Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 16
Crimes do passado - parte 3




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No escritório da promotoria, Kagome estava falando com Shippou pelo telefone, InuYasha, ainda no local, só observava. KAGOME – Você quer que o InuYasha te pegue na casa de Satsuki? SHIPPOU – Não precisa, Kagome, eu volto a pé. KAGOME – Tem certeza que já está bem? SHIPPOU – Eu estou ótimo! (ele mexe nos curativos do seu rosto) – São machucados de nada. (rindo) KAGOME – Então tome cuidado, te amo. SHIPPOU – Eu também. Kagome coloca o telefone de volta no gancho e em seguida olha para InuYasha, que a observava. KAGOME – O que está olhando? INUYASHA – Nada, eu só vejo o quanto está se parecendo com minha mãe. (sorrindo) – O Shippou sabe se cuidar. KAGOME – Mas acho que nunca vou deixar de me preocupar com ele. (de repente Miroku sai da sala) MIROKU – Kagome. (ele vai até ela) – Eu quero que digite o acordo com o ‘bandido prata’, depois imprima e faça cinco copias para distribuição. KAGOME – Pode deixar. Kagome pegou o acordo original, rasurado pelas modificações que fizeram, e começou a digitar no computador, InuYasha observava tudo. INUYASHA – A Kagome trabalha muito bem. MIROKU – Ela é ótima, você tem sorte de tê-la como esposa. (ele ia entra em sua sala até que o amigo se manifesta) INUYASHA – Miroku, o que você foi falar com a Sango? Você voltou e não falou nada. MIROKU – Eu não posso falar agora, InuYasha, em outra oportunidade eu te conto. INUYASHA – Ok! Então já vou indo. KAGOME – A gente se vê em casa, amor. (digitando sem olhar para o marido) INUYASHA – Até em casa, amor. InuYasha não queria mais atrapalhar o trabalho da esposa e por isso decidiu ir embora e naquele momento, Sango aparece diante de todos. SANGO – Miroku, precisamos conversar. MIROKU – Ok! Vamos até minha sala. INUYASHA – Olá, não é, Sango? SANGO – Olá, InuYasha! Desculpa-me por não prestar atenção, mas o assunto que quero falar com Miroku é urgente. INUYASHA – Eu já estava de saída mesmo, foi um prazer vê-la. InuYasha sai do escritório, Kagome continua a digitar o acordo no computador e o casal de namorados vai para a sala para conversar. MIROKU – Eu vou fechar a porta. (ele faz isso) – Em que posso ajudá-la? SANGO – O que sabe do processo que Sara movia contra Onigumo? MIROKU – Vamos do começo para entender. (ele se senta para ficar de frente com ela) – A PX Tecnologia fabricava discos de freios para automóveis, Sara era a responsável pela seleção de qualidade, no processo ela alegava que Onigumo usava material de segunda categoria para a fabricação, o custo abaixava, mas não os preços, Onigumo ficava com a diferença. SANGO – Você tem certeza? MIROKU – Tenho, eu vi os papeis, o desvio era obvio. SANGO – Ótimo! (ela se levanta) – Você pode testemunhar contra Onigumo, você viu as provas e... MIROKU – Você está achando que o Onigumo matou Sara? SANGO – Claro que sim! O seu depoimento deixa claro que ele matou ou mandou matar Sara. MIROKU – Onigumo não matou Sara! (ele abaixa a cabeça) – Se ele matou não foi por esse motivo. SANGO – O que? (se sentando de novo) – Do que está falando? Claro que ele é culpado. MIROKU – Sango, me escute por favor. (ele se levanta e a encara) – O Onigumo não matou a Sara porque a prova que ela encontrou não valia mais nada. SANGO – Explique, pois eu não estou entendendo. MIROKU – Um mês antes do desaparecimento de Sara, o primeiro ministro anulou todos os contratos com a PX Tecnologia por causa de um acordo internacional com a Europa, que fazia questão de fabricar seus próprios discos de freios. SANGO – Mas e os desvios de Onigumo? MIROKU – O Onigumo não teve tempo de desviar nada, ele deu azar, o processo só ficou sob sigilo porque o Grupo Naraku comprou a empresa e não queria nenhum escândalo, eu acho que foi daí que Naraku começou a controlar Onigumo. SANGO – Eu não acredito nisso! O Onigumo tem que estar envolvido. MIROKU – A única coisa que concordo é que esse processo tem alguma relação com o sumiço de Sara, os dois fatos aconteceram na mesma época. (ele volta a se sentar) – Acho que posso ajudá-la na investigação. SANGO – Posso saber como? MIROKU – Simples, eu vou propor um acordo! Darei imunidade sobre uma eventual confissão em troca ele nos da todos os detalhes e peculiaridades do processo para que você possa entender. SANGO – Eu não gosto disso! MIROKU – Mas esse é o único jeito de desvendar o caso. SANGO – Vamos passar no departamento de polícia antes de falar com Onigumo. MIROKU – Como quiser. MAIS TARDE Na sala do capitão Jinenji, ele escutava a proposta de Miroku, que era muito bem vista por Gatenmaru, mas Sango não estava gostando. JINENJI – Qual é o problema, Sango? SANGO – O problema é que se Onigumo for culpado como acho que é, essa proposta de acordo pode liberá-lo de tudo e ficará livre. GATENMARU – Mas você ouviu o Miroku, o Onigumo não tinha motivos aparentes para matar Sara. SANGO – Mas quem garante que ele soube da anulação do contrato antes do assassinato de Sara? Ele pode ter descoberto depois. MIROKU – Eu duvido! Essas informações são enviadas imediatamente para as diretorias de todas as empresas, ele ficaria sabendo mesmo que estivesse fora do país. SANGO – Mas vocês não vêem que é tudo manipulação? Que estão sendo enganados e... JINENJI – Pode parar, Sango! (chamando a atenção dela) SANGO – Mas capitão, eu... (ele a ignora e olha para Miroku) JINENJI – Acha que uma eventual acusação contra Onigumo poderia causar prejuízo ao departamento? MIROKU – Sim, ainda mais que o Grupo Naraku está tentando limpar sua imagem, isso seria ainda mais grave se essa acusação partisse da cunhada da presidente da empresa. (olhando para Sango) GATENMARU – Sango seria expulsa da polícia e o departamento teria que pagar milhões em indenização. JINENJI – Tudo bem! Você me convenceu, senhor promotor! Faça o acordo. SANGO – Estão cometendo um erro enorme. JINENJI – Gatenmaru! Miroku! Podem me dar licença para falar com Sango? Miroku e Gatenmaru saem da sala deixando Jinenji sozinho com Sango, o capitão queria ter uma conversa muito séria com a detetive. SANGO – Não permita o acordo senhor! Onigumo é culpado, só o temos de suspeito. JINENJI – Mas ficou claro que ele não tinha motivos para fazer isso, temos que ampliar o leque de opções de suspeitos e faremos isso se entendermos melhor o processo de Sara. SANGO – Façam como quiser. (ela ia saindo) JINENJI – Espere Sango! Ainda não acabou. SANGO – O que foi? JINENJI – O seu parceiro me confidenciou algumas atitudes suas durante a investigação que seria um erro ignorá-las. SANGO – Pode ser mais especifico, senhor? JINENJI – Gatenmaru alega que você está obsessiva com a culpa de Onigumo e pelo que vi a pouco, nem mesmo os argumentos contundentes de seu namorado foram suficientes para fazê-la mudar de idéia. SANGO – O Gatenmaru não tinha o direito de falar nada com o senhor. JINENJI – Engano detetive! Ele tinha o dever de me comunicar. (ele se levanta) – Pelo seu passado e por seu pai, que trabalhou durante anos nesse departamento, eu vou dar um voto de confiança a você, mas eu não quero mais acusações sem provas, não é assim que trabalhamos. SANGO – Sim senhor. JINENJI – Pode sair. Depois de levar uma bronca de seu chefe, Sango saiu da sala e se juntou a Miroku e Gatenmaru, os três iriam ao Grupo Naraku para falar com Onigumo e enquanto isso, Shippou estava no quarto de Satsuki conversando com a amiga. SHIPPOU – Onde está seu pai? SATSUKI – Ele disse que ia a clinica para que coletassem sangue dele. SHIPPOU – Por quê? SATSUKI – Parece que a minha mãe... quer dizer a Sara tinha um bebê quando morreu... era meu irmãozinho. (triste) – Era para um teste de DNA. SHIPPOU – Eu sei, mas eu vim aqui saber como está. SATSUKI – Como acha que estou? A mulher que pensei que tinha me abandonado, na verdade foi morta, a minha vida é cheia de mentiras, foi assim a vida toda. SHIPPOU – Não fique assim, Satsuki! (ele estava tentando animá-la) – Por que não saímos amanhã? SATSUKI – Amanhã? (ela deu um leve sorriso) – Pode ser uma boa. SHIPPOU – Eu e a Soten combinamos de sairmos amanhã, a gente pode ir todos juntos e... SATSUKI – O que?! (ela se levanta furiosa) - Você já tinha convidado a Soten para sair? SHIPPOU – Sim, por isso estou convidando você, vai ser bom se distrair. SATSUKI – Eu não tenho que me distrair. (ela se levanta da cama) – Eu posso ser convidada por vários garotos, não preciso ser estepe de ninguém. (ela abre a porta) - Agora pode ir. SHIPPOU – Mas eu mal acabei de chegar e... SATSUKI – Fora Shippou! (ela o puxa pelo braço e o expulsa do quarto) – Pode se divertir com sua nova amiga. Satsuki fecha a porta na cara de Shippou que ainda tentava argumentar com a filha de Sesshoumaru. SHIPPOU – Por que está tão brava? (batendo na porta) – Eu não posso ter mais amigos? SATSUKI – Vá embora, Shippou! (encostada na porta) SHIPPOU – Eu volto depois quando estiver mais calma. Shippou não entendeu a alteração de Satsuki e preferiu pensar que era por causa de Sara e assim foi embora de lá, já Satsuki ainda estava furiosa com o amigo. MAIS TARDE Nos corredores do prédio do Grupo Naraku, as pessoas comentavam a reunião que estava tendo na sala de Onigumo, entre essas pessoas estavam Rin e Kanna. RIN – O que será que houve? Até o Miroku veio. KANNA – Eu não sei, não estou com um bom pressentimento. RIN – O Onigumo deve estar encrencado. KANNA – Você é que nem o Kohaku! O Onigumo mudou. RIN – Eu vou voltar ao trabalho. (preferindo não discutir com a amiga) KANNA – Eu também, espero que não demorem muito. Kanna olhava preocupada para a sala de Onigumo, que naquele momento tinha acabado de ouvir o acordo feito por Miroku. MIROKU – E então, Onigumo? ONIGUMO – Então dentro dessa sala eu posso confessar um eventual crime e não ser preso? MIROKU – Isso mesmo! Nós só estamos fazendo isso para desvendar o assassinato de Sara. ONIGUMO – Eu aceito. (Miroku mostra um papel e Onigumo assina) GATENMARU – Agora pode falar. ONIGUMO – O que querem saber? SANGO – Quanto dinheiro a PX Tecnologia iria perder se a denuncia de Sara contra você chegasse aos jornais. ONIGUMO – Muito pouco! A anulação do contrato de fabricação de discos de pastilhas de freio invalidou qualquer ação indenizatória. MIROKU – A acusação de Sara contra você procede? ONIGUMO – Sim, a minha intenção era desviar o máximo de dinheiro para a minha conta, por isso eu comprei material de segunda linha, mas eu não tive tempo de aplicar o golpe, a anulação do contrato veio antes. GATENMARU – Sara tinha outros inimigos aqui? ONIGUMO – Eu era a pessoa com quem Sara tinha mais rixa, ela vivia pegando no meu pé, mas eu não tinha motivos para matá-la. SANGO – Antes de levar o processo adiante, ela veio até você? ONIGUMO – Veio sim! (ele fica com a cabeça baixa) SANGO – Então você sabia das intenções dela de te processar e por isso a matou, não é? (o encarando) GATENMARU – Sango! (chamando a atenção da parceira) ONIGUMO – Eu não matei ninguém! Será que isso não entra na sua cabeça? SANGO – Vocês viram, não é? Ele confessou um crime, isso é motivo mais do que suficiente para mandar matar Sara, pois ela sabia disso. ONIGUMO – Pelo acordo não podem me prender. (ao ouvir aquilo Sango avança em Onigumo agarrando-o pelo colarinho) SANGO – Seu miserável. (ao verem isso Gatenmaru e Miroku seguram Sango) MIROKU – Controle-se, Sango! GATENMARU – Isso mesmo! ONIGUMO – Eu quero vocês fora daqui! SANGO – Eu sei que fez algo contra ela e vou provar e aí você dança, Onigumo. (ainda sendo segura pelos dois) ONIGUMO – Querem saber de uma coisa? Eu vou contar como fazia quando recebia uma ameaça. MIROKU – Fale. (curioso) ONIGUMO – Quando Sara veio ao meu escritório dizendo que ia me delatar, fiz o que qualquer empresário faria, eu a ameacei, não de morte, mas de ruína financeira. SANGO – Do que está falando? ONIGUMO – Eu disse claramente para ela que se ela levasse o processo adiante, eu a faria ficar na miséria, dizia que ela e o marido teriam que vender todos seus bens para pagar advogados e custear processos e isso os levaria a ruína. GATENMARU – E como reagiu Sara? ONIGUMO – Isso é uma coisa difícil de admitir, mas ela não se curvou a mim, ela tinha coragem, disse na minha cara que iria continuar, mas o marido dela não ficou contente com isso. GATENMARU – Espere aí! Você disse marido? Quer dizer que o Sesshoumaru sabia de tudo? ONIGUMO – Claro que sim! E não estava nada feliz. MIROKU – Como sabia disso? ONIGUMO – Depois da reunião que tive com ela, pude ver na saída que eles estavam discutindo. SANGO – Isso é mentira! Está inventando isso para tirar sua culpa. ONIGUMO – Eu não estou mentindo, perguntem ao próprio Sesshoumaru. MIROKU – Acho que meu trabalho terminou. (ele saiu da sala) GATENMARU – Sabe o que isso significa, não é Sango? Temos um novo suspeito. SANGO – Eu não acredito. Sango tinha que se conformar e aceitar que Sesshoumaru se tornou um suspeito da morte da primeira esposa. MAIS TARDE De volta ao departamento, Gatenmaru relatou a Jinenji o comportamento de Sango diante de Onigumo, mas desta vez fez isso na cara dela. JINENJI – Isso é verdade, Sango? SANGO – Sim. (com as mãos para trás) – Mas isso não vai se repetir. JINENJI – Mas é claro que não! (ele se levanta) – Pois vou inverter o comando da dupla. SANGO – O que?! Não pode fazer isso, capitão! JINENJI – Tanto posso como já fiz. (ele olha para Gatenmaru) – Você será, temporariamente, o novo comandante da dupla, pelo menos até a conclusão dessa investigação. GATENMARU – Sim capitão! SANGO – Eu tenho mais tempo de polícia do que o Gatenmaru. JINENJI – A minha decisão está tomada, seguirá os comandos de Gatenmaru, eu sinto muito Sango, mas você não me deixou outra escolha. SANGO – Eu entendo. JINENJI – Podem ir. Gatenmaru e Sango saíram da sala de Jinenji, Sango estava visivelmente contrariada com a atitude de Gatenmaru. SANGO – Por que você me deu essa rasteira? GATENMARU – Não foi eu! Foi você mesma que colocou em risco a investigação, se continuasse a acusar Onigumo, duvido que conseguíssemos levantar uma suspeita sobre Sesshoumaru. SANGO – O Sesshoumaru não matou Sara! GATENMARU – Eu não estou dizendo que matou, mas precisamos investigar todas as probabilidades, agora vamos! Sango não estava gostando de receber ordens de Gatenmaru e assim eles foram para a casa de Sesshoumaru. MAIS TARDE Já estando na casa de Sesshoumaru, a dupla de detetives foram interrogar o anfitrião e logo colocaram a par da afirmação de Onigumo, de que ele sabia do processo movido por Sara, que entrava em conflito com o depoimento dele. GATENMARU – Senhor Sesshoumaru, não adianta negar, pois falei com Neka, colega de Sara, e ela afirmou que o senhor esteve presente no dia em que Sara falou com Onigumo. SESSHOUMARU – Sim, é verdade! SANGO – Por que mentiu para nós? SESSHOUMARU – Olha detetive, é muito complicado explicar e... GATENMARU – Tente. (seco) SESSHOUMARU – Eu nem tinha 30 anos e estava começando a adquirir credibilidade no jornal, demorei muito tempo para conseguir isso, aquele processo nos arruinaria, eu tentei convencer Sara a desistir daquilo, mas ela estava irredutível e sem falar que naquela época eu já sabia do amante dela por isso que briguei com ela naquele dia, falei que uma pessoa que tinha um caso não tinha moral para processar ninguém. GATENMARU – Acontece que temos informações de que esse homem de 20 anos não era amante de Sara. SANGO – O que acabou de dizer coloca sua posição em risco, você pensava que ele tinha um caso, que até agora não foi comprovado. SESSHOUMARU – Então me digam, o que esse homem e Sara faziam nesses encontros às escondidas? GATENMARU – Ele estava dando uma assistência jurídica sobre o processo contra Onigumo. SESSHOUMARU – Pelos relatos da polícia, esse home devia ter uns 20 anos, se Sara quisesse mesmo assistência jurídica procuraria um advogado de renome ou no mínimo mais experiente. (ele se levanta exaltado) – Eu não matei Sara! SANGO – Todos os que foram investigados colaboraram, Neka, Miroku e até o Onigumo colaborou, portanto abaixe o tom de voz! SESSHOUMARU – Você disse Miroku? O que ele tem com isso? SANGO – O Miroku? (meio nervosa) – Nada! (Gatenmaru intercede) GATENMARU – Miroku foi o promotor que fez o acordo para que Onigumo falasse, é só isso. SESSHOUMARU – Ok! Mas seja como for, eu não estava em Tóquio quando Sara desapareceu. SANGO – Vamos verificar. GATENMARU – Acho que acabamos por aqui, manteremos contato. Gatenmaru olha feio para Sango e os dois saem da casa de Sesshoumaru e ao entrarem no carro, eles conversam. GATENMARU – Mas que descuido foi esse, Sango? Não devia der tido o nome de Miroku. SANGO – Me desculpe, mas escapou quando ele levantou a voz. (ela olha para ele) – Acha que ele desconfiou que o Miroku era o homem que se encontrava com Sara? GATENMARU – Acho que não, por sorte ele fez o acordo com Onigumo e deu para usar isso como desculpa. SANGO – Acha que ele está mentindo? GATENMARU – Sim, essa história de que estava com medo de perder tudo não cola, ele achava que a esposa tinha um caso, pode muito bem ter decidido matá-la. SANGO – O que faremos agora? De acordo com os policiais da época, ele não estava na cidade quando Sara sumiu. GATENMARU – Ele pode ter mandado alguém fazer o serviço para ele, vamos seguir o dinheiro e talvez achamos algo. HORAS MAIS TARDE De volta ao departamento de polícia de Tóquio, Sango e Gatenmaru passaram a tarde toda investigando a movimentação financeira de Sesshoumaru na época do desaparecimento de Sara até que Gatenmaru descobriu algo que poderia ser relevante ao caso. GATENMARU – De uma olha da nisso. (apontando para tela do computador para Sango) SANGO – O que descobriu? (indo até lá) GATENMARU – Sesshoumaru tirou da sua conta dois cheques de cem mil ienes, um antes e outro depois do dia do desaparecimento de Sara. SANGO – Sabe para quem foi o cheque? GATENMARU – Para Jardins Belos! Uma empresa que cuida de jardinagem e coisas do tipo, mas o mais interessante é quem é o dono dessa pequena empresa. (ele aponta o nome para ela ler) SANGO – Nagashi! O que ele tem de especial? GATENMARU – Hoje ele cumpri 10 anos de prisão por roubos, estelionato e assassinato. SANGO – Então vamos falar com esse Nagashi? GATENMARU – Claro que sim! Precisamos saber por que ele cobrou duzentos mil ienes para cuidar de um jardim. A ironia de Gatenmaru fazia sentido, pois aquele valor era demasiado alto para se cuidar de um jardim e enquanto isso, na promotoria, Kagome mostrava para Miroku a copia do acordo que irá propor ao advogado do ‘bandido prata’. MIROKU – Está bom! Muito bom, Kagome! Agora só falta a aprovação da promotora chefe. KAGOME – E quando ela virá? MIROKU – Ela já está para chegar. (olhando no relógio) – Mas tenho certeza de que ela irá aprovar. KAGOME – Precisa de mim para mais alguma coisa? MIROKU – Pode ir Kagome, eu posso cuidar de tudo sozinho. E assim Kagome pega sua bolsa para ir embora para casa e naquele momento, para surpresa dela, Sesshoumaru aparece diante dela e ele parecia nervoso. KAGOME – Sesshoumaru? O que faz aqui? SESSHOUMARU – O Miroku está? KAGOME – Está lá dentro. (apontando para a sala) – O que foi? Sesshoumaru não quis responder e foi logo entrando na sala onde encontrou Miroku sentado na cadeira olhando alguns papeis. MIROKU – Sesshoumaru?! Em que posso ajudá-lo? (Kagome veio depois) KAGOME – Miroku, ele foi logo entrando. MIROKU – Tudo bem, Kagome. (ele olha para Sesshoumaru) – Fale, Sesshoumaru. SESSHOUMARU – Era você não é? MIROKU – Eu o que? KAGOME – Do que ele está falando? SESSHOUMARU – Você e Sara tinham um caso, não é? E nem adianta negar, pois sua descrição da época bate com o do homem que se encontrava com Sara. Sesshoumaru bateu na mesa e Miroku tinha percebido que de alguma forma o jornalista soube de sua ligação com Sara e não tinha como negar. MIROKU – Eu conheci Sara, mas não é o que você está pensando. SESSHOUMARU – Você tinha um caso com Sara, a matou e depois tentou jogar a culpa em mim. (Miroku se aproxima dele) MIROKU – Olha Sesshoumaru, isso não é verdade e... Miroku não tem tempo de terminar a frase, pois é acertado com um murro na cara desferido por Sesshoumaru, o promotor de justiça cai no chão e é imediatamente atendido por Kagome. KAGOME – Você está bem, Miroku? MIROKU – Estou! (com o canto dos lábios sangrando) KAGOME – O que pensa que está fazendo, Sesshoumaru? Como pode acusar o Miroku de matar sua primeira esposa? SESSHOUMARU – Pergunte a ele, já que ele tinha um caso com Sara. Eles não tinham percebido, mas Midoriko, a promotora chefe, estava ali e tinha ouvido todo o relato de Sesshoumaru. MIDORIKO – O que significa isso, senhor Miroku? MIROKU – Isso não é verdade! Pergunte aos detetives Sango e Gatenmaru. SESSHOUMARU – Eu já vou embora, já dei uma lição nesse daí! Sesshoumaru sai do escritório de Miroku, o promotor teria muitos problemas para explicar esse caso para Midoriko e enquanto isso, na penitenciária, Sango e Gatenmaru falavam com Nagashi e ele contou do trabalho que fez para Sesshoumaru. NAGASHI – Eu cuidei do jardim de Sesshoumaru. GATENMARU – Mas parece que cuidou da esposa dele também, não é? NAGASHI – Não sei o que está falando. SANGO – Você ganhou 200 mil ienes para cuidar de um jardim? Acho que devia entrar no ramo de jardinagem. NAGASHI – Vocês acham que matei essa tal de Sara, não tem nada que me incrimine. GATENMARU – Por enquanto não! Mas pedimos os exames de balística do crime que você cometeu antes e vamos comparar com a bala que matou Sara, se elas saíram da mesma arma, você estará encrencado. (eles percebem o nervosismo de Nagashi) NAGASHI – Podem fazer isso? SANGO – Podemos sim e vai pegar pena de morte se ficar comprovado sua culpa. NAGASHI – Ok! Eu conto tudo. Nagashi contou que Sesshoumaru encomendou a morte de Sara por ela ter um amante e contou também que no dia seguinte a esse pedido, levou Sara para uma floresta no carro dela e em seguida a matou, no dia seguinte recebeu o resto do dinheiro. Esse relato incriminava Sesshoumaru, ao que parece a dupla de detetives tinha resolvido o caso, Sesshoumaru era o mandante do assassinato da primeira esposa. Próximo capítulo = Crimes do passado – parte 4

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