“You're the voice I hear inside my head” escrita por Douglas Antônio


Capítulo 4
Dive


Notas iniciais do capítulo

Pessoal peço desculpas, mas ontem não consegui postar como combinado de uma vez por semana. Segue o capitulo que deveria ser postado ontem, então. Boa leitura para todos
;)



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No outro dia, quando acordei. Joe já havia saído, não havia bilhetes, mas uma mesa de café completa que parecia que não havia sido tocada. Eu sabia que deveria estar aliviado por aquele garoto ter me largado de lado, mas a verdade que isso me incomodava. Eu sentia que deveria dar uma explicação para ele, só não sabia quando voltaria e se voltaria.

Depois de tomar café, liguei a TV para ver o que estava passando. E enquanto isso pensava no que fazer com o resto do meu dia. Meu celular tocou. Número desconhecido.

—Alô! – Atendi.

—Está ocupado? – Não precisava se identificar para saber que era Joe.

—Na verdade acabei de acordar e estava terminando de tomar café. – eu disse.

Silêncio.

—Onde está?

—Tive que gravar participações em dois programas e uma coletiva de impressa. – disse ele friamente.

—Então por que ligou?

—Estava querendo saber sobre seus planos para o almoço.

—Ainda não tenho. Na verdade não sei o que vou fazer agora.

—Tenho um lugar em mente. Quer ir comigo?

—Seus irmãos ou seu agente não vão achar estranho, não?

—Eles não vão. Querem ir numa loja no shopping.

—E por que você não vai?

—Porque prometi a você mostrar o meu lado que não é o que a mídia expõe.

—Tudo bem. – disse por fim.

—Esteja pronto em 40 minutos que o carro vai te buscar.

—Acho que posso dirigir até lá se me passar o endereço.

—E quem disse que vamos de carro?

—Não?

—Apenas parte do caminho, na outra parte vamos de helicóptero.

—Onde vamos?

—É uma surpresa, mas garanto que vai gostar. – terminou ele, desligando o telefone.

40 minutos depois, telefonaram para o meu apartamento me informando que o carro que havia pedido já estava me aguardando. Eu estava pronto, mas não tinha a certeza se era a roupa certa. Não sabia onde eu iria. Decidi por uma camisa polo preta, bermuda branca e sapato. Ao entrar no carro o motorista me entregou um pacote. Olhei para ele, esperando que ele soubesse de algo. Mas ele começou a dirigir em silêncio. Parecia que ele foi instruído para isso.

Quando abri a caixa, encontrei um colar com uma pequena pedra de lápis-lazúli. E um bilhete.

“Aceite esse presente, como um pedido de desculpas por ontem. E por minhas reações que talvez estão longe de ser o que você espera. Espero que possamos esquecer isso e aproveitar esses momentos.

Joe ”

Ele não sabia, mas aquela era minha pedra favorita. Os pensamentos tomaram conta de mim. Aquelas não eram as férias que eu imaginava. Eu acreditava que naquela semana que eu havia tirado para mim, era para que eu pudesse resolver minha vida. Não tornar ela mais complicada do que já era. Foram tantos pensamentos rodando em minha cabeça que nem percebi que o carro havia parado.

Só percebi que havia algo estranho quando o motorista olhou para trás por um momento de ficou esperando alguma reação minha.

—Já chegamos. – disse ele.

Olhei em volta para ver se reconhecia o lugar, mas não era nenhum restaurante ou ponto turístico que eu havia lido na internet.

—Onde estamos? – eu disse por fim.

—Só me pediram para que eu trouxesse o senhor até esse endereço. Não tenho mais nenhuma informação. – disse ele, se virando para frente.

Suspirei e sai do carro. Eu mal havia fechado a porta quando o carro arrancou. Olhei em volta. Não era uma região com muito movimento. Então segui para dentro do prédio que aquele senhor havia me deixado em frente. Era um prédio com muitos andares e bastante luxuoso. Muitas pessoas andando para todos os lados, todos muito bem vestidos. E isso me fez pensar duas coisas: a primeira que eu estava no prédio errado e a segunda, que se eu estava no prédio errado e perguntasse pelo Joe, todos iam zombar de mim, fazendo com que a situação fosse ainda mais embaraçosa.

Quando estava pronto para seguir até a saída. Ouvi uma jovem chamar meu nome. Ela usava uma camisa social branca e saia preta e sapatos de salto. Não era muito alta, mesmo com os sapatos de salto. Seus cabelos estavam soltos e escondiam um pouco do seu rosto, enquanto ela mexia num tablete.

—Me chamo Jane, peço que espere apenas um segundo. – disse ela. Seus olhos pequenos e puxados percorriam rapidamente o conteúdo do tablete. – Pronto. – disse ela após alguns minutos.

—Nosso helicóptero nos aguarda no último andar. – disse ela, seguindo em direção ao elevador, mas parou quando viu que não estava seguindo ela.

—Helicóptero?

—Sim. – disse ela. – O senhor Joe Jonas aguarda o senhor.  – disse ela baixinho.

Assenti então. Dei um suspiro longo e segui ela. Eu nunca havia andando de helicóptero e o frio da barriga estava falando bem alto, principalmente pelo meu medo de altura. Mas não havia como desistir agora, eu não queria desistir. E então entrei no helicóptero.

Após uns 20 minutos, nós aterrissamos na beira de uma praia. Joe estava diferente da última vez. Havia cortado o cabelo. Usava óculos escuros e bermudas apenas. Ele fui em sua direção e ficamos em uma situação bem embaraçosa na hora de se cumprimentar. Não sabíamos se dávamos a mão um ao outro ou se abraçávamos. Então ele seguiu e eu fui atrás dele.

—Como foi andar de helicóptero? – disse ele.

—Não foi tão ruim. – eu disse, fazendo careta para ele.

O gelo parecia que havia se formado. A conversa se perdia. Ele seguia alguns passos à frente. Até eu pegar ele pelo o braço.

—Espere. – disse por fim. – Eu quero dizer algo. – disse fitando o chão.

—Não se preocupe. – disse ele. –Olhe para mim. – Com certa relutância eu fiz. Eu sei que você vê o Joe que a mídia vende ainda, mas eu pretendo acabar com isso. Ainda tenho mais três dias. O que quiser me falar, me fale ao menos no terceiro dia. Além disso, a pedra combinou perfeitamente em você.

—Obrigado. – eu disse. – É minha cor favorita.

—Isso é bom, mostra que você tem muito mais em comum do que pensa com ela. – disse ela.

—Ela? – eu perguntei.

—Sim. – disse ele apontando para uma casa de madeira alguns metros dali. Na entrada estava aquela que eu havia me tornado o maior fã, aquela que desde anos atrás, quando eu conheci sua música pela primeira vez eu sonhava conhecer. Demi Lovato estava ali, alguns metros de mim e eu não sabia como reagir.


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