Finn Thunder escrita por Thiago


Capítulo 5
Perk




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Todos estavam comemorando o aniversário de Finn no interior da casa, menos Joey, o pestinha. O garoto estava se sentindo cada vez mais injustiçado. Tinha de por um fim naquela humilhação, pensava em como fazer isso com Finn, mas ele estava cercado de protetores. O garoto dá um sorriso malicioso, enquanto procura algo para comer no banco do carro.

–Parabéns pra você, parabéns pra você- Cantavam as velas do bolo. Qualquer pessoa iria perceber que a magia estava sendo introduzida de maneira muito rápida naquela casa, talvez Hector estivesse abusando da confiança dos Thunder.

Para Finn era tudo incrivel, deixava sua vida mais salgada e intensa. Estavam todos sentados à mesa. O bolo de sorvete era muito bom.

–Então Hector, dê lembranças para minha irmã - diz o senhor Thunder, que é atropelado por uma pergunta da senhora Thunder.

–e Quillmore? como anda os estudos? você pode traze-lo para cá, em breve estamos pensando em nos mudarmos para Cambridge.

–Quillmore não é um bruxo?- pergunta Finn, seus pais estremecem ao ouvir a palavra.

–Finn, você pode subir até o seu quarto e arrumar suas coisas? Já sabe fazer as malas?- pergunta tio Hector, Finn espera que seus pais negassem novamente ( estava com vontade de ficar naquela mesa, pois não entendera o que Joey havia dito de Quillmore ).

–Sim Finnigan, suba, você já sabe arrumar a mala sozinho. -Diz a senhora thunder.

Ele se levanta desanimado, caminha com o coro de velas encantadas que o seguiam cantando parabéns. Mas então chega na parte onde já não havia mais escada. Se vira para dizer em alto e bom tom que não poderia subir, mas tio Hector estava atrás dele de braços cruzados.

–A escada...

–Venha cá - tio hector o segura com os dois braços, depois só com um, retira a sua varinha do bolso e mira no teto da casa.

–Carpe Retractum - Diz o homem, e uma corda transparente de energia ( sua coloração lembrava chamas ) surge da varinha do homem, e os dois são puxados para o teto, dão uma balançada e pulam para o segundo andar. Modge o deixa na porta de seu quarto com um tapinha em suas costas, pula sem medo daquela enorme altura, não havia levado nenhum dano ao atingir o chão.

Finn entra em seu quarto e já se sente desanimado, estava uma bagunça ( imagine uma tempestade de areia, o quarto de Finn parecia ter sido alvo do desastre ). Ele então vai a encontro de uma mala vazia, mas haviam muitas tabuas ali em cima. Mesmo assim começa a retira-las uma por uma.

De repente nota que pelo interior de uma das tábuas haviam varias larvas, aquilo não causava nojo em Finn, mas elas se moviam muito rápido lá dentro... Não... Era a própria madeira que estava se movendo. Em um momento instintivo jogou a tábua no chão, nada aconteceu. E então algo parecia estar brotando da tábua, o garoto se sentia observado novamente, uma sensação de timidez vinda da tábua. O que na verdade parecia estar brotando era um pedaço de madeira com braços e pernas, com olhos negros e pequenos, a criatura comia as larvas da tábua.

–O que é isso? - fala sozinho, e a criatura se esconde dentro da tábua. Ela era um pouco menor que os diabretes que haviam aparecido. Finn estava com receio de ser atacado desta vez por aquela criatura, mas instintivamente sabia que só havia aquela criatura ali.

–Quillmore está se envolvendo em drogas- ouve o som vindo da sala, a acústica da casa era realmente horrível.

Se vira, nota que a criatura já havia comido todas as larvas pequenas da tábua. A sensação era estranha, nenhum dos dois se conheciam e pareciam afastados pelo medo. A próxima ação que Finn tomou nem ele acreditou que havia feito. Pegou uma outra trábua e retirou com seu dedo as larvas, as colocando no chão e se afastando, ficando sentado e observando a tábua onde residia a criatura.

Passaram alguns segundos e a criatura finalmente havia saído da tábua, voado até as larvas, olhado para Finn e dado três batidas no piso, uma espécie de comunicação que não entendia, mas sentia em seu interior que era gratidão.

Assistia as larvas serem devoradas por minutos... Até que alguém bate em sua porta, só poderia ser tio Hector ( o unico da casa que sabia se puxar para o teto )

–Já está pronto? - diz, e então Finn olha para seu quarto, a mala estava aberta e sem nada dentro, e a pequena criatura havia sumido, que chato! queria tanto cuidar daquele ser... Já havia lhe dado um nome.. e era Perk.

–Não? Tudo bem. Malas! - disse o homem, sacudindo a varinha, e do armário do garoto suas roupas voavam, se arrumando dentro da mala de forma compacta. Logo após Finn se colocou de pé, surpreso, mas estava confuso, queria achar Perk... onde ele havia ido?

–O que foi Finnigan? - pergunta o homem atensioso, colocando a mão em seus cabelos e o fazendo um cafuné- AI!

Algo se remexia na cabeça de Finn, e essa coisa havia machucado a mão de tio Hector. Que se afastava.

–Nossa, porque não contou que tinha um amigo?

–Como assim? - perguntou assustado, colocando devagar as mãos em sua cabeça, sentindo a madeira, era o seu amigo Perk, ficou muito feliz quando o segurou nas mãos, o olhou de maneira censurada, tentando explicar que tio Hector era seu amigo.

–Nossa, que doidice, você fez amizade com um tronquilho?

–Um o que?- perguntou curioso, enquanto Perk puxava seus cabelos com seus dedos finos, doía um pouco mas o fazia se sentir mais vivo.

–Um tronquilho, você tem realmente habilidades com animais, Finnigan!

–O nome dele é Perk.

Os dois ( ou melhor, três ) magicamente chegam em segurança no piso da casa, a mala de Finn não estava nada pesada. Sua mãe correu para lhe dar um abraço, Perk se remexeu em sua cabeça querendo ataca-la, mas algo aconteceu que o tronquilho continuou ali parado em seu couro cabeludo.

–Tome cuidado ok? Não se misture com gente ruim, seu tio vai explicar tudo direito.. Aqui... duzentos e cinquenta euros, acho que dá para comprar os livros de defesa contra bruxaria e... e essas coisas!

Tio hector havia dito que haviam mais matérias, mas talvez seus pais só houvessem escutado tais coisas para que pudessem aceitar a ida de seu filho para a casa do bruxo, e logo depois para a escola bruxa, talvez a imagem de um filho protetor de magia estivesse em suas cabeças.

Logo depois foi o abraço de seu pai, dizendo que ele já era um homem e poderia carregar Deus para qualquer pessoa, e que com o amor não há barreiras que ele não possa quebrar. Absorveu tudo aquilo da melhor maneira que podia, depois de varios abraços, saíram quando as velas encantadas pararam de cantar sucessos de Billy Ocean.

Já estava entardecendo e ficava frio. Uma coruja apareceu de repente e o entregou a sua carta para Hogwarts. Ele lia e relia, uma sensação muito boa crescia em seu interior, estava muito ansioso. Então chegaram no carro, Joey estava vermelho de raiva. Tio Hector liga o motor, o carro estremece e caem na estrada. Saíram do urbano até chegarem próximos à uma floresta. O carro então subiu a ladeira que estava interditada e levantou voo.

Sim, estava voando, e não dava para saber onde iam, pois tudo já havia escurecido pela chegada da noite, e as luzes da cidade estavam ficando para trás.


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