas que quase me arruinaram! Vocês acabaram com Naraku e eu acabei sendo expulsa da empresa por Kanna, aquela traidora.

SANGO – Ela fez muito bem em dispensa-la, mas não viemos aqui falar de você! Queremos uma informação.

NATSUME – Vamos conversar no meu escritório. (ela olha para a secretária) – Envie esse documento ao cliente. (ela entrega alguns papeis par a secretária)

SECRETÁRIA – Sim senhor Natsume.

Depois de fazer isso, Natsume entra na sua sala e é seguida por Sango e InuYasha e lá dentro ela se senta na cadeira, convidando-os a fazer o mesmo.

NATSUME – O que querem de mim?

SANGO – Você era a responsável pela organização e contratação de empregados de Naraku, certo?

NATSUME – Certo! E daí? Isso nunca foi segredo! Eu era uma pessoa de grande confiança do senhor Naraku.

INUYASHA – Soubemos que vocês eram bem próximos, se é que me entende.

NATSUME – Sim! Nós tínhamos um caso! E vocês todos tiraram ele de mim! Falem logo o que querem e me deixem trabalhar.

SANGO – Queremos saber a identidade de um chofer que trabalhou para Naraku há dez anos.

NATSUME – E para que querem saber disso?

SANGO – Investigação policial! Isso não é da sua conta! Fale de uma vez! Não perca seu tempo e não faça nós perdemos o nosso.

NATSUME – Diante da sua ignorância podia simplesmente me recusar ou omitir informação, mas como isso não vai me comprometer, direi como conseguir esse nome.

INUYASHA – Então tem essa informação?

NATSUME – Na verdade não! Há dez anos eu ainda não era tão próxima á Naraku, portanto ainda não cuidava desses afazeres, mas sei que ele, na época, contratava uma agência de emprego que selecionava alguns empregados.

SANGO – Essa agência ainda funciona?

NATSUME – Sim! A minha secretária veio dessa agência! Ela ainda tem a mesma dona! Ela é capaz de identificar quem estão procurando! Quer o telefone.

INUYASHA – Melhor o endereço! Queremos falar pessoalmente com a dona.

NATSUME – Perguntem para a minha secretária! Ela tem a informação.

SANGO – Obrigado pela ajuda.

Sango e InuYasha se levantam e saem da sala, vão até a secretária, pegam com ela o endereço da agência de emprego e saem do escritório, ao ver isso, Natsume imediatamente usa seu celular para ligar para Juroumaru.

JUROUMARU – Fale.

NATSUME – Sango e InuYasha estiveram aqui.

JUROUMARU – O que?! Mas o que eles foram fazer aí?

NATSUME – Queriam saber de um antigo funcionário de Naraku! Não tem nada a ver com você.

JUROUMARU – Tem certeza?

NATSUME – Tenho! E aí? Eles já chegaram?

JUROUMARU – Já! Bankotsu e o irmão já estão aqui no meu esconderijo.

NATSUME – Então a operação deles logo vai começar?

JUROUMARU – Ainda não! Faltam alguns detalhes, mas é melhor você sair da cidade.

NATSUME – Pode deixar! Farei isso! E quanto a informação? Precisamos dela.

JUROUMARU – Não se preocupe! Eu vou passa-la assim que consegui-la de Bankotsu.

Juroumaru desliga seu celular e em seguida vai para uma outra sala, onde estavam Bankotsu, Jakotsu e o resto da equipe de ataque.

BANKOTSU – Quem era?

JUROUMARU – A pessoa para quem estou trabalhando! Ela quer saber quando irá me entregar o que prometeu.

BANKOTSU – Eu lhe darei assim que conseguir me fornecer as especificações de segurança do alvo! Já falou com seu contato?

JUROUMARU – Já! Vai demorar para conseguir essa informação.

BANKOTSU – Já deveria estar com você! Está demorando muito! Eu tenho que ter as especificações antes do ataque de Renkotsu se não a missão será comprometida e você não terá o que pediu.

Juroumaru começou a suar frio com a ameaça de Bankotsu e enquanto isso, depois de falarem com Natsume em seu escritório, Sango e InuYasha estavam dentro do carro da detetive á caminho da agência de empregos, durante o trajeto InuYasha conversavam com o irmão, através do celular, sobre o que tinha descoberto.

INUYASHA – A secretária disse que o nome da dona é Kira! Estamos indo falar com ela agora.

SESSHOUMARU – De acordo com o endereço que me deram, estou mais perto que vocês! Estou indo para lá também! Vou levar a foto e ver se essa Kira reconhece alguém dela.

INUYASHA – Se chegar antes espere por nós! Melhor falarmos com ela todos juntos.

SESSHOUMARU – Concordo.

INUYASHA – Conseguiu alguma coisa com o endereço?

SESSHOUMARU – Não, mas eu soube que Kagome e Shippou estão na Segurança Interna! Eles vão me ajudar nisso.

INUYASHA – Eu tinha até me esquecido desse detalhe! Isso não pode causar algum problema para Kagome? Falo em usar recursos da Segurança Interna em proveito próprio! Eu tenho medo que ela seja presa ou algo parecido.

SESSHOUMARU – Eles sabem se cuidar! Encontramos-nos na agência de emprego.

Sesshoumaru desliga o seu celular, sai de seu escritório particular para falar com Satsuki, que naquele momento estava sentada no sofá da sala assistindo o noticiários pela TV.

SESSHOUMARU – Eu vou sair e não sei quando volto! (passando por ela) - Tem problema em ficar sozinha?

SATSUKI – Ora papai! Eu não sou mais bebê! (meio contrariada) - Pode ir tranqüilo.

SESSHOUMARU – Eu sei disso. (sorrindo) - Se o Jaken ligar, anota o recado e diz que tive que sair.

SATSUKI – Ta! (ela vê o pai indo até a porta e quando ele estava prestes a sair ela se manifesta) – Espere pai.

SESSHOUMARU – O que foi que filha? (olhando para ela)

SATSUKI – Sabe o que vai acontecer com a minha mãe?

SESSHOUMARU – Bem. (ele se aproxima dela) – Sua mãe será processada como inimiga combatente e provavelmente será condenada á morte.

SATSUKI – Mesmo. (meio triste) – Apesar do que ela fez, eu não queria que ela morresse.

SESSHOUMARU – Eu não posso fazer nada, querida! Durante quase toda a investigação, Kagura não colaborou em nada e quando o fez já era tarde demais! (ele coloca as mãos no ombro dela) – Eu sinto muito querida! Sei que ela é sua mãe, mas ela irá pagar pelo que fez.

SATSUKI – Eu sei.

SESSHOUMARU – Eu tenho que ir agora.

Sesshoumaru da um beijo na testa da filha para em seguida seguir seu caminho rumo á agência de emprego, onde se encontraria com Sango e InuYasha e enquanto isso no Grupo Naraku, mais precisamente na sala da presidência, Kanna, na Cia. De Rin e Taibokoumaru, recebia mais um boletim da Segurança Interna de que nada havia sido descoberto.

KANNA – Isso é muito angustiante.

RIN – O que, Kanna?

KANNA – Não saber o que está acontecendo.

TAIBOKOUMARU – Talvez isso seja um bom sinal! Notícia ruim chega logo.

KANNA – Eu até queria pensar assim, senhor Taibokoumaru, mas não penso. (nesse momento o celular de Taibokoumaru toca)

TAIBOKOUMARU – Com licença.

Taibokoumaru sai da sala para poder atender o celular e ao ver no visor o mesmo numero que ligou na noite passada, ele logo conclui que era Renkotsu. E se certifica que Rin e Kanna não estão escutando antes de atender.

TAIBOKOUMARU – O que você quer agora?

RENKOTSU – Não que eu ligue para seu bem estar, mas se você for desmascarado poderá complicar a minha situação.

TAIBOKOUMARU – Do que está falando?

RENKOTSU – Caso não saiba, Kagome está te investigando.

TAIBOKOUMARU – Como assim?

RENKOTSU – Ela estava tentando descobrir o dono de um carro através de uma placa e chegou ao seu nome. (ele olha para a tela do computador) - Eu não sei como ela conseguiu essa informação, mas ela chegou até você.

TAIBOKOUMARU – E como você descobriu que ela estava me investigando?

RENKOTSU – Isso não é da sua conta.

TAIBOKOUMARU – Talvez seja, pois foi você quem enviou aquela carta para minha neta! Vai se saber se não foi através dela que chegaram até a mim.

RENKOTSU – Azar o seu! Se não quiser ser preso, melhor agir logo.

Depois dessa revelação Taibokoumaru começou a suar frio, ele ficou tentando imaginar como Kagome conseguiu o numero da placa do carro dele e enquanto isso, como estava realmente mais perto da agência de emprego, Sesshoumaru chegou antes no local e assim ficou esperando Sango e Inuyasha chegarem, mas naquele momento seu celular começa a tocar.

SESSHOUMARU – Fale.

KAGOME – Eu consegui o nome para você.

SESSHOUMARU – Estou ouvindo.

KAGOME – O dono do carro é um homem chamado Taibokoumaru.

SESSHOUMARU – Taibokoumaru?! Eu me lembro desse nome! Ele é o substituto de Onigumo no Grupo Naraku! Rin me falou dele.

KAGOME – Eu não sabia disso, mas eu consegui outra coisa que não me pediu, o local da multa.

SESSHOUMARU – Passe-me, por favor.

KAGOME – Rua Kotodama, 32.

SESSHOUMARU – Valeu! Teve algum problema em me ajudar?

KAGOME – Não! Foi tudo tranqüilo! Agora tenho que desligar.

Kagome coloca o telefone de volta no gancho e olha para Shippou que estava em frente ao computador.

KAGOME – Agora quero que investigue o passado de Takeshi.

SHIPPOU – Ok! Farei isso e... (ele nota algo de estranho) – Espere um pouco.

KAGOME – O que foi, Shippou?

SHIPPOU – Tem algo de errado com esse computador. (ele começa a digitar e nota algo) – Ao que parece, tem um dispositivo de acesso remoto instalado nesse computador.

KAGOME – Explique isso na minha língua. (não entendendo o que ele quis dizer)

SHIPPOU – Através desse dispositivo, alguém está acessando as informações desse computador, ou seja, uma invasão. (Kagome pega o telefone e começa a discar)

KAGOME – Eu vou chamar Toutoussai imediatamente e...

SHIPPOU – Melhor esperar eu acabar de falar antes de fazer isso. (ela coloca o telefone de volta no gancho)

KAGOME – Estou ouvindo.

SHIPPOU – Antes de começar a procurar o nome do dono do carro, eu instalei um programa que detecta acesso não autorizado, mas esse programa é simples e por isso ele não detectou essa invasão a tempo e...

KAGOME – Vá direto ao assunto, Shippou!

SHIPPOU – Ok! Essa invasão não veio de fora da Segurança Interna e sim de dentro.

KAGOME – O que?! (ela fica pensativa) – Pode descobrir de onde veio essa invasão?

SHIPPOU – Posso tentar! (ele volta a digitar) – Vou mandar um pulso eletrostático pelo dispositivo e quem sabe dará certo. (e ele tem o resultado) – O computador que invadiu o nosso é do agente que fica do lado de Toutoussai.

KAGOME – Ótimo! Só precisava saber disso.

Kagome sai de sua sala e vai direto para a sala de Renkotsu, que fica surpreso com a aparição dela.

RENKOTSU – Pois não?

KAGOME – Toutoussai quer sua presença em uma reunião na sala dele.

RENKOTSU – Está bem!

Renkotsu sai de sua sala e, junto com Kagome, vai para a sala de Toutoussai e quando entram, deixam o velho agente surpreso.

TOUTOUSSAI – Aconteceu alguma coisa?

RENKOTSU – O senhor não me chamou? Kagome disse que sim e...

KAGOME – Desculpem rapazes! Essa foi uma pequena armação minha! Reunir os dois aqui porque quero respostas.

TOUTOUSSAI – Pode falar.

KAGOME – Primeiro quero saber por que mandou esse agente me espionar?

TOUTOUSSAI – Não sei do que está falando.

KAGOME – Não sabe? Permita-me ser mais clara! (ela o encara) – Acabo de descobrir que o computador em que estou trabalhando tem um dispositivo de acesso remoto instalado nele! E nem venha me dizer que não sabia, pois não vou acreditar.

TOUTOUSSAI – Está bem! Isso é verdade! Mandei Renkotsu instalar esse dispositivo.

RENKOTSU – E assim descobrimos que você usou recursos da Segurança Interna para serviços que não foram designados por mim e isso é uma falta grave de sua parte.

KAGOME – Eu devia ir embora daqui.

TOUTOUSSAI – Renkotsu! Pode nos deixar a sós e voltar ao seu trabalho?

RENKOTSU – Sim senhor! Com licença.

Renkotsu sai da sala, deixando Toutoussai a sós com Kagome, o velho agente queria explicar suas razões para tal ato, assim ele se senta e a convida a fazer o mesmo.

TOUTOUSSAI – Kagome! Eu sei que é uma mulher inteligente e sensata, assim acho que entenderá meu ponto de vista.

KAGOME – Duvido muito, mas mesmo assim, tente.

TOUTOUSSAI – O homem que Miroku vai ver se chama Takeshi! Acho que já ouviu falar dele, não é?

KAGOME – Sim! Prossiga.

TOUTOUSSAI – Ele é um foragido da justiça japonesa! É o numero um na lista dos mais procurados e sua captura renderia grandes frutos políticos para Ryukosei! Como bom subordinado, segui ordens superiores, por isso me desculpe, por favor.

KAGOME – Parece que há algo pessoal entre Takeshi e Ryukosei.

TOUTOUSSAI – Como sabe, Takeshi era membro do grupo ‘Vitória para a humanidade’, organização que vivia atacando as medidas de Ryukosei quando esse era apenas deputado há anos atrás! Para o ministro é uma questão pessoal, apenas isso. (ele se levanta) – Ainda vai embora?

KAGOME – Não! Eu vou ficar. (ela se levanta também) – Mas tem que me prometer que isso não irá voltar a acontecer.

TOUTOUSSAI – Claro! Tem a minha palavra e novamente me desculpe.

Kagome nada fala e sai da sala, Toutoussai a acompanha para ficar a observa-la a ir até a sala dela, ele sabia que agora seria difícil reconquistar a confiança dela, Kagome por sua fez ao volta para sua sala foi logo abordada por Shippou.

SHIPPOU – E aí? (ela olhava para o nada) - Vamos sair desse lugar?

KAGOME – Não! Nós vamos ficar. (ela olha para ele) – Nós ainda temos um trabalho.

SHIPPOU – Então ainda pretende investigar Takeshi?

KAGOME – Sim, mas não faça isso agora! Primeiro consiga um programa melhor para proteger esse computador, pois você fará uma investigação mais ampla.

SHIPPOU – Como assim?

KAGOME – Não quero que investigue somente Takeshi! Além dele investigue mais duas pessoas e cruzem os dados dos três para ver o que tem de comum! Uma dessas pessoas é o ministro Ryukosei! Se ele mandou Toutoussai fazer isso deve haver algo de grave por trás de tudo isso.

SHIPPOU – E a outra pessoa provavelmente é Miroku! Afinal você disse que acha que ele não te contou tudo que sabe.

KAGOME – Essa terceira pessoa não é Miroku! Ele foi advogado de Takeshi, esse deve ser o único envolvimento dele.

SHIPPOU – Se não é o Miroku então afinal quem é essa terceira pessoa.

KAGOME – Eu mesma.

Shippou se surpreende com aquela revelação de Kagome, mas se ele pensasse bem, fazia sentido o pedido dele, afinal tanto Miroku quanto Toutoussai não tinha revelado para ela suas verdadeiras motivações e enquanto isso Sango e InuYasha finalmente chegam ao endereço onde ficava a agência de emprego, Sesshoumaru já os aguardavam e assim os dois saíram do carro e foram até ele.

INUYASHA – Desculpe a demora! Agora podemos ir.

SESSHOMARU – Antes de entrarmos, precisam saber de algo.

SANGO – O que foi?

SESSHOUMARU – Quando foram ao Grupo Naraku por acaso conheceram o substituto de Onigumo, Taibokoumaru?

INUYASHA – Sim! Ele é um senhor de certa idade que no passado foi professor de Kanna, mas por que pergunta?

SESSHOUMARU – Kagome descobriu agora pouco que o dono do carro que levou aquelas multas é Taibokoumaru.

SANGO – Mas essa informação é muito interessante.

INUYASHA – Primeiro vamos falar com Kira, dona da agência, depois falamos vemos o que Taibokoumaru sabe.

Sesshoumaru e Sango concordam com InuYasha e assim os três entram na agência e logo são recebidos por uma sorridente Kira, mas surpreendentemente esse sorriso se desfaz quando ela vê Sesshoumaru.

KIRA – O que querem aqui?

SESSHOUMARU – Olha senhora! Certamente não nos conhece e...

KIRA – Está enganado! Sei quem é o senhor! Chama-se Sesshoumaru e há pouco tempo atrás tinha sido preso injustamente por ter encomendado a morte da própria esposa! Passou em todos os noticiários.

INUYASHA – Estou impressionado! Parece que sabe muito dele! Sou InuYasha, meio irmão de Sesshoumaru e está é Sango, detetive da polícia de Tóquio.

KIRA – Já vi vocês também! (ela olha para InuYasha) – Você tinha sido preso por ser acusado de matar o irmão dela. (ela olha para Sango) – Se estão juntos aqui é porque essa acusação é falsa também.

SANGO – Sim! InuYasha não matou meu irmão! Uma mulher chamada Kagura, ex. namorada de Sesshoumaru, confessou tudo, mas achamos que ela não fez isso por ciúmes, achamos que tem outras pessoas por trás desse crime.

KIRA – E em que posso ajuda-los?

SESSHOUMARU – Sara, a minha primeira esposa, estava investigando os crimes do chefe dela e ficamos sabendo que ela chegou a se reunir com um chofer de um empresário chamado Naraku, queremos saber se pode nos ajudar a localizar esse homem.

SANGO – Soubemos que sua agência é quem o indicou para o serviço.

INUYASHA – Eu sei que dará muito trabalho procurar por um antigo empregado, mas temos urgência em falar com ele.

KIRA – Isso será impossível! Desculpem-me.

SESSHOUMARU – Impossível por quê? A senhora nem tentou procura-lo e...

KIRA – Por que o homem que estão procurando está morto!

SANGO – Se importa em responder como pode ter tanta certeza? Afinal já passaram tanta gente por essa agência que...

KIRA – Ele era meu marido! (ela se afasta e se senta em sua cadeira) – Ele cometeu suicídio há dez anos.

INUYASHA – Eu sinto muito, senhora! Não era nossa intenção faze-la recordar más lembranças.

KIRA – As lembranças são ruins porque eu ia me separar dele pouco antes dele cometer essa loucura. (ela olha para Sesshoumaru) – Ia me separar por que ele era amante de sua esposa.

SESSHOUMARU – De Sara?

KIRA – Sim! Uma vez eu o vi saindo com ela! Ainda não sabia de quem se tratava, mas um tempo depois vi a foto dela nos noticiários na época de seu desaparecimento! Eu me senti tão humilhada e...

SESSHOUMARU – Senhora! Sara não era amante de seu marido! Ela estava grávida de mim, mas eu não culpo a senhora por pensar assim! Eu também cheguei a pensar isso na época, mas descobri que ela estava investigando o chefe.

KIRA – O senhor tem certeza? O meu Hitori não tinha uma amante?

SESSHOUMARU – Se ele tinha essa mulher não era Sara.

KIRA – Agora eu me sinto tão culpada! Hitori se matou porque eu ia pedir o divorcio! (ela coloca as mãos na cabeça) - Se eles não eram amantes, então o que faziam nesses encontros?

INUYASHA – Isso é o que queremos saber! Acreditamos que o assassinato de Sara tem ligação com o assassinato do irmão de Sango e das prisões injustas minha e de Sesshoumaru! Existe uma conspiração por trás de tudo isso.

KIRA – Conspiração?! (ela fica um pouco assustada) – Vocês estão de brincadeira, não estão?

SANGO – Ninguém aqui está rindo, senhora.

Kira se levanta da cadeira e começa a olhar começa a olhar para os lados, suas as mãos ficam tremulas e os três percebem que algo a incomodava.

SESSHOUMARU – Aconteceu alguma coisa, senhora?

KIRA – O que vou dizer pode parecer loucura, mas depois do que me disseram, eu não sei de mais nada.

INUYASHA – O que foi, senhora?

KIRA – Eu e Hitori temos uma filha, ela já é uma moça de 21 anos! Shiori sempre acreditou que o pai não se matou.

SANGO – Ela tem alguma evidência para ter tanta certeza?

KIRA – Antes não, pois era apenas um palpite, mas eu soube através do avô dela que ela recebeu uma carta anônima, quem escreveu a carta dizia que sabia a verdade sobre a morte de Hitori! O avô dela sempre tentou tirar da cabeça dela essas idéias.

INUYASHA – Onde está Shiori agora?

KIRA – Ela disse que ia para a biblioteca publica! Deve estar lá agora.

SESSHOUMARU – Isso é uma boa notícia! Jaken também está lá! Depois eu ligo para ele. (ele se aproxima de Kira) – Senhora! Por acaso reconhece alguém dessa foto. (ele exibe a foto para ela)

KIRA – Não! Não tenho a menor idéia de quem seja.

SESSHOUMARU – Obrigado assim mesmo! Não vamos incomoda-a mais.

INUYASHA – Vamos encontrar Kira para vermos essa carta! Talvez descubramos algo e...

KIRA – Tem uma coisa que devem saber! A carta não está mais com Shiori! Ela está com o avô dela.

SANGO – O avô dela? Seu pai?

KIRA – Não! Taibokoumaru é pai de Hitori e...

SESSHOUMARU – A senhora disse Taibokoumaru?! O mesmo Taibokoumaru que é o novo diretor financeiro do Grupo Naraku?

KIRA – Ele mesmo! Vocês o conhecem?

SESSHOUMARU – A minha atual esposa trabalha no Grupo Naraku! Sem falar que encontrei multas do carro dele nos pertences de Sara.

KIRA – O que querem dizer com isso?

INUYASHA – Que seu ex. sogro tem muito a explicar.

SANGO – E vamos obriga-lo a fazer isso o quanto antes.

Sango, InuYasha e Sesshoumaru estavam convencidos de que Taibokoumaru devia algumas explicações.


Próximo capítulo = Crimes prescritos – parte 2


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