O passado bate na porta... escrita por Lia Winchester Somerhalder


Capítulo 16
Escuridão e esperança


Notas iniciais do capítulo

Serio gente me perdoem a demora!!
infelizmente eu tive um horrível bloqueio de escritor e não conseguia escrever mais nada.... muito menos finalmente terminar e postar esse capitulo
espero que não tenham desistido de mim e da historia!
bjsss e boa leitura *---*



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Banker- 15 de Junho de 2015, Mary Monstom

Certo.... já faz 7 meses em que estou grávida... e ual... nunca me senti tão feliz. Graças aos bons deuses do Olimpo minha gravidez estava normal e sem nenhum problema. Abro meus olhos em mais uma manhã, esta tudo meio gelado.... afinal a época mais fria do ano se aproxima. Viro-me na esperança de ver Sam mas, quando olho vejo que  já saiu. Sento-me na beira da cama esfregando as mãos, estava mais frio do que imaginei, levanto pegando o roupão... algo caiu no chão, é um pequeno papel dobrado. Olho por um tempo sem me mover... tomo uma atitude e pego o papel, minhas mãos estão tremendo... desde o natal.... não pensei mais neste misero papel mas... abro:

Por que sou tão emotivo?
Não, não é uma boa visão
Preciso de algum controle próprio
E bem no fundo, eu sei que isso nunca funciona

Solto um suspiro.... quem... quem escreveu isso?... quem... quem.... ? Aperto o papel na mão com força chegando a amassa-lo, "quando eu irei descobrir?" matuta minha mente. Resolvo deixar novamente o papel no bolso e caminho ate a cozinha. Chego e começo a fazer um maravilhoso café naquela cafeteira nova, quando coloco o pó de café para escoar sinto uma pontada, e mais outra... forte. Corro ao sofá me sentando.

— Haaaaaa Annie e Jonh por favor não machuquem a mamãe fiquem firmes e fortes não é hora de nascer- solto um gemido porque a dor piorou... fico por uns instantes deitada apenas respirando tentando acalmar meu corpo, passou se o que? Uns 10.. 15 minutos? Não faço ideia mas a dor parou. Fico aliviada, coloco a mão sobre a barriga acariciando-a.

— Meus pequenos...-sussurro- não assustem a mamãe assim.- digo encostando a cabeça no sofá. Olho para o teto... mas ainda seguro minha barriga. Pequena Annie

.... sorrio... é o nome em homenagem a minha mãe, uma lagrima brota do meu olho ao me dar conta que sinto tanta sua falta. Jonh... humf.. esse nem precisa comentar... homenagem ao grande pai dos Winchester... de Sam.. (bank) ouço o barulho da porta.

— Mais um caso resolvido... quero um bom whisky depois disso- ouço Dean descendo as escadas.

— Mais um grande dia rapazes?- pergunto.

— Com certeza querida Mary- respondeu Dean

— Não sou querida já falei isso tantas vezes.

— Haaa você sabe como eu amo te irritar- ele responde indo para as resevas e pegando um bom whisky.

Sam se aproxima, logo me beijando.

— Tudo bem?- ele pergunta

—Sim... só um pequeno susto, mas não foi nada.

— Certeza?

— Claro que sim... relaxe Sam não ira acontecer nada com nossos pequenos, nada.. eu sou forte, você sabe disso. Ha e também nada comigo- falo dando um pequeno sorriso. Ele me encara e logo relaxa no sofá. Eu deito em seu ombro e fecho os olhos... tento adormecer .

1 mês depois...

Estou na cama, olho para a janela e vejo a neve. Neve... algo branco que quando se olha da esperança e conforto, mas possui um pouco de escuridão e tormento. Estou em um quarto de hotel, ultimamente ando sentido muitas dores, o médico disse que são contrações e que é um pouco normal, só não posso ser deixada sozinha, foi esse seu conselho. Depois desse rolo todo Sam e Dean não desgrudaram mais do meu pé, agora pra onde eles vão tenho que estar junto, só não participo das caçadas, era o que me faltava. Sento-me e olho para a porta meio aberta, Sam esta de um lado para outro, parece aflito.

— Dean você tem que conseguir sozinho..... não, não...... man... você quer que eu faça o que........... risco de vida!?... não....

Saio de traz da porta e vejo Sam ao telefone, algo grave deve ter acontecido

— Sam...- chamo-o e pego em seu rosto- vai ajudar seu irmão

— Não May.....

— Shiiiiu, não quero saber vá agora.

(...)

Ele sai e o quarto do hotel fica completamente em silencio. Meus pés ardem no chã frio, mas não fico incomodada. Olho pela janela, vejo pequenos flocos de neve cair... caminho ate a porta e fico em pé na varanda, fecho meus olhos e consigo senti-los tocando delicadamente meu rosto e deixando tudo dentro de mim mais frio, como eu disse a neve pode ser bela, mas também há uma escuridão nela. Estou tão distraída que o que acontece a seguir... bem não achei uma explicação.

De alguma forma algo me levantou e me jogou pra longe, cai de costas na parede próxima a porta do banheiro do hotel, minha visão estava turva, e minha barriga parecia que iria explodir de dor.

— Nãoo...- gritei segurando-a...- não esta na hora vocês não podem nascer- e quanto mais eu me desesperava, parecia que a dor piorava. Quando olhei a minha frente não consegui ver ninguém, mas senti algo segurando meu rosto e depois dois socos, foi quando eu senti também a bolsa estourando e o liquido escorrendo entre as minhas pernas.

—Não, não, por favor me deixa em paz... salve meus filhos- eu falava coma voz tremula e chorando, outro soco na cara. Senti a face ardendo e as lagrimas mais quentes escorrendo pela minha face. Vi uma luz, ela estava na entrada de alguma forma, e quando a vi me senti segura, não lembro do que aconteceu em seguida, mas lembro de me rastejar para perto da banheira, ligar a água e entrar dentro dela. Depois de ler algumas coisas e ver alguns filmes eu sabia que o melhor jeito de ter um filho era em uma banheira com água, principalmente estando sozinha e sem o que fazer. A dor estava tão forte que eu não conseguia nem o que pensar direito, tudo girava e eu não conseguia ver quase nada a minha frente. Lembro de ter gritado e forcado para meus filhos nascerem, passarem por mim e eu segura- los em meus braços, lembro que no quarto do hotel  havia uma guerra entre dois seres, um tentava me matar e o outro me protegia, lembro te ter apagado... eu nunca deveria ter apagado...

P.O.V Castiel

— Pai!!- eu gritei na beira da porta do hotel- Eu não vou deixa-lo mata-los

— Você esqueceu de quem manda aqui filho?- ele me olhou de uma forma cruel, em outros tempos eu não acreditaria que aquele era meu pai... que aquele era Deus.- As crianças não podem nascer, seria o fim, seriam a destruição.

— Sempre há uma maneira, eu sei, aprendi isso na terra com eles os que você escolheu... os Winchester.

— Ha?- ele falava de uma forma irritamente irônica- estaria disposto a pagar o preço? Haver mais sofrimento? Valeria a pena? Por uma humana? Uma humana? Isso é mesmo o preço que quer?

— Sim - respondi e ataquei, era inútil, ele era Deus.

— Você não sabe nada da profecia meu filho- disse ele enquanto eu o enforcava-o.

— Profecia?- eu respondi e ele desapareceu e resurgiu mais perto da banheira onde estava Mary...

— As crianças estão destinadas, pelo menos uma delas, preciso acabar logo com o serviço antes que a segunda seja nossa destruição.- Quando me dei conta deus já estava com o menino em suas mãos.... o pequeno Jonh.- Ele não sentirá dor- disse e passou a mão por cima dela e a criança que antes estava chorando parou de se mover e fazer som... o que senti foi inexplicável, mas antes que eu pudesse gritar ou fazer qualquer outra coisa ele simplesmente desapareceu. Quando olhei a criança morta jogada pelo chão senti minhas forças se esvaziando... o mundo girando... foi a pior sensação do mundo.

Senti que estava voltando ao mundo quando ouvi um outro choro, desesperado eu corri ate a banheira e peguei a pequena Annie em meus braços ainda presa com o cordão umbilical.

—Vai ficar tudo bem minha little angel... papai vai sempre estar com você, eu sempre vou proteger você e a mamãe.

Usei meus poderes para cortar o cordão umbilical e abraçar minha filha em meus braços... era estranho porque eu sentia uma aura completamente diferente de um ser humano, eu conseguia sentir o poder da luz nela, eu sentia esperança apesar de toda a escuridão em volta...

— Vocês duas são extraordinárias...- eu falei já chorando e colocando nossa linda filha nos braços de Mary- lembre-se disso. Usei meus poderes para curar todos os machucados de Mary e de todo o sangue que ela havia perdido no parto. E depois com um beijo na testa de ambas eu voltei para meu confinamento... eu voltei para o céu... eu precisava de respostas... e jamais desistiria...

P.O.V Mary

Abro meus olhos e a luz me cega um pouco, sinto meu corpo gelado por causa da água, mas também algo quente em meus braços.

—Annie... Jonh... conseguimos... con..- é quando vejo que há apenas a pequena Annie em meus braços- Jonh?- minha voz sai falhada e olho para fora da banheira pelo chão... quando o vejo... nunca tinha visto algo tão horrível na minha vida- JONH!- agora sai como um grito em seguida de um choro... um choro profundo e com tanta dor que eu achei que morreria ali mesmo- Por favor não!!- eu não conseguia parar o desespero estava completo, eu não conseguia mais me mover ... a cena dele... caído no chão, o sangue espalhado o corpo azul de tão gelado... nenhuma mãe deveria ver seu filho morto daquele jeito... eu nem ao menos... eu nem ao menos o tinha segurado, abraçado, beijado, falado que amava-o, nada!!! Senti parte de mim voltando quando ouvi o choro dela... o doce choro dela...

— Annie..? minha garotinha linda- eu falei com voz baixa e melancólica, segurando-a mais perto do meu peito...- Minha luz, minha esperança. Nunca vão machucar você, eu jamais vou deixar!

Ela continuou a chorar, mas com isso meu coração começou a se aquecer, minha vontade de viver foi ressurgindo cada vez mais quando eu a ouvia...

—Annie... você é extraordinária!

 

"Não importa o quão frias e distantes as pessoas podem se tornar. Dentro, algo ardente e precioso permanecerá. Algo que nunca mudará. Para mim, isso é o que é família."-Clannad


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Notas finais do capítulo

opinioes?? *--* bjs até a proxima



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