A Lenda dos Santos de Atena escrita por Krika Haruno


Capítulo 61
O ultimo Castelo




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**** Midgard***

Dohko sentia que a cada segundo suas forças esvaiam. Se realmente o ataque de Andrasta tinha essa capacidade em poucos minutos não teria poder para derrota-lo.

– O que vai fazer Dohko? – indagou sorrindo.

– Se derrota-lo, o cosmo negro vai sumir dela?

– Claro, mas é evidente que não conseguirá isso.

Andrasta não lhe deu chance, avançando sobre ele. O libriano tentou esquivar, mas acabou sendo acertado. No final levou um chute que o jogou contra uma parede.

– Hian...

– Vamos cavaleiro de Atena. Levanta. Não disse que me enfrentaria?

Dohko levantou, limpando o rosto de poeira. Foi de contra a Andrasta com socos e chutes. O guerreiro parecia se divertir.

– Fraco. – deu um soco nele.

Porém antes de ir ao chão, o libriano acumulou cosmo no punho direito e acertou o guerreiro. Andrasta foi jogado longe, mas sem qualquer ferimento.

– Bom, mas não o suficiente.

O irlandês levantou e caminhou em direção a Jules.

– Não se aproxime dela! – deu um passo, mas sentiu uma pontada na cabeça.

– Eu não vou mata-la. – o guerreiro a pegou pelos cabelos. – não agora. – a jogou no chão. – Vamos Dohko.

O rosto do cavaleiro tencionou, era a dor de cabeça voltando na pior hora.

– Sort Tape.

O cavaleiro foi envolvido pela energia negra de Andrasta. Jules assistia a tudo temerosa, notou a expressão do rosto do namorado aquilo era sinal da enxaqueca. Levantou. Queria fazer alguma coisa, mas o que?

– Solta ele... – murmurou.

Com um sorriso cínico Andrasta o soltou. Dohko foi ao chão. Jules foi até o namorado.

– Hian...

– Estou bem... – murmurou.

A garota olhou bem para o rosto do namorado, estava envelhecido. Somado a isso vários cabelos brancos.

– Ele está envelhecendo. – disse o guerreiro de Hell. – daqui alguns minutos será um velho e incapacitado de lutar, isso se não morrer antes. – gargalhou.

– Posso até ficar velho. – o cavaleiro sentou. – mas eu te mato primeiro.

– Quanta determinação. – Andrasta saltou para trás. – defenda-se então.

Ele elevou os braços formando uma grande bola de energia.

– Se esconda Jules.

– Mas...

– Você precisa ficar quieta por conta do cosmo negro. Quanto mais se mexer mais ele vai se espalhar pelo seu corpo.

– Sua cabeça...

– Ainda consigo lutar. Agora vai.

Obedeceu. Dohko sentia o corpo cada vez mais cansado, mas daria o ultimo golpe em Andrasta. Ergueu seu cosmo.

– Cólera do Dragão!

Andrasta também disparou. As duas energias chocaram-se no centro do salão. Ficaram em equilíbrio, contudo Dohko sentiu uma fincada na cabeça indo de joelhos. O guerreiro aproveitou a situação despejando mais poder. O chinês foi envolvido pela energia destrutiva.

– Hian!

Quando a luz dissipou e Jules pôde ver, levou as mãos ao rosto. Dohko estava caído coberto de ferimentos. Não bastasse isso, seu rosto estava ainda mais envelhecido, assim como os cabelos mais brancos.

– Dohko...

– Ionsú. – sussurrou.

Pequenos pontos dourados deixaram o corpo de Dohko, dissipando no ar. Ele perdia mais cosmo e energia vital e o resultado disso foi seus cabelos ficarem brancos.

O cavaleiro sentiu a perda de energia, entretanto as dores na cabeça abafavam qualquer pensamento. Estavam muito fortes e ele temia ter uma convulsão.

Jules tentou levantar, mas começou a sofrer o efeito do cosmo negro dentro dela. As pernas não lhe obedeciam tão bem e o coração batia arrastado.

– Quem vai morrer primeiro? – Andrasta sorriu. – A princesa ou o cavaleiro?

*** Arena dos Aspirantes ***

Atena respirou fundo. Algumas horas tinham se passado o suficiente para deixa-la cansada. Não fazia ideia que a magia ensinada por Odin pudesse ser tão desgastante. Mesmo assim mantinha-se firme, se fosse para salvar a Terra faria qualquer sacrifício. O olhar desviou para o baiano. Rodrigo olhava em direção as doze casas. A deusa sorriu, apesar de todos os problemas, tinha conhecido-o e agradecia por isso.

– Rodrigo...

– Sim? – aproximou-se dela. – você está bem?

– Estou...

– Não vai demorar para o quinto fogo apagar. Só nos restarão duas horas.

– Eu confio nos meus cavaleiros.

Marcela ouvia a conversa, mas sem tirar o olhar de Miro. Ele dormia profundamente.

– Atena... e se o Miro não acordar? Será que foi estafe mesmo ou aquele demônio fez algo?

– Tenha fé Marcela. – disse. – Miro vai acordar.

A brasileira deu um meio sorriso. Precisava confiar nele.

**** Niflheim ****

Shion e os demais chegaram ao terceiro castelo. Logo que entraram sentiram a temperatura abaixar.

– Kamus. – disse Shura.

O grupo dirigiu-se para o salão principal. Nele viram gelo e rosas. Julia correu o olho, vendo Isa.

– Isa! – foi até ela. – Isa! – os demais brasileiros aproximaram, enquanto os rapazes foram procurar por Afrodite e Kamus.

– Isa. – Mabel ajoelhou ao lado dela.

– Bel... – abriu os olhos lentamente.

– Você está bem? – Fernando a ajudou a levantar.

– Estou... e o Kamus??

– Está aqui. – a voz de Shura chamou a atenção de todos.

O francês estava muito ferido.

– Kamus... – Mu aproximou.

O cavaleiro de Aquário abriu os olhos.

– Mu, Shura...

– Você está bem? – indagou Shion.

– Sim...

– Kamus!

Isabel se jogou sobre ele.

– Você está bem? – o francês tocou o rosto dela na tentativa de tirar a sujeira de pó.

– Estou... – se deu conta do gesto. – está vendo meu rosto?

Ele assustou-se, agora que se dera conta que estava enxergando todos e perfeitamente!

– Meus olhos...

– Mais um que conseguiu vencer a maldição de Hades. – Deba sorriu.

– É o que parece... – sorriu.

Do outro lado...

Kanon procurava por Afrodite, encontrou-o em meio aos escombros.

– Dite!

Ele estava machucado, mas um pouco melhor que Kamus.

– Kanon...

– Eu te ajudo. – o marina pegou no braço ensanguentado.

– Não toque! – rapidamente Dite o puxou. – estou sangrando muito.

– Gustavv!

O pisciano não contava com aquilo. Mabel o abraçou.

– Graças a Deus está bem. Eu fiquei preocupada.

– Mabel... – murmurou surpreso.

– Está bem?

– Estou... se afaste. – a empurrou, mas de forma delicada. – meu sangue...

– Sabe que eu não me importo. – sorriu.

– Obrigado.

Deba assistia a cena sem se importar. Mabel gostava do pisciano e quem era ele para impedir aquela amizade.

– Você nos assustou. – Heluane aproximou do sueco.

– Não morreria tão facilmente. Cadê o italiano grosso?

A expressão da fluminense entristeceu.

– Ele foi levado pela Hell. – disse Deba aproximando.

– Vocês têm condições de seguirem? – indagou Shion.

– Sim.

Aioria num canto estava alheio a tudo, a face de Gabrielle se tornara mais pálida. Dite e Kamus perceberam.

– Vamos, no caminho explico o que aconteceu. – disse o grande mestre.

*** Alfheim ***

Saga levantou cedo e na hora estipulada foi tomar banho de sol, nos jardins da clinica. O rosto estava baixo, sonhara a noite, acordando muitas vezes assustado por ver a mineira sendo morta, ora tendo bons sonhos com ela. Custava acreditar que tudo era apenas imaginação.

– Bom dia Saga!

Ergueu o rosto.

– Aiolos...

– Como vai? – sentou ao lado dele. – Atena nos contou que sairá semana que vem isso é ótimo!

– É sim... – murmurou.

– O que foi? Não parece feliz.

– Estou... é que... – queria perguntar. – e a Sheila?

– Sheila? – estranhou. – quem é essa?

Ouvir aquilo de Aiolos doeu. Era mais uma constatação de sua loucura.

– Não é nada. – deu um meio sorriso. – como estão os outros?

– Bem. Todos animados com o casamento do Aioria.

– Aioria vai se casar???

– Claro! Saga, anda com a memoria muito ruim. – sorriu divertido. – não ficou resolvido que logo após a minha posse seria o casamento dele?

– Sua posse... – ao menos a posse de Aiolos era algo concreto em meio a tanta ilusão. – parabéns.

– Senti sua falta na cerimonia, mas foi por uma boa causa. Você ficará bem.

– Obrigado.

– Um dia depois da sua saída, vamos comemorar a despedida de solteiro do Aioria. Mask vai nos levar num lugar bacana. – deu um sorriso safado. - você vai conosco. Atena e Marin não podem nem sonhar.

– Então a Gabrielle não entrou na vida dele...

– Quem é essa? Alguma serva?

– Só estava pensando alto. Agradeço o convite, mas prefiro ficar em casa.

– Que isso Saga! Vamos comemorar o casamento do meu irmão e sua saída daqui. Mask garantiu que só terá mulher top.

O geminiano sorriu, ficou imaginando a cena que Sheila faria se ouvisse aquilo.

– Pense. – disse levantando. – você está precisando aliviar. – deu um sorriso perve. – nada que uma mulher gostosa não resolva. – disse baixo.

– Vou pensar. – disse apenas para não desanima-lo.

– Voltarei para te buscar. Cuide-se.

Saga continuou sentado. Uma brisa suave tocava seu rosto. Se a nomeação de Aiolos aconteceu e o futuro casamento de Aioria, era porque o santuário estava em paz. Não queria acreditar que tudo fora imaginação, mas era. Não existiu a briga de Dite pela Mabel, tão pouco as brigas pesadas entre Giovanni e Heluane. Atena não se apaixonou pelo mortal, nem Shaka descobriu o amor.

Soltou um suspiro resignado. Só restava aceitar a realidade. Voltaria para terceira casa, sem ouvir os pedidos de Kanon para Suellen cozinhar e nem ouviria a voz de Cristiane... Seriam apenas lembranças...

“Tenho medo de acordar e descobrir que tudo não passou de uma grande alucinação. Que na verdade estou numa clinica e que tudo isso foi apenas efeito dos remédios.” Lembrou-se desse dia.

– Mas que droga! – deu um soco no banco.

Levantou, queria voltar para o quarto, reviver nem que fosse apenas na mente aqueles momentos. Na semana seguinte saiu da clinica retornando ao santuário. O reencontro com os demais cavaleiros foi festivo por parte deles. Saga tentava passar a imagem que estava bem, mas no fundo não estava. Não suportava ficar muito tempo na casa de Gêmeos onde as lembranças eram fortes. Kanon sugeriu uma viagem e ele aceitou de bom agrado. Seria uma ótima oportunidade para esquecê-la. Se tudo não tinha passado de alucinações voltaria curado.

– Enquanto você vai a consulta, vou comprar algo para você comer no caminho. – disse Kanon parando com o carro na frente da clinica. – nem acredito que tem um mês que você saiu da internação.

– Nem eu. – abriu a porta. – não se atrase. O trem sai às duas horas.

– Claro que não. Tem certeza que quer ir sozinho?

– Absoluta... – Saga pensou na brasileira, ela queria uma viagem só dos dois para aquele local.

Kanon notou a cara dele.

– Pensando na “brasileira virtual”... – balançou a cabeça. – vou ter que comprar uma boneca inflável para você.

– Não estou pensando em ninguém. – fechou a porta do carro. – não se atrase.

Saga tinha determinado, quando pisasse em Delfos, apagaria aquelas imagens da mente.

*** Midgard***

Dohko tentava se mexer, mas não conseguia. Nada mais em seu corpo parecia obedecer-lhe, somado a isso a dor na cabeça.

– Está sentindo dor?

O cavaleiro assustou com a voz tão perto de si. Andrasta estava agachado ao lado dele.

– Sua princesa não está melhor que você. – ele a fitou. – seu corpo está começando a ter hemorragias.

E Jules sofria desse mal. O nariz tinha começado a sangrar.

– “Jules.... droga!” – abriu um pouco os olhos.

– Já que abriu os olhos, que tal ver sua expressão. Está com cara de um homem de oitenta anos.

Andrasta criou um espelho. Dohko olhou-se. Quem o visse daquele jeito não o reconheceria. Os cabelos estavam totalmente brancos, rugas e linhas de expressão estavam por todo o rosto. Com o corpo mais fraco, o peso da armadura era torturante e já quase não sentia mais seu cosmo.

– É uma pena que vai terminar assim... – Andrasta o fitou.

O chinês ia responder, mas o corpo contorceu, a dor na cabeça chegara a tal ponto, que virou uma pequena convulsão.

– Não sabia que meu golpe tinha esse efeito.

Jules chorava baixinho. O cavaleiro estava tendo uma convulsão e ela não estava perto para cuidar dele. Se continuasse daquele jeito Dohko morreria.

– Dohko...

– Sort tape.

Dohko foi envolvido pelas faixas negras, mas siquer mostrou reação, parecia está desmaiado.

– Abra os olhos cavaleiro. – ordenou Andrasta. – não quer ver sua mulher pela ultima vez? Daqui a pouco meu cosmo vai consumir o corpo toda dela e aí...

Dohko apenas abriu o olho esquerdo. A visão estava embaralhada, mas pode ver Jules no chão. Sentiu-se muito mal por vê-la assim.

– Vou tirar o resto de cosmo que ainda tem, aí é só aguardar sua morte. Ionsú.

Dohko foi jogado no chão. O corpo doeu com o impacto, dos ferimentos o sangue saia. Jules no chão sentia o fim próximo, o coração doeu ao ver Dohko sendo atirado ao solo. Com dificuldades o libriano abriu os olhos, os olhos verdes, castigados pelo processo de envelhecimento encontraram a imagem que queriam ver.

– Jules...

Jules derramou lagrimas, seu jovem cavaleiro, não passava de um ancião. Que ironia, Dohko realmente estava como “mestre ancião”.

– Jules... – o cavaleiro esticou a mão no intuito de alcançá-la. – Jules...

A voz falhou. Por sua fraqueza Jules seria morta e o mundo seria destruído.

– Como sou misericordioso... – Andrasta sorriu. – vou lhe dá um presente.

O guerreiro retirou um milésimo de seu cosmo do corpo de Jules. Com isso a brasileira conseguiu se arrastar até o libriano.

– Hian... – a garota esticou o braço, conseguindo tocar na ponta dos dedos do cavaleiro.

– Eu... – Hian sentia que seu cosmo o abandonava. Com o corpo velho, machucado e sem cosmo só lhe restava a morte. – eu...

– Não vai ficar sozinho... – a mão apertou forte a dele. – vamos juntos...- deu um sorriso, interrompida por um filete de sangue.

– Jules...

Ela sorriu mais uma vez para em seguida fechar os olhos.

– Vamos juntos. – os olhos verdes fecharam.

– Morreram rápido. – disse Andrasta. – agora vou esmagar os outros vermes e Atena.

Dohko estava mergulhado na escuridão. Tinha sido assim quando morreu no muro das lamentações, seu fim havia chegado. Sentia-se um inútil, pois não conseguiu derrotar Hell e nem salvar Jules. Por sua fraqueza a brasileira estava morta.

– “Jules...”

Dohko começou a se lembrar de sua vida desde como cavaleiro de bronze, até o final da ultima guerra santa. Tinha sido uma vida de sacrifícios, mas que no final levara paz a Terra. Mas e agora? O mundo estava ameaçado e ele na qualidade de cavaleiro de ouro, não impediria?

– “Não... eu tenho que levantar nem que seja pela ultima vez. A paz tem que voltar a Terra. A Jules tem que viver num mundo pacifico.”

Andrasta já caminhava para a saída, quando sentiu o cosmo do libriano.

– Não é possível...

O chinês abriu os olhos. O corpo ainda estava velho por causa do golpe de Andrasta, mas derrotaria-o.

– É bem resistente cavaleiro. – disse o guerreiro.

– Não posso morrer enquanto não te mandar para o inferno. – levantou, mas acabou cambaleando por causa da fraqueza.

– O que pode fazer com esse corpo caquético?

– A nossa força não está no nosso corpo e sim no nosso corpo. – os cabelos brancos tremulavam por causa do cosmo.

– Se quer acreditar nisso... – Andrasta tomou posição. – vou te acertar de forma que não se levantará mais Dohko.

Andrasta elevou seu cosmo, colocaria todo o seu poder nesse ataque. O libriano fez o mesmo. Não importava se seu corpo estava velho ou se a cabeça doía. Colocaria todas as suas convicções naquele ultimo golpe.

– Desapareça Dohko. Sort tape!

– Cólera dos cem dragões!

Os dois ataques chocaram-se no centro do salão. Por estar debilitado, Dohko foi de joelhos.

– Cadê a sua valentia? – Andrasta despejou mais poder. – vou pulverizar você.

Dohko sorriu.

– Qual é a graça?

– É que você não sabe de um detalhe. – levantou. O cosmo fortaleceu. – que nós somos os cavaleiros da esperança e para nós nada é impossível.

– Morra com essa esperança, seu inútil.

Ambos despejaram mais poder, contudo a energia de Dohko crescia a cada segundo, fazendo a de Andrasta recuar.

– Não é possível... não vai me vencer!

– Já venci. Adeus Andrasta.

A energia dourada avançou com toda força contra o guerreiro de Hell. Ele ainda tentou se defender, mas foi tragado...

Dohko foi de joelhos. Olhando para o lado viu uma fumaça negra deixar o corpo de Jules. Foi ao chão.

*** Hellheim ***

Sheila chorava ao lado de Aiolos. Chamou-o dezenas de vezes, mas ele não respondeu. A quantidade de sangue sob ele dizia que estava morto ou quase as portas da morte. O grupo de cavaleiros e brasileiros logo chegou a Hellheim. Não estranharam o estrago.

– A cada castelo, o poder de destruição aumenta. – disse Aioria.

– Quem será que lutou aqui? – indagou Marin.

Ao chegarem ao salão principal, perceberam Sheila sentada no meio dele. Aioria apressou o passo, era sinal que o irmão estava lá.

– Aiolos?? – o grego arregalou os olhos. – Aiolos! – ele deitou Gabe num canto, voltando a atenção para o irmão. – Sheila...

Ela não disse nada. Julia aproximou, ajoelhando ao lado da amiga.

– Ele foi tão forte... – a paulista trazia os olhos rasos. – mas... mas...

Julia a abraçou.

– Ele não está morto Sheila! – berrou Aioria. – não pode está...

Shion aproximou dos cavaleiros, ficou preocupado ao ver a quantidade de sangue que Aiolos havia perdido. De todos, o estado dele era o mais delicado.

– Aiolos. – tocou na testa dele. – ainda sinto seus pensamentos.

– Devemos leva-lo mestre? – indagou Dite.

– É melhor ele ficar aqui, até o sangramento parar. – fitou Sheila. – ele ainda está vivo. Agarre-se a isso.

– Sim...

– Eu vou ficar aqui com ela. – disse Julia olhando para Shura.

Ele apenas confirmou com a cabeça. Aioria tomou Gabe novamente nos braços e o grupo seguiu.

*** Alfheim ***

Einlin deitava Erda num canto. Usando seus poderes curou parte dos ferimentos dela.

– Einlin...

– Descanse, o veneno ainda está agindo, mas logo ele perderá efeito.

– Está bem... – a garota fechou os olhos.

Enquanto isso Cristiane fitava o geminiano adormecido.

– Saga...

– Não adianta chama-lo. – Einlin a fitou. – ele não acordará e fiz questão de mexer em todas as lembranças dele.

– Como assim?

– Para ele, você não passa de uma alucinação.

Saga pegou o corredor em direção a sala da consulta. Desceu as escadas até atingir o andar, contudo fitou os degraus que desciam mais um pouco. Aquela parte estava escura, mas sabia que havia mais um andar, no tempo que permaneceu lá, sempre alimentara a curiosidade de saber o que tinha ali. Ficou em silencio para ver se ouvia alguém, mas não escutou nada. Sentiu o peito oprimido, como se algo estivesse para acontecer. Movido por esse sentimento começou a descer, e a medida que avançava o local se tornava mais escuro e frio. O jogo de escadas acabou num extenso corredor pouco iluminado. Contudo, Saga viu ao final dele, uma porta, a única, com uma parca claridade passando por debaixo dela.

Caminhou até ela. Tocou a fechadura, pensando estar fechada, mas a surpresa foi grande quando ela abriu. Os arregalaram.

Era um cômodo, rodeado por grades. No meio, uma mesa, onde uma pessoa usando uma armadura negra parecia dormir. Saga aproximou um pouco mais. Fez menção de tocar a grade, mas sua mão passou pelo objeto de ferro. Ele atravessou a grade, qual um fantasma. Depois dos segundos de surpresa, os olhos voltaram a arregalar ao ver a pessoa deitada.

– Ares??

Ele pareceu escuta-lo, pois abriu os olhos. Ares assim que o viu deu salto.

– O que está fazendo aqui??? – Ares indagou.

– Co-mo?

Ares caminhava até ele, mas parou no meio. Se Saga estava lá era sinal que tinha morrido. A flecha de Aiolos havia matado-o.

– Maldição! Aquele idiota do Aiolos realmente me matou!

Saga não disse nada.

– Agora aquela vadia vai mata-la. – andava de um lado para o outro, mas sem se afastar muito pois estava preso ao pé por uma corrente. – ela vai mata-la.

– Quem vai matar quem?

– Como pode perguntar isso? – Ares avançou sobre Saga. – ela vai morrer, por sua culpa!

– Do que está falando?

– Como do que? – o fitou frio. – da Cristiane. Da mulher que você roubou de mim!

Saga arregalou os olhos.

– Ela existe?

Dessa vez foi a vez de Ares o fita-lo confuso.

– Claro que existe! E eu estupido deixei você se despedir dela.

– Ela não existe Ares. – disse. – tudo não passou de uma alucinação nossa. Ninguém entrou no santuário, muito menos a invasão de Hell. Foi efeito alucinógeno dos remédios.

– Está mentindo.

– Não estou. Aioria se casou com a Marin. Tudo não passou de uma fantasia, Ares.

– Não é possível... – murmurou incrédulo.

– É possível, - afastou-se. – tudo não passou de ilusão...

Alfheim

– Saga...

– Não há nada que você possa fazer. – disse Einlin apontando o dedo para mineira. – apenas aceitar a sua morte, mas como sou misericordioso, vou mata-lo também. Aí vão juntos para o inferno.

Cristiane passou a frente de Saga. Não deixaria o guerreiro mata-lo.

Ares andava de um lado para o outro, Saga estava blasfemando. Era claro que a mineira existia.

– Ela existe! – gritou. – ela tem que existir!

Pela primeira vez Saga sentiu pena de Ares. A alucinação foi tão forte que até enganou sua face maligna a ponto de fazê-lo se apaixonar pela ilusão...

– Eu também queria que ela existisse. – disse. – e pelo jeito você também.

Ares o fitou rancoroso.

– Eu vou tomar seu corpo e vou matar todos. – avançou sobre o geminiano. – se eu não a tenho ninguém terá paz.

– Não vou permitir que estrague a felicidade dos outros. Eles não têm nada a ver conosco.

– Idiota. – Ares avançou, mas foi parado por causa da corrente. – eu vou matar você.- tentava se soltar.

Einlin continuava a apontar o dedo.

– Saia da frente garota.

– Não!

Ares tentava se soltar quando de repente ouviu um grito. Os dois olharam-se.

– Ninguém pode vir até aqui. – Ares afastou. – de quem foi esse grito?

– Não faço ideia... – disse Saga.

– Não!

Ouviram novamente a voz.

– Essa voz... – disseram ao mesmo tempo.

Saga continuava deitado, mas mexeu rapidamente as pálpebras. Einlin percebeu.

– “Ele não pode despertar. Não tem poder para isso.” – fitou a mineira. Ela poderia interferir. – vocês devem morrer.

A brasileira segurou a mão do geminiano. Não o deixaria morrer...

Saga e Ares olhavam em todas as direções a procura da voz conhecida, até que sentiram um calor nas mãos. Saga olhou a própria.

– Essa sensação...

Ares estava em silencio, aquilo não fazia sentido. Não era possível que tudo era mentira.

– Tem algo errado. – Ares fitou Saga. – isso não é nossa vida.

– Einlin.

Saga elevou seu cosmo, disparando o “explosão galáctica” contra uma parede, mas nada aconteceu.

– Como sempre você é um fraco. Não apenas caiu no golpe daquele cretino como não consegue sair daqui.

O geminiano ignorou o comentário, tentou novamente, mas sem sucesso.

– Maldição... – murmurou. – desse jeito Einlin vai mata-la. “Eu preciso de mais poder”. – Saga olhou para Ares, ele tinha poder, mas se o tirasse dali, ele poderia causar mais problemas. Contudo não tinha opção, ou soltava-o ou a mineira morreria”. Vamos fazer um trato.

– Como?

– Eu te solto e você tira a gente daqui.

Ares ficou surpreso.

– Está me pedindo ajuda? – deu um sorriso cínico. – não queria me deixar preso aqui para sempre?

– Temos o mesmo desejo de salvar a Cristiane, mas em troca de te libertar, não vai fazer nada contra Atena e os demais.

– Está abrindo mão da sua liberdade? Inclusive abrir mão dela?

– Sim. – era a única forma. – estamos entendidos?

Ares pensou. Para Saga lhe propor aquilo deveria está muito desesperado. Ainda mais correndo o risco de perder a mineira.

– Você realmente gosta dela. – disse.

– Sim. – o grego respondeu seriamente.

– Nisso somos iguais. – Ares estendeu a mão. – trato feito.

Saga correspondeu e nesse momento a corrente que prendia Ares se soltou. Ele elevou seu cosmo, lançando o “explosão galáctica.”

Einlin estava a ponto de atirar, quando começou a sentir o cosmo de Saga.

– Não é possível...

O cavaleiro despertou, sob o olhar sorridente da brasileira.

– Impossível... – murmurou o guerreiro.

Com um elevar de cosmo, Saga lançou Einlin longe.

– Nada é impossível para mim. – a voz saiu fria.

– Saga. – a mineira aproximou, fitando-o. – Ares...?!

O geminiano deu um sorriso maldoso.

*** Japão***

Seiya andava de um lado para o outro. Há horas tentava alguma comunicação com o santuário e nada. O restante estava espalhado pela sala da mansão Mitsui. Shina e Kiki que não estavam presentes apareceram na porta.

– E então? – indagou o dragão.

– Nada. – disse a amazona. - Pelas vias normais não conseguimos.

– Também não consegui contato com o meu mestre. – disse Kiki.

– Precisamos ir agora para o santuário. – Seiya deu um soco na parede. – não podemos ficar aqui.

– Se formos de avião, levaremos muito tempo, o que não resolve o problema. – Ikki olhava pela janela. – sem os poderes de Shion ou de Mu, fica impossível.

– E o Kiki? – disse Hyoga.

Todos os olhares dirigiram-se para o ariano.

– Meu poder não é tão forte quanto o do meu mestre. Vou levar um tempo até conseguir ter a sintonia perfeita. Além de ser muito longe, somos em sete.

– Acha que consegue? – Shiryu o fitou.

– Vou tentar.

O ariano foi para a sala ao lado. Usaria os ensinamentos de seu mestre para usar seu poder telecinetico.

– Espero que não seja tarde. – disse Shina. – não estou com um bom pressentimento.

Olharam entre si.

*** Vanaheim ***

Shaka acordou sentindo muitas dores pelo corpo. Olhou para o lado vendo que Juliana também despertava.

– Ju. – foi até ela. – está bem?

– Sim.

Ele sorriu, mas sentiu uma forte dor no peito.

– Shaka!

– Você é muito forte cavaleiro. – disse Aryeh. – está resistindo bravamente.

– Eu não posso sucumbir enquanto não cumprir minha missão. – levantou. – vou derrota-lo e a Hell.

– Gosto de pessoas determinadas. – o guerreiro sorriu. – assim como quer evitar que Hell vença, eu vou evitar que Atena consiga. A minha senhora terá o reino dela.

– Se Odin conseguiu bani-la, nós também conseguiremos.

– Como? – o olhou com desdém. – Atena está perdendo cosmo, seus companheiros estão caindo em combate e Hell tem planos para aquele homem. Tudo está contra vocês.

– Que homem? – indagou. O que a deusa escondia.

– Ela está com um dos seus companheiros. Mas isso não é da sua conta. – ele elevou seu cosmo.

Shaka ficou em silencio. Hell tinha pegado um deles? Mas quem?

– Prepare-se Shaka. Bylgja eyðingu!

– Rendição Divina!

Os ataques chocaram-se, provocando novas ondas de destruição. Contudo o coração de Shaka dava sinais que não aguentaria muito tempo.

– “Preciso resolver isso rápido.”

Usando seu cosmo criou uma ilusão.

– Como...?

Aryeh estava envolto num mar de sangue, de repente criaturas demoníacas apareceram segurando-o por todos os lados.

– O que é isso?

O guerreiro de Hell tentava se soltar, mas quanto mais destruía esses demônios mais apareciam. Enquanto isso Juliana olhava Shaka tomar posição.

– Shaka.

– Vá para a saída do castelo, vai ser perigoso ficar aqui.

Ela o fitou, o cavaleiro estava muito pálido.

– Shaka.

– Vou logo atrás de você. – a fitou sorrindo.

O fitou diretamente. Ele estava de olhos fechados desde que entraram no castelo e se ele pedia aquilo certamente porque usaria sua maior técnica.

– Está bem. Vou espera-lo lá fora.

– Não demoro.

Juliana tomou rumo da saída. Assim que a viu sair, voltou-se a concentrar. Teria apenas uma chance, pois aquelas ilusões não segurariam Aryeh por muito tempo.

*** Arena dos Aspirantes ***

Rodrigo fitou o relógio de fogo. Faltava pouco para a marcação das seis horas desaparecer. O tempo estava passando e não fazia ideia onde os demais cavaleiros estavam. Atena já dava sinais de cansaço.

Marcela velava o sono de Miro, quando o Escorpião começou a despertar.

– Miro.

– Marcela... – sentou-se. – onde estou...?

– Perto da Atena. – sorriu. – você está bem?

– Sim. Eu caí em batalha...

– Sim.

– Droga! – deu um soco no chão. – eu vou matar aqueles desgraçados.

– Miro!

A voz de Rodrigo chamou a atenção dos dois. Atena estava de joelhos.

– Atena. – Miro aproximou.

– Miro... – deu um leve sorriso. – que bom que está bem.

– Perdoe a minha incompetência. – abaixou o rosto envergonhado.

– Não foi sua culpa Miro.

– Prometo que restabelecerei a paz na Terra. – levantou. – seguirei agora.

– Saori, por quanto tempo mais o selo vai ficar parado? – indagou o baiano.

– Fiz tudo que podia. Ele ainda vai se manter assim por uma hora.

– Vamos subir junto com o Miro.

– Mas é perigoso. – disse o Escorpião.

– Perigoso será se ficarmos só nos dois aqui. Eu não tenho cosmo para protegê-la.

O grego concordou. Talvez fosse mais seguro Atena seguir com ele.

– Tudo bem. Vamos.

*** Midgard ***

O grupo chegou ao castelo que pertencia a Andrasta. O tempo estava curto por isso nem se deram ao trabalho de olhar a destruição. A cada minuto Aioria temia pela vida de Gabrielle. Os cavaleiros olhavam entre si, felizes por terem superado a maldição de Hades, mas preocupados por seus estados. Ainda teriam um longo caminho até chegar a Hell e estavam muitos feridos. Shion percorreu com o olhar todo o salão, sentiu um aperto no peito ao ver uma armadura dourada. Sabia quem era seu dono.

– Hian! – correu até ele. – Hian.

Todos ficaram preocupados com o estado dele.

– Hian. – Shion agachou. – Hian.

– O que aconteceu com ele mestre? – indagou Dite vendo os cabelos brancos do chinês.

– Não faço ideia... – ficou preocupado. Dohko parecia um senhor de mais de oitenta anos.

O chinês estava muito machucado, mas despertou logo no segundo chamado.

– Shion...

– Você está bem? – o ajudou a sentar.

– Sim... – subitamente os cabelos voltaram a cor original e a pele ser jovem, o ataque tinha sido desfeito. - E a Jules?

A garota despertou quase ao mesmo tempo. Nos primeiros segundos sentiu um pouco de tontura, mas depois passou.

– Jules.

– Hian... – sorriu ao vê-lo bem.

– Está tudo bem?

– Sim. Eu não sinto mais nada. Com a morte de Andrasta o cosmo negro desapareceu.

– Estou feliz que todos estejam bem, mas devemos seguir, falta pouco mais de uma hora para o tempo se esgotar. – disse Aioria.

Kamus que estava perto de Isa sentiu alguém chamando-o pelo cosmo.

– “Kamus.”

– “Miro?”

– “Estou subindo junto com Atena. O caminho está livre?”

– “Sim.” Mestre, Miro está subindo com Atena.

– Mu, vá busca-los. Não podemos perder tempo.

O ariano mais novo, desapareceu, para voltar segundos depois na companhia de Atena e os demais. A deusa ao fitar seus cavaleiros deixou escapar uma lagrima, estavam muito feridos.

– E Shaka, Saga e Aiolos?

– Saga e Shaka seguiram em frente. – disse Dohko.

– Aiolos, ficou, ele está muito ferido Atena. – disse Shura.

– Mu, leve me até ele.

Obedeceu. Sheila velava pelo sagitariano quando viu Atena. Rapidamente a deusa aproximou do cavaleiro, ficando preocupada pelo estado dele. Usando suas forças, ela parou o sangramento.. Aiolos despertou um tempo depois. Mu levou todos de volta a Midgard.

As meninas se abraçaram felizes, pelo reencontro de quase todas.

Aioria se emocionou ao ver o irmão bem. O leonino também disse a Atena sobre o estado de Gabrielle. A deusa tentou fazer algo, mas já estava sem cosmo para interferir. O máximo que conseguiu foi retardar o processo. E assim seguiram para o penúltimo castelo.

Alfheim....

– Como conseguiu se libertar? – Einlin o fitava com ódio.

– Porque meu poder é superior. – Ares deu um sorriso cínico.

– Ares...

O cavaleiro desviou o olhar para ela, examinou minuciosamente, vendo vários arranhões e cortes.

– É melhor se esconder.

– O que houve com o Saga?

– Depois conversamos. – disse baixo.

Estranhou o tom de voz, Ares sempre usava um tom seco ou sarcástico. Quando ela perguntaria algo, começaram a escutar som de passos. Ares olhou para trás ao sentir muitos cosmos conhecidos. Einlin estreitou o olhar.

– Saga. – Kanon aproximou.

Ares o fitou. Kanon percebeu na hora.

– Ares...

– Até que não estão tão fracos. – sorriu. – ainda estão vivos.

Shion endureceu a expressão, o que Ares estava fazendo ali?

– Quer dizer que todos morreram. – disse Einlin. – mas não pensem que vou deixar vocês passarem.

– É o que você acha. – disse Ares. – sigam em frente. – olhou para Shion. – eu cuido dele.

A frase deixou todos surpresos.

– Vai lutar por Atena? – indagou Um pasmo.

– Não estou lutando por ela. – respondeu seco. – agora vão.

Atena sorriu. Até o coração cheio de maldade de Ares poderia ser envolvido pelo amor.

– Vamos em frente. – disse a deusa. – ela vai conosco não se preocupe. – fitou Ares.

– Faça como quiser. – respondeu seco, elevando seu cosmo.

A deusa não se importou com a rispidez, sabia que no fundo Ares agradecia.

– Vamos.

Cristiane percebeu que falavam dela e por isso foi para perto das meninas, ficando entre elas. Pediu para Suellen, Marcela e Paula tamparem-na. Ela não sairia daquela casa sem Saga.

Com o pouco tempo que tinham, Atena e seus combatentes seguiram em frente. Para que Einlin não atrapalhasse Ares criou uma ilusão. Quando notou que todos tinham passado, o cavaleiro de gêmeos desfez a ilusão.

– Ajuda-los a passar, só aumentou um pouco mais o tempo de vida deles. – disse o guerreiro de Hell.

– Agora só tem nós dois.

– Correção nós três. – Einlin apontou.

Ares voltou a atenção para trás vendo a mineira.

– O que faz aqui??

– Só saio daqui com você.

*** Star Hill***

Hell olhava para o selo, mesmo com a derrota de quatro dos seus guerreiros, o sorriso não saia de seus lábios. Havia sentido que Atena parou com o encantamento e que o selo voltara a girar normalmente. Em poucos minutos a quarta linha iria aparecer e seria questão de tempo o lacre abrir por completo.

Voltou a atenção para onde o cavaleiro de Câncer estava. Sua armadura já estava negra e dentro de instantes ele se tornaria o pilar do seu novo reino.

Shion e os demais subiam em direção ao ultimo castelo.

– O selo voltou a girar normalmente. – Kamus olhou para o céu.

– Nosso tempo está no fim. – disse Atena. – a quarta linha não deve demorar aparecer.

– Vamos acabar com ela antes, Atena. – disse Miro.

– Atena, o que aquela vadia por ter feito ao Giovanni? – indagou Heluane. – o coração dele...

– Infelizmente não faço ideia Helu, mas não deixarei que ela faça nada a ele. É uma promessa.

Um forte estrondo interrompeu a conversa. Voltaram a atenção para o selo, enquanto ele brilhava intensamente emitia um forte barulho.

– Vamos nos apressar. – disse Shion. – isso é sinal da quarta linha.

*** Vanaheim ***

No ultimo castelo, Shaka tomou a posição de meditação. Já tinha cosmo suficiente para atacar o guerreiro com tudo, apesar do corpo está padecendo em dores.

Aryeh se via em meio a figuras da mitologia budista. Pensou que se tratava de algum golpe de Shaka, mas logo percebeu que era um truque. Usando seu poder, acabou com a ilusão.

– Belo truque. – disse.

O cavaleiro não disse nada. Havia chegado a hora.

– O que vai fazer Shaka?

O cavaleiro de Virgem abriu os olhos.

– Tesouro do céu.

Imediatamente as paredes do castelo foram tomadas por imagens de Buda. Aryeh ouviu o som de um sino.

– O que? – olhou para os lados.

– Privação do primeiro e segundo sentidos.

O cosmo de Shaka expandiu, acertando em cheio Aryeh. O guerreiro de Hell foi ao chão.

Shaka respirava ofegante. Se estivesse em condições perfeitas, derrotar o servo de Hell não levaria muito tempo, mas tudo estava contra ele. Aryeh estava mais forte, a maldição de Hades, o rim petrificado e o coração prestes a parar.

– “Preciso continuar.” – um filete de sangue desceu pela boca. – privação do terceiro sentido.

O ataque parou no meio.

– Se as circunstâncias fossem outras, eu faria seu coração voltar ao normal, só para vê-lo usar seu poder por completo. – Aryeh levantou.

– Como? “ Eu retirei o sentido do tato.”

O guerreiro de Hell que estava cego por conta do ataque de Shaka voltou a enxergar.

– Mas eu não tenho tempo a perder. – o guerreiro elevou seu cosmo. - Bylgja eyðingu!

O golpe de Aryeh partiu em direção a Shaka.

– Kahn!

As energias se chocaram, contudo Shaka estava em desvantagem. Havia usado muito cosmo para lançar o tesouro do céu e o corpo mostrava sinais de esgotamento.

Ele seria atingido se...

– Muralha de Cristal!

Mu e Shion criaram juntos a Muralha. Apesar do ariano ter recuperado seu poder por completo, ambos estavam feridos e não suportariam a intensidade do ataque. Aryeh suspendeu.

– Shaka! – Atena correu até ele.

– Atena... – respirava com dificuldade.

– Retire imediatamente seu ataque Aryeh! – gritou Aioria. – dela, de Shaka e do Mask.

– Só se me matar. – fitou Atena. – meus companheiros falharam em defender seus castelos.

– As ambições de Hell acabam agora. – disse Aldebaran.

– Errado. – o guerreiro deu um salto. – o reino de Hell começa agora.

O guerreiro não se intimidou por estar na presença dos cavaleiros mais de Atena. Mataria todos. O reino de Hell se voltaria ao mundo nem que custasse sua vida.

– Ákall... – sussurrou.

O solo do castelo começou a tremer. De dentro do chão surgiram quatro sombras que foram reconhecidas na hora.

– Não é possível... – murmurou Shura.

– Mas eles são... – Aiolos arregalou os olhos.

– Os quatro guerreiros de Hell. – disse Kanon.

Diante deles, apareceram Kalisha, Alfar, Seren e Andrasta. Eles desmaterializaram virando quatro bolas de energia negras. Essas bolas foram em direção a Aryeh. Quando as quatro foram absorvidas pelo corpo do islandês, sua armadura sofreu modificações, assim como seu cosmo que aumentou bruscamente.

– Fudeu... – Marcela soltou.

– Vocês serão os pilares para o reino de Hell.

– Shaka, consegue criar uma ilusão? – indagou Kanon. – por alguns segundos?

– Sim... mas por que?

– Não temos tempo a perder. – disse Afrodite. – sigam em frente.

– Kanon, Dite e eu vamos para-lo. – Miro tomou a frente.

Mabel, Marcela e Suellen ficaram pálidas. Atena também não gostou da ideia.

– Eles não vão mudar de ideia. – Rodrigo tocou nos ombros dela, adivinhando seus pensamentos.

– Tudo bem. – o virginiano levantou. – Rendição divina.

O cosmo de Shaka envolveu o recinto.

– Novamente esses truques?

Aproveitando a distração do guerreiro o grupo seguiu, sob os protestos de Marcela e Suellen.

Foi a conta deles saírem para o golpe de Shaka desaparecer.

– Miro! – Marcela gritou.

– Ele não vai demorar. – disse Kamus. – confie nele, assim como em Kanon. – olhou para Suellen.

Shaka tentou dar um passo mais foi de joelhos. Rapidamente Mu o amparou.

– Shaka.

– Estou bem...

– Shaka!!

O cavaleiro ergueu o rosto ao ouvir a voz familiar.

– Ju... – sorriu.

– Shaka. – o abraçou.

– Estou bem. – tentou responder com firmeza.

Atena olhava seu cavaleiro, Shaka não estava bem. Se Aryeh não fosse derrotado logo, não só ele, como Mask e Gabe morreriam. Voltou o olhar para a brasileira nos braços do leonino. Sua face estava bem pálida.

– “Finalmente chegamos.”- Ester olhava o castelo de Hell onde antes era Star Hill.

– E só temos mais uma hora. – Marin olhou para o relógio, o fogo da casa de Virgem extinguiu-se.

– Tome. – Juliana entregou a lança ao namorado.

– Obrigado. – reunindo forças, o indiano levantou. – mestre.

– Kamus e Marin. Fiquem aqui e tomem conta de Atena e dos demais. Nós vamos até a Hell.

– Eu também irei. – Atena manifestou.

– A senhorita fica. – disse Dohko. – precisamos ter uma segunda opção.

Em Star Hill...

Hell abriu um grande sorriso, quando o cavaleiro de Câncer levantou do altar. Sua armadura estava negra e modificada com um grande par de asas atrás. No alto da testa havia o desenho de uma runa, a Hagalaz*, que se assemelha a letra “H”.

– Garm.**- a deusa aproximou do cavaleiro. – use seu poder e abra as portas de Hellheim.

– Sim senhora.

O canceriano sumiu.

Os cavaleiros restantes preparavam para seguir, quando começaram a sentir um poderoso cosmo. Era um cosmo negro e cruel, mas os mais atentos perceberam que era uma energia conhecida.

As atenções voltaram para a pessoa que apareceu diante deles. Heluane conteve o grito ao perceber quem era.

– Gio??

O italiano trazia a expressão sádica, como nos tempos da batalha das doze casas.

– Giovanni... – murmurou Atena.

Surpresa Atena?

A voz de Hell ecoou.

– O que você fez sua maldita! – gritou Aiolos.

O portão principal de Hellheim está fechado, mas nada melhor que usar uma pessoa que consegue abrir os portões do inferno. Seu cavaleiro foi um achado. – riu.

– Libere-o imediatamente. – ordenou a deusa.

Hell gargalhou.

– Seu cavaleiro de agora em diante só responde a mim. A única forma dele se libertar é sendo morto. Garm, abra os portões.

Giovanni elevou seu cosmo. Lentamente ele ergueu o indicador direito.

– Sekishiki Hellheim Ha.

O cosmo do cavaleiro explodiu e semelhante ao seu golpe tradicional, diante dele surgiu uma passagem. Todos puderam sentir a energia negativa que saia dela.

Em breve o santuário se tornará o portal de Hellheim.

– Droga! – Shura cerrou o punho. – o que vamos fazer?

Atena fitou o canceriano, Hell não tinha escrúpulos. Helu segurava as lagrimas.

– Temos que para-lo Shion. – disse Deba.

– Vão lutar contra ele? – Heluane desesperou. – vão mata-lo?

– Vamos tentar para-lo, mas se não tiver jeito... – murmurou o grande mestre.

A fluminense e Atena arregalaram os olhos.

– Shion??

– Sinto muito Atena.

Shaka respirava lentamente. Já não tinha mais forças, ainda mais para enfrentar Giovanni com o cosmo fortalecido, mas não deixaria o companheiro ser morto. Anos atrás, não se importaria, mas agora não. Ele se tornara um idiota bom amigo.

– Eu cuido dele. – Shaka tomou a frente.

– Mas Shaka... você está debilitado.

– Giovanni levou muitas surras no meu lugar enquanto estávamos no Tártaro. Ele tem seus defeitos, mas é um bom amigo. – andou mais um pouco passando a frente de todos. – não vou abandona-lo agora.

Ficaram surpresos. Juliana sorriu.

– Obrigada. – disse Heluane, não segurando o sorriso. – muito obrigada.

– Vou trazer esse idiota de volta, tem a minha palavra. – sorriu.

*** Alfheim***

Ares foi até a mineira com o olhar duro.

– Era para ter ido com a pirralha, mulher teimosa.

– Mas não fui. – disse ríspida.

– Se você morrer eu não tenho culpa. – deu as costas.

– Os dois vão morrer não sei porque essa preocupação. – Einlin tomou posição.

– Vamos acabar logo com isso.

Tanto Ares quanto o guerreiro de Hell avançaram. No meio do salão os punhos se encontraram e foi inevitável o grande deslocamento de ar. Recuaram e atacaram novamente, contudo dessa vez, Ares conseguiu acertar um soco no guerreiro. Einlin foi lançado, mas antes que batesse contra a parede, elevou seu cosmo e partiu para cima de Ares acertando-o com toda força. O geminiano foi arrastado.

– Tuhoaminen Tulipalo!

O geminiano não teve tempo de se defender, sendo acertado em cheio. Ares bateu com força contra uma parede indo ao chão.

– Ares! – a mineira correu até ele. – Ares.

Ele despertou.

– Maldição...

– Você está bem?

– Claro que estou. – virou a cara. – não sou como o Saga.

– Realmente não é, tanto que não vai se importar se ela desaparecer. – disse Einlin apontando o indicador para a brasileira. - Musta ulottuvuus.

Ela foi envolvida por uma luz negra e segundos depois desapareceu.

– Cristiane! – gritou o geminiano. – o que fez com ela??

– Foi lançada no espaço. Vai ficar vagando eternamente. – deu as costas caminhando até Erda, estava preocupado por ela ainda não ter despertado.

– Seu cretino.

Einlin não se importou com o xingamento, agachando ao lado de Erda. A guerreira estava muito pálida.

– O veneno ainda está agindo?

Ares gargalhou.

– Se ela foi atingida pelo veneno de Afrodite, não tem salvação. Ele não deve ter usado o veneno das rosas e sim seu próprio sangue venenoso. Sinto lhe informar, mas sua puta vai morrer.

Einlin cerrou o punho. Usou seu dom de cura e mesmo assim não surtiria efeito? A levaria imediatamente até Hell, a deusa poderia salva-la.

– Você vai morrer Ares. – Einlin elevou seu cosmo a grandes proporções. - Tuhoaminen tulipalo.

Ele disparou. Ares ainda tentou segurar, mas o ataque de Einlin foi muito além da sua capacidade. O cavaleiro foi atingindo em cheio, ganhando vários ferimentos.

– Hell vai curar a Erda enquanto você vai ver a sua vadia morrer na sua frente. – ele estralou os dedos, a brasileira apareceu na hora.

– Ares! – ficou preocupada ao vê-lo ensanguentado.

O cavaleiro riu.

– Você acha que está lidando com uma pessoa qualquer. – levantou, um pouco cambaleante. – mas eu vou te mostrar que ninguém se compara a mim. - Ares elevou seu cosmo. – primeiro vou tirar seus sentidos.

Com três rajadas de cosmo, o cavaleiro retirou três sentidos de Einlin.

– Só vou deixar a audição e a visão, pois quero que ouça e veja. – fez seu cosmo aumentar. – explosão galáctica!

Pego completamente de surpresa, Einlin foi atingido em cheio, caindo gravemente ferido. Erda havia despertado. Sentia seu corpo paralisado e com dores. De certo Einlin não havia conseguido retirar o veneno e em minutos morreria. A atenção foi para o local onde sentia de forma fraca o cosmo de Einlin.

– Einlin...

Reunindo um pouco de forças arrastou-se até ele.

– Einlin... Einlin...

– Ele está morto. – Ares parou atrás deles. – não se preocupe vai morrer também. – apontou o punho.

Erda passou a frente do guerreiro, não deixaria ninguém mata-lo.

– Cena romântica. – acumulou cosmo. – odeio isso.

– Não Ares. – Cris ficou entre o geminiano e Erda. – não precisa fazer isso.

– Eu não tenho compaixão.

– Ela já vai morrer por conta do veneno. Deixa-a em paz.

Ares abaixou o punho dando as costas.

– Vamos embora. – disse tomando rumo da saída.

A mineira antes de ir, ainda olhou para a guerreira. Ela ou qualquer uma das meninas fariam a mesma coisa por seus cavaleiros.

Erda voltou a atenção para o guerreiro. Deu lhe um beijo, com a promessa que se encontrariam nos domínios de Hell. Segundos depois sua vida esvaiu.

Do lado de fora, Ares sentia os efeitos dos ataques de Einlin.

– Droga...

– Você está bem?

– Sim. – respondeu seco. – não espere que Saga volte. Ele abdicou o controle do corpo.

– Por quê? – ficou receosa.

– Era a única forma de parar o ataque de Einlin. Foi um acordo que fizemos.

– Então o Saga... – aquilo poderia ser um problema.

– Não vai voltar. – segurou o braço dela. – não disse que não vê distinção entre nós dois? Pois então.

Abaixou o rosto. Ares de forma menos rude, levantou o queixo dela.

– Você vai ver que sou muito melhor do que ele.

Tudo foi muito rápido, apenas o tempo de Ares girar o corpo para proteger a mineira, pois ela era o alvo. O cavaleiro foi atingido nas costas.

– Ares!

– Era para ser ela, mas já que quis bancar o herói. – Einlin estava na porta do templo, muito ferido. Quando despertou e viu que Erda estava morta quis matar a brasileira.

– Outra dimensão... – Ares sussurrou.

Einlin foi tragado pelo ataque e assim que ele sumiu Ares foi de joelhos ao chão.

– Ares.

– Você está bem?

– Sim...

– Ótimo... – sorriu, antes de ir ao chão.

– Ares!

***Alfheim***

Aryeh estava bastante irritado com aquelas ilusões. Usando seu poder destruiu-as.

– Qual é o plano Kanon? – indagou Miro.

– Nossos poderes atuais não são capazes de derrota-lo. Se nem Shaka usando o tesouro do céu conseguiu... – disse o geminiano.

– E sugere o que? – Dite não tirava o olhar do inimigo.

– Três vermes ficaram. – o guerreiro tomou posição. – vou mata-los rápido para em seguida arrancar a cabeça de Atena. – seu cosmo elevou, chegando a grandes proporções. - Atom förstörelse. – a imagem de Kalisha surgiu diante dele.

O ataque partiu em direção a eles. Os três cavaleiros saltaram conseguindo desviar.

– Destruktion sort marwol!

As imagens de Seren, Andrasta e Alfarr uniram-se numa só. Um poderoso ataque foi em direção a eles. Tentaram desviar, mas o poder era maior. Foram atingidos, sofrendo vários ferimentos.

– Puta que pariu, - Miro cuspiu uma bola de sangue. – se ele nos atingir novamente, vai nos matar.

– Só tem um jeito. – Afrodite levantou. – Exclamação de Atena.

– Mas estou sem meu poder. – disse Kanon. – talvez não consiga equilibrar as forças.

– Estamos feridos e quase sem cosmo Kanon. – disse Dite. – estamos na mesma situação. E é a nossa única chance. Se Aryeh nos matar ele vai atrás de Atena.

– Tem razão. – o geminiano pensou em Suellen.

– Mais um ataque e vocês irão desaparecer. – Aryeh elevou novamente seu cosmo.

– Vamos rapazes, não será tão ruim morrer de novo. – Miro tomou posição. – pelo menos daremos uma vantagem para Atena.

– Tem razão.

Kanon ficou no meio, tendo Dite a sua esquerda e Miro a direita.

– Podem tentar quantos truques quiserem, nunca vão me derrotar.

– Não tenha tanta certeza, convencido. – disse Miro.

Os três elevaram seus cosmos.

– Morram! – o guerreiro de Hell elevou ainda mais seu cosmo.

Diante dele apareceu a imagem dos seis guerreiros de Hell, Dite e os demais não se intimidaram erguendo ainda mais suas cosmo energias.

Hell e os demais sentiram a quantidade de cosmo que desprendia do ultimo castelo.

– Que cosmo são esses? – Marin voltou a atenção para trás.

– Se assemelha muito a... – murmurou Mu.

– Exclamação de Atena?? – Shion arregalou os olhos. – eles ficaram doidos??

Suellen e Marcela empalideceram.

Em Alfheim...

Ambos os lados não paravam de aumentar seus cosmos.

– Ragnarok Destruktion!

– Exclamação de Atena!

O castelo tremeu violentamente com o desprendimento de energia. No meio do salão, os golpes chocaram-se provocando rachaduras no solo.

Miro despejava seu cosmo, contudo as pálpebras começaram a pesar.

– “De novo não...”

Kanon também estava com problemas, pois tendo o cosmo ao nível de um cavaleiro de prata, não poderia sustentar a Exclamação por muito tempo. Por conta disso o ataque de Aryeh começou a empurrar a energia dourada.

– Miro e Kanon, saiam daqui, vou tentar deter o ataque. – disse Afrodite.

– Ficou louco? Assim vai morrer.

– Antes um, do que três. – Dite olhou para Miro. – além do mais, Marcela e Suellen esperam por vocês.

– Eu e a Máh tínhamos combinado de viajar, mas se esse cara não morrer isso será ameaçado. Minha consciência também não permite abandona-lo Dite. Já estamos usando essa técnica proibida e deixa-lo?

– A Suellen vai entender a nossa escolha. Pensa assim sobre a Mabel não é?

– Sim... quero que ela viva feliz com o Touro. – sorriu.

– Quem diria que Afrodite acabaria apaixonado. – Miro zombou.

– Quem diria que nós três acabaríamos apaixonados. – disse Kanon.

Os três trocaram olhares.

– Vamos fazer uma visitinha para o Radamanthys. – disse Miro fazendo os outros rirem.

– Não vão me derrotar. – Aryeh despejou mais poder. – vou matar todos e levar suas cabeças para Hell.

– Vá para o inferno.

Os três cavaleiros elevaram seu cosmo ao máximo. Os sinais de sonolência em Miro diminuíram até passarem. O cosmo de Kanon aos poucos foi voltando ao normal, mas estavam tão envolvidos no proposito de derrotar o guerreiro que nem perceberam.

Rapidamente os cavaleiros de Atena reverteram o quadro, fazendo a energia de Aryeh recuar... em segundos foram envolvidos por uma intensa luz...

Do lado de fora...

Todos sentiram a terra tremer por causa dos poderes. Uma torre de luz subiu até os céus.

– Miro! – gritou Marcela.

– Kanon... – murmurou Suellen.

Mabel encolheu nos braços de Deba ao pensar em Dite. Atena foi de joelhos ao chão.

– Não... – derramou lágrimas.

O selo emitiu um estrondo... a quarta linha apareceu no céu do santuário...


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Notas finais do capítulo

* A runa Hagalaz é associada a deusa Hell.

** Garm na Mitologia nórdica, é um gigantesco cão de gelo que guarda o reino de Hell.



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