http://circolare.terra.com.br/uploads/2013/11/17_-luiza-brunet1.jpg(Susan. Eu não sou muito fã de atrizes brasileiras mais a Luiza está perfeita pra ser a tia da Leah.)

– Tia... - Pausa. - Não!

– Não podemos mudar a decisão de Deus e dizer "não" não irá mudar alguma coisa. - Ela disse pegando na minha mão.

– Mas tia, isso não pode está certo. - Respiro. - Você não é... Rica e tem rios de dinheiro? Tem que ter uma solução em algum lugar.

– Leah, já procurei, já fui aos melhores especialistas que existem no mundo, mas o meu câncer não tem salvação, pois já está em estágio avançado. - Ela disse fazendo carinho na minha mão. - Vou ficar na sua casa. – Ela disse sorrindo. - Quero morrer onde nasci e cresci e com as pessoas que me amaram de verdade.

Eu estava pasma, não conseguia nem formar uma frase. Susan Poggian, a mulher mais corajosa, a mulher que me serviu de inspiração para me levantar e lutar por mim, a mulher mais guerreira que eu conhecia no mundo todo estava morrendo e é nesses momentos que você percebe que passa muito tempo se lamentando por problemas bobos que só existem por que nós os criamos quando complicamos coisas simples e fáceis.

– Há quanto tempo você sabe que tem esse câncer? E onde ele é? - Perguntei observando o garçom nos servir.

– Eu descobri há exatamente três mês, ele está espalhado por praticamente toda a extensão do meu pulmão e os médicos disseram que mesmo que me operem eu teria uma pequena chance de sobreviver. – Ela disse pondo as mãos no ombro. – Coma.

– Estou sem fome. – Disse encarando o prato.

– Coma.

– Tia. – Disse em suplica.

– Só um pouquinho, por favor. – Disse com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

– Okay. – Disse comando um pedaço de bacon.

Conversamos mais uma hora e pouco, sobre como as coisas iriam acontecer, sobre o jantar que ia ter com todos que ela conhecia hoje a noite lá na minha casa para contar que estava morrendo a todos e conversamos sobre o Jacob e diferente de todos ela simplesmente rio e comeu um pedaço de torta e então o meu celular tocou e era o abençoado do Jacob.

– Oi. – Eu disse me levantando e indo até o deque.

– Desculpa. – Ele disse desanimado.

– Não entendi.

– Eu fui um completo idiota.

– O que houve? – Perguntei nervosa.

– Os outros sabem sobre nós. – Ele disse baixo. – Você ainda tá aí?

– Ai meus Deus Jacob. – Senti o meu rosto pegar fogo. – Acho que não volto mais pra casa... Nunca mais.

– Leah não é pra tanto vai.

– O que eles viram? – Perguntei quase chorando de vergonha.

– Nada demais.

– Nada demais como? – Perguntei nervosa.

– Só uns amassos.

– Tchau Jacob. – Disse revirando os olhos e desligando.

Depois dessa magnífica ligação que só fez melhorar o meu dia eu voltei pra casa, sabia que minha mãe precisaria da minha ajuda para os preparativos de hoje a noite e também seria uma bela desculpa para não ter que fazer ronda com ninguém que fosse fazer piadinhas sem graças sobre uma assunto que nem mesmo era a desrespeito deles.

Assim que parei o carro na entrada para a garagem e eu vi o Sam sentado nos degraus da frente da minha casa, eu tinha a mais plena certeza de que ia ganhar um daqueles sermões de pastores que ele sempre fazia com todos.

– Boa tarde, Sam. – Disse sem parar para olhá-lo.

– Leah espera. – Ele disse segurando meu pulso.

– O que foi? – Disse me fazendo de inocente.

– Leah você sabe muito bem o que foi... Você e o Jacob. – Ele disse dando um suspiro pesado. – Não gosto de ver você mal, de ver você triste... Não quero que se machuque.

– Mas? – Perguntei.

– É... Mas. Eu amo você Leah, não como você queria antes, mas amo, não quero ver você mal, poxa ele tem um imprinting e você merece muito mais que isso, você merece um cara que te ame de verdade. – Ele disse sendo sincero.

– Okay. Prometo que vou tomar todos os cuidados possíveis, juro perante Deus que vou tomar cuidado. – Ele me soltou dando um suspiro. Então entrei em casa que estava lotada de garotas.