Pov Hannah

Eu estava sentindo realmente muita falta de Harry.

Depois de me contarem toda a situação em que se encontravam e o quão forte Voldemort estava, deitei no colo de Harry. Meu irmão me acalmava bastante, o cheiro do perfume dele me lembrava o cheiro do papai, e com “papai” me refiro ao meu pai de coração, Leonard. Engraçado, não? Harry usa o mesmo perfume que meu pai, perfume de gente com mais idade.

–Hannah, por que trouxe a doninha com você?

–Rony, não fale assim de Draco. Ele tem sido um ótimo amigo e tem me protegido bastante.

–Mas Hannah, você sabe muito bem que eu e Malfoy somos como neve e Sol, jamais devemos estar perto um do outro.

–Harry, para de drama por favor?

–Hannah, é sério. O pai de Draco é um comensal, quem sabe se Draco não pode estar espionando a gente para correr e avisar seu paizinho onde estamos. – Disse Hermione.

Bastou essa desconfiança de Hermione para a dúvida pairar sobre eu.

–Acho que vou tirar esta história a limpo.

Apenas tirei o braço de meu irmão de cima de mim, me levantei e sai da cabana.

Quando entrei na cabana que Draco estava, ele simplesmente empunhou a varinha e apontou-a para mim.

Quem disse que me importei com a varinha? Nunca, eu disse NUNCA, havia visto Draco sem camisa, e naquele momento eu matei minha curiosidade.

A doninha, como diria Rony, estava de calça jeans, tênis de marca, nervoso e olhando fixamente para mim, enquanto eu não parava de olhar para os músculos dele. Os braços e barriga bem definidos me fizeram ficar vidrada.

–HANNAH.

Cai na real. Draco gritou e eu parei de ficar “babando” nele. O idiota deu uma risadinha maliciosa e sentou-se na cama.

– O que foi?

–O jeito que olhou pra mim, ficou com uma cara de idiota só porque estou sem camisa.

–Uhun.

–Hannah?

–Uhun.

–Seu cabelo está horrível.

–Uhun.

–O Potter é um imbecil de primeira.

–Uhun.

–Você é a mulher da minha vida.

–Uhun.

–Eu te amo.

–Uhun.

–Você está parecendo um trasgo.

–Uhun.

–HANNAH.

–AAAI!

De novo, fiquei hipnotizada pelo Draco, mereço.

–Vem, senta aqui.

Fiquei meio em dúvida se sentava ou não.

–A criança quer que eu vista alguma coisa?e r

–Claro que não.

Draco me olhou com malícia.

–Quero dizer, claro que sim.

–Uhun, sei.

Malfoy se aproximou perigosamente de mim e me agarrou, contraindo meu corpo bem forte contra o dele.

–Tem certeza? Porque não é o que parece.

–Só porque eu entrei na cabana, te encontrei sem camisa, fiquei babando por você, fiquei com cara de idiota, você tá achando que eu...

–Que você gosta de mim e não quer admitir.

–Só que nunca. Gosto de você apenas como amigo.

–Nada mais?

–Nada mais.

–Tem certeza?

–Tenho.

–Então prova que você não gosta de mim somente como amigo.

–Como?

Draco me beijou com tanta voracidade que pensei que fosse me engolir, e a tonta aqui correspondeu ao beijo, e o pior é que foi com a mesma intensidade.

De repente, Draco parou o beijo pra dizer:

–Já sabia.

–Sabia do que?

–Que tinha uma quedinha por mim.

–Como assim?

–Eu ouvi você e sua irmã conversando sobre mim.

–O QUE?

Empurrei aquela doninha pra longe de mim e fui fazendo a linha de durona e brava. Cruzei os braços, o encarei super séria e disse:

–Então você se rebaixou a esse nível?

–Que nível?

–De ficar ouvindo conversa atrás da porta.

–E fiz bem, porque a conversa foi sobre mim.

–Claro que não, fez mal, super mal. Draco, me faloa agora o que você ouviu da conversa.

–Além do seu nome completo? Acho que acabei ouvindo a parte do completamente apaixonada por mim.

Corri até ele e comecei a bater nele com todas as minhas forças.

–Sua doninha quicante. Seu ridículo. Quem te deu o direito de ouvir minha conversa com a Mari?

De repente, Draco agarrou meus pulsos e disse:

–Calma. Eu também estou apaixonado por você.

Não resisti, beijei Draco como se nunca mais fosse beijá-lo.

–HANNAH LILIAN POTTER.

Pelo visto, eu não estava enganada. Acho que nunca mais encostaria os meus lábios nos de Draco.

Assim que ouvi meu nome pronunciado aos berros, me separei de Draco e me virei para a “porta” da cabana. Lá havia um Harry furioso e pronto para atacar uma doninha quicante apaixonada e sem camisa.

Com toda certeza, Harry iria matar Draco depois do que viu. Poxa, não é nossa culpa se nos apaixonamos um pelo outro, não é minha culpa se Harry é o Sol e Draco é a neve assim não podendo estar perto um do outro. Amo os dois, ponto final.

As únicas coisas que tenho certeza de que vai ocorrer aqui é uma briga e sangue de um dos dois, depois, se Harry não morrer, ele me matará, sem dúvida alguma.