P.O. V PATCH

Quando cheguei ao local onde Nora estava ela estava totalmente acaba chorava tanto que aquilo partia meu coração. Eu corri até ela e abracei-a

–Anjo...

–Patch... –Ela sussurrou fraco.

–Hei calma eu estou aqui... –Desgrudei o corpo dela o máximo para que eu pudesse olhar seu rosto. –Anjo você disse que foi uma tal de Lisa e um cara chamado Hank que pegaram as crianças antes do horário de saída?

–Sim segundo me disseram na secretária. Por quê?

–Por nada. Vamos para casa a gente conversa melhor lá.

–Está bem.

Nora estava tão angustiada, abatida que mal conseguia andar então a carreguei-a até o Jeep e disse que depois ligaria para Ethan e pediria para que pegasse o carro dela aqui.

Levei-a para a casa onde morávamos antes de rompermos. Chegando lá a tirei de dentro do carro e a levei-a para dentro a sentei-a no sofá e Nora voltou a me abraçar e a chorar novamente. Ela chorava tanto e tremia muito.

–Calma anjo... Vamos tê-los logo de volta. –Disse passando a mãos por seus cabelos.

Duas semanas depois.

Nora estava ficando comigo onde morava eu já havia ido atrás de Lisa, porém não havia encontrado em nenhum lugar de qual ela frequentava.

Nora não comia apenas bebia alguns copos de água que é para poder tomar a vitamina que ela tinha que tomar todos os dias por causa da gravidez. Eu já estava ficando preocupado com ela por causa disso tinha medo que algo acontecesse a ela e a criança que ela carregava. Eu tinha a plena consciência de que se ela chegasse a perder o bebe que esperava sem encontrar Emily e Jev o estado dela pioraria. E muito.

Outra noite que saio para procurar Lisa e não a acho sem contar que aquilo já estava me deixando aflito. Voltei para casa para ficar com Nora o resto da noite.

Quando entrei em casa ela estava deitada no sofá vendo um programa qualquer na TV sentei-me colocando a cabeça dela em cima da minha perna e acariciando até que ela adormeceu e eu subi com ela nos braços para o quarto a deitei-a na cama e a cobri.

Estava acariciando seu rosto quando ouvi o celular tocar desci correndo para pega-lo e quase cai no final da escada.

–Alo? –Disse ofegante.

–Patch?

–Quem fala?

–Jura que não reconhece? Sou eu Lisa

–Oque quer? –Disse deixando evidente a minha raiva.

–Hei calminha ai. Fiquei sabendo que está à procura de seus filhos.

–Sim estou e eles estão com você.

–E sim... Eles estão comigo e é criança adorável Nora soube como educa-los.

–Sim Nora é uma ótima mãe. Mas oque pretende fazer? Porque pegar meus filhos?

–Oh meu caro Patch você não se lembra? E claro você não deve se lembrar de mesmo né? –Eu já estava ficando confuso quando ela esclareceu tudo. –Lembra-se daquela garota antes de Nora aparecer em sua vida que era louca por você? Aquela garota que tinha toda sua atenção antes de Nora? Aquela que você dizia amar? Aquela que você amava todas as noites?

Fiquei de boca aberta. E agora eu compreendia o por que. Eu nem me lembrava de Lisa. Desde que Nora chegou a sua vida deixei todas as outras mulheres de lado apenas para fazer uma só feliz. E eu não havia me arrependido da minha escolha.

–Isso é passado Lisa.

–Para mim não Patch. Você não faz ideia o tamanho do buraco que deixou em meu peito. Em quantos pedaços partiu meu coração. E agora eu tenho a chance de fazer o mesmo com o seu. Posso matar a Nora e deixa-lo desolado acabado ou posso matar as crianças. Mas seria muita covardia da minha parte fazer isso por isso quero uma troca.

–Que tipo de troca?

–Nora por Emily e Jev.

Meu mundo parou naquele momento. E eu não respondi.

–Bom retornarei amanhã neste mesmo horário e espero que você tenha um resposta.

Deixei meus olhos escorrerem as lágrimas que tanto havia segurado durante aquelas semanas. Ajoelhei-me chorando. Eu não podia fazer essa troca. Nora estava grávida. “Não eu não posso” Eu disse para mim mesmo.

Fui para o quarto onde Nora estava dormindo acariciei seus cabelos, seu rosto e voltei a chorar baixinho. Eu queria Emily e Jev de volta, mas eu não podia trocar Nora e o bebe que estava a caminho. Eu a puxei para meu peito e fiquei-a observando dormir. Eu não podia contar a ela sobre essa ligação porque com certeza ela iria querer fazer oque Lisa pediu. Mesmo que eu batesse o pé e dissesse que não era capaz dela fazer por minhas costas.

E de certa forma o medo me dominava agora. E tudo oque eu sentia era medo. Por ela e pelas crianças.