Acordei com o barulho do alarme do banco ecoando pela delegacia. Um assalto, não tive muito tempo para pensar, peguei a cartola e o rifle e sai correndo. O banco não era longe, e eu conhecia cada rua,beco e atalho de Piltover. Chegueirápido mas os bandidosjáestavam fugindo, reconheci os buracos nas paredes, era ela, sempre quebrando tudo. Já era a terceira vez que ela importunava a cidade, e fugia do meu alcance. Alguns bandidos ficaram para tras na fuga, e pude abate-los com umúnicotiro enquanto corriam. Depois de dar as ordens para alguns guardas de como organizarem toda aquela bagunça, voltei a Delegacia.

Fui até minha sala, e desabei em minha cadeira, olhei a mesa. Continuava cheia de papeis, casos que estavam se acumulando, sem serem resolvidos, sempre controlei muito bem a taxa de criminalidade em Piltover, mas algo, um tanto estranho parecia ter acontecido, viramos alvos, eram crimes a todo momento, estava virando um caos. Aquilo já estava me tirando o sono, naquele ritmo eu iria enlouquecer logo. Comecei a reorganizar os papeis quando Ezreal entrou correndo porta à dentro.

-Cait !

- O que foi Ezreal ? - Me levantei rapidamente. Ele estava ofegante.

- A mina ..

- O que tem ?
- Foi atacada, por ela.

-Ora aquela ! - Peguei o Rifle, me preparando para sair atrás dela.

-Espere !
- O que foi ?

-Ela já se foi, mas não se preocupe, Corki está atras dela, tem algo que você ainda precisa ouvir.

Corki era um otimo piloto, o que fazia dele ideal para perseguir alguns criminosos. Me tranquilizei, sentei-me novamente e fiz sinal para que ele continua-se seurelatório.

- Durante o ataque, algo.. pareceu dar errado, e um dos tuneis acabou desabando.

-Os trabalhadores !

-Acalme-se, é ai que tudo fica, estranho digamos.- Ele parou por um momento.- Quando otúneldesabou, uma parte ficou um tanto quando intacta, e foi onde os trabalhadores se reuniram, para esperar o resgate, só que por um erro de calculo talvez, ela ficou junto com eles.-Ele parou novamente - É confuso, eu não entendendo bem o que aconteceu, segundo o relato dos trabalhores, o tunel começou a ceder novamente, e eles iriam acabar sendo soterrados, foi quando...

Outra pausa.

-Mas fale de uma vez !

-Ok, ela os dirigiu para um lugar um pouco mais afastado, e quebrou outra parede, fazendo os trabalhores sairem antes dela, e ainda voltando para pegar um que havia machucado a perna, ela salvou a vida deles.

Estava confusa.

- Salvou ? Ela salvou eles ? - Devia ter ouvido errado.

-Eu sei que é confuso, eu mesmo não entendendo, mas foi o que aconteceu.

Respirei fundo.

-Está bem, se souber de mais alguma coisa, me faça um novorelatório estádispensado.

- Com sua licença.- Ele saiu.

Ezreal era um explorador das minas, porem mexia com magia, e como um cidadão de Piltover, tinha o seu senso por Justiça, o que o fez acabar se aliando as forças policias.

Já era tarde da noite e decidi voltar para casa, ver se conseguia ter uma noite de sono. Acabei ficando acordada até a madrugado pensando sobre orelatóriode Ezreal, peguei tudo que tinha a respeito dela em meus arquivos, e comecei a estuda-lá melhor, ao mesmo tempo que fazia isso, uma parte da minha mente me atormentava para buscar soluções sobre a criminalidade em Piltover, decidi que ela seria a chave para trancar toda essa confusão. Acabei que só dormi 3 horas, um novo recorde eu diria. Ainda era cedo, desci para cozinha e peguei um pequeno saco de papel que tinha 3 CupCakes, minha especialidade, e fui direto para a delegacia, andei por uns 10 minutos.

Chegando lá, o café já estava pronto, acabado de ser feito, mais uma invenção maluca do Hemeidinger que deu muito certo, ela aprontava o café com hora marcada. Não sabia como, nem queria saber, mas ficavaótimo. Peguei umaxícarae fui até a mesa, estava arrumada, não sabia quem a tinha arrumado, mas estava profundamente grata. Após alguns minutos, com meu desjejum já feito, Ezreal chegou.

- Bom dia Xerife. -Cumprimentou.

-Bom dia Ez, o que tem pra mim ?- Notei alguns papeis em suas mãos.

- Corki chegou hoje cedo e me deu seurelatório.

-E então ?- Me senti otimista.

-Ele a seguiu por um bom tempo, sem ela o notar, acabou achando o lugar que ela se esconde, e.- Ele colocou os papeis sobre a mesa, me aproximei para analisar- Tomei a liberdade de fazer um mapa indicando o local, infelizmente eu não tenho um mapa atualizado do local, o antigo não deve servir, ela deve ter feito mudanças, sinto muito.

-Não não, estáótimo isso já será suficiente.- Peguei o mapa.- Irei até lá.

-E quando partimos ? Tenho que organizar mais algumas coisas.

-Irei sozinha Ez- Me levantei já me preparando.

-Tem certeza ?

-Absoluta.

Ele nãoquestionou sabia que quando eu decidia já tinha algo planejado para aquilo, sem falar que sou muito teimosa. E se algo desse errado, eu poderia escapar facilmente.

Ajustei a cartola, peguei o rifle e sai, os mapas de Ez eram sempre muito precisos, einconfundíveis.Foi então que cheguei a uma parte mais afastava de Piltover, algo como um ferro velho. Piltover era uma cidade que mexia muito com maquinas, e a tecnologia Hextec.

Seguindo o mapa, parei em frente a uma pilha de escombros, era ali. Analisei melhor e pude ver uma porta de submarino camuflada no meio dos metais, a abri, pensando que os metais por cima dela cairiam, mas não, era arquitetado para não levantar nenhuma suspeita, sem barulho. Parecia um bom esconderijo.

Entrei um tanto exitante, o interior era todo em metal soldado, um longo corredor, que era vagamente iluminado por uma linha reta com algumas lampadas em intervalos de 2 metros. Percebi então, que desde que eu havia entrado estava tocando um Rock pesado, provavelmente quem estava de fora não ouvia nada. '' A prova de som'', Pensei. Segui o som pelo longo corredor, o som foi ficando mais alto, e o corredor se dividiu em esquerda e direita. O som vinha da Direita, e uma luz piscava de lá, segui cautelosa, mas rapidamente. virei mais uma vez a direita entrando na sala, ela estava ali, de costas para mim, a luz piscante era um maçarico, parecia consertar algo, e não pareceu notar minha presença. Atirei no aparelho que emitia o som pesado, ela não olhou, mas parou o que estava fazendo.

-Afaste-se das Manoplas, e mãos pra cima !. - Ordenei com a mira fixa nela.

Ela se afastou, colocando as mãos para cima, e virando-se para mim. Uma sobrancelha arquejada, provocando.

-Vamos trocar de lugar.- Fechei a porta atras de mim, pegando a chave.

Andando de vagar, em um movimento circular, trocamos de lugar, fiquei perto do balcão, o qual estava com as manoplas gigantes, sua arma para sair por ai destruindo tudo.

-Precisamos mesmo disso ? -Perguntei me referindo a minha arma.- Só quero conversar.

Ela me olhou um tanto quando confusa, e fez que não com a cabeça. Sentei-me no balção ao lado das Manoplas, colocando o Rifle ao meu alcance.

-Então, Sexta ?- Perguntei tentando adivinhar seu nome, devido a tatuagem no rosto emnúmerosromanos.

- Vi - Ela ergueu a cabeça me desafiando com o olhar, a voz era determinada.

- Precisamos conversar..Vi.

-Que ? ah qualé, você não vai logo me prender ? melhor acabar logo com isso do que ficar de lero-lero.

-Se acalma, ta legal ? Preciso que você tire umas duvidas minhas.

- O que é ? Fala aí.

- O acidente na Mina, o que aconteceu de verdade ? Por que salvou aquelas pessoas ? E como você foi parar lá ?

Ficou em silencio por aproximadamente um minuto, suspirou e decidiu me responder.

- Tá legal... Aquilo tudo foi um erro, como você sabe, eu andava com uns caras fazendo os roubos. Tava tudo legal, játínhamosroubado o banco, fugido- Ela riu - E era pra ser só isso, quando um deles sugeriu roubar a Mina. Disse que seria o ultimo ''trabalho'' em Piltover, e depois iriam cair fora da cidade, eu tentei impedir, ta ? Mesmo que você não acredite.- Ela deu uma pausa.- Eu não sou burra, eu sabia que se eu chegasse lá arrebentando tudo ia dar algo errado, algo muito errado. Mas eu acabei indo, me prometeram uma quantia bem alta... E as coisas aconteceram, depois que eles pegaram alguns dos recursos, um deles atirou em um trabalhador, que estava de refém... Eu conheço um pouco de primeiros socorros, e fui tentar ajudar, pra isso eu tive que retirar as Manoplas. Então, eles me acertaram pelas costas, e eu cai, não desmaiei sabe ? Não sou molenga.- Riude novo- Eles pegaram minhas manoplas, levaram elas. Metraírampra ser mais exata. - Interrompi.

-Levaram suas Manoplas ? E o que significa essas a que ? - Questionei.

-Calma aí xerife,játo chegando lá.- Elacontinuoua historia.- Eu me toquei do que tava acontecendo, que eu tinha sido ''deixada'', pior ainda, eu me toquei do que estava acontecendo, do homem machucado, das pessoas assustadas. Foi aí que eu ouvi uma explosão, e o teto desabou na nossa frente, ficamos presos, e logo tudo ali ia ceder. Eu não sou um monstro ta legal ? Não queria machucar ninguém, então eu tinha que fazer algo. Entendo um pouco demecânica sabe ? E lá tinha um dos robôs do Hemendinger, com umas mãos bem legais, eu peguei meu pequeno Kit - Ela apontou para algumas ferramentas ao meu lado- E retirei as mãos do robô, fiz uma nova manopla... Masuau! - Ela se animou - Cara o que era aquilo ? Era muito forte, e era até que muito leve, é essa tal de Tecnologia Hextec, não é ?HA HAincrível Fez ó, um buraco lindo ! - Ela imitou o gesto de socar.- Aí eu salvei todo mundo, e dei o fora. Satisfeita ?

Eu sabia ver quando alguém estava mentindo, e ela não parecia mentir.

-Então, o que você estava fazendo nessas manoplas?

- Ah ! Só uns ajustes, ela é bem forte, e é umpoucodifícilde controlar, to dando uma limitada, e ... Perai perai, por que eu contaria pra você ? Vem cá, você não vai me prender não ?

-Vi, hoje é o seu dia de sorte ! Tenho uma proposta pra você.