– John? - Sherlock se ajeitou no tórax do namorado, sua voz ainda um pouco eufórica, devido ao sexo que eles tinham acabado de fazer. – Você se lembra de como tudo começou?

Watson deu um sorriso satisfeito, a noite realmente superara as expectativas. – Hã... Quando nós realmente viramos um casal?

– Aham. – o detetive falou lentamente.

– Acho que sempre fomos, mesmo quando não éramos. – de uma maneira distraída, Watson passava os dedos pelos cabelos do seu amante.

– Você sabe que essa frase não tem sentido, não é?

– Sherlock, como você consegue ser tão chato?! – o loiro fingia uma falsa chateação.

– Não sou chato! - Holmes protestou enquanto mudava de posição, sentando-se no colo do mais velho. – Vamos, me diga! Quando você acha que tudo começou?

– Querido, você deste jeito não vai me deixar pensar.

– De que jeito? – Sherlock movimentou seu quadril um pouco, o que arrancou um leve gemido do militar. Não demorou muito para que o detetive percebesse o volume na calça do médico.

John olhou para baixo, percebendo a situação. Logo no início do relacionamento, isso costumava deixá-lo um pouco envergonhado e corado, mas agora ele sabia tirar proveito da situação. – Oh, Sherlock! – ele gemeu mais alto e deitou Sherlock, em poucos momentos John encontrava-se por cima do detetive novamente. – Agora eu quero de novo! – o mais baixo começara a trilhar um caminho pelo peitoral de Holmes com seus lábios. Quando chegara bem perto do seu objetivo, o detetive o impediu.

– John, agora não. Primeiro eu quero saber como você acha que nossa relação passou de amizade para sua boca na minha virilha.

Os dois não aguentaram e riram daquele comentário.

– Foi como eu disse, acho que desde o início nós já sentíamos algo um pelo outro, só não sabíamos. - Watson tinha se levantado e se posto ao lado do seu namorado. – Mas acho que era bem perspectivo, já que todos comentavam sobre nós dois.

– Estava tão na cara assim? E por que eu não percebi?

– Acho que você tinha percebido, pelo menos no seu subconsciente, só não queria admitir. – John soltou uma risada e se encostou no ombro do mais alto. – Afinal, foi você quem me beijou pela primeira vez!

– Fique sabendo que eu estava fora de mim, Moriarty estava me deixando louco com tantas perseguições. – o detetive fez uma pequena pausa. – Aquele dia particularmente eu estava me sentindo um inútil, não conseguia resolver uma simples charada. E chego em casa, e vejo você chorando por causa de um sumiço meu de 3 dias. Foi naquele momento, John, – os dois se olhavam profundamente. - que eu percebi que te amava. E, de qualquer jeito, você também me beijou de volta.

– Acho que eu nunca vou me esquecer daquele dia. Eu, Mycroft, Lestrade e Molly já tínhamos perguntado a todos. E ninguém tinha te visto. Todos nós estávamos devastados, mas acho que eu era o pior.

– Lamento muito por te fazer sofrer, lamento por ter feito você passar por tudo aquilo. – Sherlock deu um beijo casto no topo da cabeça de John.

– Oh, Sherlock, eu não fazia ideia de como você era importante para mim. Então, no terceiro dia, quando eu estava saindo do flat do seu irmão, ainda sem notícias suas, Lestrade veio falar comigo.

– E ele perguntou o quê?

– Há quanto tempo nós dois estávamos namorando. É claro que no momento eu fiquei enfurecido. Mas depois ele me acalmou, e disse que meus sentimentos eram mais do que amizade.

– Então eu tenho que agradecer ao George por fazer você descobrir que me ama?

– Sim, – John chegou bem perto do lábios bem desenhados do moreno. – e o nome dele é Greg!

– John, eu te amo! Você é meu porto seguro.

– Eu também te amo detetive.

Eram momentos como aquele nos quais John mais amava Sherlock, eram momentos como aquele em que tudo valia a pena e fazia sentido.

E eles se amaram novamente na cama que agora dividiam.